Trabalhadores voltam às ruas, nesta terça-feira (12), contra juros altos

A campanha por juros baixos volta a mobilizar trabalhadoras e trabalhadores, na próxima terça-feira (12). Nesse dia também vai começar a última reunião do ano do Comitê de Políticas Monetárias (Copom) do Banco Central (BC), quando poderão ser definidas mudanças na taxa básica de juros da economia brasileira (Selic). A exemplo das outras manifestações, as concentrações dos atos do dia 12 serão realizadas em frente dos prédios do Banco Central. Nas cidades onde a entidade não tem sede, os sindicatos chamam a concentração para locais de grande circulação. A mobilização também vai ocorrer nas redes sociais, entre 11h e 12h, com a hashtag #JurosBaixosJá, com a marcação do Banco Central (@BancoCentralBR) nas postagens. Juvandia Moreira, presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e vice-presidenta da Central Única dos Trabalhadores (CUT), ressaltou a importância da campanha. “Nossa campanha é por emprego e renda, porque a Selic elevadíssima reflete nas taxas de juros cobradas pelas instituições financeiras no crédito, o que prejudica o investimento produtivo, atrapalha a economia e encarece a vida de todos nós. Além disso, aumenta a dívida do Estado brasileiro com o pagamento de juros dos títulos da dívida pública”, explicou Juvandia. A economista da subseção do Dieese na Contraf-CUT, Vivian Machado, explicou que com a redução dos juros o Estado teria um orçamento muito mais justo e equilibrado, beneficiando a economia como um todo. “Em agosto de 2023, por exemplo, o gasto do Governo Federal com juros da dívida chegou a R$ 689 bilhões em doze meses (quase 20% a mais do que nos doze meses anteriores). Esse valor representa quase duas vezes o gasto previsto para todo o ano de 2023 com Bolsa Família (R$ 145 bilhões), com a Farmácia Popular (R$ 2 bilhões), Minha Casa Minha Vida (R$ 9,7 bilhões), Educação (R$ 11,2 bilhões) e Saúde (R$ 182,6 bilhões)”, informou a economista. No Rio de Janeiro (RJ), a concentração será na Av. Presidente Vargas, 730 – Centro.
Contraf-CUT quer preparar dirigentes para acompanhar projetos legislativos de interesse dos trabalhadores

O Coletivo de Relações do Trabalho da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) fez um balanço das principais pautas que tramitaram pelo legislativo federal em 2023. A reunião aconteceu na última quarta-feira (6). O objetivo é elaborar diretrizes para ações que poderão ser executadas para defender os direitos dos trabalhadores no próximo ano. De acordo com o secretário de Relações do Trabalho da Contraf-CUT, Jeferson Meira, o Jefão, o acompanhamento é importante para impedir que projetos tramitem e sejam aprovados, ou rejeitados, sem o conhecimento do movimento sindical. “Queremos capacitar mais pessoas para fazer este acompanhamento, não apenas no Congresso, mas em todas as casas legislativas do país”, afirmou Jefão. Rafael Zanon, secretário de Formação da Contraf-CUT ressalta que é fundamental pensar a educação política, a formação, no sentido da ação. “No planejamento das ações da Contraf-CUT para 2024, vamos sistematizar nossas estratégias neste sentido e, a partir daí, desenvolver o conteúdo e a metodologia de um curso que nos ajude a ampliar, cada vez mais, nossa atuação no acompanhamento legislativo e, também, nos ajude a eleger candidatos comprometidos com a classe trabalhadora, tanto para as câmaras municipais, quanto para as demais casas legislativas do nosso país”, afirmou. O secretário explicou que a entidade contará com a contribuição do Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar) e do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
‘Trabalho invisível’ das mulheres é tema de seminário

O Ministério da Mulher realizou um seminário, nos últimos dias 6 (quarta) e 7 (quinta) sobre o trabalho invisível das mulheres, como serviços domésticos e de cuidados não remunerados. A secretária da Mulher da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Fernanda Lopes, afirmou que o objetivo do evento foi levar propostas para a Política Nacional de Cuidados, que conta com um grupo de trabalho interministerial, com participação também do movimento sindical bancário. O seminário foi dividido em painéis como “Divisão sexual do trabalho no Brasil: desafios para uma política nacional de cuidados”, “O trabalho reprodutivo: impactos e significados na vida das mulheres”, e “Demandas por cuidado: desafios na elaboração de uma política nacional.” Dados do Comitê de Oxford para o Alívio da Fome (Oxfam) mostram que as mulheres realizam mais de três quartos do trabalho de cuidado não remunerado – com a casa, os filhos, idosos e outros familiares e pessoas doentes –, totalizando cerca de 12,5 bilhões de horas todos os dias. Para Fernanda, a reflexão foi sobre o trabalho de cuidado, fundamental para o bem-estar humano e social. “Então, essa reflexão foi aprofundada neste evento que não terminou em si mesmo, mas faz parte de um projeto mais amplo para que o país encontre saídas para equalizar essa questão, reduzindo desigualdades”, ressaltou a secretária.
Secretário de Combate ao Racismo da Contraf-CUT participa de reunião da Cúpula Social do Mercosul

Após sete anos de interrupção, a Cúpula Social do Mercosul voltou a se reunir. O encontro, que promove a participação da sociedade civil nas decisões do bloco, ocorreu nos dias 4 e 5 de dezembro no Rio de Janeiro. A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) marcou presença no evento com o secretário de Combate ao Racismo, Almir Aguiar, que também representou a Secretaria de Combate ao Racismo da CUT Nacional. Para Almir, as entidades da sociedade civil devem se unir pela causa do salário igual para trabalho igual, sem qualquer discriminação, “luta que requer a participação dos movimentos sindical e social nas decisões do Mercosul”. “Um ponto primordial é inserir a população afrodescendente como parte dos debates, pois o povo negro é o mais discriminado no mercado de trabalho e na sociedade como um todo, afirmou o secretário, lembrando que em todos os países do Mercosul há população negra, e é preciso criar condições para diminuir as desigualdades. Também participaram do encontro a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, e a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves.
Segurança será pauta da Campanha Nacional dos Bancários

A segurança foi um dos temas discutidos pelo Coletivo Nacional de Segurança Bancária, da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), em reunião realizada na última segunda-feira (4). O encontro contou com a participação de representantes do Comando Nacional dos Bancários. Nele, foram apresentados diversos casos sobre a retirada de segurança, inclusive em agências de médio porte e com operação com numerário já no saguão de entrada. Segundo Elias Jordão, secretário de Políticas Sociais da Contraf-CUT, coordenador do Coletivo, “para a representação sindical dos bancários, só a presença de um caixa eletrônico na entrada de uma agência já configura circulação de numerário em espécie na unidade, e estamos preocupados com os riscos que há nesse quadro para funcionários e para clientes”. Carlos Damarindo, secretário de Cultura da Contraf-CUT, integrante do Coletivo, disse que a discussão envolve a segurança de pessoas, funcionários e clientes, e não de numerário. “Então, todas as unidades bancárias devem ser seguras, pelo bem de toda a sociedade”, ressaltou. Elias Jordão pontuou que, embora as entidades sindicais insistam em debater a questão com a Fenaban, não há avanços porque a entidade não considera o assunto como prioridade. Segundo ele, a Fenaban argumenta que os números caíram. “Mas nós entendemos que isso ocorre por uma série de fatores, como a digitalização, o atendimento virtual e a própria reestruturação dos bancos”, explicou. O Coletivo de Segurança traçou as linhas centrais de atuação do movimento sindical bancário para o período de 2024 sobre esse tema. Elias adiantou que as propostas serão apresentadas à Fenaban, no início do ano, e serão incluídas na pauta da Campanha Nacional dos Bancários. Também haverá ações em outras frentes, como tratativas junto a órgãos governamentais e diálogo com os legislativos estaduais e municipais, a respeito de leis que determinam a segurança bancária, segundo Elias. Algumas ações – Cumprimento da cláusula 88 da CCT será uma das cobranças da representação dos trabalhadores à Fenaban. – Também será pedida junto ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, que a Portaria 18.045/23 seja revista, pois permite que os bancos atuem com o mínimo de segurança ou até sem segurança em qualquer unidade. – Será pedido ao Ministério da Justiça que a Contraf-CUT volte a ter assento na Comissão Consultiva para Assuntos de Segurança Privada (CCASP) – fórum consultivo tripartite (governo, trabalhadores e bancos) de soluções para a segurança bancária e sua fiscalização. – No primeiro trimestre do ano deverão ser realizados cursos de formação a respeito de segurança bancária, para apoiar a prepararão dos dirigentes sindicais para atuar na questão. – Os dados de ocorrências de falta de segurança em unidades bancárias serão levantados junto a federações e sindicatos, bem como a secretarias de segurança dos estados, para confrontar os números apresentados pela Fenaban. – Também será organizado um dia nacional de luta pela segurança bancária, para difundir e aprofundar o debate, que será incluído com destaque na pauta da Campanha Nacional.
CGPAR 42: debates começam nesta quinta (7)

Começam nesta quinta-feira (7) as conversações sobre a Resolução 42 da Comissão Interministerial de Governança Corporativa e de Administração de Participações Societárias da União (Sest). A reunião da comissão formada por representantes de empregados de empresas estatais e do governo está marcada para começar às 11h. Os trabalhadores querem a revogação da CGPAR 42 porque ela determina que o custeio com a saúde dos empregados das estatais deve ser dividido pela metade (50/50) entre empresas e trabalhadores. Dessa forma, medida compromete a situação financeira dos planos de saúde autogeridos pelas estatais, fazendo com que as empresas públicas reduzam aportes financeiros, criando descasamento entre as receitas com mensalidades e os custos dos planos. O resultado é a cobrança de valores maiores dos empregados para cobrir os déficits e os valores necessários para arcar com os custos. A medida afeta planos de saúde de estatais, como a Caixa Econômica Federal, Petrobras, Correios, Embrapa, Casa da Moeda, Codevasf, Conab, BNDES, Serpro, Dataprev, INSS, entre outras. Segundo o secretário de Relações do Trabalho da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Jeferson Meira, o Jefão, “a resolução faz parte das medidas para preparar a privatização de empresas”. “Temos certeza de que o atual governo, que tem compromisso com a classe trabalhadora, não quer dar continuidade a esta política extremamente prejudicial aos empregados de empresas estatais e vai desarmar esta bomba”, disse o secretário. O presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae), Sergio Takemoto, falou sobre o prejuízo para os trabalhadores. “Hoje, os empregados da Caixa já sofrem os efeitos da limitação imposta pelo teto de 6,5% para custeio do plano de saúde, previsto no estatuto da empresa, e essa situação pode ficar ainda mais crítica. Por isso, estamos na luta pela revogação dessa resolução e para derrubar o limite de 6,5% do estatuto da Caixa”, explicou. A comissão é resultado da manifestação dos trabalhadores, ocorrida no dia 29 de novembro, em frente ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, em Brasília. O prazo para conclusão dos debates é de 90 dias.
Caixa antecipa pagamento de dezembro e cesta alimentação para dia 15

A Caixa Econômica Federal vai antecipar o pagamento de dezembro e a cesta alimentação para o próximo dia 15. Esses créditos são feitos geralmente no dia 20 de dezembro. O banco explicou que a antecipação é para promover disponibilidade financeira aos empregados no final de semana que antecede o Natal, em reconhecimento dos resultados alcançados. O lucro líquido da Caixa, nos nove primeiros meses de 2023, foi de R$ 7,8 bilhões, 2,1% maior na comparação com o mesmo período de 2022. Somente no terceiro trimestre, o lucro foi de R$ 3,2 bilhões, aumento de 25,5% em relação ao trimestre anterior. A coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt, falou sobre a medida da Caixa. “Este reconhecimento precisa vir também com avanços nos debates e nas propostas para solucionar diversas demandas que apresentamos para a Caixa e continuam empacadas, como o fim da cobrança excessiva de metas, a revogação do Minha Trajetória, que é uma continuidade do antigo programa de Gestão de Desempenho de Pessoas, a correção de problemas do teletrabalho, enfim, da pauta de reivindicações que, mais de uma vez, já apresentamos à Caixa”, ressaltou a coordenadora.. O trabalhador que precisar de esclarecimentos sobre a antecipação do pagamento e da Cesta Alimentação deve procurar orientação com os dirigentes do sindicato da sua base, ou acessar, pela intranet, a ferramenta Serviços.Caixa (htpp://servicos.caixa).
Reunião vai avaliar instrumentos de atenção à saúde do trabalhador

Participantes do Curso de Vigilância e Atenção à Saúde do Trabalhador têm reunião marcada, para esta quinta-feira (7), com representantes das secretarias de Formação e de Saúde da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). O encontro servirá para analisar a aplicação dos instrumentos para o acolhimento e o encaminhamento das demandas dos trabalhadores acometidos por doenças relacionadas ao trabalho. Os participantes do curso vão compartilhar a experiência do uso desses instrumentos em alguma unidade de um banco em sua base de representação sindical. O tema foi alvo de debates no último módulo do curso realizado nos dias 18 e 19 de outubro, na sede da Contraf-CUT em São Paulo. “O retorno dos participantes é fundamental para que novas atividades de formação sejam realizadas de forma que melhor atenda às necessidades dos sindicatos, que são as entidades que enfrentam a questão diretamente”, afirmou o secretário de Formação da Contraf-CUT, Rafael Zanon. O encontro será realizado pela plataforma Zoom, a partir das 10h. O link para ingressar na reunião foi encaminhado pela Contraf-CUT às entidades sindicais que participaram do curso.
Fenae luta por aprovação de projeto para dedução integral das contribuições extraordinárias do IR

Representantes da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae) participaram de uma reunião, nesta quarta-feira (6), na Câmara dos Deputados, para tratar sobre a aprovação do PL 8821/17. O projeto prevê a dedução integral das contribuições extraordinárias do Imposto de Renda de Pessoa Física (IRPF), que atualmente tem um limite de 12% determinado pela Lei 9.532/97. Segundo Sergio Takemoto, presidente da Fenae, o projeto é de muito interesse para os participantes do Funcef. “A possibilidade de deduzir as contribuições extraordinárias em sua totalidade é uma questão de justiça. E estamos nos mobilizando fortemente pela aprovação do projeto”, afirmou Takemoto, O projeto estava na pauta da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) desta quarta, mas não chegou a ser votado. A Fenae também encaminhou ofício ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, com análise e argumentações sobre a importância da aprovação do Projeto de Lei 8821/2017 . O objetivo é que o governo federal atue para reverter ilegalidades administrativas que atingem os empregados ativos e aposentados da Caixa e participantes e assistidos da Funcef.
Acordo para o Saúde Caixa é aprovado em 73,6% dos sindicatos

A proposta para renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) específico do Saúde Caixa foi aprovada em 73,6% dos sindicatos. A assembleia foi realizada por sindicatos dos bancários de todo o país, com aprovação de 51,6% dos votantes. Juvandia Moreira, presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e coordenadora do Comando Nacional dos Bancários, explicou que o acordo aprovado mantém a contribuição dos titulares sem dependentes em 3,5% sobre remuneração base, da mesma forma como é atualmente. “As negociações foram duras. Foram quase seis meses de intensos debates, com a Caixa nos apresentando números que sugeriam grandes reajustes e a cobrança por faixa etária. Mas, ao final, conseguimos chegar a uma proposta que permite melhorar o equilíbrio da relação custo-utilização dos diferentes segmentos, sem reajustes para aqueles que não têm dependentes”, afirmou Juvandia. A coordenadora da Comissão Executiva de Empregados (CEE/Caixa), Fabiana Uehara Proscholdt, também falou sobre o acordo aprovado e a conquista dos trabalhadores. “Com o acordo aprovado, conseguimos zerar todo o déficit de 2023, sem a necessidade de parcelas extraordinárias, e manter a contribuição dos titulares em 3,5% da remuneração base, como é atualmente e com um teto máximo de comprometimento da remuneração base de 7%”, ressaltou. Para Fabiana, a proposta foi equilibrada. “Claro que ninguém gostaria de ter aumento, mas, dado o cenário projetado de déficit, foi uma proposta equilibrada. E temos também outros importantes avanços como acesso aos dados primários trimestralmente, o retorno das GIPES, REPES e dos Comitês de credenciamento entre outros”, completou a coordenadora. Já Sergio Takemoto, presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae), lembrou que a proposta preserva os princípios do plano, como a solidariedade e o pacto intergeracional. Mas ressaltou a importância de manter a mobilização. “A luta em defesa do nosso plano de saúde, que é uma das maiores conquistas da categoria, continua após a assinatura do acordo. Vamos nos manter mobilizados para derrubar o teto de gastos com a saúde dos empregados pela Caixa –fixado em 6,5% da folha de pagamentos–, cobrar melhorias na rede de atendimento e barrar qualquer medida que comprometa a sustentabilidade do Saúde Caixa”, reforçou.