Bradesco: saúde do bancário e manutenção de direitos são destaque em reivindicações específicas

Foi entregue nesta terça-feira (14) a minuta de reivindicações específicas dos bancários do Bradesco à direção do banco. O documento foi formulado durante o Encontro Nacional dos Bancários da instituição, que aconteceu na última semana. No documento, diversos pontos foram abordados. Além de aumento real no salário, manutenção de direitos é ponto focal. “Mais do que recompor a inflação, os bancários, que trabalharam para garantir lucros astronômicos aos bancos, querem ter aumento real em seus salários e a manutenção de todos os direitos previstos na Convenção Coletiva de Trabalho em vigência”, disse a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e coordenadora do Comando Nacional dos Bancários, Juvandia Moreira. “Mas, neste contexto de pandemia, as questões relacionadas à saúde do trabalhador também terão destaque nesta campanha”, completou.O emprego é outro ponto central da pauta. “O emprego nos preocupa muito. Nós reivindicamos não só a manutenção dos empregos, como também a contratação de mais empregados, para adequar o quadro funcional ao porte das agências, o que possibilita o atendimento ideal para os clientes, sem sobrecarga de trabalho”, afirmou Magaly Fagundes, coordenadora da Comissão de Organização de Empresa (COE) do Bradesco. Teletrabalho, remuneração, segurança, saúde, previdência complementar, condições de trabalho e auxílio educação são outros pontos da minuta específica de reivindicações.
Bancários devem votar em assembleia virtual. Saiba como

Bancários e bancárias do Sul Fluminense devem participar da primeira assembleia virtual da campanha nacional da categoria em 2022 que acontecerá nesta terça-feira (14/06), de 08h às 20h. A votação pode ser feita através do link https://bancarios.votabem.com.br/. As minutas de negociação e de pauta de reivindicações podem ser acessadas nos links abaixo. Os bancários vão deliberar sobre os seguintes pontos: 1 . Autorizar a diretoria do Sindicato a negociar e celebrar Convenção Coletiva de Trabalho, Convenção Coletiva sobre Participação dos Empregados nos Lucros elou Resultados dos Bancos, Convenção Coletiva de Trabalho sobre Relações Sindicais, Convenção Coletiva sobre Cooperativas e Acordos Coletivos de Trabalho aditivos à CCT e, frustradas as negociações, defender-se elou instaurar dissídio coletivo de trabalho, bem como delegar poderes para tanto; 2. Deliberar sobre aprovação da minuta de pré-acordo de negociação e minuta da Pauta de Reivindicações da categoria bancária, data-base 1º de setembro, definidas na 24 a Conferência Nacional dos Bancários que inclui desconto a ser feito nos salários dos empregados em razão da contratação a ser realizada (contribuição negocial). Assembleia Virtual Minuta de pré-acordo de negociação 2022 Minuta de Pauta de Reivindicações 2022 Vote pelo link: https://bancarios.votabem.com.br/ Data: 14/06 Hora: 08h às 20h
Edital: Convocação assembleia campanha salarial 2022

Link para votação: https://bancarios.votabem.com.br/ Minuta de pré-acordo de negociação 2022 Minuta de Pauta de Reivindicações 2022
Bancários querem aumento real de 5% nas cláusulas econômicas (INPC + 5%) e aumento maior para os vales refeição e alimentação

Representantes da categoria bancária de todo o país aprovaram, neste domingo (12), no encerramento da 24ª Conferência Nacional dos Bancários, o plano de lutas e a minuta de reivindicações que será apresentada à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) para que se dê início às negociações da Campanha Nacional 2022. Mais do que recompor a inflação, os bancários, que trabalharam para garantir lucros astronômicos aos bancos, querem ter aumento real em seus salários e a manutenção de todos os direitos previstos na Convenção Coletiva de Trabalho em vigência. Vale lembrar que o lucro somado dos cinco maiores bancos do país (Caixa, Banco do Brasil, Bradesco, Itaú e Santander) alcançou R$ 27,6 bilhões entre o final de março de 2021 e o final de março de 2022, crescimento de 17,5% no período. Reivindicações aos bancos O conjunto cláusulas da minuta de reivindicações para a Campanha Nacional dos Bancários 2022 foi aprovada por 99,1% das delegadas e delegados da conferência. Entre os pontos que foram votados separadamente, foi aprovada a reivindicação de aumento real de 5% de nos salários e demais cláusulas econômicas (INPC + 5%) e aumento maior para os vales refeição e alimentação. Assembleias A minuta de reivindicações e as resoluções aprovadas pela 24ª Conferência Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro serão analisadas em assembleias a serem realizadas por sindicatos dos bancários em todo o país nesta segunda (13) e terça-feira (14) e, após aprovada, será entregue à Fenaban na quarta-feira (15).
Resultado da Consulta Nacional dos bancários foi apresentada na 24ª Conferência

Aumento real nas cláusulas econômicas, manutenção do emprego e dos direitos, combate ao assédio moral, saúde e condições de trabalho, igualdade de oportunidades e teletrabalho negociado são as principais reivindicações levantadas como prioridades pela categoria bancária para a Campanha Nacional 2022. Este foi o resultado da Consulta Nacional 2022, apresentado no final da tarde deste sábado (11), durante a 24ª Conferência Nacional dos Bancários. Entre 26 de abril e 3 de junho, mais de 35 mil trabalhadores, sindicalizados ou não, que trabalham nas agências e nos departamentos bancários em todo o Brasil responderam às questões da Consulta Nacional aos Bancários. Mais da metade dos bancários está disposta a conversar com colegas de trabalho sobre as reivindicações da categoria (55%), participar de reuniões e assembleias (51,8%) e aderir à greve (41,7%) para conquistar os pontos que avalia como importantes. Para 94,8%, o financiamento da luta para manutenção e conquistas de direitos deve ser responsabilidade de todos os bancários, pois todos se beneficiam das conquistas. Eleições são fundamentais A classe trabalhadora aprovou uma pauta de reivindicações que está sendo apresentada aos candidatos, para garantir empregos, recuperar direitos trabalhistas e previdenciários e fortalecer a representação sindical. Para 84,3% dos participantes da consulta, é muito importante eleger, nas eleições deste ano, candidatos à Presidência e ao Congresso Nacional, comprometidos com as pautas dos trabalhadores. Outros 12,2% classificam como importante. Teletrabalho Dado da consulta que chamou bastante atenção foi a opinião sobre a regulação do teletrabalho. Para 91% dos respondentes, ela deve ser realizada por meio de negociação coletiva, entre bancos e entidades sindicais. Metas abusivas e assédio moral; saúde e condições de trabalho no teletrabalho estão entre os temas a serem debatidos na área da saúde. A consulta nacional mostra que, para a maioria dos entrevistados (77%), o cansaço e a fadiga constante são resultados da cobrança excessiva pelo cumprimento de metas. Desmotivação, vontade de não ir trabalhar, medo de “estourar” (54%), dor ou formigamento nos ombros e nos braços ou mão (51%) e crise de ansiedade (44%) também foram apontadas como impacto na saúde. Outros efeitos do trabalho exaustivo identificados na consulta foram dificuldade para dormir (42%); crise de ansiedade (44%); crises constantes de dor de cabeça (26%), e dores de estômago e gastrite (26%). Mais de um terço dos bancários (35,5%) recorrem a antidepressivos, ansiolíticos ou estimulantes para se medicarem. Os dados completos da Consulta serão apresentados aos bancos durante as negociações da Campanha Nacional dos Bancários.
Abertura da 24ª Conferência Nacional reforça luta pela democracia e defesa dos direitos dos bancários

A abertura da 24ª Conferência Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro, na noite desta sexta-feira (10/06), reuniu autoridades e delegados de todo país que irão definir a minuta de reivindicações da Campanha Nacional dos Bancários 2022 e o plano de lutas da categoria até 2023. Esse ano, o tema da conferência é “Um país + justo pra gente, este é o Brasil que a gente quer”. A presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e coordenadora do Comando Nacional dos Bancários, Juvandia Moreira, lembrou que este ano é especial, porque a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria bancária completa 30 anos e “a missão da 24ª Conferência Nacional do Trabalhadores do Ramo Financeiro é fazer um bom plano de lutas para sairmos vitoriosos em todas as nossas batalhas. Para acabar com a fome, o desemprego, a precarização a entrega do nosso patrimônio, a concentração de renda e as desigualdades”. As decisões serão tomadas a partir das propostas apresentadas pelas bases sindicais de todo o país, que vêm sendo debatidas pelas conferências estaduais e regionais, e nos congressos e encontros de bancários de bancos públicos e privados. Também foi feita uma Consulta Nacional, que mobilizou mais de 35 mil bancários e bancárias de todo o Brasil, para a definição das reivindicações mais importantes que estarão na pauta da categoria. O Brasil que a gente quer Juvandia lembrou também que é importante que a Conferência discuta o Brasil que a gente quer. “Os trabalhadores são atacados, não apenas por Bolsonaro, mas por todos que se uniram para dar o golpe e derrubar Dilma Rousseff. E quem pode mudar isso somos nós, precisamos acordar e entender que somos 99% e que este Brasil é de todas, de todas e todes”, disse. “E essa categoria, que consegue tantas vitórias, pode contribuir com a mudança deste país, pois a gente quer ser feliz e queremos ver o outro feliz também. Para isso temos que trabalhar todos os dias e debate o Brasil que a gente quer. Fazer nosso papel nas redes e nas ruas”. Mas, ela ressaltou que não adianta fazemos uma ótima campanha e conquistar um acordo com aumento real e garantir todos os direitos e depois Bolsonaro ser eleito e atacar a Caixa, o Banco do Brasil, o Basa, o BNB e tirar direitos das trabalhadoras e trabalhadores. “Os 30 anos de CCT nos traz uma grande responsabilidade que vai mudar este país, tirar Bolsonaro e eleger Lula Presidente para superarmos este momento tão trágico de nossa história. E que a gente aprenda o que aconteceu no Brasil e no mundo e evoluamos. Programação 24ª Conferência Nacional d@s Trabalhador@s do Ramo Financeiro 2022 – “Um país + justo pra gente. Este é o Brasil que a gente quer!” Dia 11 de junho – sábado8h às 11h – Credenciamento presencial e eletrônico de delegados e delegadas inscritos 9h – Mesa 1 – Votação do Regimento Interno 9h30 às 12h – Mesa 2 – Reconstruir o Brasil que a gente quer Convidado: Aloízio Mercadante (professor acadêmico, economista e político, fundador do Partido dos Trabalhadores (PT); foi ministro da Educação, da Ciência, Tecnologia e Inovação e da Casa Civil no governo Dilma Rousseff; foi também senador e deputado federal por São Paulo; atualmente, é presidente da Fundação Perseu Abramo) 12h às 13h30 – Almoço 12h às 14h – Prazo para substituição de delegados ou delegadas por suplentes 13h30 às 15h30 – Mesa 3 – Apresentação de dados do setor bancário 15h30 às 17h30 – Mesa 4 – Apresentação do resultado da Consulta dos Bancários 2022; Organização e mobilização para reconstruir o Brasil que a gente quer; Acordo Nacional 19h – Jantar Dia 12 de junho – domingo 9h às 9h40 – Apresentação e aprovação da arte da Campanha Nacional dos Bancários 2022 9h40 às 12h – Apresentação e aprovação das propostas recebidas das Conferências Estaduais e Regionais; aprovação das resoluções e moções; aprovação do Comando 12h – Almoço
Bancários do Santander definem estratégias para negociação com o banco

Funcionários do Banco Santander realizaram nesta quinta-feira (9) o Encontro Nacional para debater e definir a minuta de reivindicações específicas e nortear a estratégia de negociações com o banco. “Iniciamos nossos debates com uma análise de conjuntura feita pela médica e deputada federal Jandira Feghali (PCdoB) e ao longo do dia analisamos as informações do balanço do Santander, que mostram que o banco pode atender todas nossas reivindicações e nos garantir uma participação justa nos resultados e nas cláusulas sociais, reconhecendo a imensa contribuição dos brasileiros no lucro do banco”, disse a coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE), Lucimara Malaquias. Acordo atual e novas propostas Os delegados do Encontro debateram sobre as cláusulas do atual Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) específico dos funcionários do Santander, aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria bancária. Também foram apresentadas as propostas de novos direitos a serem incluídos no ACT. “Todos nossos direitos, desde o vale-refeição até a PLR (Participação nos Lucros e/ou Resultados), são fruto de muita organização e luta dos trabalhadores e suas representações sindicais. Precisamos manter nossa união e nos mobilizarmos para garantir os direitos atuais e buscar avançar rumo a novos direitos”, ressaltou a coordenadora da COE/Santander. Centro das atenções Para Lucimara, o alerta de mobilização e união dos empregados se faz ainda mais importante com relação ao Santander. “Entre todos os bancos, o Santander tem sido o que mais tem tomado de medidas que prejudicam e tem sido o mais de difícil de negociar com os trabalhadores, seja nas demissões, cobranças de metas ou na tentativa de corte de direitos, chegando a demitir funcionários e recontratá-los por empresas do grupo para deixar de pagar direitos da categoria. É uma terceirização forçada, apenas para reduzir direitos e salários”, criticou. “Todo o Comando Nacional está atento e preocupado com esta movimentação do Santander e vai propor que a atuação de todo o movimento sindical se contraponha a elas, para evitar que outros bancos sigam o mesmo caminho”, completou. Fique ligado nos sites e nas redes sociais da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), dos sindicatos e das federações para acompanhar todo o processo organizativo da categoria e se manter mobilizado.
Caixa: saiba o que 38º Conecef aprovou para o plano de lutas e pauta de reivindicações ao banco

Bancários e bancárias da Caixa Econômica Federal realizaram de quarta-feira (8) a sexta-feira (10) o seu 38º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa Econômica Federal (Conecef), debateram sobre as questões que afetam seu dia a dia de trabalho e definiram suas pautas específicas de reivindicações, que serão negociadas com o banco durante a Campanha Nacional da categoria e a organização do movimento e das lutas a serem realizadas no próximo período. O congresso foi realizado de forma híbrida, com participação no local, em São Paulo, e de forma remota, por uma plataforma eletrônica de videoconferência e de votação. “As resoluções refletem os debates que realizamos em nosso congresso e também aqueles realizados em nossos encontros estaduais e esperamos que deem conta de colocarmos no dia a dia de nossas ações os temas que afetam o dia a dia dos empregados nas agências e departamentos da Caixa”, disse o coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Clotário Cardoso. Além da abertura solene conjunta dos congressos dos bancos públicos, ocorrida na quarta-feira (8), que contou com as reflexões do engenheiro e economista Eduardo Moreira, o 38º Conecef debateu sobre a defesa das empresas e dos bancos públicas e da Caixa 100% Pública; sobre saúde, condições de trabalho e Saúde Caixa; sobre a Funcef; sobre o ACT, a CCT e contratações; e no último dia sobre democracia e a organização do movimento. “Este é um ano no qual nossa atuação é fundamental não apenas para garantir os direitos já presentes na CCT e no ACT e buscar novas conquistas para os empregados da Caixa, mas também para lutarmos pela manutenção da democracia e contra as políticas do governo que estão gerando desemprego, inflação, fome e carestia de preços de quase a totalidade da cesta básica. E as resoluções aqui tiradas são fundamentais para realizarmos esta luta”, afirmou o presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae), Sergio Takemmoto. Moções Os delegados também aprovaram três moções. Uma em repúdio ao PL 4188/21 e solicitando que as lideranças partidárias se posicionem contrárias a essa proposta. A segunda em repúdio à atitude persecutória da direção da Caixa, bem como os ataques contra a livre organização dos trabalhadores e exigindo o imediato cancelamento do processo disciplinar contra Sérgio Soares, funcionário de carreira da Caixa há 32 anos, que trabalha na agência Guaianases, na Zona Leste de São Paulo, bem como a qualquer empregado que, fazendo valer sua liberdade de manifestação, se contraponha à violência por parte dos gestores e às péssimas condições de trabalho na Caixa. A terceira moção aprovada é em defesa da democracia, por Fora Bolsonaro e Lula Presidente.
Itaú: pauta com reivindicações foi aprovada por funcionários

Os funcionários do Itaú também definiram a pauta de reivindicações no Encontro Nacional dos Funcionários do banco, nesta quinta-feira (9), com bancários de todo o país que aprovaram a pauta de reivindicações que serão levadas para o debate na 24ª Conferência Nacional dos Bancários, que será realizado entre os dias 10 a 12 de junho, e posteriormente apresentadas ao banco. “Construímos uma pauta que dialogue com os anseios dos trabalhadores após ser debatidas por sindicatos e federações de bancários do Itaú de todo o país. Agora vamos juntar com as contribuições dos trabalhadores de outros bancos e das conferências estaduais e regionais para definirmos a pauta de toda a categoria durante nossa Conferência Nacional”, disse o coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú, Jair Alves. O coordenador do Coletivo do Itaú no estado de São Paulo, Sérgio Francisco, ressaltou a importância para os trabalhadores dos debates realizados. “Debatemos sobre empregos, remuneração, saúde, previdência complementar, diversidade, segurança bancária, condições de trabalho e teletrabalho, todos temas muito importantes e que podem contribuir com soluções para questões que afetam o dia a dia de trabalho nas agências e departamentos do banco”, disse. Para a secretária de Saúde do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Valeska Pincovai, o debate muito rico e contribuiu para a elaboração da pauta com todos os eixos citados por Francisco. “Encerramos esse encontro e retiramos uma pauta muito importante, que dialoga com os trabalhadores, sobre mais contratações, o fechamento da agências, as demissões, um programa justo de remuneração e que todos recebam pelo que foi produzido”, disse. Valeska também destacou que o aumento da violência só cresce no país e a segurança dos funcionários e clientes é fundamental, ao falar sobre o debate sobre segurança bancária.
Pauta específica de reivindicações do Bradesco é definida por funcionários

Teletrabalho, remuneração, segurança, saúde, previdência complementar, condições de trabalho, emprego e auxílio educação são os principais pontos da minuta específica de reivindicações definidas no Encontro Nacional dos Trabalhadores do Bradesco, realizado nesta quinta-feira (9), em formato híbrido. A parte presencial foi realizada na sede da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), em São Paulo. O documento será entregue à direção do banco na próxima terça-feira (14). “A participação de todos os trabalhadores foi fundamental para chegarmos à conclusão deste documento. Agora, esperamos contar com a união e a mobilização dos empregados para conseguimos conquistar todas nossas reivindicações”, afirmou Magaly Fagundes, coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco. Concentração de renda Em sua apresentação, Gustavo Cavarzan, técnico do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) na Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), mostrou como o desempenho dos bancos no início de 2022 deixou de ser definido pela pandemia e passou a espelhar o modelo econômico concentrador de renda do país, com aumento da pobreza, da inflação e consequente endividamento das famílias em linhas de créditos caras que se tornam receita nos balaços do bancos. “Além do modelo do país, o resultado dos bancos é construído com base em um forte processo de digitalização, reestruturação e surgimento de novos modelos de negócios”, disse. O economista ainda deixou um desafio para os delegados do encontro: debater quais as consequências desse modelo para o emprego no ramo financeiro e para a organização sindical. Segurança nas unidades de negócio O Brasil terminou 2021 com 18.302 agências bancárias. São 2.351 a menos do que o registrado no início da pandemia, segundo dados do Banco Central (BC). Motivo: a covid-19 impulsionou os pagamentos e o atendimento bancário por meios digitais. Segundo dados do BC, a rede de agências bancárias está diminuindo no Brasil desde 2017. Mas os fechamentos aceleraram na pandemia de covid-19. Foram 1.334 de março a dezembro de 2020 e mais 1.017 em 2021. A queda acumulada na pandemia foi de 11% e levou a rede de agências bancárias ao menor patamar da série histórica, iniciada em 2007. O banco que mais reduziu a rede de atendimento presencial na pandemia foi o Bradesco. A instituição fechou 1.527 agências desde março de 2020. Muitas delas, foram transformadas em Unidade de Negócios. Elias Jordão, secretário de Políticas Sociais da Contraf-CUT, explicou como tem sido realizada a transição de uma agência tradicional para unidade de negócio. “É um modelo que veio para ficar, não tem retorno, pela competitividade com os bancos digitais, pelo baixo custo operacional”, explicou. “O problema não são as unidades de negócio em si, mas sim o formato em que elas estão funcionando, sem nenhum tipo de controle ou ferramentas de segurança, como portas de seguranças ou vigilantes”, completou. Magaly lembrou também que o Encontro Nacional dos Trabalhadores do Bradesco debateu ainda a “defesa do emprego, da democracia e a reconstrução do Brasil que queremos”, finalizou.