Movimento luta por melhores condições de trabalho para neurodivergentes

Formado por funcionários do Banco do Brasil, o Movimento Autogerido Neurodivergentes tem o objetivo de promover adaptações no ambiente de trabalho que garantam as condições necessárias para que funcionários com neurodivergências possam exercer plenamente o seu potencial profissional.

O termo refere-se a pessoas com autismo, algum tipo de deficiência física, transtorno de déficit de atenção, bipolaridade e dislexia, entre outros.

De acordo com a presidenta do Movimento, Priscila Reis de Sá, estas pessoas podem desempenhar com mais eficiência e sem tanto desgaste suas atividades, se o banco tomar medidas inclusivas simples, como a adaptação do ambiente de trabalho e de equipamentos.

“Entregamos à diretoria do Banco do Brasil um conjunto de reivindicações para serem colocadas em prática. Nosso objetivo é que seja formado um Grupo de Trabalho para discutir a melhor forma de fazer isto e, logicamente, com a participação de neurodivergentes para que programas e medidas sejam plenamente adequados”, explicou.

O movimento teve início em março, com a criação de um grupo de Whatsapp com funcionários da ativa, aposentados e pensionistas do BB, que eram neurodivergentes ou com familiares com estes sintomas. De lá para cá, o número de participantes vem aumentando.

Os interessados em participar do grupo, podem acessá-lo por este QR code: https://chat.whatsapp.com/Lu5LKtsW01PJ7ahAtbfah5.

Priscila leu um documento, apresentando as reivindicações do grupo, durante a 25ª Conferência Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro.

“Nós, neurodivergentes, somos um a cada cinco pessoas no mundo. Isso quer dizer que somos muitos e estamos em todos os lugares. Hoje estou aqui dando voz às necessidades e dores de funcionários que vivem uma pressão constante por não se ajustarem a modelos de processos feitos para pessoas, vulgo normais”, afirmou, acrescentando que a falta de medidas para o segmento, torna este público fragilizado e potencializa o adoecimento mental e afastamentos.

A luta dos neurodivergentes tem apoio de várias associações dos funcionários do BB. O Movimento entrou em contato com a Caixa de Assistência (Cassi), para promover avaliação neuropsicológica dos funcionários interessados e com suspeita de pertencerem ao grupo.

“Nosso objetivo é ter um BB inclusivo, adaptado a nós e temos sentido que há por parte da atual gestão interesse em dar prioridade à questão”, avaliou.

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