O movimento sindical bancário e associadas e associados do Fundo Banespa de Seguridade Social (Banesprev) protestaram com um tuitaço, na manhã desta sexta-feira (28). O objetivo foi denunciar a decisão do Santander de retirar o patrocínio da entidade.
Rita Berlofa, secretária de Relações Internacionais da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e funcionária do Santander, falou sobre a reivindicação dos trabalhadores.
“Nós exigimos que o Santander não retire o patrocínio dos planos I e II, Sanprev I, Caciban, DCA e DAB, e que não faça a transferência de gestão dos planos X e Pré-75 para o Santanderprevi. O que nós queremos é a garantia da segurança e tranquilidade na aposentadoria dos banespianos”, ressaltou Rita Berlofa.
Os protestos nas redes sociais começaram às 9h e a hashtag #SantanderAtacaAposentados chegou a ficar na 15ª colocação dos assuntos mais comentados do momento, no Twitter.
A coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, Wanessa de Queiroz, disse que é preciso sensibilizar a opinião público sobre os direitos dos aposentados.
“Com essa ação, nosso objetivo também foi sensibilizar a opinião pública sobre a importância de preservar direitos conquistados ao longo de toda uma vida de trabalho, que é a aposentadoria digna, mostrando que o Santander está indo na contramão dos direitos humanos quando decide retirar patrocínio dos fundos de pensão”, destacou Wanessa de Queiroz.
Rita Berlofa explicou o que significa a retirada de patrocínio:
“A retirada de patrocínio, na prática, nada mais é do que o encerramento da relação contratual que existe com o Santander, como patrocinador, que deixa de contribuir para os planos de benefícios. Com isso, ocorre a quebra do mutualismo e o encerramento dos benefícios vitalícios, trazendo perdas irreparáveis para os aposentados.”
Segundo justificativa do Santander, os planos na modalidade de Benefício Definido “geram riscos atuariais elevados”.
“O que não é verdade, a realidade desses planos, que existem em vários fundos de pensão, é que eles são sustentáveis, com base em uma boa gestão. O que o banco quer, na realidade, é se livrar de aportes de déficits futuros e deixar todo o risco para os participantes”, ressaltou a secretária de Relações Internacionais da Contraf-CUT.
*Fonte: Contraf-CUT