Sede campestre ficará aberta durante o Carnaval
O Sindicato dos Bancários do Sul Fluminense informa que seus associados poderão desfrutar das áreas de lazer da sede campestre durante o período de carnaval. O horário de funcionamento será das 9h às 18h no sábado (10/02), domingo (11/02), segunda (12/02) e terça-feira (13/02). Na Quarta-feira de Cinzas (14/02) o funcionamento será a partir das 13h.
Itaú obtém lucro de R$ 35,6 bilhões em 2023
O Itaú Unibanco obteve um Lucro Líquido Recorrente Gerencial de R$ 35,618 bilhões, uma alta de 15,7% em relação ao ano anterior. Parte desse crescimento é atribuído à carteira de crédito. Só no quarto trimestre, o banco teve lucro de R$ 9,401 bilhões, registrando alta de 4% em comparação ao trimestre anterior e 22,6% em relação ao quarto trimestre de 2022. Segundo o coordenador da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú, Jair Alves, o banco obteve esses resultados à custa de sobrecarga de trabalho e adoecimento dos trabalhadores e das trabalhadoras. “O banco vem tendo lucros altos, com grande número de fechamento de agências e demissão de funcionários. Em contrapartida, vem crescendo os números de adoecimento nos locais de trabalho e doenças mentais dos trabalhadores”, afirmou Jair. Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), no final de 2023, a holding Itaú Unibanco contava com 85.855 empregados no país, com fechamento de 3.292 postos de trabalho em doze meses e de 1.342 postos em três meses. O Dieese destaca ainda que a redução se deve às “iniciativas de eficiência no Brasil, à adequação dos times nas áreas de atendimento e ao fechamento de agências, reduzindo em 4,7% os colaboradores do Brasil (ex-tecnologia)”.
Assédio sexual: aprenda a se defender
De acordo com informações do Ministério Público do Trabalho (MPT), somente no primeiro trimestre do ano passado foram registradas 831 denúncias de assédio sexual no Brasil. O número ficou acima do dobro de registros feitos no mesmo período de 2022, que teve 393 notificações. O assédio sexual ocorre de maneira frequente (mais do que se imagina) no ambiente de trabalho e nem sempre é através de contato físico. Muitas vezes, as vítimas se calam com medo de demissão. Porém, é preciso denunciar e o primeiro passo é procurar orientação jurídica nos sindicatos. Fernanda Lopes, secretária da Mulher da Confederação Nacional dos Trabalhadores Financeiros (Contraf-CUT), afirmou que o número de casos de assédio na categoria bancária é elevado, sendo as mulheres as maiores vítimas. “Por isso, temos o projeto ‘Basta! Não irão nos calar!’, com assessoria a federações e sindicatos para a implantação de canais de atendimento jurídico especializado para mulheres em situação de violência doméstica e familiar”, lembrou a coordenadora. Fernanda disse ainda que devido à sua importância, “na campanha nacional deste ano, o tema voltará à mesa de negociação com os bancos, quando o movimento sindical exigirá iniciativas que tornem o ambiente de trabalho mais seguro a todos, mas especialmente às mulheres”. Já a secretária de Políticas Sociais da Contraf-CUT, Elaine Cutis, ressaltou que o atual governo demonstra sensibilidade para essa questão, mas que os números continuam a crescer. Segundo ela, é fundamental “desenvolver um sistema de prevenção ao assédio sexual mais eficaz, incluindo a elaboração de uma legislação mais rigorosa para combater esse crime”. O assédio Para a trabalhadora ou trabalhador se defender do assédio sexual é importante conhecer as situações mais comuns em que a agressão se materializa. Exemplos disso são as promoções condicionadas a favores sexuais; toque, abraços ou carícias sem consentimento; elogios com conotação maliciosa ou sexual aos atributos físicos; stalking (monitoramento da vida privada), inclusive por telefone e redes sociais; brincadeiras inconvenientes; e apelidos de cunho sexual. O assédio pode ocorrer entre chefia e subordinados (mais comum), entre colegas, entre subordinado e chefia e até entre pessoas sem relação de trabalho, como clientes e prestadores de serviço. Mas vale lembrar que só é considerado crime quando praticado por superior hierárquico com o objetivo de obter vantagem ou favorecimento sexual. Neste caso, a pena é de um a dois anos de prisão, podendo ser ampliada em até um terço se a vítima for menor de 18 anos. Além de buscar orientações jurídica nos sindicatos, a vítima pode procurar as instâncias internas da empresa. O Ministério Público do Trabalho também recebe denúncias e oferece a opção de sigilo em todo o processo.
Itaú: movimento sindical denuncia interferência do RH em casos médicos
A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú apresentou algumas denúncias de interferência do departamento de Recursos Humanos (RH) em decisões médicas e problemas no Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO). Um dos casos de maior relevância diz respeito a uma bancária, gerente de contas, desligada sob alegação de extinção do seu cargo. A funcionária, recuperada recentemente de uma cirurgia, sempre cumpriu as metas do banco, inclusive após retornar às atividades mesmo realizando fisioterapia e outras terapias com conhecimento de sua gestão. Segundo a denúncia, a situação agravou-se quando a bancária informou ao médico sua condição de saúde. O médico a considerou inapta para retorno ao trabalho, indicando que não poderia ser desligada naquelas circunstâncias. A interferência do RH ficou evidente quando a trabalhadora foi avisada que o Atestado de Saúde Ocupacional (ASO) deveria ser corrigido para “Demissional”. Segundo a enfermeira e o RH, houve um “equívoco” por parte da médica. O representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) na COE Itaú, Carlos Damarindo, falou sobre a gravidade da situação. “A interferência direta do RH nas decisões médicas compromete a autonomia do profissional de saúde, o que é inadmissível”, ressaltou o dirigente sindical, acrescentando que a bancária já foi orientada adequadamente diante desse cenário. Damarindo afirmou que esse caso é o reflexo de uma prática prejudicial à integridade física e profissional dos trabalhadores bancários. “Nós exigimos uma investigação rigorosa sobre o ocorrido, para que a autonomia dos profissionais de saúde seja preservada, sem interferências externas que comprometam a integridade e a ética nas relações de trabalho”, ressaltou o dirigente.
Pix bate recorde de transações em 2023
Dados do Banco Central mostram que as movimentações realizadas através do Pix bateram recorde em 2023, alcançando os R$ 17,2 trilhões. As informações fazem parte de uma reportagem publicada, nesta terça-feira (30), no site G1. Segundo o Banco Central, as transações feitas através do Pix cresceram 57,8%em comparação a 2022, cujo total ficou em R$ 10,89 trilhões. Ainda de acordo com dados do BC, o número de clientes com relacionamento com o sistema financeiro também aumentou nos últimos anos. Para este ano, estão previstas novas funcionalidades, como o Pix automático, que deve começar a operar em outubro, permitindo que o cliente agende pagamentos que precisará fazer a empresas. Neste caso estão incluídas contas de água e luz, academias, escolas, faculdades, condomínios e parcelamento de empréstimos. Atualmente, esse tipo de pagamento pode ser feito pelo débito automático. Porém, segundo o BC, o Pix automático deverá alcançar mais pessoas. Outra novidade é o Pix agendado recorrente, que poderá ser usado para mesada, doação, aluguel entre pessoas físicas, prestação de serviços por pessoas físicas, como diarista, terapia, educador físico, entre outros. Essa modalidade também entrará em vigor em outubro deste ano. *Foto de Marcello Casal Jr./Agência Brasil
Conheça a história da Contraf-CUT
A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), atualmente, reúne nove federações e mais de 100 sindicatos. Além disso, coordena o Comando Nacional dos Bancários, que representa cerca de 95% da categoria em todo o Brasil, sendo referência na organização sindical de trabalhadores, não apenas no Brasil, mas de todo o mundo. Sua história teve início nos anos 1980, com a luta pela retomada da organização sindical, depois da intervenção feita pela ditadura militar com o golpe de 1964. Em 1985 foi criado um departamento da Central Única dos Trabalhadores (CUT), o Departamento Nacional dos Bancários (DNB-CUT). Sua atuação foi fundamental para a primeira greve nacional da categoria após a ditadura, realizada ainda em 1985. Já em 1992, surgiu a Confederação Nacional dos Bancários (CNB), que substituiu o DNB-CUT. Reconhecida pela categoria como representante oficial nas negociações com as instituições financeiras, a CNB era uma entidade de abrangência nacional. Após passar a representar os financiários, em 2006, foi criada a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf). A entidade foi reconhecida pelo Ministério do Trabalho e Emprego, em 24 de junho de 2008, como representante dos trabalhadores do ramo financeiro.
Em sua primeira reunião do ano, COE e Itaú debatem emprego, saúde e remuneração
A pauta da reunião entre a Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú e a direção do banco teve como pontos principais emprego, saúde e remuneração. O encontro aconteceu na última quarta-feira (24). O fechamento de agências, com consequentes demissões, é a principal preocupação da comissão, que luta pela preservação dos postos de trabalho. A revisão de metas das agências também foi cobrada pelos representantes de empregadas e empregados. A desconexão do IUconecta dos trabalhadores afastados foi outro motivo de queixa. Em relação à saúde, a cobrança foi pelo prosseguimento das negociações das cláusulas 61 e 87, da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), que se referem à prevenção de conflitos e assédio moral no local de trabalho e dos canais de denúncia; e às formas de acompanhamento das metas por parte dos bancos. Quanto ao afastamento de pessoas, os trabalhadores reivindicaram melhor fluxo de atendimento, já que existem muitas reclamações de distorções e atrasos de pagamentos devido à falta de conhecimento do funcionário sobre os procedimentos corretos de apresentação de documentos. Os trabalhadores reclamaram, ainda, das clínicas médicas do Programa de Controle Médico em Saúde Ocupacional (PCMSO) do Itaú. Eles pediram que o banco apure as queixas dos funcionários. Na questão da diversidade, foi solicitada a realização de uma discussão periódica, com debate fixo para que haja realmente avanço no tema. O Itaú apresentou uma proposta de atualização da Comissão de Conciliação Voluntária (CCV), fórum tripartite que reúne funcionários, representantes do Sindicato e do banco para discutir e tentar resolver pendências trabalhistas antes de recorrer à Justiça. O próximo encontro está marcado para 28 de fevereiro. Já o Grupo de Trabalho (GT) de saúde voltará a se reunir em 15 de março.
Saúde mental: número de afastamentos aumenta em quase 40%
Um levantamento realizado pelo INSS mostrou que os afastamentos do trabalho por transtornos mentais aumentaram quase 40% no Brasil, no período de um ano. Em 2023, foram concedidos 288.865 benefícios por incapacidade relacionados a esses transtornos. Em 2022, esse número era de 209.124. Já em 2021, o índice ficou na casa de 200 mil. Segundo a Previdência Social, são 15 as principais razões para estes afastamentos. Todas estão previstas na classificação internacional de doenças. O transtorno misto ansioso e depressivo está no alto da lista, com mais de 28 mil casos. Ele é seguido por episódios depressivos, depressivos graves e ansiedade generalizada. Na live, realizada na última terça-feira (23), pelo Sindicato dos Bancários do Sul Fluminense, o presidente Júlio Cunha, o diretor de Saúde, Miguel Pereira e a psicóloga convidada Jaqueline Bento, alertaram sobre o alto índice de transtornos mentais que atinge a categoria bancária. Júlio lembrou que o sindicato vem, há algum tempo, trabalhando nessa questão do adoecimento e conscientizando os bancários sobre o problema. Miguel explicou que a saúde mental é uma pauta que, cada vez mais, vai fazer parte do dia a dia dos trabalhadores. Segundo ele, é preciso despertar nas pessoas, o interesse pelo autocuidado e autoconhecimento. “As pessoas precisam ter a percepção do início do processo, para que procurem logo ajuda antes de chegar a uma fase completamente arrasada, extenuada, no auge da síndrome de burnout, numa depressão acentuada”, observou Miguel. No ano passado, em sua Consulta Nacional, bancárias e bancários apontaram que vêm sofrendo com problemas como preocupação constante com o trabalho, cansaço, fadiga, desmotivação, crises de ansiedade e pânico. Entre as causas para esses distúrbios está a cobrança excessiva de metas, muitas vezes consideradas inatingíveis. Ainda na live, a psicóloga Jaqueline Bento falou sobre todo o processo da instalação do transtorno, desde que a pessoa é contratada, com a expectativa de um novo ciclo de vida, os desafios que precisa enfrentar e os casos de assédio, que levam ao adoecimento mental. Segundo Jaqueline, muitas vezes a pessoa nem entrega o atestado orientando o afastamento do trabalho para tratamento por temerem a perda do emprego. “As pessoas demoram muito tempo para procurar ajuda devido ao preconceito e à normalização do sofrimento. Existe uma visão de super homens e super mulheres. Você tem que dar conta, tem que conseguir. Você não pode ser emocionalmente fraco. Para essas pessoas, um afastamento por saúde mental é o cúmulo da fraqueza”, exemplificou a psicóloga. A Campanha Janeiro Branco, que trata dos cuidados e prevenção da saúde mental, busca através de palestras, debates e ações alertar a população para os riscos de uma saúde mental abalada. Mas segundo especialistas, é preciso mais investimento nas escolas e ambientes de trabalho, com a contratação de mais psicólogos e psiquiatras que possam identificar e prevenir esses transtornos.
Categoria bancária realizará encontros para se preparar para campanha nacional
O ano de 2024 será de luta para a categoria bancária, que realizará sua campanha nacional salarial. Por isso, haverá muitos eventos de conscientização para que todos estejam preparados para lutar por seus direitos. A Federação das Trabalhadoras e dos Trabalhadores no Ramo Financeiro do Rio de Janeiro (Federa-RJ) publicou um calendário com alguns eventos importantes, que já estão sendo programados para este ano. Haverá debates sobre prioridades, conquista de direitos e reajuste salarial. A Consulta Nacional dos Bancários está prevista para ter início dia 22 de abril. Os congressos dos bancos públicos, como Banco do Brasil e Caixa Econômica deverão acontecer de 4 a 6 de junho. Os bancos privados realizarão encontros no dia 6 de junho. Já a 26ª Conferência Nacional dos Bancários e Bancárias será realizada de 7 a 9 de junho.
Em 2024, serão 12 feriados bancários nacionais
Bancárias e bancários vão ter 12 feriados nacionais em 2024, segundo calendário da Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Confira das datas: Sexta-feira da Paixão(29 de março), Tiradentes(21 de abril – domingo), Dia do Trabalho (1º de maio), Corpus Christi (30 de maio), Independência do Brasil (7 de setembro – sábado), Nossa Senhora Aparecida (12 de outubro – sábado), Dia de Finados (2 de novembro – sábado), Proclamação da República (15 de novembro), Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra (20 de novembro) e Natal (25 de dezembro). No dia 14 de fevereiro, Quarta-feira de Cinzas, o expediente será especial, com as agências abrindo ao meio-dia para atendimento ao público. Porém, nos locais onde os bancos fecham antes das 15h, a abertura será antecipada para garantir o mínimo de três horas de atendimento ao público. Não são considerados dias úteis para operações bancárias a segunda-feira (12/2) e a terça-feira (13/2) de Carnaval. No último dia útil do ano, 31 de dezembro, as agências não abrem ao público, como já é tradição. *Foto de Marcelo Camargo/Agência Brasil