Sindicato leva estudo feito com a UFF sobre adoecimento mental à audiência no Paraná

O secretário de Saúde e Promoção Social do Sindicato dos Bancários do Sul Fluminense, Miguel Pereira, participou nesta terça-feira (20) da audiência pública “Saúde Mental de Bancários e Financiários do Paraná. A audiência foi realizada na Assembleia Legislativa, em Curitiba, e contou com a participação de representantes da categoria, sindicatos, especialistas e autoridades para debater os impactos emocionais e psicológicos enfrentados pelos profissionais no ambiente de trabalho. O objetivo da audiência é levantar propostas de prevenção, acolhimento e promoção do bem-estar no setor. Miguel entregou o relatório sobre adoecimento mental feito em parceria com o Departamento de Psicologia da Universidade Federal Fluminense. Em seu discurso, Miguel pediu que seja realizada uma moção de repúdio à norma do Banco do Brasil, que pune com a perda da função o trabalhador que precisa se afastar por seis meses por adoecimento. Miguel explicou que é importante dar visibilidade ao debate sobre o adoecimento mental no trabalho, principalmente no trabalho bancário. Segundo ele, as novas formas de trabalho, as novas tecnologias intensificam o controle à produção e as exigências por metas. “É importante que a sociedade saiba que, se o trabalho está adoecendo, precisa de medidas de todas as formas e de todos os atores públicos e políticos para coibir e fazer repensar. Se a organização do trabalho mudou, todo arcabouço legal, jurídico precisa ser readequado. E a Assembleia Legislativa é um espaço importante para isso”, ressaltou Miguel. O secretário do Sindicato dos Bancários do Sul Fluminense explicou ainda que, segundo o Supremo Tribunal Federal (STF), tudo o que tiver interessa público as assembleias e as câmaras têm competência para legislar, não é uma questão exclusiva da União.
Nova NR-1 começa a valer dia 26 de maio, em caráter orientativo

A partir do próximo dia 26 de maio, as empresas deverão se adequar à nova Norma Regulamentadora nº 1 (NR-1), que traz como principal avanço a inclusão de diretrizes voltadas à prevenção de riscos psicossociais no ambiente corporativo. Mesmo entrando em vigor em 2025, durante os 12 primeiros meses a fiscalização será apenas orientativa. A nova NR-1 marca uma mudança de paradigma ao reconhecer oficialmente que fatores como assédio moral, pressão excessiva por metas e desequilíbrio entre vida pessoal e profissional também impactam diretamente a saúde do trabalhador. O governo anunciou a criação de um grupo de trabalho tripartite, composto por representantes dos trabalhadores, empregadores e do próprio Ministério do Trabalho. O objetivo é garantir a implementação da nova norma. O ministério se comprometeu, ainda, a publicar um guia oficial de orientação, com informações práticas para empregadores, profissionais de saúde e segurança do trabalho e demais interessados. O novo texto da norma reforça a importância de uma abordagem ampliada sobre os riscos ocupacionais, incorporando questões que impactam diretamente o bem-estar dos trabalhadores. Confira os principais pontos: *Fonte: Contraf-CUT
Mesa de saúde: Contraf-CUT vai pressionar Fenaban contra adoecimento da categoria

A Mesa de Saúde entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) será realizada nesta sexta-feira (25), a partir das 10h. Na pauta, a saúde e as condições de trabalho das bancárias e bancários. No encontro, a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) vai reforçar denúncias e cobrar soluções urgentes para o crescente adoecimento da categoria. Os bancários representam 0,8% do emprego formal no Brasil. Porém, concentram parcela expressiva dos afastamentos por doenças relacionadas ao trabalho, principalmente em relação a transtornos mentais. Com base em registros do INSS, dados da plataforma Smartlab apontam que, somente em 2024, foram registrados 168,7 mil afastamentos acidentários no país. Destes, 2,81% ocorreram na categoria bancária. Já os afastamentos previdenciários somaram quase 2,2 milhões, sendo 1,12% de bancários, o equivalente a 24.079 ocorrências. Os bancos comerciais e a Caixa Econômica figuram na 6ª e 7ª posições, respectivamente, em afastamentos acidentários por transtornos mentais, com 269 e 253 casos. “Não podemos mais ignorar a saúde mental. Os bancos precisam parar de tratar o sofrimento dos trabalhadores como algo invisível e assumir a responsabilidade sobre o impacto que seus modelos de gestão têm causado na vida dos trabalhadores. A saúde mental e física dos bancários deve ser prioridade. Vamos seguir exigindo políticas efetivas de prevenção e cuidado e pressionar por compromissos reais e não apenas promessas”, afirma Mauro Salles, secretário de Saúde da Contraf-CUT. *Fonte: Contraf-CUT
Conferência crucial de vigilância em saúde será realizada nesta quarta (23)

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) promove, nesta quarta-feira (23), a Conferência Livre “Trabalhadores e Trabalhadoras como Protagonistas na Vigilância em Saúde”. O evento será em formato híbrido, a partir das 13h30, tendo como sede o Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e Região (SindBancários), mas será aberto à participação remota de bancários de todo o país. As inscrições podem ser feitas através do link: https://us06web.zoom.us/meeting/register/vt0K_NCrTVCLWTaIH4NtNg. Durante o encontro serão elaboradas propostas a serem apresentadas na 5ª Conferência Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora (CNSTT), com realização prevista entre 18 e 21 de agosto. Também haverá espaço para a eleição de delegados que representarão a categoria na CNSTT. “A iniciativa visa fortalecer ativamente a participação dos trabalhadores do setor financeiro na construção de estratégias de vigilância em saúde, um tema de crescente urgência diante das alarmantes estatísticas que expõem os elevados índices de adoecimento entre esses profissionais”, explica Mauro Salles, secretário de Saúde da Contraf-CUT. *Fonte: Contraf-CUT
Número de benefícios do INSS por doenças psiquiátricas aumenta 68% em 2024

O Ministério da Previdência Social divulgou, recentemente, o número recorde de benefícios concedidos a trabalhadores em 2024. Foram 470.328 benefícios relacionados a transtornos mentais, número que chocou muitas pessoas, menos a categoria bancária. Os transtornos mentais mencionados na publicação incluem ansiedade, depressão e reação ao estresse, principalmente. O aumento foi de 68% em relação a 2023. A Síndrome de Burnout, um dos maiores problemas que atinge os bancários, resultado do esgotamento pelo trabalho, não está entre esses números. A doença está em linha com os resultados da pesquisa que recentemente o Sindicato dos Bancários do Sul Fluminense realizou, em parceria com o Departamento de Psicologia da UFF-Volta Redonda. Importante lembrar que esses números se referem apenas aos casos que buscaram algum benefício previdenciário e tiveram êxito. Entre os que continuam trabalhando, adoecidos, e ainda não se afastaram os números batem em cerca de 50% da categoria. O problema está diretamente relacionado à precarização do trabalho, falta de condições adequadas, má divisão e organização do trabalho, imposição abusiva de metas, assédios moral e institucional. Subnotificação É preciso saber que um grande número de benefícios ainda é indeferido pelo INSS, ou tem suas causas subnotificadas. No total foram solicitados 3,5 milhões de benefícios motivados por várias doenças. Infelizmente, uma fração mínima de casos é considerada como doenças ocupacionais relacionadas ao trabalho. Desta forma, esse direito é tirado dos trabalhadores, o que obriga os sindicatos a emitirem as CATs (Comunicação de Acidentes do Trabalho) e, na maioria das vezes, buscar a Justiça para assegurar o correto enquadramento. Ainda de acordo com os dados divulgados, a maioria das pessoas acometidas está no grupo das mulheres, cerca de 64%, em razão da sobrecarga de trabalho, menor remuneração, responsabilidades de cuidados familiar e estão sujeitas a todo tipo de violências e assédios. Isso é outra tragédia porque, atualmente, as mulheres são as provedoras na maior parte das casas no Brasil, se transformando num risco econômico. O quadro atual exige a tomada de medidas preventivas para alterar essa situação, principalmente a revisão do modelo de organização dos negócios. Nesse sentido, o governo decidiu rever os termos da NR 1 – Norma Regulamentadora nº 1, que dispõe sobre os Riscos Ocupacionais, para determinar de forma específica, que as empresas apontem quais os riscos psicossociais que determinado ambiente de trabalho oferece e, portanto, quais medidas serão tomadas para eliminar tais riscos do ambiente. Essa medida se tornará obrigatória por parte das empresas a partir de Maio/25. O movimento sindical está de olho nessa “novidade” e vai acompanhar de perto, porque sabe quais são as causas. O movimento sindical também está reivindicando que seja regulamentada, no sentido de definir procedimentos e autorizar que os sindicatos atuem diretamente na área de vigilância e segurança do trabalho, em conjunto ou separado, dos demais órgãos, podendo apresentar e alimentar denúncias, dados estatísticos, comunicar e aplicar determinadas medidas administrativas para efetivar ambientes de trabalho plenamente saudáveis. Veja como solicitar o auxílio-doença do INSS Confira o passo a passo: Nossos direitos Aos bancários que se afastam do trabalho para licença pelo INSS, ficam asseguradas: Em caso de necessidade de mais informações ou esclarecimentos recorram à Secretaria de Saúde/Promoção Social do Sindicato através do telefone (24) 98156-8685 ou através do e-mail: miguelcontraf@gmail.com. Foto: Freepik
Avaliação de riscos psicossociais será obrigatória a partir de maio

As empresas brasileiras terão que incluir a avaliação de riscos psicossociais no processo de gestão de Segurança e Saúde no Trabalho (SST), a partir de 26 de maio deste ano. A exigência é resultado da atualização da Norma Regulamentadora nº 1 (NR-1), promovida pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) em agosto de 2024. A atualização destaca que riscos psicossociais, como estresse, assédio e carga mental excessiva, devem ser identificados e gerenciados pelos empregadores como parte das medidas de proteção à saúde dos trabalhadores. O diretor de Saúde do Sindicato dos Bancários do Sul Fluminense, Miguel Pereira, explicou que essa revisão da NR-1 é muito importante, mas não veio de graça. “Na verdade, é fruto de muita luta e disputa em torno da saúde do trabalhador e da trabalhadora que os sindicatos vêm fazendo nos últimos anos. Trabalhos como nossa pesquisa em conjunto com a UFF – Volta Redonda, que ajuda a confirmar esses diagnósticos contribuem para esses avanços nas normas e legislações pertinentes”, ressaltou o diretor. Miguel ressalta que o problema do adoecimento mental no trabalho é muito maior do que se imagina e já se tornou uma questão de saúde pública, cujos custos tem ficado apenas com o trabalhador e a Previdência Social. “A partir de maio/25 teremos mais uma ferramenta a nosso favor. Mas vamos precisar aumentar nossa vigilância para que de fato as novas diretrizes sejam cumpridas. Fornecer serviços de academia e outras atividades correlatas apenas não é política de gestão de riscos. Temos que ficar ligados”, observou Miguel Pereira. *Foto: Freepik
Burnout é caso de saúde pública no Brasil, segundo OMS

A Organização Mundial da Saúde (OMS) incluiu a síndrome de burnout na Classificação Internacional de Doenças (CID), desde a primeira semana deste mês de janeiro. A medida consolida a doença como uma questão de saúde pública no país. A categoria bancária registra alto índice de pessoas atingidas pela doença que, segundo o Ministério da Saúde, apresenta sintomas como exaustão extrema, estresse e esgotamento físico resultante de situações de trabalho desgastante, com muita competitividade ou responsabilidade. No Brasil, a situação é preocupante, com alto índice de afastamentos e até aposentadoria com respaldo do INSS e da Justiça, notadamente na categoria bancária. Por isso, a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) iniciou uma pesquisa, em dezembro passado, intitulada “Conflitos de valores, alterações de identidade e desgaste emocional em bancários”. O secretário de Saúde do Trabalhador da Contraf-CUT, Mauro Salles, explicou que a burnout ainda é pouco conhecida e subdiagnosticada. “Mas já se sabe que é geradora de outras comorbidades e causa de um número crescente de afastamentos no trabalho com consequências na saúde, nas organizações de trabalho e apresenta crescimento expressivo entre bancários”, afirmou Salles. Segundo o secretário, a pesquisa vai ajudar a entender melhor a realidade, auxiliando a ação sindical para enfrentar a situação, com propostas de novas formas de gestão e de cuidados com a saúde dos trabalhadores. Fonte: Bancários Rio Crédito: Freepik
Sindicato participa de reunião da Contraf-CUT sobre saúde

O Sindicato dos Bancários do Sul Fluminense está participando da reunião promovida pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro, em São Paulo, nestes dias 26 e 27 de novembro, em São Paulo, onde estão sendo debatidos temas relativos ao adoecimento mental no trabalho. O tema do encontro é “Programação do Planejamento Presencial do Coletivo Nacional de Saúde” e o Diretor de Promoção Social e Saúde, Miguel Pereira, está representando o Sindicato. Durante o encontro desta terça-feira (26) foram debatidos temas como “A Inspeção do Trabalho na Prevenção das Doenças Relacionadas ao Trabalho”, com Geovania Cardinot Motroni, Auditora Fiscal MTE/RJ; e “Prevenção do Sofrimento Mental e Suicídios Relacionados ao Trabalho”, com Márcia Bandini / LAB ESTER – UNICAMPO/MPT. Nesta quarta-feira (27), a pauta inclui apresentação dos “Informes e Balanço da Campanha Nacional”, palestra sobre a “Situação da Saúde e Condições de Trabalho. O que fazer para avançar?”, com a Dra. Maria Maeno, e apresentação do Plano de Ação para 2025.
CFM tem novas diretrizes para atestados médicos

A emissão de atestados médicos, digitais e físicos, terá novas diretrizes a partir do próximo dia 5 de novembro, segundo determinação do Conselho Federal de Medicina (CFM). Com o objetivo de aumentar a segurança contra fraudes e falsificações, as mudanças serão obrigatórias a partir de março de 2025, quando os atestados deverão estar de acordo com as novas exigências. O atestado que estiver fora do padrão não será aceito pelo Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), empresas e órgãos de perícia médica. Para assegurar a validade e a autenticidade dos atestados, a nova resolução do CFM exige que eles incluam informações como identificação do médico, tempo concedido de dispensa, Registro de Qualificação de Especialista (RQE), identificação do paciente, Classificação Internacional de Doenças (CID), data de emissão, assinatura qualificada do médico, dados de contatos profissionais, e endereço profissional ou residencial do médico. Atesta CFM A plataforma Atesta CFM é uma solução digital, atualizada em tempo real e estará disponível no portal online e, em novembro, nas lojas de aplicativos Android e iOS. Ela é gratuita e acessível a médicos, pacientes e empresas. Somente os médicos estarão autorizados a emitir atestados pela plataforma, utilizando Certificado Digital ou credencial do CFM para se identificar. Com essa plataforma é possível verificar a validade e o histórico dos documentos emitidos. Logo após o médico emitir o atestado, o paciente é notificado e, com sua autorização, a empresa ode trabalha também é informada. A segurança é reforçada com a notificação do médico quando um atestado é recebido por uma empresa, permitindo o cancelamento do mesmo em caso de suspeita de uso indevido. A plataforma também possibilita a impressão de blocos, com data de validade e segurança reforçada por códigos, caso a preferência seja por atestados físicos. Depois que preencher manualmente, o médico deverá inserir as informações na plataforma, assegurando a conformidade com as diretrizes. As informações dos atestados estão sob a proteção da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), garantindo o sigilo das informações clínicas dos pacientes. *Fonte: IstoÉ *Foto: Freepik
10 DE OUTUBRO: DIA MUNDIAL DA SAÚDE MENTAL

Caros bancários e bancárias, Não só as atribulações, os riscos e medos da vida moderna estão a nos adoecer mentalmente. As relações e, principalmente, a falta de condições adequadas de trabalho nos bancos, focados apenas e cada vez mais, em metas de vendas de produtos e serviços, abusivas e que retiram todo o sentido do nosso trabalho, tem causado verdadeira “epidemia” de doenças psíquicas entre nós. Em pesquisa recente realizada em conjunto com a Universidade Federal Fluminense – UFF – Departamento de Psicologia – Volta Redonda, começamos a dimensionar o problema e buscar soluções e cuidados. Mais da metade da categoria está adoecida. Ansiedade, depressão, angústia, Síndrome de Burnout…causando dor, sofrimento, afastamento do trabalho, mais ansiedade, mais insegurança, chegando a casos de suicídios, infelizmente…um círculo que se retro alimenta. Por outro lado, os bancos, empresas de modo geral, ao invés de reverem seus processos produtivos para evitar os danos, só os intensificam, se utilizando de assédio moral e métodos de gestão desumanizados. Não há acolhimento ou tentativa de recuperação. Só discriminação, preconceitos, punições, descomissionamentos e demissões. Ao erário público cabe arcar com os custos do pagamento dos Benefícios Previdenciários, cujo INSS se torna outro calvário para os adoecidos terem reconhecidos seus direitos e possam fazer um tratamento minimamente digno com o afastamento do trabalho. Mas faltam muitas políticas públicas para enfrentar esse novo grande problema de saúde pública. Voltando aos ambientes de trabalho, podemos e devemos entre nós trabalhadores, resgatar a empatia, solidariedade e companheirismo. Precisamos discutir limites para essa competição desenfreada e destrutiva que os bancos estabeleceram entre nós. Afinal, não somos nós a parte mais importante desse negócio que é feito de “gente”??? Isso é parte importante do nosso adoecimento. Somos os campeoníssimos em afastamentos por doenças mentais no Brasil. Se representamos 1% dos trabalhadores formais, respondemos por cerca de 25% dos benefícios acidentários concedidos pelo INSS. Isso se deve à ação diligente dos Sindicatos dos Bancários em todo o país, que emitem as CAT – Comunicação de Acidente do Trabalho. Mas os dramas são muito maiores. Estamos falando de seres humanos adoecidos pela forma de exploração mais capitalista que existe: financeirização econômica. Que no Brasil, não cumpre em nada com seu papel social, que seria fomentar o crédito e contribuir com o desenvolvimento econômico e social. Queremos, particularmente nesse dia 10/10, reafirmar aos bancários e bancárias, já adoecidos ou não, afastados do trabalho ou não, que estamos firmemente comprometidos com esse “novo” desafio: enfrentar de todas as formas o assédio moral institucional e essas formas perversas e intencionais de gestão. Estamos buscando nos qualificar para poder intervir e produzir uma nova organização do trabalho que se não servir para promover saúde, pelo menos não seja causa de sofrimento e adoecimento psíquico. Isso não pode ser utópico. É real. Temos de parar essa máquina de adoecimentos, que todos os dias joga centenas de bancários para fora do sistema e da vida regular e saudável da sociedade, para fora. Nós, trabalhadores bancários, empresas, profissionais de saúde, autoridades e serviços públicos, governos, sociedade e familiares, enfim, todos precisamos mudar nossa postura diante desse quadro. Precisamos falar cada vez mais sobre esse tipo de sofrimento silencioso e “particularizado”. Estamos disponíveis para ouvir, orientar e lutar. Se hoje temos direitos nessa área, é porque muitos e muitas lutaram antes e por nós. Por isso a importância desse dia onde reconhecemos a importância da organização social e suas lutas. Um VIVA a todos e todas lutadoras e nossa solidariedade às vítimas dos adoecimentos. Contem conosco! Miguel Pereira Diretor de Promoção Social Sindicato dos Bancários do Sul Fluminense