Sindicato participa de reunião da Contraf-CUT sobre saúde

O Sindicato dos Bancários do Sul Fluminense está participando da reunião promovida pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro, em São Paulo, nestes dias 26 e 27 de novembro, em São Paulo, onde estão sendo debatidos temas relativos ao adoecimento mental no trabalho. O tema do encontro é “Programação do Planejamento Presencial do Coletivo Nacional de Saúde” e o Diretor de Promoção Social e Saúde, Miguel Pereira, está representando o Sindicato. Durante o encontro desta terça-feira (26) foram debatidos temas como “A Inspeção do Trabalho na Prevenção das Doenças Relacionadas ao Trabalho”, com Geovania Cardinot Motroni, Auditora Fiscal MTE/RJ; e “Prevenção do Sofrimento Mental e Suicídios Relacionados ao Trabalho”, com Márcia Bandini / LAB ESTER – UNICAMPO/MPT. Nesta quarta-feira (27), a pauta inclui apresentação dos “Informes e Balanço da Campanha Nacional”, palestra sobre a “Situação da Saúde e Condições de Trabalho. O que fazer para avançar?”, com a Dra. Maria Maeno, e apresentação do Plano de Ação para 2025.

CFM tem novas diretrizes para atestados médicos

A emissão de atestados médicos, digitais e físicos, terá novas diretrizes a partir do próximo dia 5 de novembro, segundo determinação do Conselho Federal de Medicina (CFM). Com o objetivo de aumentar a segurança contra fraudes e falsificações, as mudanças serão obrigatórias a partir de março de 2025, quando os atestados deverão estar de acordo com as novas exigências. O atestado que estiver fora do padrão não será aceito pelo Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), empresas e órgãos de perícia médica. Para assegurar a validade e a autenticidade dos atestados, a nova resolução do CFM exige que eles incluam informações como identificação do médico, tempo concedido de dispensa, Registro de Qualificação de Especialista (RQE), identificação do paciente, Classificação Internacional de Doenças (CID), data de emissão, assinatura qualificada do médico, dados de contatos profissionais, e endereço profissional ou residencial do médico. Atesta CFM A plataforma Atesta CFM é uma solução digital, atualizada em tempo real e estará disponível no portal online e, em novembro, nas lojas de aplicativos Android e iOS. Ela é gratuita e acessível a médicos, pacientes e empresas. Somente os médicos estarão autorizados a emitir atestados pela plataforma, utilizando Certificado Digital ou credencial do CFM para se identificar. Com essa plataforma é possível verificar a validade e o histórico dos documentos emitidos. Logo após o médico emitir o atestado, o paciente é notificado e, com sua autorização, a empresa ode trabalha também é informada. A segurança é reforçada com a notificação do médico quando um atestado é recebido por uma empresa, permitindo o cancelamento do mesmo em caso de suspeita de uso indevido. A plataforma também possibilita a impressão de blocos, com data de validade e segurança reforçada por códigos, caso a preferência seja por atestados físicos. Depois que preencher manualmente, o médico deverá inserir as informações na plataforma, assegurando a conformidade com as diretrizes. As informações dos atestados estão sob a proteção da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), garantindo o sigilo das informações clínicas dos pacientes. *Fonte: IstoÉ *Foto: Freepik

10 DE OUTUBRO: DIA MUNDIAL DA SAÚDE MENTAL

Caros bancários e bancárias, Não só as atribulações, os riscos e medos da vida moderna estão a nos adoecer mentalmente. As relações e, principalmente, a falta de condições adequadas de trabalho nos bancos, focados apenas e cada vez mais, em metas de vendas de produtos e serviços, abusivas e que retiram todo o sentido do nosso trabalho, tem causado verdadeira “epidemia” de doenças psíquicas entre nós. Em pesquisa recente realizada em conjunto com a Universidade Federal Fluminense – UFF – Departamento de Psicologia – Volta Redonda, começamos a dimensionar o problema e buscar soluções e cuidados. Mais da metade da categoria está adoecida. Ansiedade, depressão, angústia, Síndrome de Burnout…causando dor, sofrimento, afastamento do trabalho, mais ansiedade, mais insegurança, chegando a casos de suicídios, infelizmente…um círculo que se retro alimenta. Por outro lado, os bancos, empresas de modo geral, ao invés de reverem seus processos produtivos para evitar os danos, só os intensificam, se utilizando de assédio moral e métodos de gestão desumanizados. Não há acolhimento ou tentativa de recuperação. Só discriminação, preconceitos, punições, descomissionamentos e demissões. Ao erário público cabe arcar com os custos do pagamento dos Benefícios Previdenciários, cujo INSS se torna outro calvário para os adoecidos terem reconhecidos seus direitos e possam fazer um tratamento minimamente digno com o afastamento do trabalho. Mas faltam muitas políticas públicas para enfrentar esse novo grande problema de saúde pública. Voltando aos ambientes de trabalho, podemos e devemos entre nós trabalhadores, resgatar a empatia, solidariedade e companheirismo. Precisamos discutir limites para essa competição desenfreada e destrutiva que os bancos estabeleceram entre nós. Afinal, não somos nós a parte mais importante desse negócio que é feito de “gente”??? Isso é parte importante do nosso adoecimento. Somos os campeoníssimos em afastamentos por doenças mentais no Brasil. Se representamos 1% dos trabalhadores formais, respondemos por cerca de 25% dos benefícios acidentários concedidos pelo INSS. Isso se deve à ação diligente dos Sindicatos dos Bancários em todo o país, que emitem as CAT – Comunicação de Acidente do Trabalho. Mas os dramas são muito maiores. Estamos falando de seres humanos adoecidos pela forma de exploração mais capitalista que existe: financeirização econômica. Que no Brasil, não cumpre em nada com seu papel social, que seria fomentar o crédito e contribuir com o desenvolvimento econômico e social. Queremos, particularmente nesse dia 10/10, reafirmar aos bancários e bancárias, já adoecidos ou não, afastados do trabalho ou não, que estamos firmemente comprometidos com esse “novo” desafio: enfrentar de todas as formas o assédio moral institucional e essas formas perversas e intencionais de gestão. Estamos buscando nos qualificar para poder intervir e produzir uma nova organização do trabalho que se não servir para promover saúde, pelo menos não seja causa de sofrimento e adoecimento psíquico. Isso não pode ser utópico. É real. Temos de parar essa máquina de adoecimentos, que todos os dias joga centenas de bancários para fora do sistema e da vida regular e saudável da sociedade, para fora. Nós, trabalhadores bancários, empresas, profissionais de saúde, autoridades e serviços públicos, governos, sociedade e familiares, enfim, todos precisamos mudar nossa postura diante desse quadro. Precisamos falar cada vez mais sobre esse tipo de sofrimento silencioso e “particularizado”. Estamos disponíveis para ouvir, orientar e lutar. Se hoje temos direitos nessa área, é porque muitos e muitas lutaram antes e por nós. Por isso a importância desse dia onde reconhecemos a importância da organização social e suas lutas. Um VIVA a todos e todas lutadoras e nossa solidariedade às vítimas dos adoecimentos. Contem conosco! Miguel Pereira Diretor de Promoção Social Sindicato dos Bancários do Sul Fluminense

Live conscientiza bancários sobre saúde mental

Dentro da Campanha Janeiro Branco, o Sindicato dos Bancários do Sul Fluminense promoveu, nesta terça-feira (23), uma live com a psicóloga Jaqueline Bento, que falou sobre a prevenção e os cuidados com a saúde mental. Na abertura da live, o presidente do Sindicato, Júlio Cunha, falou sobre a campanha e sua importância.“Nós, há algum tempo estamos alertando a categoria sobre a prevenção e cuidados com a saúde mental. Nós percebemos que uma grande parcela da categoria está doente e sequer admite estar doente e sequer tem consciência de estar doente”, ressaltou Júlio. O presidente lembrou que o resultado da pesquisa realizada no ano passado pelo sindicato em parceria com o Departamento de Psicologia da Universidade Federal Fluminense (UFF) de Volta Redonda, mostrou que o ambiente de trabalho nas agências da região tem uma classificação de adoecimento moderado a crítico. “Essa campanha é muito importante para que a gente leve essa consciência ao bancário do Sul Fluminense que ele precisa se prevenir e ter cuidado com a sua saúde mental”, completou Júlio.Também o diretor de Saúde do Sindicato, Miguel Pereira, ressaltou a importância da campanha e reafirmou que o nível de adoecimento da categoria bancária, apresentado pela pesquisa, é assustador. “Essa campanha, criada por psicólogos brasileiros em 2014, visa justamente fazer essa reflexão, um chamamento para que a gente preste atenção a esses cuidados porque uns tratam como frescura, bobeira, dizem que é um estresse normal. Mas quando você vê está num processo de adoecimento grave, com sérias consequências na sua vida”, alertou. Miguel lembrou ainda que a categoria bancária é uma das que registram maior afastamento do trabalho provocado por doenças psicossomáticas. A psicóloga Jaqueline Bento iniciou a live explicando que o objetivo do trabalho era que no final, o bancário que estava assistindo saísse com uma noção clara do nível em que se encontra dentro da zona de perigo para desenvolver algum tipo de transtorno. “Nós queremos também que vocês saiam com dicas e orientações para prevenir sua saúde mental e, caso já esteja doente de alguma forma, que saia sabendo que caminhos procurar”, disse. Segundo Jaqueline, falar de saúde mental é falar de uma dor invisível. “Quando você fala que quebrou a perna, que tem diabetes ou hipertensão, é fácil mostrar isso, é fácil as pessoas acreditarem. Já a questão de saúde mental é invisível. Para alguém compreender uma dor emocional é só quando ela passa por isso”, observou a psicóloga. Em sua exposição, Jaqueline abordou questões como a pressão pelo cumprimento de metas e a Síndrome de Burnout, que é o esgotamento físico, mental e emocional.” Quando a gente fala de uma pessoa que sofre com Burnout, a gente fala de alguém que se autonegligência, que cedo ou tarde vai parar de se cuidar. Tudo caminha para o abandono de si mesmo”, explicou. A psicóloga ressaltou que é importante prestar atenção nos sinais. No Burnout a pessoa sai de férias mas não consegue descansar, não consegue relaxar no fim de semana, fica o tempo todo pensando no trabalho. O evento desenvolveu-se de maneira bastante dinâmica, já que psicóloga havia orientado os participantes a ficarem munidos de papel e lápis para interagirem com o trabalho terapêutico que ela preparou para o evento. Jaqueline explicou que o objetivo dos exercícios era proporcionar um caminho terapêutico, para ajudar o bancário no autocuidado e autoconhecimento. Os exercícios foram denominados como Jornada da Vida, A palavra que emerge, Cadeira quente, Reconecte-se, Quem é você, Atualização, Memórias de cuidado, Checagem das emoções, e Seja um cuidador, além de um especial onde o participante tinha que completar as frases com a primeira coisa que viesse à mente. Acesse os exercícios disponibilizados por Jaqueline:

Após reivindicação do movimento sindical, Santander reforça campanha contra covid-19

A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander reivindicou um reforço na conscientização dos funcionários para a nova onda da Covid-19 no Brasil. E o banco resolveu atender. “Solicitamos o reforço das medidas preventivas e o estímulo ao uso de máscara, fornecimento de autoteste e afastamento de um metro entre bancários e clientes”, explicou a coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, Lucimara Malaquias. Em resposta à solicitação, o Santander informou que mantém em destaque, no portal do RH, os protocolos de prevenção. Disse ainda que, nos próximos dias, serão inseridas novas chamadas no portal e no aplicativo do banco para funcionários. Além disso, o banco disse que permanecem as recomendações e garantias para afastamento imediato em caso de sintomas até o resultado do teste de covid-19, incluindo testagem sem coparticipação com pedido médico; vacina de covid-19 sem coparticipação; teleatendimento médico e disponibilização de álcool em gel nas agências e prédios administrativos. “Vamos continuar insistindo sobre a importância dessas formas de segurança. O banco indicou que novas medidas poderão ser adotadas nesse sentido em caso de piora dos casos de covid e que seguirá monitorando o comportamento da doença no país”, completou Lucimara. A coordenadora da COE destacou que os sindicatos também continuam monitorando o cenário de contaminações e recomenda que os bancários e as bancárias não deixem de tomar as doses de reforço da vacina contra a covid-19 nem de utilizar máscaras.

Outubro Rosa: autoexame é um ato de amor!

Durante todo o mês de outubro, o país realiza a campanha do “Outubro Rosa”, uma ação que destaca a importância da prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama. O objetivo da campanha é compartilhar informações sobre o câncer de mama e, mais recentemente, câncer do colo do útero. A partir do aumento do fluxo de informações, é possível promover a conscientização sobre as doenças, o que proporciona maior acesso aos serviços de diagnóstico e contribuindo para a redução da mortalidade. Este é o tipo de câncer mais frequente na mulher brasileira. Dentre os sintomas mais comuns são um caroço no seio, acompanhado ou não de dor; A pele da mama pode ficar parecida com uma casca de laranja; também podem aparecer pequenos caroços embaixo do braço. Vale frisar que nem todo caroço é um câncer de mama, por isso é importante consultar um profissional de saúde. Como descobrir a doença mais cedo?
Toda mulher com 40 anos ou mais de idade deve procurar um ambulatório, centro ou posto de saúde para realizar o exame clínico das mamas anualmente, além disso, toda mulher, entre 50 e 69 anos deve fazer pelo menos uma mamografia a cada dois anos, independente de ter ou não sintomas O que é o exame clínico das mamas?
É o exame das mamas realizado por médico ou enfermeiro treinado para essa atividade. Neste exame poderão ser identificadas alterações nas mesmas. Se for necessário, será indicado um exame mais específico, como a mamografia. O que pode aumentar o risco de ter câncer de mama?
Se uma pessoa da família – principalmente a mãe, irmã ou filha – teve essa doença antes dos 50 anos de idade, a mulher tem mais chances de ter um câncer de mama. Quem já teve câncer em uma das mamas ou câncer de ovário, em qualquer idade, também deve ficar atenta. As mulheres com maior risco de ter o câncer de mama devem tomar cuidados especiais, fazendo, a partir dos 35 anos de idade, o exame clínico das mamas e a mamografia, uma vez por ano. O auto-exame previne a doença?
O exame das mamas realizado pela própria mulher, apalpando os seios, ajuda no conhecimento do próprio corpo, entretanto, esse exame não substitui o exame clínico das mamas realizado por um profissional de saúde treinado. Caso a mulher observe alguma alteração deve procurar imediatamente o serviço de saúde mais próximo de sua residência. Mesmo que não encontre nenhuma alteração no auto-exame, as mamas devem ser examinadas uma vez por ano por um profissional de saúde! O que mais a mulher pode fazer para se cuidar?Ter uma alimentação saudável e equilibrada (com frutas, legumes e verduras), praticar atividades físicas (qualquer atividade que movimente seu corpo) e não fumar. Essas são algumas dicas que podem ajudar na prevenção de várias doenças, inclusive do câncer.

Entenda o que é o Setembro Amarelo e saiba mais sobre a prevenção ao suicídio e doenças mentais

Durante o mês de setembro, em todo o país, são realizados debates sobre doenças mentais e a prevenção ao suicídio. Trata-se da campanha “Setembro Amarelo”, que visa normalizar esse assunto e quebrar o preconceito, já que as doenças da mente, assim como as doenças cardíacas, renais ou endócrinas, são tratáveis. De acordo com a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), o médico que cuida das doenças mentais é o psiquiatra, um profissional medicina e especializado na área por meio de residência médica ou título de especialista pela ABP/AMB. A consulta com um psiquiatra é igual às outras. É feita uma entrevista sobre os sintomas e, se o médico achar necessário, ele vai solicitar exames clínicos e indicar o tratamento, que pode ser farmacológico ou psicoterápico. Tudo depende do quadro do paciente. Existem muitas doenças mentais e para cada uma existe um tratamento adequado, seja para depressão, transtornos ansiosos, alimentares, dependência química, dentre outras. Mas é importante ressaltar que há tratamentos eficazes. Se você está incomodado (a) com seus pensamentos, sentimentos ou comportamento, é fundamental que você procure um psiquiatra para buscar informações. Com o tratamento adequado você pode melhorar muito a sua qualidade de vida. Doença mental não é uma sentença. Há tratamentos eficazes. FATORES PROTETIVOS: Existem alguns fatores relacionados à vida de uma pessoa, que podem atuar como proteção para o suicídio. – Ausência de doença mental– Autoestima elevada– Bom suporte familiar– Capacidade de adaptação positiva– Capacidade de resolução de problemas– Estar empregado– Realização de pré-natal– Laços sociais bem estabelecidos com amigos e familiares– Relação terapêutica positiva– Frequência a atividades religiosas– Ter sentido existencial– Senso de responsabilidade com a família– Ter crianças em casa FATORES DE RISCO: Existem alguns fatores que aumentam o risco de suicídio. – Abuso sexual na infância– Alta recente de internação psiquiátrica– Doenças incapacitantes– Impulsividade/Agressividade– Isolamento Social– Suicídio na família– Tentativa prévia– Doenças mentais Suicídio é uma emergência médica, ligue para o SAMU: 192. Toda pessoa tem alguns fatores protetivos e alguns fatores de risco para o suicídio. Sendo assim, na  prevenção ao suicídio, várias medidas podem ser tomadas para aumentar os fatores de proteção e diminuir os de risco. – Aumentar contato com familiares e amigos– Buscar e seguir tratamento adequado para doença mental– Envolvimento em atividades religiosas ou espirituais– Iniciar atividades prazerosas ou que tenham significado– Reduzir ou evitar o uso de álcool e outras drogas É comum que em situações de crises, especialmente se a pessoa tem uma doença mental, surjam pensamentos de morte e mesmo de suicídio. No entanto, felizmente, a imensa maioria das pessoas que pensa em suicídio encontra melhores modos de lidar com os problemas e superá-los. Para isso, é essencial identificar o problema e buscar os diversos modos saudáveis e construtivos de enfrentá-lo. *com informações da Associação Brasileira de Psiquiatria

Casos de covid-19 voltam a crescer e cuidados devem ser mantidos

Nos últimos dias, a covid-19 voltou a ser a principal causa de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) no país. O número de casos e de internações por sua causa tem aumentado em todas as regiões, conforme o Boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), sobre as SRAGs, do dia 26. Até o momento, a covid-19 já matou mais de 666 mil brasileiros. Segundo a Fiocruz, a tendência de alta é observada desde a semana de 24 a 30 de abril, um período longo que indica nova onda da pandemia. A instituição alerta que os dados mostram também que a contaminação deve continuar subindo, e por isso todos devem acentuar os cuidados para evitar a transmissão do coronavírus, antes mesmo que as autoridades editem decretos mudando as regras de prevenção. Por conta desse quadro, vários municípios voltaram a recomendar o uso de máscara em locais fechados, como escolas, comércio e locais de trabalho. Para o secretário de Saúde do Trabalhador da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Mauro Salles, “as bancárias e bancários devem ficar atentos e cumprir todos os protocolos orientados por especialistas, pois em seu trabalho estão sempre em contato com grande número de pessoas”. Mauro lembra que “essa é a melhor forma de proteger a si mesmo, a própria família e a sociedade como um todo”. Cuidados Conheça e siga as principais orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) para se defender do coronavírus: Mantenha distância de outras pessoas de pelo menos 1 metro. Evite aglomerações. Use máscara, especialmente em locais fechados. Troque o equipamento sempre que ele ficar úmido. Prefira locais abertos e ventilados. Abra uma janela se estiver em local fechado. Limpe as mãos com frequência, com sabão e água ou álcool em gel. Mantenha-se em dia com a vacina. Até o momento, todos adultos devem ter tomado a primeira dose de reforço. Cubra o nariz e a boca com o braço dobrado ou um lenço ao tossir ou espirrar. Evite tocar superfícies de locais públicos. Limpe superfícies com frequência. Fique em casa se você sentir indisposição. Procure atendimento médico se tiver febre, tosse e dificuldade para respirar. Se possível, ligue antes para a unidade de saúde e peça orientações antecipadas. Mantenha-se informado sobre a situação em sua localidade.

Triste realidade: trabalho bancário segue como fonte de adoecimento e morte

As lesões por esforço repetitivo e os distúrbios osteomusculares (LER/DORT) ganharam a companhia de doenças relacionadas às questões mentais como problemas ligados ao trabalho dos bancários e bancárias em todo o país. A mudança no perfil está intimamente relacionada às pressões por metas, acúmulos de funções e à sobrecarga que caracterizam a realidade da categoria. Pesquisas recentes mostram que as bancárias e bancários foram profundamente afetados pela pandemia. Segundo levantamento realizado pela Associação de Gestores da Caixa no Rio de Janeiro (Agecef-Rio) e o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e divulgado em março de 2021, 88% dos trabalhadores cariocas da Caixa Econômica tiveram sentimentos negativos, como ansiedade, depressão, angústia e pânico. A avaliação com 900 gestores da estatal do Rio indicou ainda que 70% do pessoal trabalhou mais do que a jornada contratual durante a pandemia. Além disso, 40% dos entrevistados disseram ter apresentado problemas psíquicos ou mentais nos últimos 5 anos e 98% atribuíram ao banco a origem desses transtornos. Não bastasse isso, 74% das pessoas ouvidas disseram se sentir assediadas nas agências. Os números repetem a realidade apontada também por estudo apresentado em março deste ano pela Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) em parceria com a Universidade de Brasília (UnB). De acordo com a pesquisa, 53% dos empregados já sofreram assédio moral e 47% já tiveram conhecimento de algum episódio de suicídio entre colegas. Para o secretário de Saúde da Contraf-CUT, Mauro Salles, a forma de cobrança empregada pelos bancos tem custado a qualidade de vida de dezenas de bancários e bancárias. “É comum se ver na gaveta dos companheiros e companheiras ansiolíticos e antidepressivos. Grande parte da remuneração e da pressão está atrelada à entrega de resultados diários e é comum que antes das 7 horas já recebam a meta do dia e que as cobranças sejam realizadas já ao meio-dia e à noite. O bancário tornou-se aquele que, na festa de domingo, ao invés de relaxar, tenta vender produtos para os familiares para bater a meta”, criticou. Tecnologia que prejudica Com o avanço dos serviços das agências realizados em ambiente digital, a tendência seria de que o trabalho da categoria fosse facilitado. Porém, não foi o que ocorreu. Paralelo à possibilidade de muitas operações ocorrerem pela internet, também cresceram os métodos de vigilância e pressão nas agências. O cenário faz com que as condições de trabalho se tornem pauta essencial nos diálogos com as entidades patronais, conforme explica a Secretária de Saúde e Condições de Trabalho do Sindicato dos Trabalhadores do Ramo Financeiro de Florianópolis e Região (Sintrafi), Jozi Fabiani Mello. “Com plataformas de reunião digital e aplicativos de conversas, as cobranças e metas foram intensificadas e ocorrem de maneira muito mais constante. Por isso discutir este tema será fundamental na Campanha Nacional dos Bancários deste ano, que vem num período pós pandemia e que terá a saúde do trabalhador como foco”, afirmou. Jozi também destaca a importância de debater as sequelas da Covid-19, visto que muitas pessoas desenvolveram diversas doenças mentais neste período de pandemia. Menos funcionários, mais lucro Enquanto o mundo sofreu com a crise por conta da pandemia da covid-19, os cinco maiores bancos do país fecharam 2021 com lucro líquido acumulado de R$ 174,9 bilhões. Porém, desde 2020, quase 12 mil postos de trabalho e 3.180 agências foram fechadas. A diminuição do pessoal, analisa a médica e pesquisadora de segurança e medicina do trabalho Maria Maeno, da Fundação Jorge Duprat Figueiredo, é mais um fator prejudicial à saúde no setor. Quem fica, recebe pressão para atuar em dobro e suprir a ausência dos demitidos ou afastados de maneira que o ganho dos bancos siga alto sob o preço da saúde dos trabalhadores e trabalhadoras. “Basta uma minoria de pessoas atingirem as metas e eles já sobem. Outra coisa é o fato de ter metas que não levem em conta as circunstâncias com as quais se trabalha. Não considerar a localização de uma agência numa região mais pobre na qual os clientes têm menos possibilidades de adquirir produtos já demonstra enorme gravidade. Especialmente numa realidade em que bancários se tornaram vendedores de produtos”, pontuou. Suicídios preocupam Segundo Maria Maeno, a cobrança pelo cumprimento individual de metas para manutenção do emprego causa medo no bancário, que teme ser demitido e não poder mais sustentar a família. Uma conjunção que gera uma epidemia de doenças mentais. De acordo com o Dieese, entre 2012 e 2017, os bancos foram responsáveis por 15% dos afastamentos do trabalho devido a causas mentais. Outro dado alarmante demonstra que, se em demais setores de atividade econômica do país a elevação da concessão de benefício por transtorno mental ficou em 19,4%, no setor bancário foi de 70,5%. Não por acaso, uma pesquisa da Universidade de Brasília mostra números assustadores sobre o suicídio. Entre 1996 e 2005, 181 trabalhadores e trabalhadoras tiraram a própria vida, uma média de uma morte a cada 20 dias. O que Contraf cobrará Mauro Salles Machado explica que a Contraf-CUT levará à mesa de negociação a necessidade de implementar mecanismos transparentes para aferição das metas e que elas sejam mais justas. “A responsabilidade social que os bancos tanto vendem precisa ser colocada em prática. Nossa categoria está adoecendo e todos conhecemos relatos de pessoas que tentaram tirar a vida. Isso precisa terminar”, defende. Fonte: Sintrafi-CUT/Florianópolis

28 de Abril: Dia Mundial Em Memória das Vítimas dos Acidentes e Doenças do Trabalho e também da Segurança e Saúde no Trabalho

Desde 1969 que essa data serve não apenas para reverenciar todas as vítimas de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho, mas também para gerar mobilização social e cobrar um basta nessas ocorrências, que são de interesse e repercussões em toda sociedade. No Brasil a Lei n°11.121/2005 oficialmente instituiu essa data. E particularmente a categoria bancária devido a organização e divisão do trabalho, baseada no atingimento de resultados e metas, com a individualização das relações de trabalho e o assédio moral estrutural institucionalizado, vem passando por um novo grande surto de adoecimento profissional. Se num passado recente as Ler/Dorts eram as causas principais, nos últimos anos vimos o acometimento de doenças emocionais/psicossomáticas se transformarem numa verdadeira pandemia, atingindo bancários de bancos públicos e privados, indistintamente, a maioria jovens, comprovando que a forma de gestão e a organização do trabalho são de fato as suas grandes causas. Já superando e muito todas as demais causas de afastamento do trabalho, sendo os bancários a 2a categoria profissional que mais se afasta por problemas psiquiátricos, perdendo apenas para os servidores públicos. Tal a gravidade da situação levou a OMS a incluir no rol das doenças ocupacionais o CID para a Síndrome de Burnout à partir de janeiro/22. A Síndrome de Burnout é o completo esgotamento emocional dos trabalhadores, incapacitando-os não apenas para o trabalho, mas para todas as demais esferas da vida social. Outro aspecto importante é que apesar de estarmos num momento de diminuição dos casos e da letalidade da Covid19 existem milhares de trabalhadores sofrendo com sequelas e complicações do pós Covid. Por isso no Brasil outro elemento fundamental que precisa estar sempre na linha de frente de nossas iniciativas é a defesa e o fortalecimento do SUS. E apesar de inúmeros avanços conquistados e incorporados nas legislações e Acordos Coletivos, nossa luta tem que ser permanente para que os seus termos sejam efetivados. Desde o combate as subnotificações, a recusa das empresas em reconhecer os acidentes e as doenças como ocupacionais, e a devida emissão das Cats, bem como sejam estabelecidas efetivas formas prevenção, tratamento e reabilitação. É preciso também jogar luz nesse debate e combater o desconhecimento, a ignorância, os pré conceitos e os estigmas criados em torno dos adoecidos e acidentados. Até porque uma das tristes consequências desse desarranjo social é o suicídio, cujas causas estão longe de ser patológicas ou individuais apenas. E ainda por cima são os trabalhadores responsabilizados ou culpabilizados de diversas formas por esses acontecimentos, ou apontados como “os fracos”, “desajustados” ou “não comprometidos com os valores da corporação”, quando que diante de uma realidade dessas o natural é realmente adoecer. Uma vez estigmatizado, o trabalhador sofre inclusive a discriminação nos locais de trabalho. No caso bancário a resposta dos bancos ao invés de buscar rever suas políticas e gestão de pessoas, são as demissões e os descomissionamentos apresentados como medidas de praxe. Precisamos provocar fortemente essa mudança de paradigmas, com muita pressão e mobilização como resposta. Porque a grande maioria dos casos tem relação direta com as condições objetivas e planejadas pelos bancos. Que à partir dos registros de datas como o dia 28 de Abril e sua importância para a vida em sociedade de todos, possamos refletir e buscar ressignificar o sentido do trabalho bancário. Para que tenhamos pessoas saudáveis em ambientes de trabalho saudáveis, e as relações de trabalho sejam pautadas pela empatia e solidariedade, em substituição a toda competição e individualismo. Que o discurso da meritocracia apresentado pelo neoliberalismo seja compreendido como uma falácia. E que a vida, a busca da satisfação e realizações pessoais possam estar acima dos lucros e trabalhadores deixem de ser vistos apenas como números, estatísticas ou custos. Visibilidade a essa difícil realidade enfrentada pela categoria bancária e um salve aos propósitos do Dia 28 de Abril – Dia Mundial em Memória das Vítimas dos Acidentes e Doenças do Trabalho. Escrito por Miguel Pereira – Diretor de Saúde Sindicato dos Bancários do Sul Fluminense

Como podemos ajudar?