Caixa: sobrecarga de trabalho preocupa movimento sindical

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) enviou um ofício à Caixa Econômica Federal cobrando que o concurso público contrate um número maior de aprovados do que os quatro mil anunciados. O ofício foi enviado na última terça-feira (23). Nele, a Contraf-CUT ressalta que quatro mil contratações não são suficientes “para suprir as necessidades para acabar com a sobrecarga de trabalho, principalmente nas agências”. Segundo a entidade, “com os novos desligamentos que acontecerão por causa do Programa de Demissão Voluntária, este número se torna irrisório.” No documento, a Contraf-CUT afirma que atualmente a sobrecarga já é uma realidade em todas as unidades do banco. “Com o PDV, o quadro de trabalho pode reduzir ainda mais e isso pode piorar o adoecimento e o afastamento para tratamento de saúde, o que leva a mais uma redução do quadro efetivo de trabalho e novo aumento da sobrecarga, criando um círculo vicioso que prejudica não apenas os empregados e empregadas, mas toda a população brasileira, que precisa do atendimento da Caixa”, afirmou a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt. *Foto de Marcelo Camargo/Agência Brasil
Contraf-CUT cobra recriação das Gipes e das Repes, negociados no Saúde Caixa

Em ofício enviado à Caixa Econômica Federal, nesta quarta-feira (24), a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) cobrou a recriação das estruturas regionais (GIPES e REPES), para o atendimento aos usuários e credenciados do Saúde Caixa. No documento, a Contraf-CUT também pede a implementação dos Comitês Regionais de Credenciamento e Descredenciamento e o fornecimento dos dados do plano, para que a representação dos empregados acompanhe a situação financeira e atuarial do plano de saúde. A Caixa alterou os manuais normativos que tratam do plano, implementando o formato de custeio aprovado pelos empregados. Mas segundo a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt, há itens que ainda não foram implementados.
Saúde mental: número de afastamentos aumenta em quase 40%

Um levantamento realizado pelo INSS mostrou que os afastamentos do trabalho por transtornos mentais aumentaram quase 40% no Brasil, no período de um ano. Em 2023, foram concedidos 288.865 benefícios por incapacidade relacionados a esses transtornos. Em 2022, esse número era de 209.124. Já em 2021, o índice ficou na casa de 200 mil. Segundo a Previdência Social, são 15 as principais razões para estes afastamentos. Todas estão previstas na classificação internacional de doenças. O transtorno misto ansioso e depressivo está no alto da lista, com mais de 28 mil casos. Ele é seguido por episódios depressivos, depressivos graves e ansiedade generalizada. Na live, realizada na última terça-feira (23), pelo Sindicato dos Bancários do Sul Fluminense, o presidente Júlio Cunha, o diretor de Saúde, Miguel Pereira e a psicóloga convidada Jaqueline Bento, alertaram sobre o alto índice de transtornos mentais que atinge a categoria bancária. Júlio lembrou que o sindicato vem, há algum tempo, trabalhando nessa questão do adoecimento e conscientizando os bancários sobre o problema. Miguel explicou que a saúde mental é uma pauta que, cada vez mais, vai fazer parte do dia a dia dos trabalhadores. Segundo ele, é preciso despertar nas pessoas, o interesse pelo autocuidado e autoconhecimento. “As pessoas precisam ter a percepção do início do processo, para que procurem logo ajuda antes de chegar a uma fase completamente arrasada, extenuada, no auge da síndrome de burnout, numa depressão acentuada”, observou Miguel. No ano passado, em sua Consulta Nacional, bancárias e bancários apontaram que vêm sofrendo com problemas como preocupação constante com o trabalho, cansaço, fadiga, desmotivação, crises de ansiedade e pânico. Entre as causas para esses distúrbios está a cobrança excessiva de metas, muitas vezes consideradas inatingíveis. Ainda na live, a psicóloga Jaqueline Bento falou sobre todo o processo da instalação do transtorno, desde que a pessoa é contratada, com a expectativa de um novo ciclo de vida, os desafios que precisa enfrentar e os casos de assédio, que levam ao adoecimento mental. Segundo Jaqueline, muitas vezes a pessoa nem entrega o atestado orientando o afastamento do trabalho para tratamento por temerem a perda do emprego. “As pessoas demoram muito tempo para procurar ajuda devido ao preconceito e à normalização do sofrimento. Existe uma visão de super homens e super mulheres. Você tem que dar conta, tem que conseguir. Você não pode ser emocionalmente fraco. Para essas pessoas, um afastamento por saúde mental é o cúmulo da fraqueza”, exemplificou a psicóloga. A Campanha Janeiro Branco, que trata dos cuidados e prevenção da saúde mental, busca através de palestras, debates e ações alertar a população para os riscos de uma saúde mental abalada. Mas segundo especialistas, é preciso mais investimento nas escolas e ambientes de trabalho, com a contratação de mais psicólogos e psiquiatras que possam identificar e prevenir esses transtornos.
‘Minha Trajetória’: Caixa estipula prazo para contestação

As empregadas e empregados da Caixa Econômica Federal, que desejarem contestar os resultados do programa “Minha Trajetória” têm até o próximo dia 26 (sexta-feira) para fazê-lo. Esse foi o prazo dado pelo banco para apresentação de recurso, que segundo resposta da Caixa, deverá seguir os seguintes requisitos: A coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt, questionou a exigência de o empregado ‘possuir evidência que comprove a contestação da avaliação recebida’ em PDF”. “Nestas metas subjetivas, quando não há definição dos métodos de apuração dos resultados para comprovação de que o empregado se esforçou para o cumprimento das tarefas, como ele comprovará, por meio de arquivo PDF, que ofertou um produto?”, ressaltou Fabiana. A questão das metas relativas à captação de recursos também foi questionada. “Nesses casos, como o empregado enviará extrato bancário do cliente comprovando a aplicação do recurso sem ferir a lei 13709/2018 (LGPD)?”, indagou a coordenadora da CEE. A representação dos empregados também ressaltou que as contestações deveriam ser analisadas por empregados que não sejam vinculados à superintendência de onde partiram as contestações. Fabiana explicou que desde setembro, a representação dos empregados vem pedindo uma mesa de negociações sobre o “Minha Trajetória”. “O banco não nos respondeu e agora estipula um prazo exíguo para que os empregados contestem os resultados. As empregadas e empregados não podem ser prejudicados pela ausência de negociações da parte do banco”, afirmou a coordenadora da CEE.
Categoria bancária realizará encontros para se preparar para campanha nacional

O ano de 2024 será de luta para a categoria bancária, que realizará sua campanha nacional salarial. Por isso, haverá muitos eventos de conscientização para que todos estejam preparados para lutar por seus direitos. A Federação das Trabalhadoras e dos Trabalhadores no Ramo Financeiro do Rio de Janeiro (Federa-RJ) publicou um calendário com alguns eventos importantes, que já estão sendo programados para este ano. Haverá debates sobre prioridades, conquista de direitos e reajuste salarial. A Consulta Nacional dos Bancários está prevista para ter início dia 22 de abril. Os congressos dos bancos públicos, como Banco do Brasil e Caixa Econômica deverão acontecer de 4 a 6 de junho. Os bancos privados realizarão encontros no dia 6 de junho. Já a 26ª Conferência Nacional dos Bancários e Bancárias será realizada de 7 a 9 de junho.
Em 2024, serão 12 feriados bancários nacionais

Bancárias e bancários vão ter 12 feriados nacionais em 2024, segundo calendário da Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Confira das datas: Sexta-feira da Paixão(29 de março), Tiradentes(21 de abril – domingo), Dia do Trabalho (1º de maio), Corpus Christi (30 de maio), Independência do Brasil (7 de setembro – sábado), Nossa Senhora Aparecida (12 de outubro – sábado), Dia de Finados (2 de novembro – sábado), Proclamação da República (15 de novembro), Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra (20 de novembro) e Natal (25 de dezembro). No dia 14 de fevereiro, Quarta-feira de Cinzas, o expediente será especial, com as agências abrindo ao meio-dia para atendimento ao público. Porém, nos locais onde os bancos fecham antes das 15h, a abertura será antecipada para garantir o mínimo de três horas de atendimento ao público. Não são considerados dias úteis para operações bancárias a segunda-feira (12/2) e a terça-feira (13/2) de Carnaval. No último dia útil do ano, 31 de dezembro, as agências não abrem ao público, como já é tradição. *Foto de Marcelo Camargo/Agência Brasil
Mesa bipartite de saúde será realizada dia 23 de janeiro

No próximo dia 23 de janeiro será realizada a primeira reunião do ano entre representantes da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e o Comando Nacional dos Bancários, com assessoria do Coletivo de Saúde da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). Durante o encontro serão debatidos temas como o aditivo da cláusula 61 da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), que abrange a prevenção de conflitos no local de trabalho e dos canais de denúncia; o Programa de Controle Médico em Saúde Ocupacional (PCMSO); a emissão de CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho) e a saúde mental do trabalhador. O aditivo foi assinado, na última reunião em novembro de 2023, pelos bancos Santander, Itaú, Caixa, Banco do Brasil e Citibank. Mesmo ausentes da reunião, os bancos Safra e Votorantin também anunciaram a assinatura. Os bancos se comprometeram a discutir o aperfeiçoamento da cláusula e a avaliação semestral do número de denúncias. Os trabalhadores cobraram a apresentação dos números de adoecimento da categoria, através do relatório do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), previsto na NR-7. Também ficou decidida a realização de um seminário sobre suicídio e estratégias de prevenção. Segundo o secretário de Saúde da Contraf-CUT, Mauro Salles, o debate sobre prevenção do adoecimento psíquico e sobre o enfrentamento ao assédio moral precisa avançar. “Na última reunião, combinamos debater melhorias na cláusula 61 sobre prevenção de conflitos e combate ao assédio, pois avaliamos importante que os sindicatos participem da apuração e que haja garantia de sigilo do denunciante, entre outras questões”, lembrou Salles.
Janeiro Branco: psicóloga desenvolverá atividade terapêutica com bancários durante a live dia 23

O Sindicato dos Bancários do Sul Fluminense promoverá uma live sobre a Campanha Janeiro Branco, que trata de prevenção e cuidados com a saúde mental, no próximo dia 23. Durante o evento, a psicóloga Jaqueline Bento promoverá um trabalho terapêutico com os participantes. Para que todos possam aproveitar o trabalho ao máximo, ela recomenda que estejam munidos de lápis e papel. A live será realizada via Zoom e terá início às 19h. Segundo pesquisa realizada pelo Sindicato, em parceria com o Departamento de Psicologia da Universidade Federal Fluminense (UFF) de Volta Redonda, o ambiente de trabalho nas agências e departamentos da região foi classificado como “moderado a crítico” em todos os itens avaliados, para o desenvolvimento de alguma doença psicossomática.
Sul Fluminense aprova acordo do Saúde Caixa com 64,95% dos votos

O aditivo ao Acordo Coletivo de Trabalho específico do Saúde Caixa foi aprovado com 64,95% dos votos pelos trabalhadores e trabalhadoras da base do Sindicato dos Bancários do Sul Fluminense. A assembleia ocorreu, de forma remota, nesta terça-feira (16), das 9h às 18h. O resultado positivo se deu graças ao trabalho dos diretores do sindicato, que se mobilizaram para explicar à categoria os benefícios da proposta, que já tinha sido aprovada por 73,6% dos sindicatos do país, em dezembro último. Os dirigentes sindicais analisaram todos os itens do documento e apresentaram para os trabalhadores e trabalhadoras, destacando pontos importantes como a manutenção da contribuição dos titulares sem dependentes em 3,5% sobre remuneração base, como era antes. Durante quase seis meses foram realizados debates com representantes da Caixa até que chegaram a uma proposta de equilíbrio da relação custo-utilização dos diferentes segmentos, sem reajustes para aqueles que não têm dependentes. O Comando Nacional dos Bancários e a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro orientaram que fosse realizada nova assembleia nas bases sindicais onde a proposta foi rejeitada para que os trabalhadores não fossem prejudicados. Isto porque a vigência do antigo aditivo terminou no final de dezembro.
Bancários vão receber PLR neste primeiro semestre

Bancárias e bancários de todo o país vão receber a segunda parcela da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), referente ao ano de 2023, neste primeiro semestre. A primeira parcela foi paga entre agosto e setembro, como antecipação, por solicitação do movimento sindical. O pagamento vai obedecer ao calendário abaixo: – Bancos privados: até 1º de março – Caixa: até 31 de março – Banco do Brasil: até 10 dias úteis após distribuição dos dividendos ou Juros sobre Capital Próprio (JCP) aos acionistas. A PLR é uma conquista da categoria bancária, válida de Norte a Sul do país. Desde 1995, a premiação vem sendo aprimorada durante negociações com os bancos e pela legislação. Entre as principais conquistas estão o valor adicional e a isenção do Imposto de Renda sobre o benefício até determinado valor. Vinícius Assumpção, vice-presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), lembra que a PLR não foi um presente dos bancos. “A conquista da PLR na CCT, em 1995, e a consolidação do benefício ao longo dos anos são resultados da negociação coletiva, que em cada campanha nacional mostra a força da categoria bancária”, afirmou Vinícius. O dirigente sindical ressaltou que neste ano haverá campanha nacional e a luta será grande. “Vamos todos nos mobilizar, para garantir a manutenção de todos os benefícios que a categoria tem conquistado, entre eles a PLR. Bancários e bancárias são uma referência de organização para toda a classe trabalhadora, por isso, mais uma vez vamos juntos, fortes como sempre”, concluiu.