Banco do Brasil prepara novo Código de Ética com avanços contra assédio

O Banco do Brasil deverá lançar seu novo Código de Ética em março, depois que for aprovado pelo Conselho Diretor (CD) e pelo Conselho de Administração. O anúncio foi feito pela presidente do BB, Tarciana Medeiros, destacando que a sua gestão “não vai tolerar desrespeito, discriminação ou assédio de qualquer natureza” e que haverá a valorização de “diálogo e escuta ativa”.

Segundo Fernanda Lopes, funcionária do banco e representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) na Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), pelas informações da assessoria do BB, o novo Código tem inovações sobre assédio moral e sexual.

“O que temos de informações, adiantadas pela assessoria do banco, é que o Código traz avanços para os conceitos de assédio moral e sexual, com exemplos de histórias reais. O documento também estaria com uma linguagem mais modernizada e humanizada, com foco na diversidade”, destaca Fernanda.

A porta-voz dos funcionários do BB ressalta ainda que a criação de uma cláusula na Convenção Coletiva de Trabalho para o combate ao assédio sexual e moral é uma das conquistas obtidas pela categoria, durante a última Campanha Nacional dos Bancários.

 “O combate a essas violências foi um tema colocado pelos trabalhadores na mesa de negociação com os bancos, durante toda a campanha salarial”, lembra Fernanda.

Quanto à atualização do Código de Ética, Fernanda destaca que as palavras de Tarciana mostram que a nova administração do BB está aberta às pautas dos trabalhadores.

“Vamos aguardar a publicação do documento e esperamos que, realmente, esteja alinhado às demandas que diversas vezes foram colocadas em discussão com a empresa. O assédio, moral ou sexual, é uma prática que precisa ser coibida de todas as maneiras. Temos que destacar também que a cobrança de metas abusivas, nos últimos anos, contribuiu em muito para a escalada do assédio moral sobre os empregados do BB. Portanto, uma das formas de atacar esse tipo de violência é discutir a forma como as metas e as cobranças sobre elas são decididas pela empresa”, ressalta Fernanda Lopes.

*Com informações da Contraf-CUT

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