Falta de definição da PLR revolta funcionários do Bradesco

O Bradesco está deixando os funcionários revoltados, pois até agora não anunciou quando pagará a primeira parcela da PLR. Apesar do lucro alto, o banco demite, fecha agências e sequer se preocupa com o pagamento da PLR, que é uma conquista da categoria bancária e, na maioria das vezes, ajuda a minimizar as dívidas. O Banco do Brasil foi o primeiro a pagar a PLR. O crédito entrou na conta dos trabalhadores no dia 30 de agosto. Os funcionários da Caixa serão os próximos a receber. O banco anunciou o crédito para o dia 20 de setembro, seguido pelo Itaú que pagará dia 27 e pelo Santander, cujo pagamento está anunciado para dia 29, também de setembro. Os bancos Safra, Citibank e JP Morgan também já definiram a data em que seus funcionários receberão a primeira parcela da PLR. Confira: Safra (23/09), Citibank (28/09) e JP Morgan (25/09).

Sindicalização está abaixo dos 10% segundo pesquisa do IBGE

Estudo divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aponta que o Brasil chegou ao menor percentual de trabalhadores sindicalizados. A informação está na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua) – Características Adicionais do Mercado de Trabalho 2022, divulgada nesta sexta-feira (15). Segundo o documento, em 2022, das 99,6 milhões de pessoas ocupadas no país, 9,2%, ou 9,1 milhões de pessoas, eram associadas a sindicatos. Esse é o menor contingente da série iniciada em 2012, quando havia 14,4 milhões de trabalhadores sindicalizados, correspondendo a 16,1%. Em 2019, essa taxa era de 11%, 10,5 milhões de sindicalizados. As regiões Nordeste (10,8%) e Sul (11%) permaneceram com os valores mais altos, enquanto a Norte (7,7%) e a Centro-Oeste (7,6%), os menores O percentual de homens sindicalizados, de 2012 a 2019, superava o de mulheres sindicalizadas. No entanto, essa diferença diminui ao longo dos anos e, em 2022, a sindicalização entre as mulheres (9,3%) era superior a dos homens (9,1%). Segundo a pesquisa, todas as grandes regiões tiveram redução na taxa de sindicalização em 2022. Em relação a 2012, a maior queda foi no Sul (9,2 pontos percentuais) e em relação a 2019, no Sudeste (2,4 p.p.). Taxa recua em todas as atividades A taxa de sindicalização recuou em todos os grupamentos de atividades, tanto em relação a 2019 como a 2012. A maior queda foi em transporte, armazenagem e correios: de 20,7% em 2012 para 11,8% em 2019 e 8,2% em 2022. A exceção ficou por conta dos serviços domésticos. Em 2022, o grupamento de atividade da agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura alcançou a maior taxa de sindicalização (16,5%). Essa atividade tem participação importante dos sindicatos de trabalhadores rurais, muitos de pequeno porte da agricultura familiar, principalmente, nas regiões Nordeste e Sul. Também com importante cobertura sindical, a administração pública, defesa e seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (15,8%) seguiram em queda em 2022. O mesmo movimento foi demonstrado pela indústria geral, que até 2015 exibia taxa de sindicalização próxima a 20%, baixando a estimativa para 11,5% em 2022. Carteira assinada Empregados com carteira assinada no setor privado e os empregados no setor público, que tinham as maiores taxas de sindicalização (respectivamente, 11% e 19,9%), registraram as principais perdas: de 2,9 p.p. e 2,2 p.p, respectivamente, frente a 2019 e de 9,9 p.p. e 8,1 p.p. ante 2012. Ainda segundo a pesquisa, em 2022, dos 9,1 milhões de trabalhadores sindicalizados, 70,7% (6,5 milhões) tinham, pelo menos, o ensino médio completo e 35,3% (3,2 milhões) tinham ensino superior completo. A menor taxa de sindicalização era a dos ocupados com ensino fundamental completo ou com médio incompleto, 6,3%, e a maior era dos ocupados com ensino superior completo, de 14,5%. No mesmo período, a população ocupada atingiu seu maior efetivo: 99,6 milhões de pessoas, com alta de 4,9% frente a 2019 (95 milhões) e de 11% ante 2012 (89,7 milhões). De acordo com o IBGE, “percebe-se, então, que a expansão da população ocupada nos últimos anos não se converteu em aumento da cobertura sindical no país. Esse resultado pode estar relacionado a diversos elementos, como a forma de inserção do trabalhador na ocupação, as modalidades contratuais mais flexíveis introduzidas pela Lei 13.467, de 13.07.2017, conhecida como reforma trabalhista, e o uso crescente de contratos temporários no setor público etc”. CNPJ Entre os 30,2 milhões de empregadores e trabalhadores por conta própria no país, 10,3 milhões (ou 34,2%) estavam em empreendimentos registrados no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), uma alta em relação a 2019 (29,3%). A maioria das pessoas ocupadas nos dois grupos (10,3 milhões) era formada por homens, 63,6% (6,6 milhões), sendo que esse percentual já atingiu 68,1% em 2012, diminuindo nos anos seguintes. Em comparação a 2019, a cobertura no CNPJ cresceu entre os trabalhadores por conta própria (de 20,2% para 26,3%) e ficou praticamente estável (de 80,5% para 80,9%) entre os empregadores. Segundo o IBGE, “os empregadores e os trabalhadores por conta própria estavam principalmente concentrados nas atividades do comércio e serviços, com estimativas de 22,4% e 41,3%, respectivamente. Essas duas atividades também apresentavam as maiores taxas de coberturas no CNPJ, de 49% e 39,6%, respectivamente. Importante destacar a indústria geral, que respondia por somente 8,8% da ocupação de empregadores e de conta própria, porém registrava a terceira maior taxa de cobertura no CNPJ, de 32,2%. Com valores menores estavam a agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (10,1%) e a construção (19,3%)”. Do total de empregadores ou conta própria no trabalho principal, 5,3% (1,6 milhão de pessoas) eram associados à cooperativa de trabalho ou produção, o que mostra a baixa adesão dos trabalhadores a esse tipo de arranjo produtivo no Brasil. A maior proporção ocorreu em 2012 (6,3%) e, desde 2015, vinha baixando até chegar ao menor valor em 2019 (5,1%). A Região Sul (9,1%) tem o maior percentual, seguida pela Região Norte (5,5%); Nordeste (4,6%), Sudeste (4,5%) e Centro-Oeste (3,8%).   *Fonte: Agência Brasil e G1 *Foto: Rovena Rosa – Agência Brasil

Em reunião do GT, empregados cobram descentralização do atendimento do Saúde Caixa

Os representantes dos empregados da Caixa Econômica Federal voltaram a cobrar dados do Saúde Caixa, na reunião do Grupo de Trabalho (GT), realizada na última quarta-feira (13). A coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados e integrante do GT, Fabiana Proscholdt, pediu mais rapidez nas respostas. “A Caixa precisa ser mais célere no retorno aos nossos questionamentos mais específicos. Nas últimas reuniões pedimos explicações sobre divergências no valor do fundo de reserva do plano em que a Caixa aponta uma diferença de R$ 221 milhões a menos. Precisamos saber onde está este valor, por exemplo. Ainda existem números apresentados pela Caixa que não estão claros para nós”, afirmou Fabiana. Também foram questionados o orçamento e o custo do banco com programas de saúde e segurança dos trabalhadores. Para os representantes dos empregados, os custos administrativos do Saúde Caixa devem ser exclusivamente da Caixa, já que todas as decisões de gestão são tomadas pelo banco sem a participação dos empregados. Outras críticas Eles criticaram, ainda, a ausência de uma política que promova a saúde dos trabalhadores, bem como o acompanhamento de doentes crônicos – condições que prejudicam os usuários e oneram o plano de autogestão. A representação dos trabalhadores também cobrou o credenciamento de estabelecimentos e profissionais, que continua um problema para os usuários. A Caixa fez uma apresentação do processo atual e do formato do credenciamento estratégico, modelo que adota desde 2020. Segundo Leonardo Quadros, integrante do grupo e diretor de Saúde e Previdência da Fenae (Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa), eles recebem cada vez mais reclamações. “O problema é que a Caixa, sequer, trouxe ao grupo a possibilidade de discussão do modelo. E constatamos que, na prática, recebemos cada vez mais reclamações dos usuários sobre a falta de credenciados em todos os municípios, independentemente de seu porte”, lamentou. Fabiana Proscholdt relatou algumas queixas e observou que, com a falta de profissionais ou equipamentos, a orientação do Saúde Caixa é o deslocamento para outro município distante. “O nosso plano de saúde, que é para dar atendimento de qualidade aos empregados, não tem equanimidade nenhuma. A descentralização do atendimento é urgente e os comitês regionais para acompanhamento dos credenciamentos e descredenciamentos são fundamentais para os usuários acompanharem esta movimentação. Infelizmente a Caixa tem tratado o nosso plano de saúde como se fosse mais um negócio do banco, faltando bom senso e empatia com os usuários”, destacou Fabiana. Para Leonardo Quadros, todos os problemas convergem para uma reivindicação antiga dos representantes dos empregados – o retorno das representações regionais de gestão de pessoas com uma área responsável pelo Saúde Caixa. A representação dos empregados apresentou ao banco dados da pesquisa realizada pela Fenae e Apcef/SP que mostram as deficiências regionais da rede credenciada do plano. Pelo aditivo ao Acordo Coletivo específico sobre Saúde Caixa, o banco deve realizar, a cada ano, uma pesquisa sobre a qualidade de atendimento e satisfação dos usuários. A Fenae e Apcef/SP reaplicaram essa pesquisa, com o acréscimo de outras perguntas, e encontraram dados diferentes, que mostram que a satisfação está abaixo do que foi apresentado pelo banco. Reembolso integral Quando o usuário não encontra um estabelecimento ou profissional credenciado ao plano em seu município, ele pode recorrer ao reembolso integral. Nesta modalidade, o Saúde Caixa ressarce todo o valor pago ao usuário, descontado o percentual de 30%, referente à coparticipação. Porém, para o pedido de reembolso ser aceito, é necessário solicitar ao plano uma autorização prévia e o atendimento só pode ocorrer após o recebimento desta autorização. Nos casos de atendimentos de urgência ou emergência, a autorização prévia não é exigida. “Muitos usuários não sabem que têm este direito, e outros tantos não têm conhecimento de como solicitá-lo corretamente. Com efeito, há pedido de reembolso integral que acabam sendo negados pelo não cumprimento das exigências previstas”, relata Fabiana Uehara. Para conhecer as normas e regras da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) clique aqui e para saber mais sobre a necessidade de autorização prévia do Saúde Caixa clique aqui. Fonte: Contraf-CUT em informações da Fenae

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