Terceirização do Chat prejudica trabalhadores e clientes do Itaú
A terceirização do Chat, setor lotado no Centro Tecnológico (CT) foi anunciada pelo Itaú na última sexta-feira (24). A decisão deverá afetar 144 trabalhadores, que terão até 31 de maio para realocação, ou seja, um prazo de 60 dias. O anúncio foi feito em reunião com dirigentes sindicais e representantes do banco, em São Paulo. Segundo o movimento sindical, muitos trabalhadores já vêm de outras áreas que passaram por reestruturação, e agora terão que passar por novo processo de realocação. Além disso, a terceirização precariza o trabalho e ainda expõe informações sigilosas de clientes a uma empresa terceirizada. Agências Digitais Assédio moral, ameaças constantes, cobranças exacerbadas por metas e adoecimentos fazem parte do dia a dia dos bancários que trabalham nas agências digitais. Essas denúncias foram apresentadas na reunião e o banco se comprometeu em apurar.
Prova de vida da Funcef: nascidos em março têm até sexta-feira (31) para fazer o procedimento
Os aposentados que fazem aniversário em março têm até a próxima sexta-feira (31) para fazer a prova de vida da Funcef. O procedimento deve ser realizado pelo aplicativo da Fundação. Após clicar no ícone da prova de vida, basta seguir as instruções. Esse procedimento é obrigatório para todos os aposentados e pensionistas da Funcef, inclusive para quem recebe pelo convênio INSS/Caixa/Funcef e só está disponível no aplicativo para os aniversariantes do mês. Pensionistas devem considerar a data de nascimento do titular do plano. A prova de vida será feita com biometria facial e é necessária uma foto nítida, sem óculos, máscara e chapéu. Em seguida, deve ser feita foto do documento de identificação, RG ou CNH, válido e depois é só finalizar o processo. Os aposentados que recebem pelo INSS devem seguir as regras do Instituto Nacional do Seguro Social. Vale lembrar que a não realização da prova de vida pode causar a suspensão do pagamento do benefício.
Bancos cortam postos de trabalho
Dados do novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), com base na PNAD Contínua, mostram que o setor bancário extinguiu postos de trabalho pelo quarto mês consecutivo. O saldo negativo de 319 vagas em janeiro foi resultado de 3.145 admissões e 3.464 desligamentos no mês. De outubro de 2022 a janeiro deste ano, o setor já acumula o fechamento de 889 postos de trabalho. O saldo negativo de empregos no setor bancário caminha na contramão do ramo financeiro como um todo que, excluindo os bancos, teve saldo positivo de 1.604 postos de trabalho em janeiro. Apesar dos resultados negativos para contratações nos bancos entre outubro de 2022 e janeiro deste ano, no acumulado dos últimos 12 meses (Jan/22 a Jan/23) o saldo de empregos no setor bancário está positivo, com a criação de 1.399 vagas, devido às contratações pela Caixa no ano passado, graças à atuação sindical e jurídica do Sindicato, Contraf-CUT e Fenae pela convocação dos aprovados em concurso de 2014. Das 27 unidades da federação, apenas cinco registraram saldo positivo de postos de trabalho: São Paulo (+77 postos), Sergipe (+12 postos), Pará (+5 postos), Amapá (+ 1 posto) e Tocantins (+ 1 posto). Rotatividade O salário mensal médio de um bancário admitido em janeiro alcançou o valor de R$ 6.395,43, enquanto o do desligado foi de R$ 7.214,62. Ou seja, o salário médio do admitido correspondeu a 88,6% do desligado. Impacto negativo A terceirização também tem impacto negativo sobre o emprego no setor bancário, já que os bancos utilizam esta modalidade de trabalho para cortar custos, retirar funcionários da categoria bancária e desmobilizar a organização dos trabalhadores. Faixa etária e sexo Quanto ao recorte de gênero, o saldo negativo de postos de trabalho nos bancos se deu, predominantemente, entre mulheres. Nas admissões, as mulheres representaram 46% das contratações, enquanto nos desligamentos correspondem a 51%. O resultado é um saldo negativo de 5 postos de trabalho entre homens, número que salta para 314 entre as mulheres. Em relação ao recorte por faixa etária, observa-se saldo positivo de postos de trabalho entre as faixas de 18 até 29 anos, com ampliação de 811 vagas. Já para as faixas etárias superiores, o constatado movimento é contrário, com o fechamento de 1.111 vagas.
Conselho fixa em 1,97% juro máximo para consignado do INSS após pressão dos bancos
O Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) decidiu aprovar, nesta terça-feira (28), a proposta do governo para o teto máximo de 1,97% ao mês nas taxas de juros do crédito consignado a aposentados e pensionistas do INSS. A decisão ocorreu após forte pressão dos bancos. Para o cartão consignado, a taxa máxima ficou em 2,89% ao mês. “Recuamos no que queríamos para o teto de juros do consignado pela pressão que bancos fizeram. Considero que os juros continuam altos”, declarou o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, em entrevista coletiva. Lupi ainda prometeu para os próximos dias “novos caminhos” para baratear o crédito aos aposentados. Segundo o ministro, a manutenção da taxa básica de juros (Selic) em 13,75%, pelo Banco Central, contribuiu para um “cenário adverso na economia do Brasil”, afetando a decisão. O CNPS, no último dia 13, reduziu a taxa de juros do consignado do INSS de 2,14% para 1,7% ao mês. Na ocasião, a taxa máxima do cartão consignado também caiu, de 3,06% para 2,62% mensais. Os bancos privados – Itaú Unibanco, Banco Pan, Daycoval, Mercantil do Brasil e PagBank/PagSeguro – reagiram e decidiram suspender as linhas de crédito para aposentados e pensionistas. Em seguida, os bancos públicos Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil foram pelo mesmo caminho, e anunciaram a suspensão do empréstimo consignado. Com isso, várias centrais do país – CUT, CTB, Força Sindical, UGT, Nova Central, CSB, Intersindical e Pública – divulgaram nota condenando a suspensão do crédito. Para elas, a decisão mostrava que mostrava que a sede dos bancos por lucros “não tem limites”. *Com informações da Rede Brasil Atual