Empregados da Caixa cobram negociação de protocolos mais rigorosos

A Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa) cobra o agendamento de reunião para discussão de protocolos mais rigorosos para a prevenção contra a Covid-19 e contra a Influenza. Na última sexta-feira (7), foi enviado um ofício para a vice-presidenta de Estratégia e Pessoas da Caixa, Magda Lucia Dias Cardoso de Carvalho. Os representantes dos empregados também reivindicam um reforço na divulgação e aplicação dos protocolos vigentes. “O aumento do índice de contaminação pelo coronavírus, além da nova variante da influenza, é alarmante. Recebemos diversas denúncias de empregados por todo o Brasil do descaso de gestores quanto ao cumprimento dos protocolos vigentes”, afirmou Fabiana Uehara Proscholdt, coordenadora da CEE/Caixa e secretária da Cultura da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). Ela revela que, em conversas, a Caixa diz que tem reforçado as orientações sobre protocolos. “Entretanto, entendemos que essas ações ainda estão muito tímidas. É necessário um enfrentamento mais ostensivo, pois o momento exige isso. Os hospitais estão lotados e a telemedicina do Saúde Caixa está com fila de espera de mais de 14 horas. O sistema de saúde já mostra sinais de novo colapso por todo o país.” Fabiana lembra ainda que a Caixa completa 161 anos nesta quarta-feira (12). “A direção tem que respeitar os trabalhadores e uma das formas de respeitar é garantindo saúde e condições de trabalho para todos”, finalizou. Fonte: contraf-CUT

Federa-RJ solicita à Fenaban reforço nas medidas de prevenção à Covid-19

Medida tem como foco preservar a saúde dos trabalhadores, clientes e usuários dos bancos A Federa-RJ (Federação das Trabalhadoras e Trabalhadores no Ramo Financeiro do Estado do Rio de Janeiro) enviou na segunda-feira, dia10, ofício à Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) solicitando ações de reforço na prevenção à Covid-19 e suas variantes. O documento tem como base a cláusula 69, da Convenção Coletiva de Trabalho, assinada em 2021. A iniciativa, segundo dirigentes da Federa-RJ, se faz necessária em função do crescente número de contagiados registrados nas últimas 48 horas em todo o país, o que pode impactar em um novo colapso na rede pública e privada de saúde. Por isto, a solicitação requer o retorno dos trabalhadores com comorbidades ao sistema de trabalho em home office, o rodízio de funcionários, a redução do horário de atendimento e o controle de acesso às agências, entre outras medidas a fim reduzir o fluxo de cidadãos e buscar mitigar o risco de infecção. A direção do Sindicato dos Bancários do Sul Fluminense apóia a iniciativa da Federa-RJ. “Entendemos que os procedimentos solicitados contribuem para a manutenção da saúde dos funcionários, clientes e usuários dos serviços bancários e ainda favorece consideravelmente à redução de um novo surto epidemiológico”, declararam.

Inflação em alta: IPCA e INPC fecham 2021 acima dos 10%

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado o índice oficial da inflação subiu 10,06% em 2021. O indicado é mais que o dobro do que o registrado no ano anterior (4,52%) e o maior desde 2015 (10,67%), segundo o IBGE, que divulgou os dados nesta terça-feira (11). Já o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) fechou com alta de 10,16%, ante 5,45% em 2020, e também com o maior resultado em seis anos. O INPC é o mais utilizado como referência para negociações salariais. Como se viu ao longo de 2021, alguns itens tiveram impacto maior sobre a inflação. Caso da gasolina, por exemplo, que aumentou 47,49% em 2021, enquanto o etanol aumentou 62,23%. Já a energia elétrica teve alta de 21,21%. O gás de botijão teve aumento médio de 36,99%. Assim, das 16 regiões áreas pesquisadas pelo IBGE, 10 terminaram 2021 com inflação de dois dígitos. Com o resultado do INPC, salário mínimo de 2022 fica novamente sem ganho real Com a divulgação do INPC de 2021, se confirmou que o salário mínimo brasileiro ficou novamente sem aumento real (acima da inflação). O valor de R$ 1.212 para este ano corresponde a um reajuste de 10,18%, praticamente o mesmo resultado do INPC anual (10,16%). O valor final do piso foi arredondado para cima. Itens diretamente ligados ao orçamento familiar, como os de alimentos, tarifas e combustíveis, foram os que mais subiram. São exatamente os que têm maior impacto na população de menor renda. O Dieese estimou que, em dezembro, o salário mínimo deveria ser de R$ 5.800,98 para custear as despesas básicas de uma família de quatro pessoas. O cálculo foi feito com base na cesta básica mais cara no mês passado, a de São Paulo, que chegou a R$ 690,51. O mínimo do Dieese corresponde a 5,27 vezes o piso oficial de 2021 (R$ 1.100). Um ano antes, essa proporção era de 5,08. Transporte por aplicativo Entre os grupos que compõem o IPCA, Transportes teve a maior variação (21,03%) e também o maior impacto no resultado geral (4,19 pontos percentuais). Depois vieram os grupos Habitação (13,05% e 2,05 pontos, respectivamente) e Alimentação de Bebidas (7,94% e 1,68 ponto). Somados, os três corresponderam a 79% do total. Em Transportes, além dos combustíveis, o IBGE apurou alta de 16,16% nos preços de automóveis novos e de 15,05% nos usados, em 2021. As passagens aéreas aumentaram 17,59% e o custo com transportes por aplicativos subiu 33,75%. No grupo Habitação, o instituto lembra que na questão das tarifas de energia o país conviveu, ao longo do ano, com as bandeiras amarela e vermelha – e depois com a bandeira chamada Escassez Hídrica, que entrou em vigor em setembro e deverá ser mantida até o próximo mês de abril. Café aumentou 50% A variação de Alimentação e Bebidas foi menor que em 2020 (de 14,09%, naquele ano, para 7,94%). O item alimentação no domicílio subiu 8,24%, com destaque para o café, com aumento de 50,24% e impacto de 0,15 ponto no índice anual. O preço médio da mandioca subiu 48,08% e o do açúcar refinado, 47,87%. Caíram preços de produtos como batata inglesa (-22,82%) e arroz (-16,88%). Já no grupo Artigos de Residência (alta de 12,07% em 2021), o IBGE cita os itens mobiliário (15,73%) e eletrodomésticos e equipamentos (13,62%), além de produtos de TV, som e informática (10,55%). Em Vestuário (10,31%), destaque para joias e bijuterias (12,76%) e roupas masculinas (12,60%). Entre as áreas, a maior alta do IPCA foi registrada na região metropolitana de Curitiba (12,73%). A menor variação foi em Belém (8,10%). Na Grande São Paulo, o índice variou 9,59%. E ficou acima dos 10% em Vitória (11,50%), Rio Branco (11,43%), Porto Alegre (10,99%), Campo Grande (10,92%), Salvador (10,78%), Fortaleza (10,63%), Recife (10,42%), Goiânia (10,31%) e Aracaju (10,14%). Fonte: contraf-CUT

Pandemia não acabou e presidente e diretor do BB continuam desrespeitando protocolos de saúde

Descaso de gestores do BB é notório, mesmo diante do crescente adoecimento de funcionários, continuam a circular sem máscaras e desrespeitando protocolos Enquanto voltam a aumentar os casos de contaminação pela variante Ômicron, da Covid-19, e, agora, pelo novo vírus da gripe (H3N2) em todo o país e entre os funcionários do Banco do Brasil, em consequência da precoce retomada ao trabalho presencial nas áreas administrativas, o presidente do BB, Fausto de Andrade Ribeiro, compartilha foto sem máscara nas dependências do banco, desta vez ao lado do diretor de operações, João Leocir Dal-Rosso Frescura. Esta não é a primeira vez que Fausto é flagrado sem máscara. Em visitas a agências de várias partes do país, o presidente do banco vem reforçando o descaso pelo manual de trabalho presencial, dispensando o uso do equipamento de segurança. “Essas imagens são sintomáticas. Como cobrar o respeito ao manual de segurança contra a Covid-19, se quem deveria ser o primeiro a fazer é a alta cúpula do banco?”, questiona o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga. “Diante do quadro do aumento de funcionários adoecidos nas dependências do banco, em decisão unilateral a direção divulgou, na primeira semana do ano, um novo manual contra a Covid-19, excluindo vários protocolos de segurança que foram estabelecidos no manual anterior, acordado entre o BB, movimento sindical e o Ministério Público do Trabalho”, lembra, Fukunaga ao completar que as reivindicações dos trabalhadores, por outro lado, não são feitas sem bases técnicas. “Retirar, neste momento, o item de fechamento de unidade por contaminação de Covid-19 é, ao mesmo tempo, pregar contra o próprio funcionário e colocar a vida em último plano”, arremata. Negacionismo explícito Em setembro, a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) publicou os resultados de pesquisa, encomendada ao Dieese, comprovando o papel do home office na proteção da saúde dos bancários. O trabalho apontou que, entre aqueles que ficaram em teletrabalho durante o ápice da pandemia, 77% não apresentaram diagnóstico positivo de Convid-19, contra 23% contagiados. Por outro lado, entre os que não estiveram em teletrabalho, o percentual de contaminação foi de 38%. “Ao impor um cronograma de retorno ao trabalho presencial de 100% dos funcionários das áreas administrativas, cumprido até o final de dezembro passado, o banco não apenas desconsiderou a pesquisa encomendada pela Contraf-CUT, como também os relatórios oficiais da OMS (Organização Mundial da Saúde) que afirmam que a pandemia ainda não acabou”, pondera Fukunaga. “Uma nova cepa do vírus Covid-19 está em circulação, com capacidade muito mais rápida de contágio e que tem contribuído para filas enormes no teleatendimento da Cassi e nos hospitais das redes particular e“O número de funcionários adoecidos só não é pior graças a pressão dos trabalhadores nas mesas de negociação que fez com que imunossuprimidos (indivíduos que possuem uma condição de saúde que faz com que seus corpos respondam menos a qualquer tipo de vacina), pessoas em tratamento contra o câncer e com deficiência auditiva, além das grávidas, pudessem continuar em teletrabalho”, explica ainda Getúlio Maciel, representante da Comissão de Empresa BB e dirigente sindical do Fetec-CUT/SP. Na foto mais recente sem máscara, Fausto aparece ao lado do diretor João Leocir Dal-Rosso Frescura, conhecido como Piti. Em vários casos confirmados de colegas infectados nos centros operacionais, Piti, que é o diretor de operações vinculados a esses prefixos, teria se recusado a dispensar os funcionários das dependências que necessitavam e protocolos de limpeza e quarentena, conforme estabelecido no primeiro manual de segurança, acordado junto ao MPT, após cobrança da CEBB, mas substituído pelo novo manual publicado recentemente de forma unilateral pelo banco. “Essa mudança do manual de retorno presencial, de forma unilateral, pelo BB, após a cobrança do cumprimento de seus itens, é um absurdo e mostra que, para este diretor do banco, vale tudo para se destacar, desde servir cafezinho como bom menino, até colocar em risco a vida dos funcionários do BB. Vemos, certamente, a política mortuária deste atual governo atuando na Diope”, avalia Fukunaga. BB recebe intimação O movimento sindical, por meio da Contraf, acionou o MPT contra a decisão do BB de alterar o manual de segurança sobre a Covid-19. O Banco já foi intimado pelo Ministério Público do Trabalho a comparecer em uma audiência sobre a questão no dia 12 de janeiro. Fonte: contraf-CUT

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