Contraf-CUT pede explicações e cobra pagamento do valor correto da PLR da Caixa

Banco adiantou o pagamento da primeira parcela, mas valores calculados sobre o lucro líquido vieram pela metade A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) enviou na manhã desta segunda-feira (13) ofício à Caixa Econômica Federal questionando os cálculos dos valores referentes ao adiantamento da Participação nos Lucros e/ou Resultados (PLR) pagos na sexta-feira (10) aos empregados. “Recebemos relatos de diversos empregados questionando os valores pagos pela empresa a título de antecipação do adiantamento da PLR 2021”, disse a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt, que também é diretora de Cultura da Contraf-CUT. Os questionamentos se referem às parcelas calculadas sobre o percentual do lucro líquido do banco. “Nosso ACT (Acordo Coletivo de Trabalho) específico da PLR 2020/2021 estabelece, em sua cláusula 11, parágrafo 7º, que o adiantamento, a ser pago até o dia 30 de setembro, seria de 50% do valor devido à título de parcela fixa e percentual de salário, e os percentuais de lucro calculados considerandos o lucro líquido obtido no 1º semestre de 2021. No entanto, o valor pago pelo banco reduziu pela metade os valores calculados sobre percentual do lucro, que são a PLR Adicional Fenaban e a PLR Social”, explicou a coordenadora da CEE. Conforme estabelecido no ACT da PLR da Caixa, o valor da parcela adicional a ser paga pelo banco deveria ser de: Parcela Regra Adicional = R$ 10.843.513.000,00 (lucro líquido) x 2,2% / 83.294 (funcionários) = R$ 2.864,04 PLR Social = R$ 10.843.513.000,00 (lucro líquido) x 4% / 83.294 (funcionários) = R$ 5.207,34. Os valores calculados pela Caixa, porém, correspondem à R$ 1.451,01 e R$ 2.638,20. “Percebemos a divergência tanto na PLR Social quanto no adicional da Fenaban (Federação Nacional dos Bancos)”, disse o diretor-presidente da Associação do Pessoal da Caixa do Estado de São Paulo (Apcef/SP) e membro da CEE/Caixa, Leonardo Quadros, em áudio distribuído aos empregados. “As entidades já haviam entrado com uma ação contra a Caixa cobrando o pagamento do valor correto na parcela do ano passado, paga em março. Essas ações estão tramitando na Justiça. Estamos cobrando a Caixa para que ela não faça novamente o pagamento em valor diferente daquele que foi acordado, e que assim as entidades não precisem novamente ingressar com ação contra a empresa para exigir o cumprimento do que foi discutido em mesa de negociação”, completou o dirigente da Apcef/SP.

Mesa de Negociação sobre Saúde Caixa é adiada para esta terça-feira (14)

A Mesa de Negociação entre a Comissão Executiva de Empregados da Caixa (CEE/Caixa) e a direção do banco, marcada para esta segunda-feira (13) para tratar das propostas para o modelo de custeio e gestão do Saúde Caixa, foi adiada para esta terça-feira (14), às 16h. A Comissão divergiu de pontos propostos pela Caixa e as discussões técnicas continuam ocorrendo. Em conversa na última sexta-feira (10), após análise do Comando Nacional, foi ratificado que princípios de solidariedade, pacto intergeracional e mutualismo são inegociáveis para o movimento. Os representantes dos empregados rejeitam, ainda, a paridade no custeio, já que a resolução 23 da Comissão Interministerial de Governança Corporativa e de Administração de Participações Societárias da União (CGPAR) foi revogada com a aprovação do Projeto de Decreto Legislativo 342/2021, da deputada Erika Kokay (PT/DF). “Nós sabemos que existe, com toda razão, uma ansiedade dos empregados sobre a situação do Saúde Caixa a partir de 2022. O debate está sendo feito com todo o cuidado e responsabilidade que o assunto exige. Defendemos a manutenção do 70/30. Tivemos importantes progressos nas tratativas, mas ainda temos luta com o limite imposto de 6,5% da folha de pagamentos previsto no estatuto da Caixa”, destacou Fabiana Uehara Proscholdt, coordenadora da CEE/Caixa. Fonte: Fenae

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