Bancários do Itaú querem emprego, saúde e melhores condições de trabalho

Esses são os principais pontos da pauta de reivindicações específica definida no Encontro Nacional dos Trabalhadores, nesta quinta-feira (5) Os 159 delegados e delegadas participantes do Encontro Nacional dos Trabalhadores do Itaú, realizado virtualmente na tarde desta quinta-feira (5), definiram sua pauta de reivindicações específica. “Nós queremos retomar com o banco a negociações de cada um dos pontos debatidos aqui. Este encontro é fundamental para conhecermos a realidade de todo o Brasil e assim definir estratégias que contemplem todos os trabalhadores do Itaú. Este é o papel do movimento sindical, defender todos que estão dentro da empresa”, afirmou Jair Alves, coordenador da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú. Saúde do trabalhador Saúde do trabalhador foi o tema da primeira mesa de trabalho do encontro nacional. “O tema de saúde sempre foi muito importante para o movimento sindical bancário. Com a pandemia, ganhou ainda mais importância. Para mim é uma honra participar deste encontro, em especial, pois a COE Itaú sempre se destacou na luta pela saúde e condições de trabalho”, afirmou Mauro Salles, secretário de Saúde do Trabalhador da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). “Passamos por uma fase de muita luta e ainda temos muita luta. A vacinação começou, mas está longe de ser o ideal. Por isso temos continuar na luta pelo real cumprimento dos protocolos de saúde e segurança que negociamos com a Fenaban no começo da pandemia e na luta pela vacinação de todos os bancários”, afirmou Mauro Salles. “São desafios muito importantes, pois acredito que vamos continuar convivendo com a pandemia, vamos ter que continuar nos cuidando, cuidando dos colegas, além de continuar cuidados de outros problemas que tendem a aumentar. Por isso, mais do que nunca temos que ter a capacidade de entender a situação, para melhor negociar e estabelecer as estratégicas de enfrentamento sindical, para garantir melhores condições de trabalho para a nossa categoria”, completou. O secretário de Saúde do Trabalhador da Contraf-CUT também abordou a possível pressão pela volta dos bancários. “O acordo que tivemos com a Fenaban é que não haverá volta sem negociar os critérios, com um protocolo único mínimo de procedimento. Temos que continuar protegendo os trabalhadores de riscos à sua saúde. Uma eventual volta só pode acontecer com a vacinação completa. Mesmo assim, temos de pensar em outros problemas que podem vir a acontecer. Temos que ter tranquilidade, pois estamos lidando com a vida das pessoas. Os bancos também têm de ter responsabilidade neste processo. Não pode ser só negócio.” Emprego Os trabalhos continuaram com o painel sobre Emprego. Os delegados e delegadas debateram os números apresentados pela economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Cátia Uehara, no início do encontro. “Nós temos que abrir negociações sobre as metas e sobre os programas de remuneração, que muitas vezes são usados como justificativas para as demissões”, disse Valdenia Ferreira, representante da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro de Mina Gerais (Fetrafi-MG) na Comissão de Organizados dos Empregados (COE) do Itaú. Remuneração O terceiro ponto debatido na pauta foi remuneração. Os delegados e delegadas mostraram que instabilidade e medo de demissões são os resultados da implementação do GERA, programa de remuneração variável criado para substituir o AGIR. “Desde o início da mudança do agir a COE vem tentando negociar essas mudanças. O banco fez uma apresentação para a gente, que seria melhor para todo mundo, mas na verdade não foi isso que aconteceu. Por isso, temos que continuar negociando”, convocou Valeska Pincovai, dirigente do Sindicato dos Bancários de São Paulo e integrante da COE Itaú.  “Nas pesquisas feitas pelos sindicatos percebemos que o GERA causou acúmulo de funções, aumentos as metas, sobrecarga de trabalho, assédio moral, entre outras pioras na comparação com o Agir, que já tinha diversos problemas”, completou. “Nós precisamos de transparência do banco para podermos negociar melhorias nesses programas. Nós conversamos com os trabalhadores e eles estão infelizes com a mudança, como é que o banco vem falar que só tem coisas boas?”, questionou Maria Izabel, diretora do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro e representante da COE. GT Saúde O Grupo de Trabalho (GT) de Saúde do Itaú foi o tema da quarta mesa de debate do encontro nacional. Luciana Duarte, coordenadora do GT, fez um resgate das negociações feitas no último período. “É muito importante ressaltar a importância de o movimento sindical ter conquistado o GT de Saúde no Itaú. Desde que o grupo foi crido estamos constantemente negociando temas tão sensíveis ao dia a dia do banco, que é saúde do trabalhador. Durante a pandemia, este trabalho ganhou ainda mais importância. Falta muito a se avança, mas estamos no caminho certo, aos poucos avançando para termos uma condição de trabalho digna”, declarou Simoni Nascimento de Abreu, membro do GT de Saúde do Itaú. Fundação Itaú O Último tema debatido pelos delegados e delegadas do encontro foi Fundação Itaú. Foi feito um breve relato sobre todos os planos e um resgate das últimas eleições, realizadas em maio. “Os ataques que os fundos de pensão em sofrendo já é um debate bastante disseminado. Eles querem que os fundos fiquem nas mãos dos bancos, sem representatividade dos trabalhadores. Esse é o sonho deles. Não temos nenhum técnico, mas somos participantes e temos interesses para que tudo dê certo. Nós temos que estar agindo para ver onde há espaços para beneficiar os trabalhadores”, afirmou Erica Godoy, conselheira da Fundação. Fonte: Contraf-CUT

Banco do Brasil lucra quase R$ 10 bi no primeiro semestre

Resultado é obtido com redução de 7 mil postos de trabalho, gerando sobrecarrega de trabalho e adoecimento de funcionários O Banco do Brasil obteve lucro líquido ajustado de quase R$ 10 bilhões no 1º semestre de 2021, crescimento de 48,4% em relação ao mesmo período de 2020, segundo análise elaborada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). No 2º trimestre, o lucro foi de R$ 5 bilhões, aumento de 52,2% em relação ao mesmo trimestre de 2020. Segundo o banco, a redução das provisões para lidar com devedores duvidosos (PCLD Ampliada) e o crescimento da carteira de crédito destacam-se no resultado do semestre. A rentabilidade (retorno sobre o patrimônio líquido ajustado) cresceu 3,9 pontos percentuais (p.p.) em doze meses, chegando em 14,1%. “Os resultados são muito bons e os funcionários precisam mesmo ser reconhecidos. Mas, é preciso dizer que estes mesmos funcionários pintados como se estivessem no ‘mundo das maravilhas’, na verdade são estrangulados pelas metas impostas pela atual gestão, principalmente com vice-presidente de varejo, quase um capataz cruel”, disse o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga, se referindo ao vídeo enviado pelo presidente do banco aos funcionários na manhã desta quinta-feira para anunciar os resultados do balanço semestral. Redução do pessoal e sobrecarga “Os funcionários, supostamente valorizados, precisam se desdobrar para cumprir as metas. Ainda mais com as constantes reduções do quadro de pessoal. Uma realidade que leva à sobrecarga de trabalho e ao consequente adoecimento”, afirmou Fukunaga. Em um ano, o banco fechou 6.956 postos de trabalho e, do primeiro para o segundo semestre de 2021, essa redução de pessoal se acentuou ainda mais. Somente neste segundo trimestre, no escopo do Programa de Adequação de Quadros (PAQ) e do Programa de Desligamento Extraordinário (PDE), o banco reduziu seu quadro de pessoal em 2.358 funcionários. Além disso, em 12 meses, foram fechadas 390 agências e 33 postos de atendimento bancário e o número de clientes aumentou em 2,9 milhões. “São menos funcionários, menos agências, mais clientes e mais lucro. Não é difícil de se perceber quem são os prejudicados. O discurso de valorização dos funcionários cai por terra. E os clientes também são afetados, com maior dificuldade para se encontrar uma agência e pelas filas que se alongam. Pagam cada vez mais caro pelas tarifas para ter um atendimento cada vez mais precário, devido à política de desestruturação que é implantada, pelo menos, desde 2016”, observou o coordenador da CEBB. As receitas com prestação de serviços e tarifas bancárias alcançaram R$ 14,1 bilhões no ano, enquanto as despesas com pessoal, incluindo o pagamento da PLR, somou R$ 12 bilhões no período. Ou seja, somente com a receita de tarifas e serviços bancários, que representa uma parte ínfima de toda a arrecadação do banco, é possível cobrir todas as despesas com funcionários e ainda sobram 17,4% do valor. Veja abaixo a tabela resumo do balanço, ou, se preferir, leia a íntegra da análise do Dieese.

Funcionários debatem balanço do Itaú na abertura do Encontro Nacional

Até o final do dia, os trabalhadores debaterão emprego, remuneração, saúde, condições de trabalho e previdência complementar O futuro só será possível com emprego, saúde e melhores condições de trabalho. Com este mote, começou na tarde nesta quinta-feira (5) o Encontro Nacional dos Funcionários do Banco Itaú-Unibanco, realizado por webinário na plataforma Zoom. Até o final do dia, os trabalhadores debaterão emprego, remuneração, saúde, condições de trabalho e previdência complementar. “Espero que a gente tire deste encontro ações específicas para os funcionários do Itaú, além de estratégias para lutar contra esse governo genocida, que vem dia a dia atacando o direito dos trabalhadores e claramente governa para poucos, aumentando a fome e o desemprego do país, pensando apenas nos privilegiados”, afirmou Vinicius Assumpção, vice-presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). Ivone Silva, uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários, lembrou que o Itaú está promovendo mudanças radicais que estão afetando diretamente as agências e os trabalhadores. “O princípio de não ter um cargo definido, você ganha o salário, mas pode praticar tudo, passa muita insegurança aos trabalhadores. Isso sem falar dos levantamentos de qual agência funciona e qual não funciona. As que não dão lucro podem ser fechadas. E o trabalhador fica no meio de tudo isso, sem saber o que fazer”, lamentou. Ivone fez um regate das negociações feitas com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) logo no início da pandemia do coronavírus (Covid-19) que salvou a vida de inúmeros bancários. “Agora chegou a hora de começar a negociar o retorno ao trabalho presencial daqueles que estão em home office. Nós vamos ter que nos mobilizar e lutar muito para colocar as sequelas da Covid como doença do trabalho”, completou Ivone. Balanço Itaú A apresentação dos dados do balanço do banco Itaú-Unibanco foi a primeira mesa do trabalho do encontro. “Se o banco repetir o mesmo resultado do primeiro semestre de 2021 no segundo semestre estará muito próximo de ultrapassar o seu maior recorde de lucro, em 2019, de mais de R$ 26 bilhões. Isso num ano todo vivendo numa pandemia”, destacou Cátia Uehara, economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Ela explicou que um dos motivos que levaram o banco a estar no mesmo patamar de antes de crise, é a diminuição de custos, com o home office e a queda de visitas e viagens. Outro fator claro para estes resultados são o fechamento de agências e de postos de trabalho. Em 12 meses, 114 agências físicas foram fechadas. No mesmo período, se desconsiderar os trabalhadores de tecnologia e da empresa ZUP, houve uma queda de 1.900 postos de trabalho. “Todos são prejudicados nessa movimentação. Uns ficam desempregados, outros sobrecarregados e os clientes, que são usados como justificativa para essas mudanças, sofrem com a piora no atendimento”, disse Cátia, ao apontar que a relação clientes por empregados era de 642 em 2014, atualmente é de 1001,2. Fonte: Contraf-CUT

CEE/Caixa reivindica mesa permanente de negociações sobre Saúde Caixa nesta sexta-feira (6)

A reunião foi pedida por representantes dos empregados depois do banco ter encerrado unilateralmente as negociações do GT A Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa Econômica Federal reivindica o agendamento para a manhã desta sexta-feira (6) da mesa permanente de negociações com a direção do banco para tratar das propostas do Grupo de Trabalho (GT) Saúde-Caixa. A reunião foi pedida pelos representantes dos empregados após a Caixa encerrar unilateralmente as negociações do GT, na última sexta-feira (30). No encontro, os representantes do banco recusaram a solicitação dos empregados para prorrogar as discussões sobre a construção conjunta de um modelo de custeio viável e sustentável para os usuários. Além disso, o banco apresentou uma proposta que aplica integralmente a resolução 23 da Comissão Interministerial de Governança Corporativa e de Administração de Participações Societárias da União (CGPAR), que estabelece contribuição paritária do banco e cobrança de mensalidade por beneficiário, de acordo com faixa etária e/ou renda, e o teto de 6,5% da folha de pagamentos e proventos de custeio do plano pela Caixa. “Nós não aceitamos a implementação da CGPAR 23, sob qualquer aspecto. Além de não ser uma legislação, esta proposta não está prevista no Acordo Coletivo de Trabalho e a anulação de seus efeitos está sendo discutida no Congresso Nacional. Nós enfatizamos a necessidade de ampliar a discussão para levarmos propostas decentes aos colegas, mas a Caixa decidiu, unilateralmente, encerrar o grupo”, destacou a coordenadora do GT e da CEE/Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt, que também é secretária da Cultura da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). Fabiana espera que a mesa permanente de negociações seja marcada o quanto antes. “Nós queremos o retorno dos trabalhos do GT. Nosso único objetivo é construir um modelo que mantenha os princípios de solidariedade, mutualismo e pacto intergeracional, com gestão por RH e dos percentuais de mensalidade por grupo familiar”, afirmou. A CEE/Caixa aguarda o retorno da direção do banco para confirmar a reunião.   Fonte: Contraf-CUT

Bancários do Itaú realizam encontro nacional nesta quinta-feira (5)

Emprego, remuneração, saúde, condições de trabalho e previdência complementar serão os temas dos debates O Encontro Nacional dos Funcionários do Banco Itaú-Unibanco acontece nesta quinta-feira (5), por webinário na plataforma Zoom. A partir das 14h, os trabalhadores debaterão emprego, remuneração, saúde, condições de trabalho e previdência complementar. “Nosso objetivo é tirar uma estratégia para negociar com o banco nossa pauta de reivindicações específicas, fruto desse encontro”, afirmou Jair Alves, coordenador da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú. Confira abaixo a programação: 14h – Abertura e apresentação da programação 14h10 – Apresentação dos dados do balanço do banco Itaú-Unibanco 14h40 – Painel 1: Emprego 15h40 – Painel 2: Remuneração 16h40 – Painel 3: Saúde e Condições de Trabalho 17h40 – Painel 4: Previdência Complementar 18h – Encaminhamentos e encerramento Fonte:  Contraf-CUT

Santander negligencia sofrimento dos seus funcionários

Em negociação com a Comissão de Organização dos Empregados (COE), o Santander não apresentou respostas razoáveis e muito menos soluções para problemas detalhados em uma pauta em posse do banco desde o dia 22 de junho. Na reunião realizada virtualmente na tarde desta quarta-feira (4), os representantes dos trabalhadores cobraram mais contratações, respostas para descontos relacionados à gastos nos plano de saúde feitos diretamente na conta corrente dos bancários, retorno ao trabalho presencial e utilização do WhatsApp Business. Mais contratações A COE, que representa os trabalhadores nas negociações frente ao banco, enfatizou a urgência de mais contratações, devido ao grave quadro de sobrecarga de trabalho causado por falta de funcionários. Foi enfatizado que os lucros do banco aumentam a cada período, assim como a carteira de clientes. Em contrapartida, o número de bancários está sendo reduzido – pela primeira vez desde 2012 o Santander possui menos de 45 mil empregados –, em um contexto de aumento de pressão pelo cumprimento de metas abusivas para obtenção de lucros cada vez maiores, o que está resultando em uma epidemia de adoecimentos relacionados ao trabalho. O Santander alegou que promoveu duas mil contratações. O número foi questionado porque o último balanço do banco mostra que houve apenas 78 contratações no semestre. “Essas duas mil contratações, se realmente ocorreram, foram de trabalhadores terceirizados e não de bancários. Ou seja, o Santander está fatiando trabalhadores por categorias, retirando direitos, e precarizando cada vez mais o trabalho. E é revoltante o banco alegar, em mesa de negociação, que a automatização e a mudança de processos internos dentro nas agências resultou em redução de trabalho para os bancários, porque não é isso que constatamos diariamente. As agências estão lotadas e os trabalhadores estão sobrecarregados e cada vez mais adoecidos”, afirma Lucimara Malaquias, coordenadora da COE Santander e diretora do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região. Assistência médica para trabalhadores afastados Muitos trabalhadores têm procurado os sindicatos porque o Santander passou a fazer o desconto do convênio médico em conta corrente, e não em folha de pagamento. O banco alegou que isso só ocorre quando não há saldo na folha de pagamento, e que, no seu entendimento, sempre que utilizado, o convênio médico precisa ser pago. ou seja, é uma relação de consumo. A COE respondeu que esses trabalhadores já se encontram em uma situação extremamente delicada causada pela doença, e enfatizou que utilizar o convênio médico não é uma opção. Os trabalhadores são obrigados recorrer ao plano de saúde. É uma situação que está acima da escolha e é justamente nestes momentos da vida que eles mais utilizam o convênio médico. Também afirmou que, ao contrário do trabalhador, o banco tem totais condições de arcar com esse custo durante o afastamento sem complementação, e só efetuar os descontos quando o trabalhador retornar ao trabalho, com os devidos parcelamentos que facilitem a vida do trabalhador. “O argumento aqui é humanitário. O trabalhador está adoecido, na grande maioria das vezes por causa do trabalho exercido no banco. Portanto, o banco tem responsabilidade e total condição financeira de ajudar o trabalhador nesse momento”, afirma Lucimara. O banco alega que é responsabilidade do funcionário prever este custo e, portanto, ter dinheiro em conta para efetuar esse pagamento. Os representantes dos trabalhadores discordaram da justificativa. O RH se comprometeu a retomar discussão interna no banco e dar uma resposta sobre este tema nos próximos dias. Retorno ao trabalho presencial O Santander informa que, a partir da segunda quinzena de agosto, fará o retorno gradual dos trabalhadores para atividades presenciais. Permanecerão em casa os trabalhadores de maior risco, mesmo os que tiverem sido vacinados com as duas doses da vacina contra o novo coronavírus. Os representantes do banco disseram que não é possível informar o percentual de retorno presencial agora, porque o número pode variar muito, considerando as condições de cada área e a necessidade do trabalho presencial. O Santander se comprometeu a levar em consideração casos de pais e mães cujos filhos ainda não tenham retornado para a escola, além de outras questões de mobilidade. A COE discordou do retorno presencial tencionado pelo banco, pois entende que é um risco grande para todos os envolvidos, já que, mesmo quem tenha tomado as duas doses, poderá não estar imunizado, ou contaminar outras pessoas. Foi enfatizado que a variante delta, mais transmissível, em alguns estados já responde por 45% das contaminações, o que causa muita preocupação. Essa discussão será retomada entre o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban, mas a COE já ressaltou ao Santander o risco que o banco assume ao obrigar os trabalhadores ao retorno presencial. E reforçou que, mais uma vez, a empresa não ouve o movimento sindical e nem os trabalhadores, que também expressam grande preocupação com o retorno presencial. “Ou seja, o banco ignora os riscos e preocupações e coloca esses trabalhadores em uma situação de risco permanente, quando nós sabemos que o trabalho remoto está funcionando muito bem”, afirma Lucimara. WhatsApp Business O Santander informou que está proibida a utilização do aplicativo WhatsApp Business para tratar de assuntos relacionados ao banco, devido a uma questão de segurança da informação. Também informou que o número de telefone fixo da mesa, que antes era no banco, agora foi transferido para os notebooks e computadores, e que disponibilizou um guia com orientações para utilização do WhatsApp, disponível na academia do Santander, para o caso de o bancário utilizar o aplicativo para conversas com o cliente. A COE, contudo, recomenda que os bancários não utilizem os WhatsApp para conversar com o cliente, porque isso envolve segurança da informação e uma porção de questões que podem resultar em responsabilização do trabalhador. Diante dos riscos, a COE orienta que os bancários utilizem apenas os canais institucionais disponibilizados pelo Santander. Caso o gestor continue pressionando para que faça atendimento pelo WhatsApp pessoal, ou para que permaneça utilizando o WhatsApp Business, os bancários devem denunciar ao Sindicato, que irá informar o RH para que oriente o gestor. A identidade do bancário

Congresso vai refletir sobre o Banco do Brasil que o país precisa

Debates girarão em torno do tema “Construindo juntos o futuro do Banco do Brasil”; abertura do evento acontece na noite de sexta-feira (6) e debates serão realizados no domingo (8) Funcionários do Banco do Brasil realizam seu 32º Congresso Nacional nesta sexta-feira (6) e no domingo (8). Com debates e votações online, as reflexões vão girar em torno do tema “Construindo juntos o futuro do Banco do Brasil”. Serão três mesas de debate: “Retrato do Banco do Brasil nos últimos anos”; “O BB que queremos para o futuro do Brasil” e “Diversidade para construir um banco realmente do Brasil”. Nesta última mesa, a discussão abordará a diversidade e a inclusão como forma de fazer com que o banco tenha cada vez mais a cara do Brasil. “A história do desenvolvimento de nosso país se confunde com a do Banco do Brasil, a primeira instituição financeira brasileira. Os investimentos para a infraestrutura, o desenvolvimento industrial, do setor de serviços, comércio e agropecuário foram e são feitos pelo Banco do Brasil. Mas, pessoas e setores com interesses escusos menosprezam a importância do banco para o país”, disse o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga. “Além disso, desde pelo menos 2016, o banco vem passando por constantes processos de reestruturações que, na verdade, acabam com sua estrutura e sua capacidade de fomentar o desenvolvimento da economia e do país como um todo. Não é este Banco do Brasil desestruturado que o Brasil precisa. Não é este Banco do Brasil capenga que a gente quer! É sobre isso que nosso congresso vai tratar”, completou. Convidados O fundador e reitor da Universidade Zumbi dos Palmares professor dr. José Vicente, que recentemente foi convidado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, para integrar o grupo de trabalho sobre Segurança Privada do Conselho Nacional de Justiça; a economista e técnica do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, Nádia Vieira de Souza; e o professor e ex-deputado federal, Jean Wyllys, estão entre os convidados para compor as mesas e contribuir com os debates. Jean Moreira Rodrigues, ex-funcionário do BB; Débora Fonseca, Conselheira de Administração do BB eleita pelos funcionários; Isabela Lemos, funcionária aposentada do BB; e Carlos Augusto Vidotto, ex-funcionário do BB e ex-dirigente do Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região, também farão parte das mesas de discussões do congresso, que será realizado inteiramente no formato eletrônico, via videoconferência Zoom. Os delegados inscritos antecipadamente receberam links individuais para completarem sua inscrição e terem acesso à plataforma de participação e votação. O público em geral poderá acompanhar os debates pelos canais da Contraf-CUT no Facebook e YouTube. Veja abaixo programação completa:   Fonte: Contraf-CUT

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