Desemprego continua em alta no Brasil

Contraf-CUT está em alerta sobre demissões no setor bancário Nunca houve tantos brasileiros em busca de emprego no país. Cerca de 15 milhões de pessoas buscam trabalho nesse momento. O patamar de desemprego se manteve em 14,7% no trimestre encerrado em abril e segue no nível recorde da série histórica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os números foram divulgados nesta quarta-feira (30). Na categoria bancária, o alerta permanece, para impedir novas demissões. “Vivemos uma situação crítica e nada indica que vá melhorar, pelo menos no curto ou médio prazo. O desempenho negativo do governo Bolsonaro nos mostra isso. Estamos também atentos para que não ocorram demissões em nosso setor. Os bancos demitiram em plena pandemia e não cumpriram o compromisso de manter o emprego na categoria nesse período. De março do ano passado a fevereiro deste ano foram fechados 13 mil postos de trabalho em nossa categoria. Não podemos aceitar mais desemprego”, afirmou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira. A taxa recorde de desemprego de 14,7% já havia sido alcançada no primeiro trimestre de 2021. Os números indicam que o desemprego está longe de recuar. No primeiro trimestre de 2020, a taxa de desemprego era de 12,6%. Outro fator que agrava a situação da população é o crescimento da inflação. Nos últimos 12 meses, a inflação atingiu 35,75% pelo Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M). Fonte: Contraf-CUT

GT Saúde Caixa: diretriz da gestão Pedro Guimarães não valoriza a saúde dos empregados

Projeções trazidas pelos representantes do banco preveem aplicar a resolução 23 da CGPAR, transferindo custos da empresa para os empregados. Com os planos da gestão Pedro Guimarães, Saúde Caixa se torna financeiramente inviável para muitos empregados     Na reunião do Grupo de Trabalho Saúde Caixa desta terça-feira (29), a Caixa apresentou as primeiras simulações do custeio do Saúde Caixa em 2022, aplicando as restrições da Resolução 23 da Comissão Interministerial de Governança Corporativa e de Administração de Participações Societárias da União (CGPAR 23). De acordo com a representação dos empregados, as propostas são muito parecidas com as apresentadas em 2020 e que já foram rejeitadas em mesa de negociação. Na avaliação de Leonardo Quadros, membro do GT e presidente da Apcef/SP, as simulações apresentadas inviabilizam a permanência de muitos empregados no Saúde Caixa. “As projeções de custeio que a representação da Caixa trouxe, aplicando a resolução 23 da CGPAR, comprovam aquilo que já falamos – com a aplicação da resolução, muitos colegas não terão condições financeiras de permanecer no plano”, ressaltou. “As projeções apresentadas trazem valores de custeio similares àqueles das propostas recusadas pelos empregados na campanha salarial de 2020”. (relembre aqui as propostas de 2020, que foram recusadas) A coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa) e do GT e secretária da Cultura da Confederação Nacional dos Trabalhadores , Fabiana Uehara Prosholdt, reivindicou que a Caixa realize projeções que não considerem a aplicação da Resolução 23 da CGPAR, já que o ACT vigente não prevê a aplicação de tal restrição. Os representantes da direção do banco afirmaram que aplicar a resolução, que limita transfere custos para os empregados, é diretriz da gestão Pedro Guimarães. “A gestão Pedro Guimarães pode ter como diretriz reduzir custos, mas a diretriz da representação dos empregados é manter o plano financeiramente viável a todos os nossos colegas. A aplicação da resolução não está prevista no Acordo Coletivo, e precisamos que nossos colegas se engajem na defesa do nosso plano”, disse Fabiana. A coordenadora também ressaltou que os parâmetros de solidariedade, pacto intergeracional e mensalidade por grupo familiar são inegociáveis. “Entendemos que a alta cúpula da Caixa já tem uma receita pronta para apresentar para os empregados, com todas as restrições que são favoráveis para o banco e muito graves para os usuários. Nós vamos rejeitar qualquer proposta que altere o formato de custeio, como a contribuição paritária”, reforça Marilde Zarpellon. Cobrada pelos representantes dos trabalhadores no GT, a Caixa informou que vai disponibilizar a base de dados sobre as mensalidades pagas por cada usuário nos últimos três exercícios. Essas informações foram solicitadas pelos representantes dos empregados para analisar os impactos das simulações na contribuição de cada beneficiário, dentro do grupamento familiar. A próxima reunião do GT está marcada para quinta-feira, 1 de julho. Fonte: Fenae

FEDERA-RJ: NOVA FEDERAÇÃO REPRESENTA BANCÁRIOS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

“O momento, mais do que nunca, é de luta e resistência. O povo brasileiro não merece a situação que está vivendo. Merecemos respeito. É hora de mudança e estamos aqui para isso”. Com essas palavras, Adriana Nalesso, presidenta eleita da Federa-RJ, deu boas-vindas à frente da Federação das Trabalhadoras e dosTrabalhadores no Ramo Financeiro do Rio de Janeiro, que foi fundada em assembleia virtual realizada nesta quinta-feira, 24 de junho. Juvândia Moreira, presidenta da Contraf-CUT, afirmou que a Federa-RJ já nasce grande, com sindicatos importantes e lembrou que “é preciso tornar a instituição forte na atuação política também, pois vivemos um momento de transição e temos que ser os agentes dessas transformações”. Reunindo os sindicatos dos Bancários do Rio de Janeiro, Niterói, Teresópolis, Petrópolis, Campos e Sul Fluminense, a Federa-RJtem a missão não só de articular essas entidades em torno dos interesses da categoria bancária, inclusive enfrentando os desafios trazidos pelas mudanças tecnológicas, mas também a defesa da pluralidade e da democracia tão atacada nos últimos tempos. Como bem lembraram vários dirigentes, é preciso combater o projeto político que ora se apresenta e a epidemia bolsonarista que assola o nosso país. O atual governo foi repudiado e responsabilizado pelas mais de quinhentas mil mortes, muitas que poderiam ter sido evitadas se não houvesse omissão e corrupção. Entre as vítimas, companheiras e companheiros da categoria e do movimento sindical que perderam suas vidas para a Covid-19 e foram homenageados(as) na assembleia. Os representantes eleitos nas assembleias dos sindicatos filiados aprovaram por unanimidade a fundação e o estatuto da FEDERA-RJ, a filiação a entidade à Contraf e à CUT. A diretoria eleita foi empossada no evento assumindo o compromisso de união de forças e resistência. Os presidentes dos sindicatos filiados – José Ferreira, do Rio de Janeiro; Jorge Antônio Oliveira, de Niterói; Marcos Alvarenga, de Petrópolis; Claudio Mello, de Teresópolis; Júlio Cesar, do Sul Fluminense; e Rafanele Pereira, de Campos – ressaltaram a importância de esperança em dias melhores, que é renovada com a nova instituição. A expectativa é grande, mas a Federa-RJ nasce como um instrumento de luta e fortalecimento da categoria bancária.