Bancários do BB aprovam indicativo de paralisação de 24 horas em todo país na sexta-feira, 29

Ato é contra as medidas de ataque e desmonte anunciadas pela Diretoria do Banco do Brasil, que trará diversos prejuízos aos bancários e à sociedade Os funcionários do Banco do Brasil na Região Sul Fluminense referendaram o indicativo de paralisação de 24h em assembleia virtual, realizada no último dia 25/01. A iniciativa é um protesto contra a reestruturação proposta pela direção do banco que, se implementadas, prevêem o fechamento de 112 agências, a transformação de 243 agências em postos de atendimento, ocasionando perdas de funções, o fim da função de caixas executivos e a demissão de cinco mil trabalhadores. Na região, são 25 agências da instituição bancária, com 304 funcionários que serão impactados por essas medidas. Os resultados certamente prejudicarão o atendimento aos clientes e usuários, gerar sobrecarga de trabalho aos demais e retração das atividades econômicas nas regiões, uma vez que muito dos investimentos públicos nas comunidades acontecem por intermédio das agências do BB. A paralisação de 24 horas é um movimento legítimo dos trabalhadores, que se sentem ameaçados na retirada de seus direitos em plena crise sanitária da Covid-19 e se vêem na obrigação de defender o papel público do Banco do Brasil, responsável principalmente pelos financiamentos à produção agrícola, agricultura familiar, pequenas e micro empresas, às prefeituras. Enfim, mesmo sendo um banco comercial, que disputa espaços de mercado, o BB é responsável por uma série de serviços públicos, o que o faz altamente lucrativo, revertendo anualmente bilhões de lucro à União. Em várias regiões do país o BB é o único a manter agências pioneiras para atender à população. E a intenção do governo ao anunciar as medidas é justamente fragilizar a atuação do banco público, aumentando espaços para a concorrência exercida pelos banqueiros privados. Só a mobilização dos funcionários do BB e o apoio da comunidade poderão impedir que as medidas ocorram. Dentre as atividades já realizadas, no dia 15 de janeiro aconteceu o Dia Nacional de Luta e de Luto, com manifestações em várias agências. No Sul Fluminense, os protestos ocorreram nas cidades de Volta Redonda, Resende, Porto Real e Piraí. Na ocasião, foi distribuída Carta Aberta à População e veiculado informações em carro de som sobre os impactos que a proposta causará na vida dos trabalhadores, clientes e da população. Menos bancários significará maior tempo de espera no atendimento. O calendário de lutas segue a orientação da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro(Contraf-CUT) e o objetivo das paralisações no próximo dia 29 visa acumular forças nesse enfrentamento. No Congresso Nacional também já foram protocolados pedidos de explicação ao Ministério da Economia a respeito dos impactos e dos prejuízos dessas medidas. Fonte: Sind. Bancários do Sul Fluminense
Comando Nacional dos Bancários vai cobrar volta do home office da Fenaban

Encontro vai ocorrer dia 2 e preocupação é com a intensificação das medidas protetivas diante da segunda onda O Comando Nacional dos Bancários se reúne na próxima terça-feira (2) com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) com a finalidade de buscar a adoção de medidas preventivas para proteger a categoria diante do aumento da segunda onda da Covid-19 que atinge todo o Brasil. Um dos pontos a ser tratado no encontro, que se dará de forma virtual, será a retomada e mesmo a ampliação do home office, que deixou de ser adotado por alguns bancos. “O centro dessa reunião do dia 2 é chamar a Fenaban e os bancos à responsabilidade diante da gravidade do momento. A segunda onda está com contágio muito mais elevado e se não forem tomadas medidas, a tragédia vai ser grande”, alertou o secretário de Saúde do Trabalhador da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Mauro Salles Machado. O secretário lembra que no primeiro semestre do ano passado, no início da pandemia, o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban firmaram um acordo com medidas protetivas que foi importante. “Tivemos medidas fortes quando começou a pandemia. Flexibilizar as medidas protetivas neste momento é uma tremenda irresponsabilidade. Os bancos que não levarem em conta a gravidade do momento podem ser responsáveis pelo aumento da doenças e do número de mortes na categoria. Estamos passando pelo pior momento da pandemia. Não tem sentido argumentar que os bancários não devem votar ao home office. Vamos cobrar fortemente isso, mas também outras medidas que foram flexibilizadas, como rodízio e controle de atendimento nas agências”, completou Mauro Salles. “O número de casos no Brasil voltou a aumentar e já é maior do que nos piores momentos da pandemia. Além disso, estamos vendo diversos países avançarem na vacinação, enquanto ainda não estamos perto de vacinar nem sequer os que fazem parte dos grupos prioritários, devido à incompetência e ao descaso criminosos do governo federal. Por isso, vamos cobrar dos bancos que voltem a adotar medidas protetivas como no início da pandemia. A ampliação do home office é fundamental para proteger a vida dis bancários e de suas famílias”, destaca a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Ivone Silva, uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários. O movimento sindical bancário defende que a vacina seja gratuita, para todos os brasileiros e aplicada pelo SUS. O alerta de Ivone para a incompetência do governo federal para enfrentar a crise tem uma trágica combinação com o aumento do desemprego. A taxa de desemprego no Brasil no último trimestre do ano passado chegou a 14,3%, recorde desde o início da série histórica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para piorar o cenário, desde o início de janeiro milhões de trabalhadores ficaram sem o auxílio emergencial, que garantiu um mínimo de sobrevivências a muitas famílias e garantiu que a economia não despencasse ainda mais em 2020. O governo Bolsonaro se mostrou incapaz de conseguir um estoque de vacinas para proteger a população. A tragédia de mortes em Manaus pela Covid, que só comprovou a incapacidade do governo para enfrentar a pandemia. Ao mesmo tempo, assistimos ao um aumento assustador do número de mortes pela doença nos principais centros urbanos. Nos aproximamos de 220 mil mortes causadas pelo coronavírus e a média diária de óbitos completou, na segunda-feira (25), cinco dias com mais de mil ocorrências. “A pandemia mostrou que os bancos não tiveram problemas de lucratividade com essas medidas protetivas. Eles continuaram fazendo negócios. Agora, podem ser responsabilizados por essa tragédia que está na nossa porta”, declarou Mauro Salles. Fonte: Contraf-CUT
Bancário do Bradesco é reintegrado à função pelo Sindicato do Sul Fluminense

Perícia do INSS constatou que trabalhador estava inapto para atividades no curso do aviso prévio O Sindicato dos Bancários do Sul Fluminense continua atuando sistematicamente para garantir o emprego dos bancários, assim como seus direitos trabalhistas. Neste período de pandemia, embora tenham assumido publicamente o compromisso de não demitirem, alguns bancos estão dispensando os trabalhadores. Até outubro de 2020, segundo levantamentos da Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro) mais de 12 mil bancários foram demitidos. No Sul Fluminense, a realidade não é diferente, levando o Departamento Jurídico e de Saúde da entidade sindical, a garantirem judicialmente a reintegração dos bancários demitidos. O caso mais recente é do bancário Carlos Henrique Simões Correa, do Bradesco. Embora estivesse sob concessão de auxílio-doença pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) foi demitido pelo banco. ENTENDA O CASO – Carlos Simões trabalhava na agência do Bradesco do Aterrado, em Volta Redonda. Em 14 de outubro de 2020 foi dispensado sem justa causa. Porém, no dia 28 deste mesmo mês, a perícia do INSS o considerou inapto para o trabalho, no curso do aviso prévio. Diante deste fato, o advogado do Sindicato, Murilo Cesar Reis Baptista, ajuizou Reclamação Trabalhista requerendo a reintegração do bancário em sua função, tendo em vista sua demissão ter ocorrido com percepção de benefício previdenciário no curso do aviso prévio, que integra o contrato de trabalho. A ação teve como base a Súmula nº 371, do Tribunal Superior do Trabalho, a qual dispõe que os efeitos da dispensa só se concretizam depois de expirado o benefício previdenciário, razão pela qual deve o mesmo ser reintegrado imediatamente no emprego. – A ação teve a tutela de urgência indeferida. Na sequência, impetramos um Mandado de Segurança contra essa decisão, que também teve a tutela indeferida. Todavia, em sede de embargos de declaração, foi deferido em parte, liminar para conceder, em sede de tutela antecipatória, que o Banco mantenha os benefícios da cláusula 29 (complementação salarial), cláusula 14 (auxílio alimentação) e cláusula 42 (plano de saúde), da Convenção Coletiva dos bancários, nos limites da vigência dessa norma coletiva ou da cessação do benefício previdenciário, o que primeiro ocorrer – explicou o advogado. Com o recurso dos Embargos de Declaração, ao bancário teve seu direito reconhecido e no último dia 18, foi convocado a comparecer a agência para tratar do retomar ao trabalho. IMPORTANTE – O Sindicato dos Bancários orienta que os casos de demissão sejam comunicados imediatamente a entidade. Fonte: Sind. Bancários Sul Fluminense