Casos de covid-19 voltam a crescer e cuidados devem ser mantidos
Nos últimos dias, a covid-19 voltou a ser a principal causa de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) no país. O número de casos e de internações por sua causa tem aumentado em todas as regiões, conforme o Boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), sobre as SRAGs, do dia 26. Até o momento, a covid-19 já matou mais de 666 mil brasileiros. Segundo a Fiocruz, a tendência de alta é observada desde a semana de 24 a 30 de abril, um período longo que indica nova onda da pandemia. A instituição alerta que os dados mostram também que a contaminação deve continuar subindo, e por isso todos devem acentuar os cuidados para evitar a transmissão do coronavírus, antes mesmo que as autoridades editem decretos mudando as regras de prevenção. Por conta desse quadro, vários municípios voltaram a recomendar o uso de máscara em locais fechados, como escolas, comércio e locais de trabalho. Para o secretário de Saúde do Trabalhador da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Mauro Salles, “as bancárias e bancários devem ficar atentos e cumprir todos os protocolos orientados por especialistas, pois em seu trabalho estão sempre em contato com grande número de pessoas”. Mauro lembra que “essa é a melhor forma de proteger a si mesmo, a própria família e a sociedade como um todo”. Cuidados Conheça e siga as principais orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) para se defender do coronavírus: Mantenha distância de outras pessoas de pelo menos 1 metro. Evite aglomerações. Use máscara, especialmente em locais fechados. Troque o equipamento sempre que ele ficar úmido. Prefira locais abertos e ventilados. Abra uma janela se estiver em local fechado. Limpe as mãos com frequência, com sabão e água ou álcool em gel. Mantenha-se em dia com a vacina. Até o momento, todos adultos devem ter tomado a primeira dose de reforço. Cubra o nariz e a boca com o braço dobrado ou um lenço ao tossir ou espirrar. Evite tocar superfícies de locais públicos. Limpe superfícies com frequência. Fique em casa se você sentir indisposição. Procure atendimento médico se tiver febre, tosse e dificuldade para respirar. Se possível, ligue antes para a unidade de saúde e peça orientações antecipadas. Mantenha-se informado sobre a situação em sua localidade.
Compensação de horas negativas precisa ser melhor negociada pelo Banco do Brasil
Banco de horas negativas, protocolos da covid-19 e descomissionamento foram os três pontos da pauta da reunião entre Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) e a direção do banco, nesta quinta-feira (26). O Banco do Brasil ainda não apresentou o quadro atualizado da quantidade de horas negativas que os bancários têm de fazer a compensação até meados de 2023. Porém, é sabido que há muita quantidade ainda de horas a serem compensadas. Na regra atual, alguns trabalhadores demorariam mais de cinco anos para compensar, se fizessem uma hora por dia, todos os dias. “Essa situação foi mal projetada pela empresa nas negociações sobre compensação de horas com o movimento sindical. Por isso, ainda temos muito a negociar em busca de uma solução que não cause prejuízos aos funcionários”, criticou Getúlio Maciel, representante da Federação dos Bancários da CUT do Estado de São Paulo (Fetec-CUT/SP) na Comissão de Empresa dos Funcionários do BB. Protocolos da covid-19 Com o aumento de casos positivos da covid-19 em todo o Brasil, os representantes dos funcionários solicitaram um reforço na importância do cumprimento dos protocolos em caso de funcionários positivados, pois há denúncias de que não está sendo cumprido o manual de trabalho presencial. O banco se comprometeu a passar para as áreas responsáveis pedido de reforço na divulgação e ficou de retornar ao movimento sobre um novo manual e de que forma serão feitas as orientações. Descomissionamento O banco informou que as análises de casos para descomissionamento começou na última segunda-feira (23) e garantiu que não haverá nenhum movimento de perda de comissão em massa, mas pontuou a necessidade de tratar casos muito específicos em que o descomissionamento seria iminente. O movimento sindical cobrou ainda uma explicação pelo grande número de novos bancários do BB que não permaneceram após o período probatório, ainda mais que a empresa precisa aumentar seu quadro de funcionários.
Bradesco quer retorno ao trabalho presencial e negocia com a COE
A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco se reuniu com a direção do banco nesta terça-feira (17/5) para debater o retorno ao trabalho presencial. No dia 22 de abril, o Ministério da Saúde publicou portaria encerrando oficialmente a Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (Espin) em decorrência da covid-19. Publicada em edição extra do Diário Oficial da União, a portaria passa a valer depois de 30 dias para adequação dos governos federal, estaduais e municipais. Um dos principais impactos para os trabalhadores deve ser a convocação dos trabalhadores para o retorno ao trabalho presencial, inclusive os do grupo de risco. Com isso, a cláusula do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) de trabalho remoto, que está vinculada à Espin, deixa de existir, e todos os trabalhadores devem voltar ao trabalho presencial. A COE pediu a prorrogação do prazo de retorno presencial dos trabalhadores do grupo de risco, marcado para o dia 23 de maio, para os funcionários se organizarem. O banco concordou em prorrogar e o retorno se dará no dia 06 de junho 2022. Foi pedido também pela representação dos trabalhadores avaliar o grupo de risco grave, a possibilidade de mantê-lo em home office. “A equipe de saúde irá analisar pontualmente os casos”, foi a resposta do Banco. O banco informou ainda que não haverá mais paralisação e fechamento das agências, em caso de testagens positivas para a covid-19. Entretanto, a limpeza permanece sendo feita com produtos sanitizantes. Os trabalhadores com suspeita de contaminação pelo coronavírus devem procurar atendimento médico e ficar afastado pelo período recomendado. Teletrabalho Com o fim da validade da Espin e o cancelamento do ACT de trabalho remoto, passa a valer automaticamente o Acordo de Teletrabalho, aprovado em assembleias realizadas pelos sindicatos de todo o Brasil, em setembro de 2020. Os funcionários elegíveis devem ser convidados pelos seus gestores a partir da próxima segunda-feira (23) para iniciar na nova modalidade. Será necessária a anuência do Funcionário. Para a coordenadora nacional da COE Bradesco, Magaly Fagundes, esta negociação para tratar sobre o retorno do grupo de risco resgata o compromisso assumido junto ao coletivo nacional de conversar com a representação dos trabalhadores com possibilidade de negociar os interesses dos funcionários. “Lamentamos o fim da pandemia sem nenhuma anuência da ciência e reforçamos a necessidade da manutenção da prevenção e da segurança dos funcionários e dos clientes”.