Campanha dos Bancários: minuta de reivindicações é aprovada

Os representantes de sindicatos de bancários de todo o país aprovaram, neste domingo (9), a minuta de reivindicações da categoria. Foram três dias de palestras e debates na 26ª Conferência Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro, realizada em São Paulo com 632 delegadas e delegados. “Os debates que realizamos aqui nesses três dias de conferência sintetizaram as propostas trazidas desde nossas bases pela Consulta Nacional e conferências regionais e estaduais, que foram realizadas em todo país e se somam às resoluções dos congressos e encontros específicos de trabalhadores de cada banco”, explicou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e coordenadora do Comando Nacional dos Bancários, Juvandia Moreira. Confira os nove eixos da pauta de reivindicações: I. Aumento real de 5% (inflação + 5%), PLR maior e ampliação de direitos; II. Fim do assédio e dos Instrumentos Adoecedores na Cobrança de Metas; III. Representação de todos os Trabalhadores do Ramo Financeiro; IV. Defesa dos empregos, impactos dos avanços tecnológicos no trabalho bancário; V. Redução da taxa de juros para induzir o crescimento econômico e geração de emprego e renda; VI. Reforma tributária: tributar os super ricos e ampliar a isenção do IR na PLR; VII. Fortalecimento das entidades sindicais e da negociação coletiva; VIII. Ampliação da sindicalização; IX. Fortalecimento do debate sobre a importância das eleições de 2024 para a Classe Trabalhadora na defesa de seus direitos e da Democracia: eleger candidatos e candidatas que tenham compromisso com esta pauta. *Fonte: Contraf-CUT

Rita Serrano toma posse como presidenta da Caixa

Maria Rita Serrano tomou posse na presidência da Caixa Econômica Federal, na noite desta quinta-feira (12), na presença do presidente Luiz Inácio Lula Da Silva, do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, da primeira dama Janja Lula da Silva, além de diversos ministros, ex-diretores da Caixa, familiares e companheiros de trabalho ao longo dos seus 33 anos de carreira.A nova presidenta agradeceu a presença de todos e apoio e confiança do presidente Lula. Ela lembrou também o aniversário da Caixa:“Neste dia histórico, quando a Caixa completa 162 anos, imaginem a honra e a felicidade que sinto com 33 anos de carreira, defendendo ardorosamente esta instituição, ser convidada a presidi-la. De família humilde, trabalhadora, mulher, ativista social e sindical, representante eleita dos empregados, essa façanha só é possível em um governo ousado, comprometido com a democracia, a igualdade e a justiça social.” Rita disse que a sua missão não será fácil. “Mas o desafio de modernizar o banco para ampliar sua atuação no sistema financeiro e na melhoria de vida da população é auspicioso.” Segundo ela, a nova Caixa nasce com o compromisso da reconstrução do país e a melhoria da qualidade de vida da população.“Para isso vamos reorganizar o banco para cumprir com excelência o gerenciamento dos programas de transferência de renda do governo e do Minha Casa, Minha Vida, ampliar a parceria com estados e municípios para o desenvolvimento de projetos de infraestrutura, promover a inclusão bancária da população, avançar em tecnologia para oferecer melhores serviços de atendimento aos clientes, buscar a rentabilidade do negócio com equilíbrio entre as operações comerciais e as ações de inclusão, investir em projetos culturais, e atuar nas questões sobre sustentabilidade, humanização das relações de trabalho, tão importantes hoje no banco. Hoje cedo falei para os meus colegas que a gestão pelo medo na Caixa acabou”, ressaltou Rita Serrano. Em seu discurso, o ministro Fernando Haddad lembrou que teve o privilégio de por várias vezes interagir com a Caixa Econômica Federal e constatar o empenho da instituição em dar aos brasileiros os melhores serviços bancários possíveis para que eles pudessem realizar grandes sonhos. “Como ministro da Educação acompanhei o trabalho da Caixa Econômica Federal concedendo financiamento estudantil para milhões de estudantes brasileiros, que por meio do FIES conseguiram seu diploma. Como prefeito de São Paulo, pude celebrar inúmeros convênios da Prefeitura com a Caixa Econômica Federal para prover as famílias brasileiras de casa própria”, afirmou Haddad. O presidente Lula parabenizou Rita Serrano e disse que ela foi escolhida porque tem uma história. “Eu recebi muitas referências sobre você. Eu espero que você dedique a Caixa Econômica Federal na presidência aquilo que você dedicou como funcionária, aquilo que você dedicou como militante sindical, como militante política e como militante social. Eu tenho certeza que nós vamos viver um novo período nesse país” afirmou o presidente. A nova presidenta está há 33 anos na Caixa Econômica Federal e desde 2014 é a representante dos empregados eleita para o Conselho de Administração do banco. Ela já desempenhou diversas funções, sendo presidente do Sindicato dos Bancários do ABC Paulista entre 2006 e 2012. Atualmente, é uma das líderes do movimento de defesa das empresas públicas. Rita Serrano é graduada em história e estudos sociais, possui mestrado em administração e especialização em governança para conselheiros de administração. Ela é a quarta mulher a assumir a presidência da Caixa, depois de Maria Fernanda Ramos Coelho (2006-2011), Miriam Aparecida Belchior (2015-2016) e Daniella Marques Consentino (2022), exonerada na última segunda-feira (9)..

Santander credita 13ª cesta alimentação no dia 30 de novembro

O Santander irá realizar o crédito da 13ª cesta alimentação no dia 30 de novembro, data limite determinada pela CCT dos bancários, junto com o pagamento dos salários. Já a segunda parcela do 13° salário será paga em dezembro, em data que ainda será confirmada.  A 13ª cesta alimentação é uma conquista da Campanha Nacional dos Bancários de 2015. Corresponde a mais um valor ao ano de vale alimentação.  Em 2022, o valor a ser creditado como 13ª cesta alimentação já inclui o reajuste de 10%, conquistado pela categoria na Campanha Nacional dos Bancários 2022.  Com isso, os bancários devem receber R$ 799,38 a título de 13ª cesta alimentação. 

Brasil precisa pensar nos trabalhadores e nos famintos

Os especuladores financeiros, que teimam em se autodenominar “mercado”, estão alvoroçados com as declarações do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de que o Brasil precisa garantir recursos para que os brasileiros mais pobres não passem fome e possam viver, pelo menos, com um mínimo de dignidade. As declarações de Lula se expressam, na prática, pela chamada PEC da Transição, que, entre outras coisas, tira os recursos para o pagamento do Bolsa Família do limite de gastos do Governo. “A responsabilidade fiscal tem que caminhar junto com a responsabilidade social, para acabar com a fome dos 40 milhões de brasileiros que vivem na miséria. A prioridade é fazer o Brasil crescer e não fazer reserva para o mercado financeiro”, defende a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira. “A gente vê o mercado financeiro especulando só para enriquecer, fazer o dólar crescer para vender e fazer esse processo de especulação. Este é um tipo de economia que o mundo precisa rever e repensar, para que seja possível planejar o país para os próximos anos. O futuro do Brasil precisa ter um planejamento estratégico”, completou. Teto dos gastos Para Juvandia, o governo precisa e vai manter a responsabilidade fiscal, mas ela defende que existem formas de se conseguir recursos para também ter responsabilidade social sem a necessidade de se endividar. “É óbvio que o Brasil precisa ter responsabilidade fiscal, mas em vários países já se provou que este teto de gastos do jeito que foi pensado aqui no Brasil não funciona. Eles ultrapassam o teto e, aqui no Brasil, nos últimos quatro anos, se estourou o teto”, disse. O economista Gustavo Cavarzan, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) observa que a regra do teto de gastos, como foi formatada em 2016, não tem como funcionar na prática. “Ela limita os gastos do governo apenas à correção pela inflação. Isso significa que, em momentos nos quais o país cresce e a arrecadação fiscal aumenta em patamares superiores aos da inflação, esse excedente de arrecadação não pode ser utilizado para atender às demandas sociais da população brasileira”, explicou. “O excedente acaba indo totalmente para os credores da dívida pública, pois a única despesa que ficou de fora do teto de gastos são as despesas financeiras do governo. É uma regra sem sentido, sem justiça social e, ainda por cima, não contribui para ajustar as contas públicas, pois limita o crescimento do país”, completou. Para Cavarzan, a melhor maneira de ajustar as contas públicas é melhorando a qualidade do gasto público e investindo em áreas que darão retorno em forma de arrecadação. “Quando a economia cresce, os salários e lucros aumentam, o nível de emprego formal aumenta, as vendas no comércio aumentam, a tendência é que cresça a arrecadação do governo, gerando um equilíbrio das contas públicas, com redução da relação dívida/PIB e geração de superávits primários, como ocorreu nos primeiros mandatos do presidente Lula”, disse. Para o economista do Dieese, no momento em que o país vive, a atual regra de teto de gastos faz menos sentido ainda. “Temos uma enorme parcela da população brasileira desempregada, subocupada, ocupada na informalidade, vivendo em condições de fome e miséria. É necessário incluir essas pessoas no orçamento público para que elas voltem a trabalhar em condições dignas e possam consumir, gerando assim uma dinamização da economia que, inclusive, melhorará as contas públicas”, explicou, ao lembrar que tanto a crise internacional de 2008 quanto a pandemia do coronavírus fizeram a teoria econômica dominante se reinventar e mesmo os centros econômicos mais conservadores, como FMI e Banco Mundial, já mudaram sua posição sobre a austeridade e passaram a admitir a necessidade de maior intervenção dos gastos públicos para resgatar a economia e o social, notadamente em momentos de crise. “Nesse sentido, o Brasil está muito atrasado no debate mundial”, afirmou. Propostas Juvandia ainda lembrou que em seus oito anos de governo, Lula mostrou que o investimento no setor produtivo ajuda a aumentar a arrecadação e a gerar superávit primário para pagar as dívidas. “Além disso, defendemos que haja desoneração da população mais pobre, com isenção de imposto de renda para aqueles que ganhem até R$ 5 mil e a criação de novas alíquotas para aqueles que ganham verdadeiras fortunas, para aumentar a arrecadação e compensar a desoneração dos mais pobres”, disse. “Também é preciso pensar na taxação sobre os dividendos. Não é justo que o rendimento sobre o salário seja taxado e o rendimento de sócios e acionistas de empresas seja isento”, completou. Projetos que tramitam no Congresso Nacional, propostos pela Campanha Tributar os Super-Ricos, do qual a Contraf-CUT faz parte, propõem, entre outras coisas, a taxação de grandes fortunas e dos dividendos, como forma de arrecadar recursos para investimentos nas áreas sociais. Revisão da reforma trabalhista Além da garantia de recursos para as áreas sociais, Juvandia também defende a revisão da reforma trabalhista realizada após o golpe contra a ex-presidenta Dilma Rousseff e aprofundada durante o governo Bolsonaro. “A classe trabalhadora perdeu muitos direitos que haviam sido conquistados depois de décadas de luta. Estas perdas precisam ser revistas. Mas, de forma emergencial, é preciso reverter pelo menos três pontos: o regime de trabalho intermitente, que precariza o trabalho e retira diversos direitos do trabalhador; a autorização para a realização de acordos individuais entre patrões e trabalhadores, que gera pressão sobre os empregados e desvaloriza as negociações coletivas; e também é preciso voltar a ultratividade, para impedir que direitos sejam retirados dos trabalhadores em meio ao processo de negociação para a renovação das convenções coletivas de trabalho de cada categoria”, defende a presidenta da Contraf-CUT. “Além disso, é preciso que haja o retorno das homologações de rescisões de contrato nos sindicatos, para evitar erros das empresas nos pagamentos de direitos”, completou.

Novas admissões reduzem média salarial de bancários

O salário mensal médio de um bancário admitido em setembro foi de R$ 5.521,94, ou 81,5% daquele que foi desligado, que era de R$ 6.772,94. Nesse mesmo mês, o salário médio do trabalhador admitido no emprego formal brasileiro atingiu R$ 1.931,13, o que corresponde a 35% do ganho do bancário. O valor equivale a 1,6 salários mínimos e é pouco superior aos auxílios alimentação e refeição da categoria bancária, que somam R$ 1.813,80 ao mês. Para o secretário de Assuntos Socioeconômicos da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Walcir Previtale, “a melhor remuneração e os benefícios recebidos pelo bancário são resultados da luta de uma categoria que historicamente atua de forma coletiva e que há décadas se dedica ao fortalecimento da unidade e da organização sindical”. Idade e gênero Como já se viu nos últimos meses, as contratações favoreceram homens, com 117 postos, enquanto as mulheres perderam dois. Essa característica acentua a distorção de oportunidades por gênero no setor. Houve ampliação de vagas para bancários até 29 anos, com 698 vagas, enquanto aqueles com idade superior a essa perderam 565. Walcir critica que “os bancos mantêm a postura de acentuar disparidades de gênero e de utilizar novas contratações para reduzir a massa salarial”. Movimentação O setor bancário registrou, em setembro, a abertura de 115 postos de trabalho. Neste ano, foram criadas 3.413 vagas e nos últimos 12 meses, 6.041. As movimentações mostram que, desde janeiro, 51,5% desse saldo são devidos a bancos múltiplos, com carteira comercial, e 37,4%, à Caixa, pelas contratações de aprovados no concurso de 2014. Esse saldo positivo está diretamente ligado à tecnologia da informação (TI), pois ao longo dos últimos 12 meses, 10% das admissões e apenas 5% dos desligamentos ocorreram em postos na área. No mesmo intervalo, não ocorreram contratações para primeiro emprego e a reintegração de trabalhadores representou 3,1% dos admitidos em setembro. Nesse mês, 15 estados tiveram saldo positivo, com destaque para São Paulo (368 postos), Paraná (27) e Sergipe (10). O fechamento de vagas se deu em 11 estados, de modo mais acentuado no Rio de Janeiro (153), Minas Gerais (62) e Ceará (60). De janeiro a setembro, a maior concentração do saldo favorável também ocorreu em São Paulo, com 66,3% do total. O fechamento de postos se deu em seis estados – Rio de Janeiro, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul – o que não se verificou nas regiões Norte e Centro-Oeste do país. As informações foram sistematizadas na Pesquisa do Emprego Bancário (PEB), do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) – Rede Bancários, com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), de setembro de 2021 a setembro de 2022. Ramo Financeiro No ramo financeiro, excluída a categoria bancária, o saldo foi positivo em todos os 12 últimos meses, com a geração de cerca de 38,3 mil postos. Entre janeiro e setembro deste ano, foram 29,7 mil novos postos, média de 3,3 mil ao mês. Em setembro, foram abertos 3.442 postos, 28% a menos que o mês anterior. As atividades que mais contribuíram foram crédito cooperativo (867 vagas), holdings de instituições não financeiras (707) e corretores e agentes de seguros, de planos de previdência complementar e de saúde (398). Cenário O Novo Caged indica que o emprego celetista no Brasil cresceu em setembro, com 278.085 postos (1.926.572 admissões e 1.648.487 desligamentos). Os cinco grandes grupamentos econômicos tiveram números positivos: serviços (122.562); comércio (57.974); indústria (56.909), concentrado na indústria de transformação (54.123); construção (31.166); e agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (9.474). Os resultados gerais, de emprego formal e informal, mostram, no trimestre de julho a setembro de 2022, desocupação de 8,7% (9,5 milhões). A subutilização da força de trabalho ficou em 20,1% (23,4 milhões), e os desalentados somaram 4,3 milhões. O contingente de pessoas ocupadas foi estimado em 99,3 milhões, dos quais 47,2% são trabalhadores com carteira assinada ou estatutários, 48,4% não formais (sem carteira ou que atuam por conta própria) e 4,4% empregadores. Acesse aqui a Pesquisa do Emprego Bancário completa.

VA e VR dos empregados serão da Caixa Cartões

A Caixa Econômica Federal assinou, nesta segunda-feira (31), um contrato para que a Caixa Cartões forneça os Vales Alimentação e Refeição para todos os beneficiários empregados, aposentados e pensionistas do banco. “A mudança ocorre após muitas reclamações de empregados de algumas regiões, que têm enormes dificuldades para utilizar o Verocard e o Greencard, por exemplo”, explicou o dirigente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Rafael de Castro. “A própria vice-presidente de Gestão Coorporativa (Vicop), Dani Calazans, reconheceu que os empregados, ‘pela primeira vez, terão a oportunidade de utilizar o benefício com a marca Caixa em uma ampla rede de aceitação’”, completou. O banco informou que a substituição dos antigos cartões ocorrerá de maneira escalonada. A partir de dezembro os beneficiários residentes no Centro-Oeste, Norte e Sudeste do país (exceto São Paulo) passarão a receber os novos cartões. A troca nas demais regiões começa em fevereiro de 2023.

Bancários do Santander devem votar na Assembleia Específica sobre ACT nesta quinta-feira (22/9). Saiba como!

O Sindicato dos Bancários do Sul Fluminense e demais entidades sindicais da categoria bancária que possuem unidades do banco Santander em sua base territorial em todo país realizam, nesta quinta-feira (22), das 8h às 20h, assembleias para que os empregados do banco deliberem sobre o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) geral dos funcionários, aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria bancária. Além do ACT geral, também estarão em pauta as deliberações sobre o ACT do Programa de Participação nos Resultados Santander (PPRS) e o Termo de Relações Laborais. A orientação da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) é de aprovação dos acordos. Em vídeo, a coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, Lucimara Malaquias, explica o que estará em votação e qual a orientação de voto é dada aos trabalhadores. Pontos positivos Extensão do período de amamentação de nove para 12 meses, podendo ser usufruído pelo pai ou pela mãe; Manutenção do pagamento de PLR e Programa Próprio sem compensação de um pelo outro, como pretendia o banco; Inclusão de uma cláusula de repúdio à violência contra a mulher onde o banco se compromete a apoiar bancárias vítimas de violência; Termo de relações laborais para prevenir e coibir o assédio moral e sexual; Reajuste do valor das bolsas de graduação e pós-graduação pelo INPC em 2023 e 2024; Validade do acordo de 1º de setembro de 2022 a 31 de agosto de 2024; PPRS reajustado em 2022 em 8%, que será pago em fevereiro de 2023 em parcela única no valor de R$ 3.355,73; Em fevereiro de 2024, será pago o valor reajustado pelo INPC do período, mais 0,5%; Estão mantidas as faixas de renda do PPRS de 13% a 23% para 16% a 26% e acima de 23% para 26% – o banco queria subir de 13% para 16. Como votar A votação será realizada por sistema eletrônico, via internet. Todos os funcionários podem votar, sejam eles sindicalizados ou não. Basta acessar o link https://bancarios.votabem.com.br/. Caso a bancária, ou o bancário não consiga votar ao acessar o link acima, deve entrar em contato com o sindicato para obter o link específico, ou outras informações sobre como votar. As negociações entre a representação dos funcionários e o banco Santander para a renovação dos acordos se encerraram no dia 14 de setembro.

Privatização de bancos públicos leva a demissões e desmonte de planos de saúde e previdência

O resultado das privatizações do Banco do Estado do Paraná (Banestado) e do Banco do Estado de São Paulo (Banespa) comprovam o alerta dos movimentos de trabalhadores que lutam para afastar os riscos de privatização do Banco do Brasil e de outras importantes empresas públicas. “Perdas de direitos, demissões em massa, desmonte dos planos de saúde e de previdência complementar. Esses foram os resultados das privatizações do Banestado e do Banespa, prestes a completarem 22 anos agora, em outubro e em novembro”, lembra o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) e membro do Comitê de Luta em Defesa do Banco do Brasil, João Fukunaga. “Ou seja, além de não resultar no tão prometido aumento de investimentos, expansão econômica e modernização, as vendas que sepultaram as duas empresas destruiu direitos dos funcionários incorporados aos bancos compradores”, completa. Caso Banestado “O processo de privatização em si é muito estressante. A empresa precisa desmoralizar-se e quebrar a confiança dos empregados no futuro da instituição”, explica o ex-funcionário do Banestado e ex-presidente da CUT Paraná e da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Beto von der Osten, o Betão. Ele lembra que, três anos antes da privatização, em 1997, a então diretoria do Banestado, orientada pelo governo estadual, avisou aos funcionários que a empresa passava por uma grave crise financeira. “Na ocasião, o banco contava com mais de 12 mil empregados. No final do ano, a Assembleia Legislativa do estado aprovou uma lei para sanear o banco e foi aberta uma sala de dados para informação da real situação da empresa para interessados na sua compra”, destaca. Em 1999, a empresa pública foi submetida a dois programas de demissão voluntária que reduziram o número de funcionários para 8 mil. No processo para sanar as dívidas, o Estado do Paraná desembolsou R$ 5,1 bilhões pelo Banestado, em valores da época, para depois entregar a instituição por apenas R$ 1,6 bilhão, em outubro de 2000, por leilão ao banco Itaú. Dois anos após a privatização, 76% das agências que antes eram do Banestado estavam encerradas. Em 2019, restavam apenas 500 funcionários oriundos do banco público na folha de pagamento do Itaú. “O Banestado foi privatizado quando tinha quase 72 anos. Durante décadas foi uma das instituições financeiras mais sólidas do Brasil. Foi o grande parceiro dos ciclos econômicos e sociais, permitindo um nivelamento de desenvolvimento entre as regiões”, relembra Betão. “A revista Exame fez, em 1998, uma pesquisa apontando que mais de 90% dos empreendimentos econômicos e de infraestrutura do Paraná eram financiados pelo Banestado. A instituição era também um banco contemporâneo, introduzido na automação bancária desde anos 70. Pioneiro com cartões de múltiplas funções e Caixas Automáticos de saques”, completa. Fundos de pensão e planos de saúde Os históricos de privatizações de empresas públicas mostram que, praticamente, em todas as empresas vendidas ocorrem ataques aos planos de saúde e de previdência complementar para reduzir direitos dos associados e as contribuições e compromissos das empresas patrocinadoras. Camilo e Betão pontuam que, nos casos Banespa e Banestado, os ataques foram profundos, com fechamento dos planos de previdência, ficando restrito somente aos antigos funcionários, abertura de outro plano para os novos trabalhadores, com contribuições muito reduzidas dos patrocinadores, transferindo a responsabilidade com a formação da reserva previdenciária quase exclusivamente aos funcionários. “O novo controlador, banco Santander, enfraqueceu a governança dos funcionários nas entidades de saúde e previdência, acabou com os comitês gestores e de investimentos e com as eleições de trabalhadores para as diretorias. Ou seja, a participação dos representantes eleitos pelos funcionários foi reduzida, e o Santander aumentou seu controle para cortar direitos dos trabalhadores”, destaca Camilo. Ele conta ainda que o Santander proibiu a entrada de novos funcionários oriundos do banco público no plano de saúde, comprometendo seu equilíbrio e sobrevivência futuros. E, no Fundo Banespa de Seguridade Social (Banesprev), o plano para aposentadoria dos trabalhadores do antigo banco público, os associados têm, atualmente, que arcar com contribuições extraordinárias cada vez maiores para a cobertura de déficits. Ameaças contra o BB O ministro da Economia do governo Bolsonaro, Paulo Guedes, nunca escondeu sua vontade de privatizar as empresas públicas, incluindo Caixa e Banco do Brasil. “Qual é o plano para os próximos 10 anos? Continuar com as privatizações. Petrobras, BB, todo mundo entrando na fila, e isso sendo transformado em dividendos sociais”, chegou a dizer em evento virtual da International Chamber of Commerce Brasil, realizando ano passado. “Assim como aconteceu com outras importantes empresas públicas que sofreram privatização, o BB vem passando por um processo de desmonte. Nos últimos cinco anos, a empresa fechou 1.400 agências e reduziu 23 mil funcionários. Temos ainda a entrega de subsidiárias importantes do banco para outras empresas do mercado, como o caso da BB DTVM, administradora do BB de R$ 1,4 trilhão no mercado financeiro, para o banco suíço UBS, sob o manto da ‘parceria’”, conclui Fukunaga. O membro do Comitê de Luta em Defesa do Banco do Brasil lembra que, como banco público, o BB age de forma diferente dos bancos do mercado até mesmo quando passa a controlar outras empresas. “Em 2009, o Banco do Brasil incorporou o Banco Nossa Caixa que, na época, tinha 15 mil funcionários e 547 agências. Ao contrário do que foi feito nas privatizações do Banestado e Banespa, o BB não demitiu ninguém, nem fechou agências, manteve os planos de saúde e de previdência sem reduzir direitos dos funcionários. E os novos funcionários puderam aderir ao plano de cargos e salários do BB, mantendo sua evolução na carreira”, finaliza.

Negociação para renovação do ACT do Santander foi encerrada

As negociações entre a representação dos funcionários e o banco Santander para a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) dos trabalhadores do banco, aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria bancária, foram encerradas nesta quarta-feira (14). A redação final do acordo ainda está sendo concluída e, na sequência, serão realizadas assembleias para aprovação do acordo pelos funcionários. “As negociações foram muito duras e o banco se manteve irredutível em alguns pontos, mas também obtivemos algumas vitórias. A principal delas foi a retirada pelo banco da proposta de desconto dos valores pagos em programas próprios na parcela adicional da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), o que, na prática, resultaria em um valor menor a ser pago aos funcionários a título de participação nos lucros”, afirmou a coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, Lucimara Malaquias. Durante as negociações entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), houve um momento em que a representação dos donos de bancos insistia em compensar os valores pagos em programas de distribuição de lucros mantidos por algumas instituições financeiras na parcela adicional da PLR. O Comando Nacional dos Bancários rechaçou a proposta, e os bancos foram forçados a retirá-la. Por outro lado, há pontos importantes que não foram atendidos pelo Santander, como o fim da terceirização e a manutenção do compromisso de diálogo sobre o Fundo Banespa de Seguridade Social (Banesprev) e a Caixa Beneficente dos Funcionários do Banco do Estado de São Paulo (Cabesp). “Vamos continuar lutando contra as terceirizações realizadas pelo Santander, que coloca em risco direitos adquiridos por trabalhadores de setores inteiros, assim como pela manutenção do diálogo sobre o Banesprev e a Cabesp”, afirmou Lucimara. “Mas, precisamos que os funcionários estejam mobilizados e participem desta luta. Eles são fundamentais para conseguirmos mudar a posição do banco”, completou. Pontos positivos Extensão do período de amamentação de nove para 12 meses, podendo ser usufruído pelo pai ou pela mãe; Manutenção do pagamento de PLR e Programa Próprio sem compensação de um pelo outro, como pretendia o banco; Inclusão de uma cláusula de repúdio à violência contra a mulher onde o banco se compromete a apoiar bancárias vítimas de violência; Termo de relações laborais para prevenir e coibir o assédio moral e sexual; Reajuste do valor das bolsas de graduação e pós-graduação pelo INPC em 2023 e 2024; Validade do acordo 1º de setembro de 2022 a 31 de agosto de 2024; PPRS reajustado em 2022 em 8% que será pago em fevereiro de 2023 em parcela única no valor de R$ 3.355,73; Em fevereiro de 2024, será pago o valor reajustado pelo INPC do período, mais 0,5%; Estão mantidas as faixas de renda do PPRS – o banco queria subir de 13% para 16%; de 13% a 23% para 16% a 26% e acima de 23% para 26%. Pontos negativos O banco se manteve irredutível e não aceitou interromper o processo de terceirização de funcionários do banco para outras empresas da holding e também não aceitou renovar os termos de compromisso do Banesprev e da Cabesp, o que sinaliza uma postura de indisposição ao diálogo. O movimento sindical permanecerá e fortalecerá a luta na defesa da Cabesp e do Banesprev. Calendário 22 de setembro: Data prevista para as assembleias. 27 de setembro: Data prevista para a assinatura do acordo (em São Paulo, na matriz brasileira do Santander). 30 de setembro: Pagamento da variável e PLR e adicional do VA, além dos salários já reajustados.

Santander: Adicional do VA será pago dia 30

O banco Santander respondeu à solicitação do movimento sindical e vai adiantar para o dia 30 de setembro o pagamento do adicional de R$ 1.000 de vale alimentação (VA), conquistado na Campanha Nacional dos Bancários deste ano e que poderia ser creditado até o final de outubro. No mesmo dia, o banco pagará a primeira parcela da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), como noticiado anteriormente, e as remunerações variáveis do primeiro semestre, além dos salários já reajustados em 8%. O adicional do VA será pago somente neste ano de 2022, como forma de compensar a carestia dos alimentos. Conquistas da campanha Além do adicional de R$ 1.000, para 2022 a categoria conquistou aumento real de 1,08% (INPC + 1,08%) para os valores mensais do VA e do vale refeição (VR) e de 3,83% (INPC + 3,83%) no teto da parcela adicional da PLR, além de reajuste salarial de 8%. Para 2023, haverá aumento real de 0,5% (INPC + 0,5%) para salários, PLR, VA/VR e demais cláusulas econômicas. A nova Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria também traz avanços sobre teletrabalho e sobre assédio sexual e assédio moral (leia mais sobre o acordo).

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