O Banco Central anunciou, nesta segunda-feira (7), o Drex, a primeira moeda digital oficial do Brasil. A palavra é uma abreviação da expressão digital real x. A expectativa é que o Drex esteja liberado ao público até o fim de 2024. Por enquanto, a plataforma está em fase de testes.
Segundo informações do BC, o acesso à moeda digital será feito através de carteiras virtuais em bancos e outras instituições financeiras. Ela poderá ser trocada por papel-moeda e vice-versa.
A expectativa do BC é que o Drex ajude a baratear custos de operações bancárias e aumente a inclusão dos consumidores no novo mercado financeiro.
“O real digital é uma expressão da moeda soberana brasileira, que está sendo desenvolvida para dar suporte a um ambiente seguro onde empreendedores possam inovar e onde os consumidores possam ter acesso às vantagens tecnológicas trazidas por essas novas ferramentas, sem que para isso precisem se expor a um ambiente financeiro não regulado”, informa a nota do Banco Central.
Drex e Criptomoedas
Segundo o BC, o real digital funcionará em blockchain, sistema usado pelas criptomoedas. Entretanto, não será uma criptomoeda porque será garantido pelo governo.
As criptomoedas funcionam como ações na Bolsa de Valores, onde os investidores colocam dinheiro em busca de rentabilidade. O Drex não terá variação de preço, já que será uma representação virtual da moeda física brasileira.
Em resumo, a nova moeda (Drex) será emitida pelo próprio BC, como uma extensão da moeda física, com a distribuição ao público intermediada pelos bancos e instituições de pagamento; sua custódia ficará no Banco Central; poderá ser trocada pelo real tradicional (em notas), e vice-versa, mas o foco serão as transações financeiras; a cotação frente a outras moedas também será a mesma; não será permitido que os bancos emprestem esses recursos a terceiros — como acontece atualmente com o real físico — e depois os devolva aos clientes; não haverá remuneração, ou seja, os recursos não terão uma correção automática; haverá uma garantia da segurança jurídica, cibernética e de privacidade nas operações.
*Fonte: G1