O Santander anunciou mudanças nos critérios de elegibilidade para a remuneração variável, durante reunião com a Comissão de Organização dos Empregados (COE), no último dia 23 de dezembro.
Os caixas, agora, ficam elegíveis apenas ao Programa Próprio de Resultados (PPRS), enquanto a remuneração variável ficará restrita às áreas comerciais.
A nova deliberação preocupa os representantes dos trabalhadores, já que o banco, nas entrelinhas, sinaliza que os caixas não seriam mais elegíveis a receber a remuneração variável, direito conquistado e considerado essencial para sua valorização.
A COE apresentou algumas ponderações e questionamentos sobre os impactos da decisão. Confira:
- Impactos na carreira: Como será feita a avaliação dos caixas que realizam vendas e desejam progredir na carreira?
- Extinção da função: A mudança sugere uma tentativa do banco de acabar com a função de caixa nas agências?
- Discriminação profissional: A exclusão dos caixas da remuneração variável não configuraria uma forma de discriminação?
- Cobrança incompatível: Em agências sem a função de caixa, os Especialistas de Serviços (ESs), que precisam assumir essas atividades, são pressionados por metas de vendas que não conseguem cumprir enquanto atuam no atendimento ao caixa.
A secretária de Relações Internacionais da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Rita Berlofa, considerou a medida do banco como um retrocesso.
“A decisão do banco é um claro retrocesso e representa uma desvalorização dos caixas, que desempenham um papel essencial no atendimento ao cliente. Continuaremos firmes na luta para reverter essa decisão e garantir que nenhum direito seja retirado”, ressaltou Rita.
*Fonte: Contraf-CUT