Negociações do Saúde Caixa terão nova rodada na próxima quarta-feira (22)

 

O Comando Nacional dos Bancários e a Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa voltaram a se reunir com o banco, para mais uma rodada de negociações para renovação do Saúde Caixa. O encontro aconteceu em São Paulo, nesta quinta-feira (16). Os debates vão continuar no dia 22 de novembro, quando haverá outra reunião, desta vez, agendada para Brasília.

Segundo apurações apresentadas pelo banco, o plano de saúde tem déficit acumulado de R$ 422 milhões em 2023 e a projeção, para 2024, é de cerca de R$ 660 milhões. O acordo coletivo do Saúde Caixa, desde 2004, mantém cláusula determinando que, em caso de saldo deficitário, ao final de cada ano, o banco e os titulares serão chamados a arcar com o saldo negativo.

O estatuto da Caixa, que foi alterado em 2017, estabelece que o banco não gaste mais de 6,5% da folha de pagamento com o plano de saúde. Este limite já foi atingido. Pelo valor do déficit de 2023 (R$ 422 milhões), caso nenhuma alternativa seja encontrada, os titulares serão chamados a arcar com 4,18 parcelas extraordinárias.

Situação atual

O Saúde Caixa está com 286 mil usuários, entre titulares (128 mil) e dependentes (158 mil). Os dependentes respondem por 12% das receitas e por 41% das despesas.

As despesas projetadas para 2023 são de R$ 3,408 bilhões. Para  2024, o total chega a R$ 3,743 bilhões.

A proposta do banco, na reunião de 9 de novembro, para solucionar o déficit de 2024, foi aumentar de 3,5% para 4% a contribuição do titular, com teto de 10%. A proposta penalizaria duplamente o empregado e, portanto, foi recusada.

Na última quinta (16), a Caixa propôs a manutenção de 3,5% da contribuição do titular, com valor fixo de R$ 450 por dependente, com o teto de 10% da remuneração. Com essa proposta, os dependentes passariam a arcar com 48% das despesas e os titulares com 52%. Veja na tabela:

Coordenadora do Comando Nacional dos Bancários e presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira explicou que, com essa proposta, o aumento seria bem grande.

“O teto de 10% é maior do que o praticado, por exemplo, pelo Banco do Brasil, de 7,5%. Já havíamos rejeitado isso na reunião anterior, porque representa um aumento substancial”, afirmou a dirigente.

Avanços

Nas duas primeiras reuniões (1º e 9 de novembro), os representantes dos trabalhadores conseguiram do banco o compromisso de incorporar as despesas de pessoal, até 2023, retroagindo a 2021, e que valerá para os próximos anos também.

Juvandia explicou que “a solução significa uma redução de R$ 177 milhões no déficit. E, somada ao uso das reservas técnicas e de contingência, zera o déficit deste ano e ainda sobram R$ 40 milhões para ajudar em 2024”.

A Caixa também se comprometeu em repassar informações financeiras e atuariais do plano (dados primários), a cada seis meses. Com isso, os empregados e suas entidades representativas vão acompanhar o equilíbrio financeiro do Saúde Caixa.

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