A retirada do ponto eletrônico dos gerentes e especialistas E1 foi pauta do encontro, desta quinta-feira (19), entre a Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander e representantes do banco.
De acordo com o banco, a medida era um desejo dos trabalhadores que querem maior flexibilidade da jornada e encontravam dificuldades na marcação do ponto eletrônico.
A justificativa do banco está sendo considerada infundada pelos dirigentes sindicais. A COE explica que o ponto eletrônico existente já oferece flexibilidade suficiente para que os trabalhadores realizem suas atividades externas sem prejudicar os direitos à desconexão.
Ainda segundo a COE, os trabalhadores estão submetidos ao banco de horas, que permite a compensação de jornadas, demonstrando que não há impedimentos operacionais para a manutenção do sistema atual.
Para os sindicalistas, a retirada do ponto eletrônico beneficia exclusivamente o banco, ao eliminar o controle da jornada. Além disso, o Santander não possui travas que impeçam os trabalhadores de acessar o sistema fora do horário comercial, o que os expõe a práticas abusivas.
A COE propôs a realização de uma consulta ampla aos trabalhadores para verificar se a mudança realmente era de interesse da categoria, mas o banco não aceitou.
O banco ficou de analisar a implementação de travas no sistema, para minimizar o risco de extrapolação da jornada.
A próxima reunião será no dia 23 de dezembro, quando serão debatidos outros pontos também.
*Fonte: Contraf-CUT