Em 2022, Itaú teve lucro superior a 30 bi

O Itaú Unibanco alcançou um Lucro Líquido Recorrente, que exclui efeitos extraordinários, de R$ 30,786 bilhões em 2022. Isso significa uma alta de 14,5% em relação ao resultado de 2021. No primeiro trimestre do ano, houve queda de 5,1% em relação ao trimestre anterior. No quarto trimestre de 2022, o resultado recorrente foi de R$ 7,668 bilhões, frente a R$ 8,079 bilhões no 3º trimestre.

Para o coordenador da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú, Jair Alves, esses resultados demonstram que o banco vem se adaptando ao novo modelo do sistema financeiro digital, concentrando suas principais operações no meio digital, expandindo agências e escritórios digitais no país e suas novas contratações para esses meios digitais.

“Vamos cobrar do banco uma remuneração justa, mais empregos, saúde e condições trabalho melhor, porque quem faz o banco e esse lucro são seus funcionários que se dedicam e merecem ser reconhecidos”, afirmou Jair Alves.

A receita com prestação de serviços e tarifas bancárias cresceu 7,8% em doze meses, totalizando R$ 46,631 bilhões. As despesas de pessoal, considerando a PLR, por sua vez, cresceram 12,9% no período, somando cerca de R$ 28,031 bilhões. Dessa forma, a cobertura destas despesas pelas receitas com prestação de serviços do banco foi de 166,4% no período

Ao final de 2022, a holding contava com 89.147 empregados no país, com abertura de 1.806 postos de trabalho em doze meses. De acordo com o relatório do banco, esse saldo se deve à ampliação no número de assessores de investimentos e a contratações para a área de TI, visando acelerar o processo de transformação digital. Foram fechadas 240 agências físicas no Brasil e abertas 179 agências digitais no período, totalizando 2.786 e 402 unidades, respectivamente.

O relatório do banco aponta que “no 4º trimestre de 2022, reconhecemos em nossas demonstrações financeiras os impactos provenientes de evento subsequente à data do fechamento relacionado a um caso específico de empresa de grande porte que entrou em recuperação judicial”. Muito provavelmente, o impacto refere-se ao caso das Lojas Americanas. Por conta disso, “houve reforço na Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa para cobrir 100% da exposição, gerando um impacto de R$ 719 milhões no resultado recorrente gerencial, com a diferença para a exposição total sendo reconhecida na provisão complementar. Excluindo-se esse efeito, o resultado recorrente gerencial teria atingido R$ 8,4 bilhões [no trimestre]”.

*Com informações da Contraf-CUT

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