“O crescimento econômico é mais importante que o ajuste fiscal”. A afirmação é da presidenta mundial do grupo Santander, Ana Botín, em resposta à declaração do presidente Lula, de que a meta fiscal de 2024 não precisa ser zero.
Segundo Ana, “o mais importante é que voltemos a crescer. As contas fiscais vão se equilibrar se formos capazes de crescer”. A declaração foi feita durante entrevista à imprensa em Madri.
Wanessa de Queiroz, coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, afirmou que a redução dos juros é fundamental para a economia do país voltar a crescer.
A coordenadora ressaltou, ainda, que o movimento sindical segue em campanha, nas ruas e redes sociais, pela redução da Selic.
Wanessa explicou que não é só a taxa Selic, definida pelo Banco Central, “mas também a praticada pelos bancos, para que o crédito se torne mais acessível a fim de dinamizar a economia”. Segundo ela, os bancos precisam contribuir com o crescimento da economia, reduzindo juros, parando de demitir e interrompendo as terceirizações, que reduzem salários e direitos.
“O setor financeiro é um dos mais lucrativos do país e, como uma concessão pública, têm o dever de contribuir com o crescimento da economia, por meio da redução dos juros e da geração de empregos. Crescimento do país que a própria presidente global do Santander disse ser prioridade. Por isso, cabe a pergunta: o Santander vai contribuir com o desenvolvimento do país ou seguir favorecendo os rentistas, seja por meio da cobrança de juros ou tarifas bancárias, que são altíssimas e estrangulam a economia e a população?”, questionou Wanessa.