Plenária da CUT debate estratégia dos trabalhadores pelo desenvolvimento sustentável

A 17ª Plenária Nacional da CUT “João Batista Gomes (Joãozinho) Novos Tempos, Novos Desafios” debateu, nesta quinta-feira (16), o desafio para a “transição justa”. A expressão define o processo de modificação da atual economia poluente para uma economia sustentável, incluindo justiça social, ou seja, de enfrentamento às mudanças climáticas de forma equitativa e inclusiva. Rosalina Amorim, bancária e secretária de Mobilização e Relações com o Movimento Sindical da CUT Nacional, falou sobre a importância da organização da classe trabalhadora para impedir que as mudanças na economia, por conta da crise climática, retirem direitos trabalhistas e aprofunde as desigualdades.  “Temos que fazer um planejamento muito claro das nossas ações, caso contrário não haverá justiça na transição em curso. E esse planejamento inclui o fortalecimento das nossas entidades, o combate à precarização, ou seja, trazer os trabalhadores que hoje estão na informalidade para o movimento sindical. Isso é estratégico”, ressaltou Rosalina. De acordo com a dirigente, a transição justa exige organização conjunta com os outros movimentos sociais. Ela explicou que o papel do movimento sindical cutista, como representante dos trabalhadores, inclui pensar e buscar resoluções de como fica a proteção dos direitos trabalhistas diante da escalada dos desastres, diante das mudanças do parque energético. Inclui participar ativamente de fóruns nacionais e internacionais. “Por isso a organização sindical é, mais do que nunca, essencial”, observou. No final dos debates, os delegados e delegadas de todo o país aprovaram o texto-base das estratégias de luta do movimento sindical cutista para uma transição justa. *Fonte: Contraf-CUT

Quase 600 delegados participam do segundo dia da 17ª Plenária Nacional da CUT

O segundo dia da 17ª Plenária Nacional da CUT “João Batista Gomes (Joãozinho) Novos Tempos, Novos Desafios” contou com 598 delegados e delegadas de todo o país. De forma presencial e on-line, eles participaram da leitura e aprovação das estratégias da entidade sindical para o próximo período. As pautas de estratégias da CUT incluem fortalecimento e organização dos trabalhadores para enfrentar os novos desafios, diante dos avanços tecnológicos, da crise climática e do aumento da concentração de renda. No encontro, a presidenta da Contraf-CUT e vice-presidenta nacional da CUT, Juvandia Moreira, apresentou o resumo das propostas em âmbito nacional, incluindo a importância da atuação dos trabalhadores para a transição justa à uma economia de baixo carbono. Juvandia ressaltou que o desenvolvimento sustentável é um eixo importante e estratégico. Segundo ela, a CUT marcará presença na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP 30), que será sediada na cidade de Belém, no Pará, em novembro. A dirigente explicou que a CUT vi participar para levar o debate sobre o desenvolvimento que não destrua o meio-ambiente, mas também que não concentre renda, que não exclua as mulheres, não aprofunda as desigualdades de gênero, raça, orientação sexual. “Um projeto de desenvolvimento sustentável inclusivo, com a participação direta da classe trabalhadora é fundamental para garantir uma economia justa e solidária”, afirmou Juvandia. *Fonte: Contraf-CUT

Bradesco: entenda o que é a Comissão de Conciliação Voluntária (CCV)

O movimento sindical e o Bradesco assinaram, em setembro, um acordo nacional de implementação de Comissão de Conciliação Voluntária (CCV) em entidades sindicais de todo o país. Poderão participar da CCV os trabalhadores demitidos sem justa causa ou que pediram desligamento do banco e que não ingressaram com reclamação trabalhista (ação judicial). Por meio da CCV, os profissionais poderão reivindicar direitos que julgam que tenham sido descumpridos pelo empregador. O procedimento prevê que os interessados procurem a assessoria jurídica do sindicato, que fará a análise dos pedidos e elaborará um termo de reivindicação. Após o protocolo, o banco analisará os pleitos e pode, ou não, apresentar uma proposta de acordo. Saiba mais: O que é CCV? A Comissão de Conciliação Voluntária (CCV) é um fórum extrajudicial que reúne trabalhador com algum questionamento trabalhista ou de natureza indenizatória trabalhista, e representantes do Sindicato e do banco. Para que serve a CCV? O objetivo da CCV é a resolução de pendências trabalhistas do contrato de trabalho, buscando entendimentos para eventual acordo. Qual a vantagem da CCV? O trabalhador que aciona a CCV não tem a necessidade de ingressar na Justiça – o que pode tornar muito mais rápido o processo de resolução da causa. A CCV me impede de ingressar na Justiça do Trabalho? O bancário que não aceitar a proposta de acordo via CCV poderá ingressar posteriormente na Justiça Sou obrigado a ingressar na CCV? Não é. Apenas se julgar que existem reclamações/pedidos trabalhistas a serem feitos. Uma vez recebida a proposta de valor na CCV, sou obrigado a aceita-la? Não é obrigado. A comissão é voluntária para o bancário e para o banco também. Depois de feito o acordo da CCV, em quantos dias o dinheiro será disponibilizado? Em até dez dias úteis o dinheiro acordado na CCV será disponibilizado ao trabalhador. Quais pendências trabalhistas podem ser revolvidas na CCV? Todas de natureza trabalhista e indenizatória, incluindo horas extras, valores do vale-transporte, casos de assédio etc.

No BB, substituições temporárias estão proibidas em novembro e dezembro

No Banco do Brasil, os gerentes de rede estão proibidos de acionar a substituição temporária, para cobrir férias, abonos ou licenças médicas. A comunicação foi feita pela Diretoria de Varejo do BB. A medida seria, segundo a direção seria uma forma de “controle e racionalização das despesas administrativas do banco.” A orientação também é para que os funcionários evitem tirar férias nesses dois meses. Para a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e para a Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), o argumento de que a proibição busca conter despesas administrativas é insuficiente e contraditório. Segundo o movimento sindical, alguém terá que assumir as tarefas dos colegas ausentes. Porém, o banco se recusa a remunerar por esse trabalho. O movimento sindical e os trabalhadores não foram comunicados previamente sobre a decisão. *Fonte: Contraf-CUT

Após mobilizações, trabalhadores conquistam reajuste zero para o Saúde Caixa

Resultado das manifestações ocorridas em todo o país, as negociações avançaram nesta sexta-feira (10) para uma proposta de renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) do Saúde Caixa, com a manutenção do percentual do salário a ser pago pelos titulares (3,5%) e do valor fixo pago pelos dependentes (R$ 480). O coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Felipe Pacheco, falou sobre a importância do engajamento dos trabalhadores para defender as reivindicações apresentadas ao banco. “Essa participação em massa nas atividades propostas pelas entidades sindicais e associativas foi um alerta para que a Caixa trouxesse uma proposta que atenda nossas reivindicações básicas”, afirmou Felipe. Rafael de Castro, diretor e representante da Contraf-CUT, na mesa de negociações com a Caixa, também reforçou a importância das mobilizações. “A mobilização levou à conquista. Precisamos manter essa mobilização para trabalharmos pelo fim do teto de 6,5% para gastos da Caixa com a saúde dos empregados e pelo direito de os admitidos a partir de setembro de 2018 manter o plano de saúde após a aposentadoria com as mesmas condições de quem tem mais tempo de banco”, disse Rafael. O acordo será avaliado pelo Comando Nacional dos Bancários e, encaminhado para avaliação em assembleias dos empregados da Caixa em todo o país. Foram atendidas as pautas: Reajuste zero, permanecendo as regras atuais;•    Respeito ao pacto intergeracional e mutualismo;•    Ampliação do plano de saúde para filhos até 27 anos (R$ 800,00);•    ACT válido até a próxima data-base (31/08/2026). Também foram negociados os seguintes pontos: Serão vertidas ao Saúde Caixa as contribuições, patronal e pessoal, incidentes sobre valores pagos a empegados e ex-empregados, decorrentes de processos judiciais trabalhistas individuais, coletivos e acordo judiciais que tenham como objeto parcelas de natureza salarial. (a partir da assinatura do acordo);• Não poderá haver retorno ao plano após eventual saída (cancelamento do plano). Para aqueles que já saíram do plano, será concedido um prazo a ser estabelecido a partir da vigência do acordo;•    Carência de 3 meses para novos contratados;•    Elaboração de medidas estruturantes em 2026, com vistas à sustentabilidade do plano. Com retomada já em novembro das mesas permanentes de negociação com vistas a preparar o debate para o próximo ano. *Fonte: Contraf-CUT

Contaminação de trabalhadores por bisfenol é tema de debate com a Fenaban

Os riscos de contaminação por bisfenol A (BPA) e bisfenol S (BPS) foram tema de debate entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), na última quarta-feira (8). As substâncias são componentes de papéis térmicos utilizados em impressoras e terminais eletrônicos. “A prevenção é o melhor tratamento. Como existem no mercado papéis térmicos sem o BPA e o BPS, a nossa reivindicação é que sejam tomadas ações que afastem qualquer risco à saúde dos trabalhadores, até que tenhamos estudos conclusivos sobre os impactos à saúde”, observou Vinícius Assumpção, vice-presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). De acordo com Vinícius, existe um projeto de lei tramitando no Congresso Nacional, que proíbe a fabricação e importação de papéis térmicos que contenham o BPA e o BPS em concentrações iguais ou superiores a 0,02% de seu peso. Uma pesquisa desenvolvida pela Universidade Federal Fluminense, em 2023, apontou que o BPS pode ser tão prejudicial quanto o BPA, especialmente para o coração.  Segundo a doutora Beatriz Alexandre-Santos, autora do estudo, a combinação da obesidade com a exposição ao BPS intensifica a hipertrofia e a fibrose cardíaca, condições que podem evoluir para doenças cardiovasculares graves, como insuficiência cardíaca. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proíbe a fabricação e importação de mamadeiras produzidas com bisfenol A no Brasil desde 2012. *Fonte: Contraf-CUT

Sindicato participa do Dia Nacional de Luta em Defesa do Saúde Caixa

Empregadas e empregados da Caixa Econômica Federal vêm realizando manifestações em agências e unidades administrativas do banco, para que sejam ouvidos em suas reivindicações para a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) específico do Saúde Caixa, o plano de saúde do pessoal da Caixa. Nesta quinta-feira (9), foi realizado mais um Dia Nacional de Luta e o Sindicato dos Bancários do Sul Fluminense esteve presente, em apoio aos trabalhadores, na Agência Barra Mansa Centro. Membros da diretoria do Sindicato, acompanhados pelo presidente Júlio Cunha, levaram faixas e cartazes para a agência, que foram colados e exibidos nas portas e grades de acesso ao prédio. As manifestações em defesa do Saúde Caixa prosseguem até a sexta-feira (10), quando ocorrerá mais uma mesa de negociações com o banco. Entre as reivindicações dos empregados, destaque para o   reajuste zero nas mensalidades do Saúde Caixa, fim do teto de custeio de 6,5% da folha salarial, cumprimento de modelo de custeio 70/30, além de respeito aos princípios de mutualismo, solidariedade e ao pacto intergeracional. *Com informações da Contraf-CUT

CEBB quer suspensão imediata de reestruturação anunciada no BB

Em reunião virtual, na última segunda-feira (6), a Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) cobrou da direção do banco a suspensão imediata da reestruturação iniciada dentro do chamado Movimento de Aceleração Digital (MAD). Entre as medidas previstas no programa, está a ampliação da jornada de trabalho de seis para oito horas para 25% dos cargos de assessoramento (assessores I, II e III) em áreas estratégicas. O programa foi anunciado na sexta-feira (3) sem qualquer diálogo prévio com o movimento sindical. De acordo com o movimento sindical, o clima de insegurança tomou conta do funcionalismo. “Há muito medo de que essas mudanças sejam apenas o começo, e que, em breve, outras áreas também sejam atingidas, colocando em risco a manutenção dos cargos de seis horas, uma conquista histórica da categoria”, afirma Fernanda Lopes, coordenadora da CEBB. No encontro, a CEBB repudiou a forma unilateral como o programa foi anunciado e a falta de informações concretas. O banco não apresentou números detalhados, mas afirmou que um pouco mais de 100 funcionários foram afetados. “Precisamos desses números, por estado e por unidade, para compreender a real dimensão do impacto e poder atuar de forma responsável na defesa dos funcionários”, reforçou Fernanda. O banco afirma que o novo modelo atinge apenas unidades estratégicas e não a rede operacional, como agências, PSOs e caixas. Porém, a CEBB alerta que o MAD representa uma nova reestruturação, com potencial de se expandir. De acordo com o banco, a maior parte do funcionalismo impactado está em Brasília, com menor concentração em São Paulo e casos pontuais no Rio de Janeiro. *Fonte: Contraf-CUT

Sul Fluminense entra na luta em defesa do Saúde Caixa

O Sindicato dos Bancários do Sul Fluminense participou, nesta terça-feira (7) do Dia Nacional de Luta em Defesa do Saúde Caixa. Com faixas e cartazes, diretores do Sindicato, acompanhados do presidente Júlio Cunha, estiveram na agência da Caixa Econômica da Vila, em Volta Redonda. Também foi distribuído um informativo para empregados e empregadas, com o objetivo de informar sobre as negociações para renovação do Acordo Coletivo do Saúde Caixa, para que se mobilizem para a campanha em defesa do plano e da proposta dos empregados já apresentada ao banco. Confira as reivindicações: Proposta recusada e negociação cancelada A Caixa apresentou, nesta segunda-feira (6), uma proposta para o Acordo Coletivo de Trabalho do Saúde Caixa com aumento do percentual de contribuição dos titulares de 3,5% para 5,5%. Há ainda a proposta de reajuste do valor a ser pago por dependente, de R$ 480 para R$ 672. Pela proposta, os valores máximos a serem pagos pelas empregadas e empregados sofrerão reajuste médio de 71%, passando de até 7% para até 12% da remuneração base. A Caixa Econômica Federal cancelou a negociação que aconteceria nesta terça-feira (7) porque se nega apresentar uma proposta que valorize as empregadas e empregados. O coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE), Felipe Pacheco, disse que não há como apresentar uma proposta desta para os trabalhadores e trabalhadoras. “Vamos esperar uma nova proposta que valorize os trabalhadores”, ressaltou Felipe. De acordo com matéria publicada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), a orientação é para que as manifestações continuem em todo o país. *Com informações da Contraf-CUT

Demissões: COE Itaú conquista proposta para trabalhadores

A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú conquistou uma proposta de acordo, que prevê pagamento para os bancários impactados pela demissão em massa promovida pelo banco em 8 de setembro. A proposta, que será avaliada em assembleia, nesta quinta-feira (9), é resultado da audiência de mediação realizada na tarde desta segunda-feira (6) no Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2). As conquistas foram pagamento de até 10 salários adicionais, valor fixo de R$ 9 mil, 13ª cesta-alimentação e manutenção da taxa diferenciada de financiamento imobiliário. Além disso, o banco se comprometeu a não encerrar o modelo de teletrabalho. Lembrando que a demissão em massa atingiu mais de mil trabalhadores em regime de home office ou híbrido. *Fonte: Contraf-CUT com informações do SP Bancários.