Caixa: representação dos empregados pede explicações sobre mudanças

Preocupada com o impacto gerado sobre trabalhadoras e trabalhadores da Caixa Econômica Federal, a Comissão Executiva de Empregados (CEE) enviou ofício ao banco, questionando as recentes mudanças implementadas.

De acordo com Fabiana Uehara Proscholdt, que reassumiu a coordenação até sua posse no Conselho de Administração, a falta de informação por parte da Caixa é preocupante.

“Os empregados estão sendo impactados por mudanças significativas sem terem acesso a informações claras e detalhadas sobre o que está acontecendo. Essa falta de transparência gera insegurança e instabilidade no ambiente de trabalho”, afirmou Fabiana.

No ofício, a CEE destaca diversas transformações em curso e pede informações sobre o impacto do Plano de Demissão Voluntária (PDV), que prevê o desligamento de até 3.200 empregados.

Eliana Brasil, diretora executiva da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e empregada da Caixa, disse que é necessário debater com a Caixa urgentemente.

“Sabemos que a Caixa, em PDVs anteriores, tem a estratégia de extinguir grande parte das vagas de cargo efetivo e, em especial, as funções gratificadas, de natureza técnica, dos trabalhadores que aderem ao PDV, com o objetivo de redução de despesas com a folha de pagamento. Isso desestimula os empregados que ficam nas unidades e almejam ascensão na carreira”, observou Eliana.

Também são motivo de preocupação para a CEE, as mudanças decorrentes do projeto de transformação digital, que prevê o destacamento no processo “teia” de cerca de dois mil empregados para atuar de forma exclusiva por até dois anos. Segundo a Comissão, a alteração pode gerar mais sobrecarga de trabalho para os empregados.

Além disso, a representação dos empregados pede esclarecimentos sobre a contratação de uma consultoria para realizar um estudo de adequação das funções gratificadas, assunto que o movimento sindical tem interesse em participar do debate.

A criação de novas superintendências, o fechamento de unidades e a centralização do jurídico também precisam de esclarecimentos.

*Fonte: Contraf-CUT

*Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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