Redução de jornada de trabalho tramita com três projetos no Senado
O debate sobre a jornada de quatro dias trabalho avança no Senado com três projetos de senadores de diferentes partidos. A pauta é uma das prioridades da Campanha Nacional dos Bancários. Com a reivindicação, o número de dias de abertura das agências bancárias permaneceria o mesmo. Apenas o número de dias de trabalho dos trabalhadores seria menor. Segundo Juvandia Moreira, presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e coordenadora do Comando Nacional dos Bancários, “a diminuição da jornada, sem a redução salarial e com a manutenção da abertura dos bancos de segunda a sexta-feira, além de trazer impactos positivos na vida dos trabalhadores (com melhorias na saúde física e mental, menos esgotamento, insônia e fadiga), não prejudica a produtividade, nem a receita da empresa, pelo contrário, pode até aumentá-las.” Veja as propostas no Senado: O Projeto de Lei (PL) 1.105/2023, que inclui na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) a possibilidade de redução das horas trabalhadas diárias ou semanais, mediante acordo ou convenção coletiva, sem perda na remuneração, já foi aprovado pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS) e agora está em análise na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 148/2015, que havia sido arquivada em 2022, voltou a tramitar no ano passado e agora aguarda análise da Comissão de Constituição e Justiça. Ela propõe a redução da jornada para, no máximo, oito horas diárias e de até 36 horas semanais. A redução seria gradual, de uma hora por ano. Uma terceira proposta sobre o tema em tramitação no Senado é o Projeto de Resolução do Senado (PRS) 15/2024, que cria um prêmio, do próprio Senado, para as empresas que adotarem a jornada reduzida sem perda salarial. O tema também tramita na Câmara dos Deputados. Um dos projetos que tramita na casa é a PEC 221/2019, que “altera o artigo 7º, inciso XII da Constituição Federal, reduzindo a jornada de trabalho para 36 horas semanais, em 10 anos”. De acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a implementação da jornada de quatro dias, entre os bancários que hoje realizam a jornada de 37 horas semanais, teria o potencial de criar mais de 108 mil vagas no setor, ou 25% do total de vagas que existem atualmente. *Fonte: Contraf-CUT
Acrefi não apresenta proposta global em resposta aos financiários
A proposta global em resposta à pauta de reivindicações do Coletivo Nacional dos Financiários da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) só deverá ser apresentada na próxima reunião, marcada para 14 de agosto. A Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi) não cumpriu com o prometido e não levou a proposta para a reunião desta terça-feira (30). A proposta dos trabalhadores é de acordo de dois anos, com um reajuste salarial que cubra a inflação medida pelo INPC, de junho de 2023 a maio de 2024, e de junho de 2024 a maio de 2025, acrescido de 5% de aumento real. A Participação nos Lucros e Resultados (PLR) deverá sofrer aplicação dos mesmos índices. Magaly Fagundes, secretária de Organização do Ramo Financeiro e Política Sindical da Contraf-CUT, ressaltou que o compromisso com os financiários precisa ser levado a sério. “É inaceitável que, após tantas negociações, a Acrefi não tenha apresentado uma proposta concreta que atenda às justas reivindicações dos trabalhadores. Entre elas, as questões sociais, como equidade salarial entre homens e mulheres, fim da terceirização e diversidade”, observou Magaly. *Fonte: Contraf-CUT
Sul Fluminense marca presença em ato contra juros altos
O presidente do Sindicato dos Bancários do Sul Fluminense, Júlio Cunha, participou de um ato no Centro do Rio contra a política monetária praticada pelo Banco Central, por meio do Comitê de Política Monetária (Copom). Também estiveram presentes os presidentes dos Sindicatos dos Bancários do Rio, Petrópolis e Teresópolis, além da presidenta da Federa-RJ, Adriana Nalesso. Perguntado por Adriana sobre como a alta dos juros impacta a vida das trabalhadoras e dos trabalhadores, Júlio ressaltou que o aumento dos juros aumenta o desemprego e o endividamento refletindo diretamente na vida do cidadão.
GT de Saúde da Caixa faz videoconferência nesta quarta (31)
O GT de Saúde Caixa vai se reunir, nesta quarta-feira (31), para debater questões relacionadas ao Saúde Caixa. Entre os principais pontos a serem debatidos está o fim do teto para o custeio pelo banco com a saúde dos empregados, estabelecido no estatuto do banco em 6,5% da folha de pagamentos. “Mas também queremos discutir sobre custos que deveriam ser de responsabilidade do banco que são repassados para o Saúde Caixa e, consequentemente, acabam onerando os trabalhadores”, informou Rafael de Castro, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa. Outro tema da reunião será a cobrança de agilidade na volta do funcionamento dos comitês de credenciamento e descredenciamento. O Grupo é formado por representantes das empregadas e empregados e da Caixa Econômica Federal. A reunião será realizada em formato de videoconferência. *Fonte: Contraf-CUT *Foto: Marcelo Camargo /Agência Brasil