CARTA AOS BANCÁRIOS

Sindicato inicia campanha junto aos clientes e usuários para esclarecer direitos e apoiar a categoria, identificando os principais problemas e seus responsáveis, para cobrar soluções Caros colegas, Não precisamos ficar reafirmando como as coisas estão difíceis nos ambientes internos de trabalho. Cobranças, pressão, metas, resultados, falta de condições adequadas de trabalho, sistemas operacionais deficientes, filas, filas, filas, estresse e adoecimentos. Apesar de, muitas vezes, a avaliação levar a crer que as medidas empregadas pelos bancos estão “corretas”, em linha com o plano estratégico de negócios etc, na verdade não estão. Os bancos investem, a cada ano, bilhões de reais em novas tecnologias, para eliminar ou terceirizar etapas do nosso trabalho e, com isso, fechar mais agências, demitir cada vez mais bancários e aumentar ainda mais a pressão nos poucos que vão restando. A expectativa é que o interior das “lojas” fique vazio e se tornem apenas espaços de negócios-vendas. Mas no mundo real não é nada disso que acontece e os problemas estouram é aqui no “chão da fábrica”. Apesar de todos estarmos submetidos a essa forma de organização do negócio, já que somos os empregados, temos que ter a clareza do que acontece e o que ainda está em curso. Por isso, não temos que aceitá-la passivamente. Até porque todos os bancos no Brasil são concessões públicas para atuarem em prol da sociedade. Nesse mundo imaginário e ideal dos bancos, isso só atende aos seus interesses. Nós não estamos incluídos nesse projeto de futuro. E submetem também clientes e usuários a arbitrariedades no tocante a constrangimentos e impedimentos de utilização do espaço interno das agências e do atendimento humano, com o argumento que é mais caro. Vemos o aumento dos casos dos adoecimentos psiquiátricos e afastamentos para o INSS, onde sequer os bancos se dignam a emitir a CAT, que é uma exigência legal, e transfere o problema para os cofres públicos – INSS. Enquanto isso, os lucros explodem e nós ficamos com uma PLR limitada pelos tetos impostos pelos próprios banqueiros. Precisamos expor essa realidade perversa a toda sociedade para termos os clientes e usuários, compreendendo essa realidade e do lado da categoria, nos apoiando nas nossas lutas. Precisamos criar meios de pressionar os banqueiros, governos, Banco Central do Brasil a implantar medidas que assegurem o que propomos: condições de pleno funcionamento do Sistema Financeiro Nacional, com oferta de crédito e atendimento das demandas financeiras de clientes e usuários, sem o viés único especulativo, prestado com qualidade, e preservando o trabalho e a saúde dos bancários. Se isso for feito, teremos a criação de muito mais postos de trabalho na categoria e uma outra organização do trabalho. Precisamos ressignificar a nossa atividade bancária. Se nos tornarmos meros vendedores de produtos e serviços – sem desqualificar a atividade dos comerciários – será cada vez mais fácil sermos substituídos por “terceiros” para reduzir os custos do trabalho. Até então é o que temos visto acontecer, infelizmente. Não vamos enfrentar e, principalmente, resolver nossos problemas se essa aliança não for estabelecida. Se isso não for feito, já sabemos o resultado. Portanto, só teremos a ganhar, ainda que tenhamos “turbulências” ocasionais. Estamos iniciando esse papo com os clientes. Nos ajudem e venham juntos! Sindicato dos Bancários do Sul Fluminense

Bancários participam de encontros regionais no Rio

Representantes dos seis sindicatos de bancários filiados à Federa-RJ (Campos de Goytacazes, Niterói, Petrópolis, Rio de Janeiro, Sul Fluminense e Teresópolis) se reuniram, no último sábado (04), para participar dos Encontros Regionais da categoria, representando cerca de 40 mil bancárias e bancários do Estado, de forma remota ou presencial. O presidente do Sindicato dos Bancários do Sul Fluminense, Júlio Cunha, esteve presente, representando a entidade. Os encontros foram realizados no Rio de Janeiro, mas com a possibilidade de participação remota. Trabalhadoras e trabalhadores dos bancos privados se reuniram na sede campestre do Sindicato dos Bancários do Rio, na Taquara. Já os empregados da Caixa Econômica Federal estiveram reunidos no auditório do Sindicato dos Bancários do Rio, no Centro. O encontro dos funcionários do Banco do Brasil foi realizado na AABB, na Tijuca. Durante os encontros, foram levantadas as principais preocupações da categoria. As propostas vão ser sistematizadas e disponibilizadas durante a semana. Elas serão levadas para debates nas conferências Estadual e Nacional. Adriana Nalesso, presidenta da Federa-RJ, percorreu os três encontros e considerou o saldo positivo. “Os encontros foram muito bons, eu acho que a gente debateu os temas mais relevantes que dizem respeito à categoria bancária, como organização econômica financeira, os impactos do avanço tecnológico, emprego, saúde, condições de trabalho. Mas também abordamos questões que dizem respeito ao diálogo com a sociedade, especialmente com dois temas que, para nós, são centrais: a urgência da correção da tabela do Imposto de Renda e a política de juros adotada no país, que impede o avanço econômico, a geração de empregos e endivida as bancárias e bancárias, assim como toda a sociedade”, afirmou Adriana. *Fonte: Federa-RJ

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