Boletim do Dieese aponta que salário da mulher era 22,3% menor que dos homens em 2023

Apesar de avanços e conquistas das mulheres na sociedade, o preconceito e a desigualdade ainda são marcantes. É o que mostra o boletim especial do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), divulgado esta semana, quando se comemora o Dia Internacional da Mulher. Segundo o documento, o salário médio das mulheres no último trimestre de 2023 foi 22,3% menor que o recebido pelos homens. Além disso, 39,9% das mulheres no país recebiam até um salário-mínimo. Em relação às mulheres negras, praticamente metade (49,4%) ganhavam até um salário-mínimo, enquanto entre os homens, 29,8% ganhavam até um salário-mínimo. O estudo aponta ainda que a diferença salarial entre homens e mulheres é ainda maior com o aumento do grau de escolaridade. Mulheres que terminavam o curso superior ganhavam em média 35,5% (R$ 4.701) do que os homens (R$ 7.283). De acordo com a secretária da Mulher da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Fernanda Lopes, o cenário reflete o preconceito estrutural. “Essa questão, somada à dupla jornada (o dever imposto socialmente à mulher de conciliar trabalhos domésticos e do dia a dia remunerado fora de casa) explicam a razão de haver tamanha desigualdade entre homens e mulheres em cargos de liderança”, observou Fernanda. Entretanto, o crescimento da economia brasileira em 2023, segundo o boletim, trouxe melhora nos dados gerais de emprego e renda também para as mulheres. Do 4º trimestre de 2022 ao 4º trimestre de 2023, houve aumento de 358 mil mulheres e de 26 mil homens na força de trabalho. Para conferir o boletim do Dieese na íntegra, clique aqui.

Caixa: 2º turno da votação para Conselho de Administração começa nesta segunda (11)

O segundo turno de votação na Caixa Econômica Federal para eleger sua representante no Conselho de Administração começa nesta segunda-feira (11) e termina no dia 14 de março. A candidata Fabiana Uehara tem o apoio da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), da Federação Nacional das Associações de Pessoal da Caixa (Fenae) e de outras entidades representativas do pessoal do banco.   No primeiro turno, Fabiana foi a mais votada com 45,09% dos votos, quase 7% a mais do que o segundo colocado. Para eleger Fabiana Uehara, basta utilizar o mesmo sistema que foi realizado o primeiro turno. É preciso acessar eleicaoca.caixa.gov.br/siele, logar com a matrícula e senha e, na página de votação, digitar 0002. O Conselho de Administração é composto por oito membros, sendo que apenas um representa os trabalhadores. Por isso, a eleição é considerada muito importante e a participação das empregadas e dos empregados na votação é fundamental. Confira as principais propostas de Fabiana: – Lutar pela alteração do atual estatuto do banco, que permitiu o fatiamento e venda de partes da Caixa e limita direitos dos empregados, como na restrição para o custeio do Saúde Caixa. – Garantir a efetiva transparência na gestão da empresa. – Atuar no CA em sintonia com as reivindicações das empregadas e dos empregados, na busca por melhores condições de trabalho.  – Cobrar o resultado das apurações das denúncias de assédio por parte de ex-dirigentes.  – Trabalhar em conjunto com as entidades pela adoção de uma política de combate aos assédios moral e sexual, além de demais formas de violência organizacional. – Atuar pelo fortalecimento da Caixa, com ênfase para reincorporação das subsidiárias, manutenção da exclusividade na administração das loterias e manutenção da exclusividade do penhor. – Pautar a política de remuneração da Caixa, defendendo a participação das empregadas e dos empregados na definição de programas como o Bônus Caixa, comissões pela venda de produtos etc. – Cobrar resolução para “pendências” deixadas pelas gestões anteriores, causadas, por exemplo, pelos processos de reestruturação.

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