Caixa: termo de conduta compensará empregado perseguido

A Caixa Econômica Federal assinou um termo de ajuste de conduta (TAC) com o Ministério Público do Trabalho do Distrito Federal. O documento oferece vantagem nas disputas em processos seletivos aos empregados perseguidos na gestão de Pedro Guimarães, ex-presidente da instituição. Com a medida, o tempo de experiência a ser considerado nos processos seletivos internos aumenta de cinco para dez anos. Desta forma, os empregados remanejados para agências, que perderam seus cargos de confiança, entre 2019 e 2022, poderão ser avaliados pela experiência acumulada antes de serem perseguidos. Segundo a Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae), essa demanda é de entidades associativas e de sindicatos para seja feita justiça a esses trabalhadores. As negociações e a audiência de assinatura do TAC contaram com a participação da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT), além da Fenae. O prazo de dez anos de experiência será válido para todos os funcionários da Caixa, independente de terem sofrido assédio. Ele será aplicado nos processos seletivos institucionalizados no banco, como o PSI tradicional, a formação de banco de sucessores e o Experiência Oportunidade Caixa. O TAC aumentou, ainda, de três para cinco anos, o aproveitamento da experiência do empregado em processos de transferência entre funções comissionadas sem processo seletivo. De acordo com o documento, o prazo maior proporciona mais flexibilidade aos trabalhadores que perderam suas funções para realocações e para a retomada da carreira profissional. *Foto de Marcelo Camargo/Agência Brasil

Primeira mesa de negociações entre Caixa e empregados será dia 6 de fevereiro

Representantes de trabalhadores e da Caixa Econômica Federal terão sua primeira mesa de negociações de 2024 no dia 6 de fevereiro, com início às 14h30, em Brasília. A fim de permitir a participação de representantes de todas as federações e sindicatos que compõem a Comissão Executiva dos Empregados (CEE), a reunião será em formato híbrido, podendo ter participação presencial e virtual. Segundo a coordenadora da CEE, Fabiana Uehara Proscholdt, existem pendências a serem resolvidas, como o pagamento da quebra de caixa, redução da jornada para pais de PCDs (Pessoas com Deficiência), pagamento dos deltas da promoção por mérito, além da recriação das Gipes, das Repes e dos Comitês. “Estas estruturas regionais são fundamentais para a melhoria do atendimento aos usuários do Saúde Caixa, bem como para a solução dos problemas enfrentados por profissionais de saúde, clínicas e hospitais credenciados, evitando, desta maneira, o descredenciamento”, explicou Fabiana, lembrando que a participação de todos é importante.

Conheça a história da Contraf-CUT

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), atualmente, reúne nove federações e mais de 100 sindicatos. Além disso, coordena o Comando Nacional dos Bancários, que representa cerca de 95% da categoria em todo o Brasil, sendo referência na organização sindical de trabalhadores, não apenas no Brasil, mas de todo o mundo. Sua história teve início nos anos 1980, com a luta pela retomada da organização sindical, depois da intervenção feita pela ditadura militar com o golpe de 1964. Em 1985 foi criado um departamento da Central Única dos Trabalhadores (CUT), o Departamento Nacional dos Bancários (DNB-CUT). Sua atuação foi fundamental para a primeira greve nacional da categoria após a ditadura, realizada ainda em 1985. Já em 1992, surgiu a Confederação Nacional dos Bancários (CNB), que substituiu o DNB-CUT. Reconhecida pela categoria como representante oficial nas negociações com as instituições financeiras, a CNB era uma entidade de abrangência nacional. Após passar a representar os financiários, em 2006, foi criada a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf). A entidade foi reconhecida pelo Ministério do Trabalho e Emprego, em 24 de junho de 2008, como representante dos trabalhadores do ramo financeiro.

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