Live conscientiza bancários sobre saúde mental

Dentro da Campanha Janeiro Branco, o Sindicato dos Bancários do Sul Fluminense promoveu, nesta terça-feira (23), uma live com a psicóloga Jaqueline Bento, que falou sobre a prevenção e os cuidados com a saúde mental. Na abertura da live, o presidente do Sindicato, Júlio Cunha, falou sobre a campanha e sua importância.“Nós, há algum tempo estamos alertando a categoria sobre a prevenção e cuidados com a saúde mental. Nós percebemos que uma grande parcela da categoria está doente e sequer admite estar doente e sequer tem consciência de estar doente”, ressaltou Júlio. O presidente lembrou que o resultado da pesquisa realizada no ano passado pelo sindicato em parceria com o Departamento de Psicologia da Universidade Federal Fluminense (UFF) de Volta Redonda, mostrou que o ambiente de trabalho nas agências da região tem uma classificação de adoecimento moderado a crítico. “Essa campanha é muito importante para que a gente leve essa consciência ao bancário do Sul Fluminense que ele precisa se prevenir e ter cuidado com a sua saúde mental”, completou Júlio.Também o diretor de Saúde do Sindicato, Miguel Pereira, ressaltou a importância da campanha e reafirmou que o nível de adoecimento da categoria bancária, apresentado pela pesquisa, é assustador. “Essa campanha, criada por psicólogos brasileiros em 2014, visa justamente fazer essa reflexão, um chamamento para que a gente preste atenção a esses cuidados porque uns tratam como frescura, bobeira, dizem que é um estresse normal. Mas quando você vê está num processo de adoecimento grave, com sérias consequências na sua vida”, alertou. Miguel lembrou ainda que a categoria bancária é uma das que registram maior afastamento do trabalho provocado por doenças psicossomáticas. A psicóloga Jaqueline Bento iniciou a live explicando que o objetivo do trabalho era que no final, o bancário que estava assistindo saísse com uma noção clara do nível em que se encontra dentro da zona de perigo para desenvolver algum tipo de transtorno. “Nós queremos também que vocês saiam com dicas e orientações para prevenir sua saúde mental e, caso já esteja doente de alguma forma, que saia sabendo que caminhos procurar”, disse. Segundo Jaqueline, falar de saúde mental é falar de uma dor invisível. “Quando você fala que quebrou a perna, que tem diabetes ou hipertensão, é fácil mostrar isso, é fácil as pessoas acreditarem. Já a questão de saúde mental é invisível. Para alguém compreender uma dor emocional é só quando ela passa por isso”, observou a psicóloga. Em sua exposição, Jaqueline abordou questões como a pressão pelo cumprimento de metas e a Síndrome de Burnout, que é o esgotamento físico, mental e emocional.” Quando a gente fala de uma pessoa que sofre com Burnout, a gente fala de alguém que se autonegligência, que cedo ou tarde vai parar de se cuidar. Tudo caminha para o abandono de si mesmo”, explicou. A psicóloga ressaltou que é importante prestar atenção nos sinais. No Burnout a pessoa sai de férias mas não consegue descansar, não consegue relaxar no fim de semana, fica o tempo todo pensando no trabalho. O evento desenvolveu-se de maneira bastante dinâmica, já que psicóloga havia orientado os participantes a ficarem munidos de papel e lápis para interagirem com o trabalho terapêutico que ela preparou para o evento. Jaqueline explicou que o objetivo dos exercícios era proporcionar um caminho terapêutico, para ajudar o bancário no autocuidado e autoconhecimento. Os exercícios foram denominados como Jornada da Vida, A palavra que emerge, Cadeira quente, Reconecte-se, Quem é você, Atualização, Memórias de cuidado, Checagem das emoções, e Seja um cuidador, além de um especial onde o participante tinha que completar as frases com a primeira coisa que viesse à mente. Acesse os exercícios disponibilizados por Jaqueline:

‘Minha Trajetória’: Caixa estipula prazo para contestação

As empregadas e empregados da Caixa Econômica Federal, que desejarem contestar os resultados do programa “Minha Trajetória” têm até o próximo dia 26 (sexta-feira) para fazê-lo. Esse foi o prazo dado pelo banco para apresentação de recurso, que segundo resposta da Caixa, deverá seguir os seguintes requisitos: A coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt, questionou a exigência de o empregado ‘possuir evidência que comprove a contestação da avaliação recebida’ em PDF”. “Nestas metas subjetivas, quando não há definição dos métodos de apuração dos resultados para comprovação de que o empregado se esforçou para o cumprimento das tarefas, como ele comprovará, por meio de arquivo PDF, que ofertou um produto?”, ressaltou Fabiana. A questão das metas relativas à captação de recursos também foi questionada. “Nesses casos, como o empregado enviará extrato bancário do cliente comprovando a aplicação do recurso sem ferir a lei 13709/2018 (LGPD)?”, indagou a coordenadora da CEE. A representação dos empregados também ressaltou que as contestações deveriam ser analisadas por empregados que não sejam vinculados à superintendência de onde partiram as contestações. Fabiana explicou que desde setembro, a representação dos empregados vem pedindo uma mesa de negociações sobre o “Minha Trajetória”. “O banco não nos respondeu e agora estipula um prazo exíguo para que os empregados contestem os resultados. As empregadas e empregados não podem ser prejudicados pela ausência de negociações da parte do banco”, afirmou a coordenadora da CEE.

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