Saúde Caixa: Comando e CEE voltam a se reunir nesta quinta-feira (16)
O Comando Nacional dos Bancários e a Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa voltam a se reunir, nesta quinta-feira (16), para uma nova rodada de negociações sobre o acordo específico referente ao Saúde Caixa, o plano de saúde das empregadas e empregados do banco. A retomada das negociações só foi possível graças à solicitação do Comando Nacional ao banco, e após a mobilização dos funcionários, que promoveram manifestações por todo o país, nos dias 17 e 30 de outubro passado. A Caixa se comprometeu a apresentar simulações de possíveis formas de custeio na reunião desta quinta. Como explicou a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa e do GT Saúde Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt, o plano de saúde enfrenta um cenário de déficit de mais de R$ 1 bilhão, considerando os custos do ano corrente e as projeções para 2024. “O objetivo das negociações, retomadas graças à articulação dos funcionários, é encontrar uma solução para que nós não sejamos obrigados a arcar com o pagamento de 4,5 parcelas extraordinárias no próximo ano. Portanto, para conquistarmos a melhor proposta possível para todos e todas, sem deixar de viabilizar a sustentabilidade e perenidade do Saúde Caixa”, concluiu a coordenadora. *Foto de Marcelo Camargo/Agência Brasil
Bancárias e bancários pedem acolhimento para trabalhadores adoecidos
Em reunião com a Comissão de Negociações da Federação Nacional dos Bancos (CN Fenaban), o Coletivo Nacional de Saúde da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) pediu tratamento humanizado para bancárias e bancários adoecidos, que precisam buscar atendimento e afastamento pelo INSS. Mauro Salles, secretário de Saúde da Contraf-CUT, ressaltou que as cláusulas da Convenção Coletiva de Trabalho não podem ser esquecidas. “Pedimos que os bancos acolham esses bancários, levando em consideração o espírito das cláusulas acordadas na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), ou seja, que não haja perda salarial e nem endividamento desses trabalhadores, por motivos de saúde, afirmou Salles, lembrando que as antecipações e complementações efetuadas pelos bancos, conforme cláusulas de nossa convenção, devem ocorrer somente após o trabalhador receber do INSS o benefício. O Coletivo disse ainda que há registros de trabalhadores que tiveram descontos na folha de pagamento, mesmo depois de recorrer ao INSS e garantir o benefício judicialmente. Segundo Salles, existem casos de bancários que ficaram sem recurso nenhum, porque descontos foram realizados de uma única vez, num determinado mês. “Isso resultou na falta de dinheiro para remédios e para sua própria subsistência, agravando o problema de saúde por conta de todo o transtorno financeiro”, disse Mauro Sales. Canal específico Também foi solicitada pelo Coletivo, que os bancos criem um canal de acolhimento, especialmente para atender sobre bancários adoecidos. Além disso, foi pedida proteção para trabalhadores que denunciam assédio no trabalho. “Questionamos os encaminhamentos adotados por bancos, em várias situações, em que denunciantes vítimas de assédio foram expostos por terem denunciado”, ressaltou Salles. Os representantes dos bancos afirmaram que as demandas vão ser debatidas entre as empresas. Eles disseram que há casos em que não receberam as informações da situação dos trabalhadores.
Lucro da Caixa alcança R$ 7,8 bilhões nos nove primeiros meses de 2023
A Caixa Econômica Federal divulgou seu balanço do terceiro trimestre, apontando que o lucro líquido do banco foi de R$ 7,8 bilhões, nos nove primeiros meses do ano. O valor é 2,1% maior que o obtido no mesmo período de 2022. O banco obteve, só no terceiro trimestre, lucro de R$ 3,2 bilhões, registrando um aumento de 25,5% em relação ao trimestre anterior. Esse resultado, segundo a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt, mostra que a Caixa retomou seu papel de financiadora do crescimento econômico do país. De acordo com os dados apresentados no balanço, a instituição registrou um crescimento de 14,6% da carteira imobiliária, chegando a R$ 707,9 bilhões, elevando a participação do banco para 68,8% do mercado imobiliário. Há um ano, o índice era de 65,7%. O volume de contratos de crédito habitacional também teve crescimento, alcançando R$ 136,9 bilhões, um índice de 10,3% maior do que o do terceiro trimestre de 2022. Fabiana ressaltou que os dados mostram crescimento, principalmente no segmento, em que o banco sempre foi líder no mercado. “Mas esse compromisso com o crescimento econômico e desenvolvimento econômico e social do país pode ser observado com outros resultados, como nas operações de financiamento de saneamento e infraestrutura e manutenção do emprego”, ressaltou a coordenadora, fazendo referência ao saldo das operações de saneamento e infraestrutura, cujo crescimento foi de 6%, no período, chegando ao total de R$ 100,1 bilhões. Na questão de emprego, a redução foi de 168 postos de trabalho em um ano. Porém, houve uma reversão da tendência neste terceiro trimestre, com um incremento de 580 novos postos, fato que deve ser valorizado, segundo Fabiana. “Temos que valorizar essa reversão, mas ainda é muito pouco quando vemos o quadro de sobrecarga enfrentado pelos colegas, com o consequente adoecimento. Ainda mais quando vemos que houve o aumento de 1,4 milhão de novos clientes em um ano”, disse coordenadora. A coordenadora também ressaltou a importância da manutenção da política de investimentos e melhoria da gestão de pessoas. Segundo ela, estes resultados são da gestão Rita Serrano. “É importante que o Carlos Vieira mantenha a preocupação com o desenvolvimento econômico e social do país e com as empregadas e empregados, com ampliação do quadro de pessoal, gestão humanizada no trato com os trabalhadores, sem cobrança abusiva de metas nem assédio e, resolva um dos maiores entraves que temos para ser resolvido ainda neste ano, que é a renovação do ACT (Acordo Coletivo de Trabalho) do Saúde Caixa, com a manutenção dos princípios e modelo de custeio, sem o teto de 6,5% da folha de pagamentos para o custeio da Caixa com a saúde dos seus empregados”, concluiu Fabiana.