Negociações do Saúde Caixa: próxima reunião será dia 16 de novembro

As negociações sobre a renovação do acordo coletivo específico do Saúde Caixa avançaram, na reunião da última quinta-feira (9). O foco é a sustentabilidade e a manutenção das premissas do plano de saúde. Os encontros foram retomados após as mobilizações dos trabalhadores de todo o país, em defesa do Saúde Caixa, ocorridas  nos dias 17 e 30 de outubro, e a solicitação feita à Caixa pelo Comando Nacional dos Bancários. Na reunião desta quinta, a Caixa não aceitou assumir todas as despesas administrativas, como havia sido reivindicado, alegando impedimento devido a restrições estatutárias. Entretanto, o banco concordou em incorporar toda a despesa de pessoal desde 2021. A caixa se comprometeu, ainda, em repassar as informações financeiras e atuariais do plano, a cada seis meses, para que os empregados e suas entidades representativas possam acompanhar de forma mais permanente e consistente. Este avanço foi considerado importante pela presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT) e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários, Juvandia Moreira. “Com isso, as negociações sinalizaram positivamente sobre o futuro do plano para 2024”, ressaltou Juvandia. Os representantes dos empregados disseram que o processo de fechamento do acordo tem que passar por medidas que não comprometam a renda dos beneficiários e que não torne inviável o uso do Saúde Caixa para todos. A coordenadora da CEE/Caixa, Fabiana Proscholdt, afirmou que a solução de equilíbrio para 2024 não pode culminar em comprometer a renda dos titulares. “Nosso debate passa prioritariamente pela viabilidade do plano para todos e também pela melhoria da qualidade e acesso” disse Fabiana. Os representantes do banco apresentaram diversas simulações, com o objetivo de permitir a discussão de possíveis formatos de custeio. A  representação dos empregados solicitou outras, mais de acordo com a mobilização nacional pela existência do Saúde Caixa sustentável e financeiramente viável para todos os trabalhadores do banco. Outra sinalização importante foi que, a partir do próximo ano, seja debatida a revisão do estatuto do banco. A próxima reunião está marcada para 16 de novembro. Vale ressaltar que os trabalhadores devem ficar atentos e mobilizados até que seja renovado o ACT sobre o Saúde Caixa, cuja vigência termina no fim de dezembro deste ano.

Lucro líquido recorrente do Bradesco chega a R$ 4,621 bilhões no terceiro trimestre

O terceiro trimestre de 2023 registrou um lucro líquido recorrente para o Bradesco, na ordem de R$ 4,621 bilhões. A queda foi de 11,5% em relação ao  mesmo período de 2022. O banco teve lucro líquido contábil de R$ 4,62 bilhões, registrando queda de 11,3% ano a ano. Segundo o balanço do banco, a carteira de crédito se manteve estável, em comparação ao terceiro trimestre de 2022, com uma variação negativa de apenas 0,01%, chegando a R$ 877,5 bilhões. O banco esperava que o total de empréstimos tivesse um incremento entre 1% e 5%. Quanto à inadimplência, o índice foi de 5,6%, com alta de 1,7 ponto percentual em 12 meses e queda de 0,1 ponto em relação ao segundo trimestre deste ano. A pior situação ficou por conta da carteira destinada a pequenas e médias empresas, cuja inadimplência foi de 7,2 %, contra 7% no trimestre anterior e 4,5% no mesmo período de 2022. Em relação às grandes empresas, a inadimplência passou de 0,1% para 0,6% em um ano. Por causa da inadimplência, o Bradesco somou uma despesa com as provisões para devedores duvidosos (PDD) de R$ 9,2 bilhões, no terceiro trimestre deste ano. Em comparação ao mesmo período do ano passado, a alta atingiu 26,4%. A PDD chegou a R$ 29 bilhões, alta registrada de 66,6% no  acumulado do ano até setembro. No relatório, o banco informou ainda que houve uma redução dessa despesa de 10,9%, na comparação com o segundo trimestre, o que demonstra que  empréstimos concedidos há menos tempo possuem melhor qualidade. O banco registrou um aumento nas receitas com prestação de serviços, que totalizaram R$ 9,1 bilhões no trimestre, alta de 2,9% na comparação anual. De acordo com o balanço do Bradesco, as receitas com rendas de cartão subiram 2,2%, para R$ 3,7 bilhões. Já as relacionadas à conta corrente tiveram queda de 9,5%, para R$ 1,7 bilhão. O destaque ficou para o crescimento da linha de administração de consórcios, com alta de 23,3%, para R$ 525 milhões. Já a margem financeira do banco ficou em R$ 15,859 bilhões, registrando  queda de 2,5% na comparação com o mesmo período de 2022, em especial  devido às operações com clientes. Ainda de acordo com o banco, o retorno sobre o patrimônio líquido médio (ROAE) ficou em 11,3%, registrando queda de 1,7 ponto percentual em comparação ao terceiro trimestre de 2022.

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