Zanin pede vista e julgamento sobre correção do FGTS é adiado de novo
O ministro Cristiano Zanin pediu vista e o julgamento sobre correção do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço foi suspenso outra vez. Zanin alegou que recebeu novas informações, inclusive da Caixa Econômica Federal, por isso precisa de mais tempo. Nesta quinta-feira (9), o Supremo Tribunal Federal (STF) teve mais um voto a favor da caderneta de poupança como referência mínima de correção das contas do FGTS. Agora são três votos. Apresentada em 2014 pelo Partido Solidariedade, a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5.090 questiona leis (8.036/1990 e 8.177/1991) que fixam a correção dos depósitos pela TR mais 3% ao ano. Segundo o partido, os trabalhadores são os titulares dos depósitos e a Caixa Econômica Federal, como gestora do FGTS, afrontou o princípio constitucional da moralidade administrativa ao se apropriar da diferença devida pela real atualização monetária. *Foto de Marcello Casal Jr./Agência Brasil
Novo presidente assume o comando da Caixa
Carlos Antonio Vieira Fernandes tomou posse nesta quinta-feira (9), na presidência da Caixa Econômica Federal. Indicado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira, o novo presidente é funcionário de carreira aposentado da Caixa, foi presidente do Funcef, fundo de pensão dos funcionários da Caixa e integrou a equipe do Ministério das Cidades, no governo de Dilma Rousseff. Carlos Vieira disse que seu maior desafio será acelerar a modernização da Caixa, sem perder sua essência como banco social. “Revisitaremos, com urgência, três pilares: resultados, processos e gestão de pessoas. Em relação aos resultados, quero ser assertivo. Governança e integridade são compromissos inegociáveis em nossa instituição. Liderança responsável, equidade, ética, sustentabilidade e transparência são valores que nortearão a nossa prática de gestão e que desejamos que sejam perpetuados na Caixa”, disse o presidente. Quanto à composição de sua equipe, Carlos Vieira afirmou que dará prioridade à competência. “Não se pode julgar um executivo porque é ligado a A, B ou C, mas se ele é competente”, ressaltou, durante entrevista ao jornal O Globo. Carlos Vieira disse ainda que novas agências deverão ser abertas, ao contrário do que vem sendo feito pelos bancos privados. Ainda segundo o novo presidente, “não será necessário fazer cortes muito acentuados nos juros do banco porque não é a taxa que traz o cliente para a instituição”. Carlos Vieira ressaltou que o presidente Lula pediu para a Caixa ser indutora de crescimento. Vieira fez questão de ressaltar que a Caixa é o maior banco público da América Latina. Ele lembrou que a missão da empresa é promover a igualdade e o desenvolvimento econômico do país. Disse que é importante reforçar a parceria entre o banco e o Governo Federal. “Continuaremos apoiando a execução das políticas públicas do Governo Federal e contribuindo para formular modelos sustentáveis, que atendem cada vez mais os cidadãos e os cidadãos do nosso Brasil. Por meio do Novo PAC, do FIES, do Minha Casa Minha Vida, do Desenrola Brasil, no incentivo ao microcrédito e em todas as formas e condições que lhe forem possíveis. A Caixa contribui para melhorar a vida de cada cliente e para abranger todos os municípios como políticas públicas que o nosso povo precisa”, concluiu Carlos Vieira.
Lucro do Banco do Brasil bate recorde e chega a R$ 26,1 bi de janeiro a setembro
O lucro líquido ajustado do Banco do Brasil (BB), nos primeiros nove meses deste ano, bateu recorde atingindo os R$ 26,1 bilhões. Em comparação ao mesmo período de 2022, o crescimento foi de 14%. Só no terceiro trimestre, segundo o BB, o lucro líquido ajustado foi de R$ 8,8 bilhões, ficando 4,5% acima do mesmo trimestre de 2022 e 12,8% acima do trimestre anterior. O retorno sobre patrimônio líquido (RSPL) foi de 21,3%, índice semelhante ao dos bancos privados, segundo o Banco o Brasil. Segundo nota divulgada pelo BB, a melhoria dos lucros foi resultado do crescimento da margem financeira bruta (+30,1%), com o bom desempenho da carteira de crédito e dos investimentos em títulos. Além disso, o banco aponta como importante para o resultado, a diversificação das receitas (principalmente de serviços) e o controle dos gastos. Parte da melhoria também é devido ao crescimento do crédito. Ainda de acordo com o banco, em setembro a carteira de crédito ampliada atingiu R$ 1,07 trilhão, 10% acima do registrado em setembro de 2022 e 2% acima do registrado no segundo trimestre. O índice de inadimplência subiu de 2,73% em junho para 2,81% em setembro, refletindo a alta nos juros. O banco ressaltou que este índice está abaixo da média de 3,5% registrada no sistema financeiro nacional. A carteira pessoa física ampliada cresceu 7,9% em relação a setembro do ano passado e 0,7% em relação a junho deste ano. O crédito consignado mereceu destaque com +2% no trimestre e +8,9% em 12 meses. Em relação ao crédito para empresas, a carteira pessoa jurídica ampliada registrou expansão de 4,7% em 12 meses. A carteira para micro, pequenas e médias empresas (+4,2% no trimestre e +14,2% em 12 meses) obteve o melhor desempenho. O crédito encerrou o mês de setembro com alta de 5,7% no trimestre e de 18,2% em relação a setembro do ano passado no agronegócio. Na atual safra 2023/2024, foram emprestados R$ 68,8 bilhões, alta de 8,2% em relação à safra anterior. Os destaques no crédito para o agronegócio foram operações de custeio (+14,2% no trimestre e +18,9% em 12 meses), de investimento (+4,8% no trimestre e +37,1% em 12 meses) e comercialização (+8,7% no trimestre e +64,9% em 12 meses). Em relação ao crédito sustentável, que corresponde a 32% da carteira de crédito ampliada do banco, as operações sustentáveis, que respeitam parâmetros sociais e ambientais, atingiram R$ 338,8 bilhões no fim do terceiro trimestre, com alta de 5,5% em 12 meses. De janeiro a setembro, as receitas de prestação de serviços cresceram 5%. As despesas administrativas subiram 8% na mesma comparação. O BB credita os resultados aos investimentos em tecnologia. O banco manteve as projeções para 2023, com estimativa de lucro ajustado para o ano entre R$ 33 bilhões e R$ 37 bilhões. A previsão de crescimento do volume de crédito neste ano está entre 9% e 13%. As receitas com serviços deverão crescer de 4% a 8%. A previsão para as despesas administrativas também foi mantida, com alta de 7% a 11% neste ano. *Foto de Rafa Neddemeyer/Agência Brasil
Saúde Caixa: negociações prosseguem nesta quinta-feira (9)
Prosseguem nesta quinta-feira (9) as negociações para renovação do acordo específico do Saúde Caixa. A reunião será entre a Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa e representantes do banco. No encontro desta quinta, a Caixa ficou de apresentar simulações para permitir a discussão de possíveis formatos de custeio. As negociações foram destravadas no último dia 1º, durante reunião com o banco a pedido do Comando Nacional dos Bancários, depois de manifestações ocorridas em todo o país, no dia 30 de outubro, Dia Nacional de Luta em Defesa do Saúde Caixa. A coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa e do GT Saúde Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt, explicou que o objetivo é chegar a uma proposta melhor para 2024, que não inviabilize a permanência de nenhum funcionário no Saúde Caixa. “Temos um cenário que aponta um déficit de mais de R$ 1 bilhão, considerando os custos de 2023 e as projeções atuariais de custos para 2024. Com essa retomada das negociações já temos uma sinalização positiva com relação ao custeio para sanar o déficit de 2023 que, se não for equalizado, nos obrigaria a arcar com o pagamento de 4,5 parcelas extraordinárias no próximo ano”, ressaltou a coordenadora.