Dirigentes sindicais se reúnem com representantes do Itaú para cobrar soluções
Em reunião na última quarta-feira (11), no Rio, diretores dos sindicatos da base da Federa-RJ debateram com representantes do Banco Itaú denúncias de assédio moral, fechamento de agências, demissões, saúde e condições de trabalho. A presidenta da Federa-RJ avaliou a reunião como positiva, pois foi apresentada toda a pauta de reivindicações e o banco disse que daria retorno com as providências para a solução dos problemas. “Estamos abertos ao diálogo, mas queremos resultados concretos para melhorar a situação do dia a dia dos bancários”, ressaltou Adriana. O diretor de Promoção Social do Sindicato dos Bancários do Sul Fluminense e dirigente da Federa-RJ, Miguel Pereira, afirmou que a pauta da reunião afeta a todos da base da Federa e, que agora, é preciso aguardar as respostas do banco. Também participaram da reunião Claudio Mello, presidente do Sindicato dos Bancários de Teresópolis, Sávio Barcellos, presidente do Bancários de Petrópolis, Rafanelle Alves, presidente do Sindicato de Campos e Marize Motta, secretária geral do Sindicato dos Bancários de Niterói e Regiões; e Fabiano Jr., diretor de Imprensa do Sindicato de Niterói, representando a Federa-RJ como diretor de Banco Privado.
Sindicato mantém ações de conscientização sobre saúde mental
O Sindicato dos Bancários do Sul Fluminense dá continuidade, nesta sexta-feira (13), ao trabalho de conscientização da categoria sobre a questão das doenças mentais. Com faixas alusivas ao tema, as equipes estão percorrendo as agências bancárias das cidades de sua base, alternando uma hora em cada, para que todos os bancários possam tomar conhecimento do trabalho que está sendo realizado. A ação, desta sexta, começou pela cidade de Paracambi. Recentemente, o Sindicato participou da Audiência Pública de Saúde Mental no Trabalho, em Brasília, onde foi representado pelo seu diretor Miguel Pereira. Durante a audiência, foi retomada a tramitação do Projeto de Lei, que inclui na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) dispositivo para o governo editar norma regulamentadora (NR) com medidas de prevenção e gestão de riscos no ambiente de trabalho, que podem afetar a saúde mental dos trabalhadores (riscos psicossociais). Também faz parte das ações do Sindicato, a realização de uma pesquisa em parceria com a com a Universidade Federal Fluminense/Volta Redonda, que integra o Projeto de Saúde Mental no Trabalho Bancário. De acordo com dados levantados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o número de afastamentos entre os bancários do país, relacionados a problemas de saúde mental e comportamentais, corresponde a 57,1% do total em 2022. Segundo informações do próprio Sindicato, cerca de 15% dos seus associados estão afastados pelo INSS para tratamento de saúde, sendo que a maioria está relacionada à Síndrome de Burnout, doença caracterizada pelo esgotamento emocional e físico.
No Santander, assédio moral chega por vídeo
Apesar de sucessivas denúncias sobre assédio moral, o Santander divulgou um vídeo institucional para sua rede de agências, com um conteúdo intimidador. Nele, o banco aproveita a superstição popular e afirma que poderá ser um dia de azar para quem não bater as metas ou não dobrar os números, com os aceleradores disponíveis. Wanessa Queiroz, coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, disse que a COE já solicitou ao banco a retirada do vídeo do aplicativo e melhor orientação aos seus gestores. Segundo a coordenadora, existe uma cláusula no Acordo Coletivo de Trabalho sobre relações laborais, orientando sobre boas práticas. “Nós repudiamos qualquer política, qualquer comunicado, qualquer orientação que indique uma prática de assédio moral”, ressaltou. A cobrança de metas abusivas prejudica os trabalhadores, que acabam doentes física e mentalmente. A última Consulta Nacional, realizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), aponta que 40% dos que participaram da pesquisa usaram remédios controlados nos últimos 12 meses. No próximo dia 26 haverá uma reunião com o departamento de Relações Sindicais do banco para tratar do tema. “Os trabalhadores que sofrerem assédio moral, devem procurar os canais de denúncias do sindicato de sua base. Assédio moral é crime e gera adoecimento aos trabalhadores”, afirmou.