No Santander, assédio moral chega por vídeo

Apesar de sucessivas denúncias sobre assédio moral, o Santander divulgou um vídeo institucional para sua rede de agências, com um  conteúdo intimidador. Nele, o banco aproveita a superstição popular e afirma que poderá ser um dia de azar para quem não bater as metas ou não dobrar os números, com os aceleradores disponíveis.

Wanessa Queiroz, coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, disse que a COE já solicitou ao banco a retirada do vídeo do aplicativo e melhor orientação aos seus gestores. Segundo a coordenadora, existe uma cláusula no Acordo Coletivo de Trabalho sobre relações laborais, orientando sobre boas práticas. “Nós repudiamos qualquer política, qualquer comunicado, qualquer orientação que indique uma prática de assédio moral”, ressaltou.

A cobrança de metas abusivas prejudica os trabalhadores, que acabam doentes física e mentalmente. A última Consulta Nacional, realizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), aponta que 40% dos que participaram da pesquisa usaram remédios controlados  nos últimos 12 meses. No próximo dia 26 haverá uma reunião com o departamento de Relações Sindicais do banco para tratar do tema.

“Os trabalhadores que sofrerem assédio moral, devem procurar os canais de denúncias do sindicato de sua base. Assédio moral é crime e gera adoecimento aos trabalhadores”, afirmou.

 

 

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