Novas conselheiras do SantanderPrevi tomam posse

Pela primeira vez, duas candidatas no movimento sindical assumem os cargos na mesma gestão. É o caso de Wanessa de Queiroz e Patrícia Bassanin, que foram empossadas como conselheiras no SantanderPrevi. As duas conselheiras tiveram apoio, durante a campanha, da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e todo o movimento sindical bancário. Wanessa assume o lugar no Conselho Fiscal e Patrícia no Conselho Deliberativo. Wanessa de Queiroz, que é dirigente executiva da Fetec-CUT/SP e coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, afirmou que esta eleição representa uma importante vitória dos funcionários do banco Santander, dos participantes do fundo e do movimento sindical com mais de 47% dos votos em todo o país. “Vamos trabalhar na fiscalização dos planos SantanderPrevi visando obter maior transparência aos participantes, bem como a melhor gestão dos investimentos”, ressaltou. Para Patrícia, é importante valorizar que essa foi a primeira vez que assumiram as duas vagas na eleições do SantanderPrevi. O mandato nos conselhos do banco tem duração de três anos. “Eu e a Wanessa sabemos dos desafios que teremos pela frente e iremos nos dedicar para enfrentá-los com muita responsabilidade”, disse Patrícia, que aproveitou a posse para agradecer novamente o apoio do movimento sindical durante a campanha e a confiança dos bancários pelos votos conquistados. “É uma vitória da união”, finalizou.
Pesquisa da Contraf-CUT vai ajudar a conhecer doenças de trabalhadores da categoria

Dentro das ações da Campanha “Menos Metas, Mais Saúde”, a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) está lançando a pesquisa “Avaliação dos Modelos de Gestão e das Patologias do Trabalho Bancário”. O trabalho, que está sendo feito em conjunto com pesquisadores do Instituto de Psicologia da Universidade de Brasília (UNB), tem o objetivo de analisar a relação entre os modelos de gestão adotados pelos bancos e o adoecimento dos trabalhadores do ramo financeiro. Com a pesquisa, vão ser analisados itens como condições profissionais, divisão do trabalho, as regras formais, o tempo, o ritmo, o controle e as características das tarefas. Também há perguntas referentes às condições físicas de trabalho: a infraestrutura, ambiente físico, qualidade do posto de trabalho, equipamentos e materiais, como os aplicativos e sistemas; e condições sociais, relações socioprofissionais de trabalho, como as interações hierárquicas, coletivas intra e intergrupos e externas presencial e virtual. O secretário de Saúde da Contraf-CUT, Mauro Salles, disse que a pesquisa busca aperfeiçoar ferramentas do movimento sindical para rebater argumentos patronais quanto às causas do adoecimento dos trabalhadores. “A participação dos trabalhadores é fundamental, pois suas respostas contribuirão diretamente para a construção de um ambiente de trabalho mais saudável no setor bancário. Com base nas respostas, análises e estatísticas serão realizadas para identificar problemas e propor soluções. O resultado será um relatório técnico que guiará ações sindicais e organizacionais para combater riscos psicossociais e promover a saúde de todos os envolvidos”. O questionário da pesquisa pode ser totalmente respondido em 20 minutos. As perguntas são relacionadas ao ambiente físico de trabalho. A pesquisa objetiva registrar a ocorrência de adoecimento, inclusive mental, eventuais acompanhamentos médicos, uso de medicação e afastamentos do trabalho. Vale lembrar que as respostas serão preservadas com a garantia de sigilo e direcionadas automaticamente aos pesquisadores, que vão estabelecer as métricas das amostras por região, por estados da federação, por indicadores socioeconômicos (sexo, escolaridade, idade, raça, escolaridade, estado civil, cargo, forma de contratação e por banco). Os trabalhadores interessados em participar da pesquisa, que ficará disponível até o dia 31 de outubro de 2023, podem clicar aqui. Importante Mauro Salles ressaltou que os dirigentes sindicais devem divulgar, o máximo possível, a pesquisa para que o maior números de trabalhadores participem. “É importante que os dirigentes sindicais divulguem nossa pesquisa massivamente, compartilhando o link para a categoria por meio de grupos de mensagens (WhatsApp ou Telegram) ou SMS, via e-mail ou, de forma mais ampla, nos meios de comunicação do seu sindicato”, orientou Mauro.
Banco do Brasil empossa 300 trabalhadores e trabalhadoras

A posse dos 300 novos bancários e bancárias do Banco do Brasil foi realizada, nesta segunda-feira (2), de forma nacional e unificada, num evento online, com a participação da presidenta Tarciana Medeiros e de representantes da Previ, da Cassi e da equipe de diversidade. A cerimônia contou ainda com a participação do movimento sindical, através da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB). Para a coordenadora da CEBB, Fernanda Lopes, a participação do movimento sindical na chegada dos novos colegas ao banco sempre foi uma reinvindicação do movimento social. “Consideramos extremamente importante que as pessoas, desde o início, saibam que os chamados ‘benefícios’ concedidos pelo empregador BB são o resultado de anos de luta das trabalhadoras e trabalhadores da categoria”, disse Fernanda. A coordenadora falou ainda que o BB é um banco público, com importante papel no desenvolvimento do país. “O BB não deve ser visto apenas como um banco, focado em apresentar resultados. A missão do banco público é ser instrumento para o desenvolvimento econômico e redução da pobreza, e isso passa pelo fomento a setores produtivos, como agricultura familiar, e acesso a crédito mais barato para famílias e para empresas”, ressaltou. Ainda em seu discurso de boas-vindas, Fernanda informou que esses novos funcionários serão distribuídos em agências de todo o país, para reduzir a sobrecarga de trabalho dos colegas. “Tivemos grande redução no número de bancárias e bancários de 2016 até ano passado, o que gerou sobrecarrega sobre os colegas que permaneceram, principalmente na rede de agências”, destacou. Os concursos e contratações são reivindicações do movimento sindical bancário. Em setembro passado, tomaram posse trabalhadores da área de tecnologia da informação. Os empossados desta segunda são agentes comerciais. Em 23 de outubro, deverá ser empossada a segunda leva de agentes comerciais, com 700 novos funcionários.
Dieese mostra que aumento dos bancários injetará R$10,9 bilhões na economia do país

O aumento real da categoria bancária, que este ano ficou em 4,58%, deverá injetar cerca de R$ 10,9 bilhões na economia do país. A informação faz parte do levantamento produzido pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com base na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) 2021 e nos balanços dos bancos. Ainda segundo o Dieese, considerando a massa salarial anual, o total recebido nos vales alimentação e refeição e Participação nos Lucros e Resultados (PLR), o valor injetado pode chegar a R$ 80,3 bilhões. Juvândia Moreira, presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), vice-presidenta da CUT e coordenadora do Comando Nacional dos Bancários, afirma que os ganhos obtidos pela categoria se estendem por todo o país. “O aumento real obtido pela luta da categoria, juntamente com seus sindicatos, proporciona ganhos não apenas para as bancárias e bancários, mas para toda a classe trabalhadora, para pequenos e médios comerciantes e para a economia do país de uma forma geral. Nós possuímos uma Convenção Coletiva válida em todo o território nacional. Temos um piso salarial nacional, os tíquetes têm o mesmo valor em São Paulo, ou em qualquer outro estado, ou cidade. E isso ajuda a fazer com que o reajuste contribua com a economia nacional”, ressaltou. Os bancários aprovaram uma Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), na Campanha Nacional de 2022, válida por dois anos, com aumento real de 0,5% acima da inflação (INPC). Dessa forma, este ano a categoria teve aumento de 4,58% nos salários e em todos os direitos econômicos definidos na CCT, como vales refeição e alimentação, Participação nos Lucros e Resultados (PLR), auxílio-creche/babá, entre outros. Segundo o levantamento do Dieese, somente o reajuste nos salários já mostra uma injeção de R$ 2,7 bilhões na economia. A massa salarial anual da categoria soma R$ 62,1 bilhões. Já a PLR injetará cerca de R$ 7,8 bilhões até março de 2024. Deste total, R$ 3,7 bilhões já foram injetados em setembro, com a antecipação. O reajuste nos auxílios alimentação e refeição da categoria bancária terá um impacto adicional de R$ 456,9 milhões em um ano. O total recebido pela categoria, anualmente, com auxílios alimentação e refeição soma R$ 10,4 bilhões. Para Juvândia, é preciso lembrar que a categoria conta com sindicatos fortes. Ela ressaltou a importância da sindicalização. “A categoria bancária possui sindicatos fortes, que se unem em torno dos anseios dos trabalhadores que representam. Após a reforma trabalhista e durante a pandemia, quando muitas categorias, infelizmente, tiveram diversos direitos ceifados, nós conseguimos manter todos os direitos e ainda conquistamos aumento real nos salários. Isso mostra a importância de termos sindicatos fortes. E serve de alerta, não apenas para bancárias e bancários, mas para todas as trabalhadoras e trabalhadores para a necessidade de sindicalização e manutenção da luta sindical”, concluiu a presidenta da Contraf-CUT.