Mesa permanente de negociação do Banco do Brasil debate problemas de trabalhadores de PSOs
A Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) e representantes da direção do banco se reuniram para discutir problemas ligados aos trabalhadores que atuam no sistema de Plataforma de Suporte Operacional (PSO), setor que agrega os caixas e a área de tesouraria das agências. A reunião foi mais uma rodada da mesa permanente de negociações. Fernanda Lopes, coordenadora da CEBB, disse que entre as demandas dos funcionários e funcionárias das PSOs, está o pedido para que o banco mantenha a gratificação aos escriturários que a recebem para trabalhar como caixa. “Nossa maior preocupação sobre a manutenção de gratificação tem relação com a manutenção dos salários desses funcionários. Atualmente, a gratificação está mantida por força de liminar concedida pela Justiça a pedido da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). O banco precisa reconhecer esse direito aos caixas”, destacou Fernanda. O movimento sindical exigiu também a contratação de funcionários para acabar com a sobrecarga de serviços, que incluem atendimento de processos DJO (pagamento do alvará judicial). “Inclusive, pedimos ao banco que os funcionários que têm acumulado os processos do DJO tenham uma comissão específica para este serviço, que demanda especialização”, afirmou o representante da Federação dos Bancários no Estado de São Paulo (Fetec-CUT/SP) na CEBB, Getúlio Maciel. Também foi destaque na mesa a necessidade de um plano de carreira para os trabalhadores das PSOs. “Sabemos que a tendência de redução da função de caixa é estrutural. Então, o banco deve dar oportunidades para que os funcionários que são caixas possam se deslocar, de forma tranquila, dentro das diversas carreiras do banco”, observou o representante da Federação dos Empregados em Estabelecimentos Bancários dos Estados da Bahia e Sergipe (Feeb BA/SE) na CEBB, Fabio Ledo. Os representantes dos trabalhadores também criticaram o fato de muitos funcionários terem que usar o celular particular para conseguir atender as demandas dos serviços. “Os funcionários estão usando o celular pessoal para prosseguir com a segunda validação necessária para acessar o sistema de trabalho. Também constatamos que colegas estão fazendo contato com clientes pelo celular pessoal. O que pedimos é que o banco melhore as ferramentas de conversa interna ou forneça celular corporativo para cada trabalhador”, disse a representante da Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Instituições Financeiras do Rio Grande do Sul (Fetrafi-RS) na CEBB, Priscila Aguirres. O banco informou que dará retorno sobre as questões apresentadas na primeira semana de julho. Os representantes dos trabalhadores na CEBB pediram celeridade: “A situação dos caixas das PSOs, inclusive, abre a possibilidade para o assédio moral, porque são trabalhadores sobrecarregados e submetidos a metas elevadas para dar conta da diversidade de serviços que acabaram acumulando”, ressaltou Fernanda Lopes. Confira a data das próximas mesas: 12/07 – Centrais de Relacionamento do Banco do Brasil (CRBB); 20/07 – Promoção da Diversidade/Igualdade de Oportunidade; 11/09 – Plano de Cargos e Salários e Programa Performa; 28/09 – Caixa de Assistência dos funcionários do Banco do Brasil (Cassi). *Fonte:Contraf-CUT
Copom mantém Selic em 13,75%
O Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC), manteve a taxa básica de juros (Selic) em 13,75% ao ano pela 7ª reunião seguida. A decisão já era prevista pelo mercado financeiro. A presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e vice-presidenta da CUT, Juvandia Moreira, disse que esse índice elevado prejudica a todos. “Todos nós estamos perdendo, o país está perdendo com o Banco Central mantendo o país com uma Selic em um patamar tão elevado, que influencia todo o sistema financeiro, inclusive os bancos, e faz com que sejam praticadas taxas de juros abusivas, as mais altas do mundo”, destacou. Desde fevereiro de 2019, a taxa básica de juros passou de 2% (em janeiro de 2021) para 13,75% ao ano (em setembro de 2022) – percentual mantido até o momento. Neste mesmo período, a taxa média de juros para pessoa física no país foi de 39,4% para 59,7% ao ano, enquanto a taxa de juros média para pessoa jurídica sofreu elevação de 15,2% para 23,9% ao ano, considerando o crédito livre. Ou seja, com a Selic mais alta, as contas pagas por famílias e empresas também ficam ainda mais elevadas. “Famílias endividadas consomem menos. Pouco consumo reduz a produção, porque as empresas não estão vendendo. Se as empresas não estão vendendo e estão com estoques parados, elas demitem. Consequentemente a renda circulando cai e a economia não avança”, explicou Juvandia Moreira. *Fonte: Contraf-CUT