Campanha contra juros altos será permanente até a taxa baixar

A Jornada de mobilização contra a política monetária do Banco Central começou nesta sexta-feira (16) e deverá continuar até que o BC, comandado por Campos Neto, baixe a taxa de juros básica, atualmente em 13,75%, considerada a maior do mundo. A mobilização é organizada pela CUT, centrais sindicais e movimentos populares. O primeiro dia da jornada contou com uma caminhada em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, com a participação das centrais e de diversas entidades sindicais, como a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). Também houve manifestação nas redes sociais com as hashtags #JurosBaixosJá e #ForaCamposNeto. A presidenta a Contraf-CUT e vice-presidenta da CUT, Juvandia Moreira, falou sobre a importância do movimento. “Essa manifestação é uma luta por emprego, por direitos, uma luta por qualidade de vida. Porque os juros que o Banco Central está praticando são extorsivos, impedem a geração de emprego, impedem que o trabalhador tenha recursos para comprar sua casa própria, seu carro”, destacou. Juvandia mostrou alguns dos impactos negativos da alta taxa de juros para o país. “Por isso que os pátios [das montadoras] estão cheios de carros. A indústria não está conseguindo vender. Se o trabalhador não compra, o comércio não vende, e, se não vende, o trabalhador começa a perder o seu emprego. Por isso que estamos na rua, para cobrar o Banco Central, que é o responsável por esses juros altos, pelo comércio não estar vendendo”, disse. O presidente da CUT, Sérgio Nobre, que também participou do ato, falou sobre o efeito de tal política aos trabalhadores de baixa renda. “Os juros altos são a forma mais cruel, mais perversa de transferir renda daqueles que são pobres para aqueles que são ricos. É uma vergonha o país perseguir meta de inflação. O país tem que perseguir meta de geração de emprego, de crescimento do trabalho, que é isso que o país precisa. Temos que baixar a taxa de juros”, destacou. Segundo Sérgio Nobre, a pressão continuará nas ruas até o Banco Central baixar os juros. A próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, terá início no dia 20, quando centrais e movimentos populares farão protestos em frente às sedes do BC em várias cidades do Brasil. “Não vamos sair das ruas enquanto o Campos Neto não baixar a Selic. Se ele não fizer isso, vamos ao Senado pedir a cassação dele. Porque o papel do presidente o BC é promover emprego, desenvolvimento do país e ele está fazendo o contrário”, continuou. Pressão vai continuar Na próxima segunda-feira (19), os movimentos sociais realizarão um grande tuitaço nas redes sociais, aumentando o compartilhamento de materiais gráficos e vídeos para que a população entenda os impactos negativos da política de juros altos implementada pelo BC. As mensagens serão compartilhadas com as hashtags #JurosBaixosJá e #ForaCamposNeto. No dia 20 de junho, os movimentos populares realizarão protestos em todo país: em frente às sedes do BC, nas cidades onde elas existam, e em locais de grande circulação, nas cidades onde não há sedes do BC. *Fonte: Contraf-CUT

Funcef: aniversariantes de junho têm até dia 30/06 para fazer prova de vida

Aposentados que fazem aniversário em junho devem fazer a prova de vida na Fundação dos Economiários Federais (Funcef) até o final deste mês. Caso não seja realizada, o pagamento do benefício poderá ser suspenso até que o procedimento seja concluído. O procedimento é obrigatório para todos os aposentados e pensionistas, inclusive para quem recebe por meio do convênio com o INSS/Caixa/Funcef. A prova de vida é feita pelo aplicativo da Funcef e o ícone só estará disponível para os aniversariantes do mês. É importante lembrar que os pensionistas devem considerar a data de nascimento do titular do plano. Passo a passo: – No aplicativo, é só clicar em prova de vida e seguir as instruções, apresentadas em vídeo explicativo no local. Clique em prova de vida, iniciar e siga os passos. – O procedimento é feito com biometria facial. Faça uma foto nítida. A imagem não pode estar embaçada ou tremida. Ao fazer a foto, não use óculos, máscara, chapéu ou boné. – O passo seguinte é fazer uma foto da frente e do verso do documento de identificação (RG ou CNH) válido. Se usar a carteira de motorista será necessário retirá-la do plástico. Feito isto, é só finalizar o processo. Atenção! Os que recebem pelo INSS e não são da Funcef devem seguir as regras definidas pelo Instituto para seus aposentados e pensionistas. *Fonte: Fenae

Em visita à Universidade Caixa, empregados pedem reestruturação das Gipes

A Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa voltou a cobrar da direção do banco a reinstituição das estruturas regionais de gestão de pessoas (Gipes), que foram extintas em 2021. A cobrança foi feita durante visita à Universidade Caixa, na terça-feira (13). Segundo as entidades sindicais e associativas dos empregados, o encerramento destas estruturas prejudicou o atendimento às demandas dos trabalhadores. “Queremos uma gestão de fato humanizada e a área de pessoas é a que lida com as questões relacionadas ao dia a dia de trabalho dos colegas. É urgente a revisão dos processos para diminuir o adoecimento, especialmente os decorrentes de assédio em razão das metas”, disse a coordenadora da CEE, Fabiana Uehara Proscholdt. Os representantes da Caixa alegaram que o assunto está em análise, mas que, para este ano, não há previsão orçamentária. Os membros da CEE/Caixa cobraram ainda a contratação de mais empregados. Segundo eles, as 800 contratações realizadas recentemente não são suficientes para reduzir a sobrecarga de trabalho. Também foi reforçada a reivindicação permanente para o fim do teto de 6,5% no Saúde Caixa, e a inclusão dos trabalhadores contratados após 2018 no Saúde Caixa. A ampliação da oferta de programas de formação da Universidade Caixa também foi solicitada. A Comissão reivindicou ainda que os cursos sejam realizados durante o horário de expediente comercial, conforme está previsto no Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). Os representantes do banco apresentaram a estrutura da Vice-Presidência de Pessoas (Vipes) e da Universidade Caixa. Os membros da CEE consideraram a nova estrutura Vipes um avanço, com resgate de um atendimento mais próximo, como havia antes. Segundo a diretora executiva da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Eliana Brasil, “é importante essa oportunidade de estreitar o relacionamento das entidades com a Caixa, para reforçarmos as demandas que chegam até nós. Reivindicamos uma nova negociação da mesa permanente e esperamos em breve ter resposta dessa agenda.” A Caixa anunciou a retomada dos cursos de integração, atendendo a uma reivindicação das entidades sindicais e associativas. Assim que o banco anunciou a contratação de 800 novos empregados, a Contraf/CUT e a Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae) cobraram a participação das entidades associativas e sindicais no processo de integração dos novos contratados. Entidades como a Fenae, Contraf/CUT, Associações do Pessoal da Caixa (Apcefs), sindicatos de bancários e a Fundação dos Economiários Federais (Funcef) sempre participaram desses encontros, que deixaram de ser realizados no governo anterior. *Fontes: Contraf-CUT e Fenae

Comissão debate situação de PCDs e neurodivergentes na Caixa e BB

A gestão de pessoas com deficiência e neurodivergentes da Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil foi tema de audiência pública, realizada pela Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência da Câmara dos Deputados, na terça-feira (13). Durante a reunão foram discutidas as condições de trabalho desses profissionais nas instituições financeiras. A discussão foi aberta pelo secretário de saúde da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT), Mauro Salles. Ele pontuou que os bancos tratam os trabalhadores neurodivergentes ou com deficiência somente como adequação à lei e não como uma política de gestão inclusiva. “Os bancos precisam cumprir a lei e adotar política de gestão que acolha os PCDs e neurodivergentes. E lembrar que isto não é uma concessão. É obrigação garantir condições de trabalho dignas a essas pessoas, que são sujeitos sociais e de direito”, ressaltou Salles. A representante da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Centro Norte (Fetec-CUT/CN), Rafaela Freitas Oliveira, afirmou que o ambiente de trabalho na Caixa apresenta diversos desafios para promoção de um ambiente profissional acessível de igualdade de oportunidades, garantindo recursos tecnológicos adequados para estes profissionais. Já a secretária de Saúde e Condições de Trabalho do Sindicato dos Bancários de Brasília, Vanessa Sobreira, falou sobre uma cultura organizacional mais inclusiva. Ela lembrou que a Caixa foi obrigada a contratar pessoas com deficiência para atingir os 5% previsto pela Lei das Cotas. E acrescentou que estes trabalhadores criaram pautas de reivindicações, mas a Caixa se recusou a negociar. Do preconceito ao descomissionamento Quem descreveu a situação de despreparo e preconceito da Caixa foi Larissa Argenta de Melo. Empregada da instituição há 17 anos, ela se descreveu como autista, com altas habilidades além das comorbidades de Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e Transtorno do Processamento Sensorial (TPS). Larissa contou sua história desde quando entrou no banco, aos 21 anos, com diagnóstico de Transtorno Bipolar. “Desde aquele momento eu já me enquadrava como uma neurodivergente e não foi fácil sobreviver no sistema financeiro”, disse. Larissa informou que progrediu na carreira por meio de Processos Seletivos Internos (PSI) sem nenhum tipo de avaliação ou adaptação específica para neurodivergentes. Conquistou ascensões funcionais, mas não conseguia a manutenção dos cargos. Sofreu inúmeros episódios de assédio moral durante a gestão Pedro Guimarães, sendo criticada em relação à sua dispersão, entre outras características. A situação foi tão desgastante que ficou seis meses afastada da empresa. Neste período recebeu o diagnóstico de autismo.  “Quando retornei e coloquei a minha condição de autista fui imediatamente descomissionada e ‘encostada’. E essa é minha realidade na Caixa até hoje”, afirmou. O salário de Larissa caiu de R$ 16 mil para R$ 2.800. Autora do requerimento para a realização da audiência, a deputada Erika Kokay (PT/DF), informou que vai conversar com as empresas. Segundo ela, entre as propostas apresentadas, está a inclusão de terapias e reembolso de medicamentos para os planos de saúde de autogestão dos bancos. Fonte: Contraf-CUT e Fenae

Como podemos ajudar?