Itaú tem recorde de R$ 8,4 bi de lucro no primeiro trimestre
O Itaú Unibanco registrou Lucro Líquido Recorrente Gerencial – que exclui efeitos extraordinários – de R$ 8,435 bilhões, no primeiro trimestre de 2023. O dado significa alta de 14,6% em relação ao mesmo período de 2022 e alta de 10,0% em relação ao trimestre anterior (no 4º trimestre de 2022, o resultado recorrente foi de R$ 7,668 bilhões). A receita com prestação de serviços e tarifas bancárias cresceu 4,9% em doze meses, totalizando cerca de R$ 11,681 bilhões. As despesas de pessoal, considerando a PLR, por sua vez, cresceram 0,8% no período, somando cerca de R$ 7,044 bilhões. Assim, a cobertura destas despesas pelas receitas com prestação de serviços do banco foi de 165,8% no período. No final do 1º trimestre deste ano, a holding contava com 89.497 empregados no país, com abertura de 1.237 postos de trabalho em doze meses. De acordo com o relatório do banco, esse saldo se deve à ampliação no número de assessores de investimentos e a contratações para a área de Tecnologia da Informação (TI), com o objetivo de acelerar o processo de transformação digital. Foram fechadas 103 agências físicas no Brasil, no período, e abertas 100 agências digitais, totalizando 2.731 e 415 unidades, respectivamente. O coordenador da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú, Jair Alves,afirma que o banco manteve sua rentabilidade e que os funcionários têm direito de cobrar mais transparência. “O Itaú foi uns dos poucos bancos, mesmo na crise sanitária que o país passou, que se ajustou e conseguiu manter sua rentabilidade financeira. Isso fica evidente com os lucros que o banco vem tendo ano a ano. E dá direito aos funcionários de cobrarem mais transparência do banco nos processos de terceirização, fechamento de agências e a reivindicarem melhorias na distribuição de renda dentro do Itaú”, observou Jair. Fonte: Contraf-CUT
Previc anula afastamento de diretora
A Previc anulou o processo que manteve a diretora administrativa Maria Auxiliadora Alves da Silva de suas funções no Banesprev, fundo de pensão dos ex-funcionários do Banespa (comprado pelo Santander em 2000). Ela ficou afastada 11 meses do mandato para o qual foi eleita, por solicitação do Banesprev. A Previc é a autarquia que regula o setor. Em 10 de abril, o Banesprev foi notificado do despacho da Previc, mas pediu esclarecimentos de alguns pontos. Com os questionamentos respondidos pela Previc, a única alternativa do Fundo é a recondução da funcionária à diretoria. Para Rita Berlofa, funcionária do Santander e secretária de Relações Internacionais da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), o Banesprev não precisava passar por isso. “O Banesprev perdeu mais uma oportunidade de evitar um erro grave. Nós já havíamos apontado a eles os problemas dessa postura. Eles poderiam ter evitado mais esse desgaste à imagem, mas parece que, a exemplo da patrocinadora Santander, o Banesprev está sempre apostando no conflito. Por isso, não nos restou alternativa, que não fosse recorrer à Previc, responsável pela correção dessa distorção”, disse Rita. As entidades representativas dos trabalhadores vão estudar as medidas cabíveis por terem ficado sem representação junto à diretoria do Fundo por 11 meses, além do nome da diretora eleita ter sido indevidamente vinculado à conduta não ilibada. O processo teve como base uma multa aplicada à Maria Auxiliadora pela Previc, quando trabalhou em outro fundo de pensão, na condição de chefe de gabinete, com participação em um comitê de investimentos. O investimento objeto da multa, um Fundo de Precatórios feito na gestão anterior àquela da qual participou apresentou sérios problemas. A multa a ela atribuída foi, na visão da Previc, pela falta do devido acompanhamento desse fundo. “O único acompanhamento que se pode fazer em um investimento dessa modalidade é a verificação dos vencimentos dos precatórios, sendo que era um fundo gerido por uma das maiores administradoras de recursos do mundo, a BNY Mellon (atualmente condenada em primeira instância a pagar pelos prejuízos causados por esse Fundo)”, disse Maria Auxiliadora. Rita Berlofa criticou a atitude do Banesprev: “O Banesprev sequer teve o cuidado de verificar que ela entrou com recurso contra a autuação, ainda não analisado pela Diretoria Colegiada da Previc, o que suspende os seus efeitos. Mas o Banesprev tem pressa e atropela todos os normativos, como sempre tem feito nesta gestão.” Fonte: Contraf-CUT
Kelly Quirino toma posse como nova Caref do Banco do Brasil
Kelly Quirino tomou posse como a nova representante dos funcionários no Conselho de Administração do Banco do Brasil, para um mandato de dois anos. A cerimônia aconteceu em Brasília, com a presença de familiares, amigos e lideranças negras do DF. Kelly agradeceu pelos mais de 30 mil votos recebidos e foi homenageada pelo coletivo BB Black Power. Fernanda Lopes, secretária da Mulher da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), falou sobre a emoção e orgulho de trabalhar pela eleição de Kelly para o Caref. “A gente sabe o quanto é difícil para uma mulher assumir postos de comando. Ainda hoje vemos o reflexo disso dentro do Banco do Brasil: depois de 214 anos, temos hoje a primeira mulher presidenta, o que impacta em toda a estrutura. É um avanço muito grande ter a Kelly no Conselho de Administração”, comemorou a dirigente. Em seu discurso, Kelly ressaltou a importância do apoio do movimento sindical para sua eleição: “O apoio do movimento sindical foi fundamental para que hoje eu esteja nesse púlpito: a participação de cada colega, atuando na base, divulgando a candidatura, postando nas redes sociais, e validando meu nome. Sem esse trabalho e essa dedicação, não estaríamos hoje aqui celebrando. A cada um, de cada sindicato, em cada estado, eu agradeço profundamente”. afirmou. Kelly também falou sobre o trabalho a ser desenvolvido como Caref:, “Nosso mandato como Caref é pautado pela defesa de políticas efetivas de diversidade e inclusão no Banco do Brasil. Acreditamos que a estatal deve servir de exemplo para as demais empresas do país, sendo um paradigma de governança forte e transparente, respeito aos funcionários e defesa de princípios democráticos e dos direitos humanos. Quero ser a voz dos funcionários no Conselho, e trabalhar fortemente para que o Caref tenha maior escopo de atuação, podendo, inclusive, debater e votar temas ligados ao funcionalismo,” ressaltou Kelly Quirino.
Movimento sindical e BB definem datas para mesas de negociações permanentes
A Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) e representantes da direção do BB definiram as datas permanentes de negociação, durante reunião na última quinta-feira (4), em Brasília. Combate ao assédio, resolução de questões relacionadas à Plataforma de Suporte Operacional (PSO), Centrais de Relacionamento do Banco do Brasil (CRBB), programa Performa e promoção da igualdade de oportunidade dentro da empresa são alguns dos temas com datas já definidas. A representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) na CEBB, Fernanda Lopes falou sobre essa nova fase do BB. “O banco está com um discurso novo, até por conta da nova presidência que vem se mostrando aberta às pautas dos trabalhadores, como por exemplo, não aceitar mais o assédio. É importante, agora, que essa mudança da direção se reflita na base”, observou Fernanda. Foram definidas as seguintes datas, relacionadas às mesas permanentes temáticas: 30/05 – Combate ao assédio e avaliação da Gestão de Desenvolvimento por Competências (GDP);21/06 – Caixas e demais comissionados estão no sistema da Plataforma de Suporte Operacional (PSO);12/07 – Centrais de Relacionamento do Banco do Brasil (CRBB);20/07 – Promoção da Diversidade/Igualdade de Oportunidade;11/09 – Plano de Cargos e Salários e Programa Performa;28/09 – Caixa de Assistência dos funcionários do Banco do Brasil (Cassi). Tabela PIP Os representantes dos trabalhadores também cobraram da direção do banco a entrega da revisão da tabela de Pontuação Individual do Participante (PIP), sistema de cálculos usados na Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ), que permite aos trabalhadores, associados ao plano Previ Futuro, somarem mais recursos à aposentadoria. Essa revisão é uma reivindicação antiga e foi uma das conquistas assinadas no último Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) específico do BB. Mas a mudança ainda não aconteceu, segundo os funcionários. Outra cobrança foi em relação às reivindicações das funcionárias e funcionários dos bancos incorporados sobre acesso igual aos serviços da Cassi e da Previ. “Ficou definida nesta reunião a criação de um grupo de trabalho para alcançar uma resolução dos problemas do Economus e dos trabalhadores egressos dos bancos incorporados”, destacou Fernanda Lopes, lembrando que, nos últimos anos, a situação dos funcionários incorporados se agravou, sobretudo no que se refere ao plano de saúde dos aposentados, com reajustes nas revisões trimestrais de custeio do FEAS e Economus Futuro. Teletrabalho O Banco do Brasil divulgou nota, na última sexta-feira (5), sobre expansão do Trabalho Remoto Institucional (TRI), ou teletrabalho, em caráter de teste para as redes Varejo, Atacado e Setor Público. “O banco informou que a expectativa é que, até o fim de maio, 2,4 mil funcionários da rede estejam aptos a trabalhar remotamente de forma híbrida. Esta é uma pauta do movimento sindical. Como temos apresentado em todas as mesas de negociação, a demanda pelo teletrabalho é grande nas áreas meio, especialmente nos escritórios, e existe estrutura tecnológica e espaço para o banco avançar nesta implementação”, explicou Fernanda Lopes. Na nota, o BB destacou que a adesão das áreas, “em caráter de teste” para a implementação do teletrabalho, “dependerá do tipo de unidade das atividades realizadas, do atendimento de requisitos pelos funcionários e da disponibilidade de equipamentos”. Entre as unidades pilotos, anunciadas pelo banco, estão CRBBs, Escritórios Corporate, Escritórios Exclusivo, Escritório Leve, Escritórios Setor Público, Agência assessoria em investimento, SAC e Superintendências. Fonte: Contraf-CUT