BB reedita Instrução Normativa sobre diferença em caixas, após questionamentos do movimento sindical

O Banco do Brasil (BB) reeditou a Instrução Normativa (IN) nº 499-2, que trata de diferenças apuradas nos valores sob a guarda de caixas bancários. A reedição veio em decorrência dos questionamentos feitos pelo movimento sindical.   No texto divulgado semana passada, o Banco do Brasil dizia que em caso de diferença de caixa a menor “com indícios de intencionalidade”, o gestor deveria abrir “de forma tempestiva (imediata) boletim de ocorrência policial na delegacia”. A representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) na Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), Fernanda Lopes, analisou a questão. “Ao usar a redação ‘indícios de intencionalidade’, sem critério técnico para solucionar questões neste âmbito, como dar ao caixa a possibilidade de defesa nas instâncias internas do BB, a empresa facilitava o assédio tanto partindo do gestores sobre os caixas, quanto da própria empresa sobre os gestores”, destacou Fernanda. De acordo com as mudanças apresentadas nesta terça-feira (18), em caso de eventuais diferenças de caixa, ocorridas no dia a dia, o gestor e o funcionário responsável pelo caixa deverão seguir os procedimentos internos, já descritos na IN 500-2. Segundo nota da empresa, “o boletim não será requerido quando as instruções internas sobre as diferenças, dentre as quais a contabilização, forem realizadas. Porque nesse caso não haverá diferença física nas conferências obrigatórias”. Entretanto, nos casos em que ocorrer o desaparecimento de valores a partir de R$ 5 mil, a instrução normativa é pela abertura de boletim de ocorrência na polícia. “O boletim de ocorrência não acusa ninguém. É apenas a comunicação para a autoridade competente do sumiço do patrimônio”, escreveu o banco. “Acreditamos que o texto, como está agora, deve impedir que a instrução normativa seja usada como forma de assédio, mas continuaremos acompanhando. Caso algum funcionário seja ameaçado por esta instrução, nossa orientação é que procure imediatamente o seu sindicato”, finalizou Fernanda Lopes. Veja a seguir como ficou o novo texto: IN 499-2 – Diferença de caixa a menor, localizada durante a conferência de numerário (aleatória, mensal, opcional, cruzada e rodízio de baú), de valor igual ou superior a R$ 5 mil, sem origem identificada: 2.4.1 Adote no que couber, as providências de comunicação de ocorrência, descritas na IN: 500-2; 2.4.2.1 Agências não absorvidas por PSO: gerente geral ou superior; 2.4.2.2 PSO e PSV: gerente de segmento ou superior; 2.4.2.3 Lojas BB: gerente geral da agência lateral ou superior. 2.4.2.4 Para todas as situações, o responsável pelo registro do boletim de ocorrência não poderá ser o detentor do saldo. 2.4.2.5 Declare de forma clara e objetivamente o fato relatado que em procedimento de conferência foi detectada a falta de numerário pertencente ao Banco cujo fato gerador da diferença não foi identificada, além das seguintes informações: 2.4.2.5.1 valor da diferença; 2.4.2.5.2 data da identificação da diferença; 2.4.2.5.3 demais informações solicitadas pela autoridade policial. 2.4.2.6 Encaminhe o BO para a USI/Gines através de e-mail com o título: Diferença de Caixa a Menor – Numerário/Tesouraria – B.O, para a caixa corporativa, com cópia para a Unidade Tática jurisdicionante, para encaminhamento e acionamento da Ajure jurisdicionante pela USI. *Fonte: Contraf-CUT

Conferência debate saúde psíquica da categoria bancária

Um importante alerta foi feito pelo vice-presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Vinícius Assumpção, durante a 1ª Conferência Intersetorial sobre Saúde e Trabalho bancário, realizada em Porto Alegre (RS), no último dia 13: “Os dados sobre o adoecimento psíquico nos bancos são alarmantes, dentre eles o de que 78% dos bancários fazem uso de medicamentos controlados. Antes, os problemas de saúde da categoria eram decorrentes de LER/Dort. Agora, são ansiedade e depressão”. Vinícius acrescentou ainda que o índice de afastamento por doenças do trabalho, nas demais categorias, é de 15%, enquanto no meio bancário chega a 25%. Para ele, houve evoluções nos bancos, mas ainda são insuficientes para garantir efetivamente melhores condições de trabalho. “Este tema é o principal debate na categoria atualmente e deve continuar assim nos próximos anos”, destacou Vinícius. O documentário “Além do limite – quando a meta é sobreviver”, dirigido pelo jornalista Marcelo Monteiro, foi lançado no início do evento. O filme aborda a triste realidade enfrentada pela categoria bancária, com relatos de diversos casos de adoecimento psicológico, alguns culminando em suicídio. No final foi realizado um debate com o jornalista. Gravidade O secretário de Saúde da Contraf-CUT, Mauro Salles, disse que o evento deixou nítida a gravidade do alto número de adoecimento relacionado ao trabalho. Também debateu soluções para que essa situação não persista. “Não é possível que trabalho seja sinônimo de medo, sofrimento e adoecimento. Temos uma Convenção Coletiva com muitas cláusulas de saúde conquistadas, mas a gente tem que lutar para que os bancos cumpram o que assinaram. E também cobrar ação das instituições responsáveis pela promoção de saúde e fiscalização dos ambientes de trabalho”, afirmou Salles. O encontro faz parte das atividades da campanha “Menos metas, mais saúde”. Um novo debate virtual está previsto para o dia 27 de abril.

Caixa começa a vacinar funcionários da ativa contra a gripe

A Caixa Econômica Federal começou a vacinar os empregados da ativa, nesta segunda-feira (17). O objetivo é promover a imunização contra as cepas virais da gripe em circulação no Brasil. A informação sobre o início da vacinação já havia sido adiantada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). Mauro Salles, secretário da Saúde da Contraf-CUT, falou sobre a importância da ação: “A vacinação contra a gripe é mais uma conquista da categoria em sua luta pela saúde dos trabalhadores. É importante que todos se vacinem para evitar casos graves e a propagação da doença para seus colegas de trabalho, clientes e familiares.” Vacinação da Caixa Este ano, a campanha de vacinação dos empregados da Caixa teve seu início antecipado para abril em diversos estados, como o Rio de Janeiro, por exemplo. Em 2022, a campanha começou em maio. “Quando chega o frio, aumentam os casos de gripe. Por isso, cobramos a antecipação da campanha. Na última reunião do GT (Grupo de Trabalho) sobre Saúde e Condições de Trabalho o banco nos informou da antecipação”, disse a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt. A vacinação será realizada nas próprias agências e departamentos do banco e não haverá reembolso do valor aos empregados que optarem por realizar a vacinação em um local de sua preferência. *Com informações da Contraf-CUT

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