Teletrabalho: Caixa começará a pagar ajuda de custo a partir de maio
Os valores adicionais para quem realiza trabalho remoto, ou teletrabalho, na Caixa Econômica Federal, começam a ser creditados a partir de maio, segundo informações do banco. Nas questões que envolvem teletrabalho, a Caixa segue as regras estabelecidas na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria bancária, nas cláusulas 68 a 79. De acordo com a cláusula 71 da CCT, “o banco pagará ao empregado, que estiver em regime de teletrabalho ou trabalho remoto, prestando serviços fora das dependências do banco em mais de 50% (cinquenta por cento) da duração do trabalho mensal, ajuda de custo no valor anual de R$ 1.036,80 (um mil e trinta e seis reais e oitenta centavos), que poderá ser pago de uma só vez ou parcelado em até 12 (doze) vezes, a critério do banco.” Para a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt, essa é mais uma conquista da categoria. “Esta é uma conquista da mesa única de negociações com todos os bancos. Não temos um acordo específico de teletrabalho com a Caixa e o banco, em um primeiro momento, não tinha disposição sequer de acatar as definições da mesa única de negociações. Podemos considerar este acordo como uma vitória não apenas dos empregados da Caixa, mas da categoria como um todo”, destacou Fabiana. Também está definido que o valor acima mencionado será corrigido a partir de setembro de 2023 pelo INPC/IBGE acumulado do período de 12 (doze) meses – setembro/2022 a agosto/2023, acrescido do aumento real de 0,5% (zero vírgula cinco por cento). Na última sexta-feira (31), a Caixa Econômica Federal creditou na conta dos empregados elegíveis a diferença da Participação nos Lucros ou Resultados (PLR). Os valores da segunda parcela da PLR correspondem a 70% do total. Mas, para quem paga pensão alimentícia, o percentual pago foi de 50%. O restante foi utilizado para descontos legais (como imposto de renda). A diferença, paga na última sexta, é a sobra destes descontos legais. *Com informações da Contraf-CUT
UNI Mulheres Brasil faz balanço de ações no mês de luta contra violência
Mais do que comemorações pelo Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março, o mês foi marcado por ações contra violência envolvendo as mulheres. Por isso, a UNI Mulheres Brasil organizou um encontro para fazer um balanço desse mês de luta. Fernanda Lopes, secretária da Mulher da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e secretária de Atas da Rede UNI Mulheres Brasil, falou sobre as ações realizadas em março: “Ao longo deste mês, as entidades que compõem a Rede UNI Mulheres Brasil promoveram diversas ações, incluindo manifestações nos espaços públicos, fóruns de debate e manifestações nas redes sociais, nas quais chamamos atenção para a luta por igualdade de gênero. Reconhecemos avanços conquistados ao longo da história. Mas, em todo o mundo, sofremos retrocessos nos últimos anos. Isso mostra que a troca de conhecimento e o fortalecimento das nossas pautas precisam continuar.” Perspectivas de avanço A representante da Secretária Nacional de Enfrentamento à Violência contra Mulheres, do Ministério das Mulheres, Ana Paula Cerca, marcou presença no encontro. Ela destacou as medidas lançadas pelo governo Federal, no dia 8 de março, para combater a desigualdade de gênero e que abrangem mercado de trabalho, assistência social e segurança de vítimas de violência. Nos últimos anos, as políticas públicas para mulheres, promovidas pelo Estado Brasileiro foram praticamente apagadas. Um levantamento feito pelo Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc) e apresentado no final do ano passado mostra que a última gestão cortou 94% da verba destinada para a proteção das mulheres, nos orçamentos elaborados e enviados ao Congresso, referentes aos anos 2020 a 2023. O plano de ações apresentado agora, no terceiro mandato do governo Lula e sob a coordenação da ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, abarca os vários tipos de violência que atingem as mulheres, incluindo o econômico. “Além das questões para segurança da mulher, o governo também apresentou propostas para crédito, por meio de bancos públicos, a juros reduzidos às mulheres empreendedoras e também um projeto de lei que obriga igualdade salarial entre homens e mulheres que exercem a mesma função”, lembrou Fernanda Lopes. O encontro contou ainda com a mediação de Maria Edna Medeiros, coordenadora da Rede, além da participação de Theresa Martimer (presidenta UNI Américas Mulheres), Verônica Mendez (chefa Mundial UNI Igualdade de Oportunidade), Andréa Garcia (secretária de Igualdade de Oportunidade UNI Américas Mulheres), Cristiane do Nascimento e Neiva Ribeiro (vice-presidentas do Comitê de Mulheres da UNI Américas). Conferência Mundial Feminina na Filadélfia O encontro do Comitê Mundial de Mulheres da UNI Global Union, realizado em Madri, na Espanha, nos dias 27 e 28 passados também marcou o mês de março e a luta das mulheres. O evento contou com quase 40 participantes de 19 países, representando todos os setores da UNI, incluindo Fernanda Lopes. “Nesse encontro focamos nas prioridades estratégicas para os próximos quatro anos do Congresso da UNI e na preparação da Conferência Mundial Feminina na Filadélfia, que vai ocorrer em 25 e 26 de agosto de 2023”, destacou Fernanda. Os temas abordados na reunião foram: uma perspectiva de gênero para saúde e segurança; aumentar a participação das mulheres nos sindicatos; ação para acabar com a violência e o assédio contra as mulheres; lutar por trabalho decente, incluindo salário igual para trabalho igual e acesso à aprendizagem ao longo da vida; bem como a capacitação de mulheres jovens no movimento sindical. Segundo Fernanda, nos dois seminários realizados para fechar o mês de luta das mulheres, o entendimento foi que, apesar das diferenças culturais e econômicas, entre regiões e países, as características da violência de gênero são as mesmas. “Infelizmente os problemas das mulheres são muito parecidos ao redor do mundo, por isso precisamos de união nas mesmas pautas e, exatamente por isso, é importante a participação do movimento sindical bancário nesses eventos, para avançarmos na construção de saídas”, afirmou. *Fonte: Contraf-CUT
Bradesco nega reivindicações e fechamento de agências deve continuar
O Bradesco negou todas as reivindicações dos empregados, levadas pela Comissão de Organização dos Empregados (COE), na reunião da última sexta-feira (31). As principais solicitações foram o fim do fechamento de agências e o fim das demissões decorrentes. Segundo a direção do banco, o processo é resultado de estudos e os funcionários estão sendo realocados e reaproveitados. A coordenadora da COE, Magaly Fagundes, lamentou as negativas do banco. “Nós reforçamos a insegurança entre os funcionários quanto ao futuro do banco e a preocupação deles com o emprego. Solicitamos que o banco nos informasse qual a previsão para o fim do fechamento das agências, mas negaram ao dizer que não podem informar. Isso mostra que os fechamentos devem continuar, infelizmente”, afirmou. O Bradesco negou, ainda, outras duas reivindicações dos trabalhadores, que é o auxílio academia, com a justificativa de já oferecer o Lig viva bem e convênios com academias pelo seguro saúde, com descontos que variam de 20% a 50%, e o reajuste do reembolso por quilômetro rodado. Metas – Cláusula 87 da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) Nesta reunião, que foi a primeira de 2023, o banco informou que o conceito de metas se baseia no orçamento anual, com revisão mensal, distribuída por região, de acordo com a produtividade de cada região. A instituição afirmou que a meta é 100% mensal. “Ressaltamos que somos contra a meta individual, defendemos que seja semestral e não mensal”, avaliou Magaly. A negociação sobre metas não terminou e uma nova reunião será marcada. “Precisamos construir um programa que não adoeça o trabalhador”, finalizou Magaly. *Com informações da Contraf-CUT