Projeto vai garantir igualdade salarial para homens e mulheres

Em evento no Palácio do Planalto para abertura do mês da mulher, nesta quarta-feira (1º), a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, afirmou que o governo vai apresentar um projeto de lei (PL) para garantir a igualdade de salário entre homens e mulheres. O anúncio da PL deve ser feito no dia 8 de março, quando se comemora o Dia Internacional da Mulher. O encontro reuniu as 11 ministras do governo e as presidentas do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, e da Caixa Econômica Federal, Rita Serrano. O convite foi feito pela primeira-dama, Janja Lula da Silva, e pela ministra das Mulheres, Cida Gonçalves. Elas integram a campanha a ser lançada no dia 8 de março tendo como tema central o respeito às mulheres como “valor inegociável”. Segundo Cida Gonçalves, essa articulação interministerial promete “mudar a vida das mulheres e fazer diferença na vida de 52% da população”, conforme afirmou em referência à maioria feminina da população. Tarciana Medeiros é a primeira mulher a assumir o comando do Banco do Brasil em toda a sua história. “Quando uma mulher vem, ela traz outras. No Conselho Diretor temos mais três mulheres, somos oito no total, então estamos no caminho da equidade. Esse é o primeiro passo, estamos compondo as diretorias e traremos mais mulheres”, disse Tarciana, acrescentando que todas as políticas públicas para as mulheres são estruturantes. “Esse lugar já é nosso e nunca mais deixará de ser. E essa visão do presidente traz a materialidade da diversidade”, completou Tarciana. Segundo Cida Gonçalves, na próxima semana, devem ser anunciadas ações transversais de mais de 30 ministérios, políticas públicas que alcançam a pauta das mulheres em diversas áreas. “Porque somos nós mulheres que estamos abaixo da linha da pobreza, principalmente mulheres negras que estamos passando fome, somos mãe solos, somos mortas e temos nossos corpos violados todos os dias”, afirmou a ministra. *Com informações da Agência Brasil e Rede Brasil Atual
Bancos fazem mutirão para negociar dívidas

Começa nesta quarta-feira (1º) um mutirão nacional promovido pela Febraban (Federação Brasileira de Bancos) com o objetivo de renegociar dívidas em atraso. Segundo levantamento da Serasa, realizado em janeiro, mais de 70 milhões de brasileiros sofrem com dívidas atrasadas. Até o dia 31 de março serão oferecidos descontos e parcelamentos para quem tem dívidas em atraso com bancos e instituições financeiras. Em 2022, última edição do mutirão, foram renegociados cerca de 2,3 milhões de contratos. Em entrevista ao G1, o diretor de Cidadania Financeira e Sustentabilidade da Febraban, Amaury Oliva, explicou que as negociações podem ser feitas pela internet ou diretamente nas agências bancárias. “Pode negociar todas aquelas contas que não têm bens e garantias, ou seja, contas de cartão de crédito, de cheque-especial, pode negociar crédito pessoal, consignado, enfim, os bancos estão abertos para receber as propostas dos seus clientes e renegociar com condições especiais durante todo o mês de março”, explicou Amaury. *Com informações do G1
Pesquisa aponta queda na renda do trabalhador

Estudo divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta terça-feira (28), mostra que rendimento do trabalhador brasileiro caiu 1% em 2022 em relação a 2021. A redução foi constatada na edição mais recente Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua). No ano passado, cada trabalhador recebeu, em média, R$ 2.715 por mês, segundo o levantamento, o que significa R$ 28 a menos do que em 2021. Segundo o IBGE, o rendimento do trabalhador brasileiro está estagnado desde 2012. A média do ganho mensal cresceu apenas 1,3% em dez anos, apesar de a inflação oficial no país ter acumulado alta de 81% no período. Apesar de os preços no Brasil terem quase dobrado desde 2012, o ganho do trabalhador manteve-se praticamente o mesmo. Desemprego O Brasil encerrou 2022 com cerca de 10 milhões de trabalhadores desempregados, o que corresponde a uma taxa de desemprego média de 9,3%. Na comparação com 2021, houve uma redução de 3,9 milhões no número de desempregados, ou seja, 27,9% de queda no ano. Os dados são do IBGE. Apesar disso, o número de pessoas em busca de trabalho está 46,4% mais alto do que em 2014, quando o mercado de trabalho tinha o menor contingente de desocupados da série histórica da Pnad Contínua: 6,8 milhões. Em 2022, 56,6% das pessoas com idade para trabalhar estavam ocupadas. Em 2013 e 2014, eles representavam 58,1%. Cerca de 24,1 milhões de pessoas consideravam-se subutilizadas em 2022. Em 2014, eram aproximadamente 15,6 milhões de pessoas. Em 2022, 4,3 milhões de pessoas estavam desalentadas – situação em que a pessoa gostaria de trabalhar, porém não procura emprego por achar que não vai encontrar. Em 2014, eram 1,5 milhão. Emprego sem carteira tem alta A pesquisa mostra ainda que o total de ocupados chegou a 98 milhões, maior média anual da série, com crescimento de 7,4% sobre 2021. Mas o número de empregados sem carteira no setor privado (12,9 milhões) cresceu mais que o de trabalhadores com carteira (35,9 milhões). Os aumentos foram de 14,9% e 9,2%, respectivamente. Quanto ao número médio de trabalhadores por conta própria, o índice subiu 2,6%, para 25,5 milhões. Já os empregados no setor doméstico, onde predomina a informalidade, aumentou 12,2%, somando 5,8 milhões. Os resultados demonstram que a taxa média de informalidade oscilou de 40,1%, em 2021, para 39,6%. Mas fica acima das taxas registrada em 2016 (38,6%) e mesmo em 2020 (38,3%). Fonte: Contraf-CUT