Governo anuncia redução no imposto do trabalhador
A correção da tabela do Imposto de Renda e a nova faixa de isenção, que subirá dos atuais R$ 1.908 para R$ 2.640, um aumento de 38,66%, foram anunciadas nesta quinta-feira (16), pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo ele, a faixa de isenção continuará a ser corrigida progressivamente, até chegar aos R$ 5 mil. A presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira falou sobre a importância da correção da tabela, que também é uma luta do movimento sindical. “A correção da tabela do Imposto de Renda é uma prioridade da categoria bancária e de toda a classe trabalhadora. As centrais sindicais, nós da Contraf-CUT e todo o movimento está discutindo com o governo essa correção. O presidente Lula já sinalizou que vai corrigir a tabela que estava congelada pelo governo anterior”, disse Juvandia. Segundo Juvandia, a correção vai ajudar os trabalhadores. “A falta de correção da tabela pelo governo anterior fez com que houvesse um aumento da carga tributária dos bancários e de todos trabalhadores que ganhavam acima de R$ 1.903,98. Com esta correção feita agora, o trabalhador que ganha até dois salários mínimos não precisará pagar imposto e ficará com mais dinheiro no bolso”, completou a presidenta da Contraf-CUT. De acordo com o economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Gustavo Cavarzan, ainda não é possível fazer os cálculos dos ganhos que a categoria bancária terá com a correção porque faltam informações. “Tanto o trecho dito por Lula na entrevista à CNN, quanto o que Haddad já tinha dito em outro evento, é que a primeira faixa de isenção aumenta de R$ 1.903,98 para R$ 2.640,00, o que dá um reajuste de 38,66%. Mas, sobre as demais faixas eles não falaram nada”, disse. “Nas últimas vezes que a tabela do IR foi corrigida, também nos governos petistas, as outras faixas de tributação foram corrigidas pelo mesmo percentual, mas temos que esperar para saber se haverá correção também para as demais faixas de tributação”, completou. O Dieese elaborou uma tabela com simulações dos ganhos para a categoria, caso haja correção para as demais faixas no mesmo percentual. Confira abaixo:
Seminário debate impacto da taxa Selic na vida da população
A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) promove, na próxima quinta (23) à partir das 19h, o seminário “Juros altos, bom pra quem?”. A iniciativa visa debater como a taxa Selic atualmente sabota o crescimento econômico e compromete a vida da população. O debate será transmitido pelos canais da Contraf-CUT no YouTube e no Facebook. O debate será mediado pela presidente Juvandia Moreira e contará com a participação de Simone Deos, professora Associada do Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), e de Gustavo Cavarzan, economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). “Nos últimos dois anos, além de não ter alcançado o objetivo de manter a inflação dentro das metas estipuladas, os juros elevados colaboraram para a recessão e desemprego no país, porque encarecem tanto os custos do governo como o custo de vida de todos os brasileiros e brasileiras”, explica a presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira. Com raros períodos de exceção, há décadas o Brasil se mantém como o país com a maior taxa básica de juros (Selic) em todo o mundo, por conta da forma como o regime de metas de inflação, instrumento adotado desde 1999, é desenhado e operacionalizado, com alto grau de influência do setor financeiro nas decisões de política monetária que afetam toda a população. Seminário Digital – Juros altos, bom pra quem?23 de fevereiro, 19h (horário de Brasília) Participação:– Simone Deos, professora Associada do Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e pesquisadora do Centro de Estudos de Relações Econômicas Internacionais (CERI/Unicamp)– Gustavo Cavarzan, economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE)Mediação:– Juvandia Moreira, presidenta da Contraf-CUT
Bradesco paga segunda parcela da PLR antes do Carnaval
A segunda parcela da PLR do Bradesco será paga nesta sexta-feira (17), véspera do Carnaval 2023. A decisão se deve à solicitação do movimento sindical bancário. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (16). O ofício enviado ao banco pede que o pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) aos bancários seja antecipado. O prazo limite previsto na CCT, para bancos privados, é 1º de março. O que será pago agora aos bancários é a segunda parcela da PLR 2022, descontado o valor pago como antecipação em setembro de 2022, mais parcela adicional de R$ 6.022,44.