Santander anuncia implementação do teletrabalho, após cobranças do movimento sindical

O Santander anunciou a implementação do teletrabalho (home office) para os bancários das áreas administrativas, localizadas majoritariamente no eixo São Paulo e Rio de Janeiro. Essa é uma grande vitória para os empregados do banco. A conquista foi possível graças às negociações da Campanha Nacional dos Bancários-2022 e atende às regras previstas na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria. A coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE), Lucimara Malaquias ressaltou que a conquista é fruto de muitas negociações, atividades e cobranças do movimento sindical.  “Com isto, os bancários do Santander em teletrabalho receberão ajuda de custo, que o banco optou por pagar mensalmente; terão controle de jornada; o trabalho aos finais de semana e feriados está vedado; dentre outros pontos”, explicou a coordenadora. Rita Berlofa, bancária do Santander e secretária de Relações Internacionais da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), lembra que, no pico da pandemia de Convid-19, em 2021, enquanto assinava um acordo de teletrabalho na Espanha, aqui no Brasil, o Santander se recusava a negociar a modalidade de trabalho com o movimento sindical. “Tivemos que atuar com muita insistência e foco para obter esta conquista hoje. E isso passou por diversas manifestações dos trabalhadores, via protestos nas agências, escritórios e redes sociais, além das mesas de negociações que ocorreram no âmbito da Campanha Nacional dos Bancários de 2022″, observou Rita. Regras O teletrabalho será implementado em diversas áreas administrativas, mas não cobrirá toda a semana dos bancários, apenas três dias. Os outros dois continuarão de forma presencial. Em áreas em que, eventualmente, puder ocorrer mais dias em teletrabalho, será obrigado que, em pelo menos um, o bancário trabalhe de forma presencial. Lucimara também falou sobre a obrigatoriedade de ajuda de custo. “Vale destacar que a cláusula 71, da CCT, prevê que a ajuda de custo será paga para os empregados que exercerem a atividade fora das dependências do banco, em 50% da jornada”, afirmou. Outras regras previstas na CCT: Ajuda de custo de R$ 1.036,80 anuais (pagos de uma só vez ou em 12 parcelas mensais). O Santander optou pelo pagamento mensal; Controle de jornada; Direito à desconexão; Fornecimento de equipamentos; Igualdade de tratamento, com todos os direitos previstos na CCT; Prevenção e precauções com a saúde dos trabalhadores; Canal específico para que os trabalhadores em teletrabalho tirem suas dúvidas; Prioridade no regime de teletrabalho para quem tem filhos de até quatro anos ou é PcD (pessoa com deficiência); Bancárias vítimas de violência doméstica poderão escolher entre home office ou presencial; Acesso dos sindicatos aos bancários em teletrabalho e realização de campanhas de sindicalização. Curso e acompanhamento de sindicatos O Santander disponibiliza um curso, com questões relacionadas à saúde, que pode ser acessado por toda a rede na intranet do banco, inclusive pelos bancários que atuam presencialmente. Segundo Lucimara, os sindicatos vão acompanhar a implementação do teletrabalho no Santander, o respeito à jornada, os possíveis impactos à saúde do trabalhador, e demais aspectos das condições de trabalho relacionadas com a modalidade. *Com informações da Contraf-CUT

Fenae vai definir nova Diretoria Executiva e Conselho Fiscal

A Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) vai definir a nova Diretoria Executiva e o Conselho Fiscal para o exercício de 2023 a 2027. A eleição acontecerá nos dias 8 e 9 próximos, das 9h às 18h. Podem votar os associados às Apcefs (Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal), em gozo dos seus direitos sociais, com filiação até agosto de 2022.  A votação será através de urnas, que percorrerão as unidades durante o pleito.  Apenas uma chapa está habilitada para a disputa, mas a participação dos empregados da Caixa, associados das Apcefs, da ativa e aposentados, é de grande importância. Além de alcançar o quórum, a votação vai fortalecer a diretoria que representará os empregados.  Veja a composição da Chapa 1 – Movimento em Defesa da Caixa:  Diretoria Executiva  Presidente – Sergio Hiroshi TakemotoVice-presidente – Clotário CardosoAdministração e Finanças – Marcos Aurélio Saraiva HolandaEsportes – Rafael de Castro Leite PereiraSociocultural – Emanoel Souza de JesusComunicação e Imprensa – Moacir Carneiro da CostaAposentados e Pensionistas – Rita de Cássia Santos LimaFormação – Nilson Alexandre de Moura JúniorRelações de Trabalho – Fabiana Cristina Meneguele MatheusSaúde e Previdência – Leonardo dos Santos QuadrosPolíticas Sociais – Rachel WeberImpacto Social – Giselle Maria Araújo Lima de MenezesJurídica – Marcos Leite de Matos TodtRegião Norte – Paulo Roberto da CostaRegião Nordeste – Paulo Roberto Massetti MorettiRegião Centro-Oeste – Vera Lúcia Barbosa LeãoRegião Sudeste – Paulo Roberto DamascenoRegião Sul – José Megume TanakaExecutivo – Antonio Luiz Fermino  Conselho Fiscal 1º Conselheiro – Jadir Fragas Garcia2º Conselheiro – Maria Adelaide dos Santos3º Conselheiro – Tulio Roberto Nogueira Menezes1º Suplente do Conselho – Lourdes Barboza da Silva2º Suplente do Conselho – Francisca de Assis Araújo Silva3º Suplente do Conselho – Marco Antonio Zanardi

Santander: queda de resultados pode servir de alerta para sistema financeiro

O Santander divulgou seus resultados financeiros do quarto trimestre na última quinta-feira (2). O informativo mostra que o banco espanhol apresentou Lucro Líquido gerencial de R$ 12,9 bilhões, queda de 21,1%, em relação a 2021. Houve queda também do Lucro Líquido gerencial de 45,9% no 4º trimestre, em relação ao 3º trimestre anterior (R$1.689, frente aos R$ 3.122 bilhões registrados no período subsequente). O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) também apresentou queda de 4,9 pontos percentuais (p.p) em doze meses e ficou em 16,3%.  De acordo com a explicação do Santander, entre os fatores para esses resultados está o crescimento dos créditos de liquidação duvidosa (PDD), “por conta do aumento no segmento pessoa física e provisionamento decorrente de um evento subsequente no segmento do Atacado”. E isso, devido ao caso das Lojas Americanas, que impactou o custo de crédito de 12 meses, o qual atingiu 4,4%, com alta de 1,7 p.p. no ano, e de 0,6 p.p. no trimestre.  Segundo análise divulgada sobre o Santander, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) pontua que “a Americanas S.A. divulgou ao mercado, no dia 11 de janeiro de 2023, fato relevante para informar a detecção de inconsistências contábeis em demonstrações financeiras de exercícios anteriores, estimadas em cerca de R$ 20 bilhões, sendo o Banco Santander uma das principais instituições afetadas”. Empregos e Agências A holding espanhola encerrou 2022 com 52.603 vagas, com abertura de apenas 56 postos de trabalho em doze meses, considerando que, no trimestre foram abertos 1.389 postos de trabalho. No terceiro trimestre de 2022, o Santander havia fechado 385 postos de trabalho. Em 2022, o banco também fechou 286 agências e 118 postos de trabalho.  Acordo coletivo reduz impacto Coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, Lucimara Malaquias afirma que o aumento de créditos de liquidação duvidosa, “poderá causar impactos na PLR” (Participação nos Lucros e Resultados). Segundo ela, estão sendo feitas análises para avaliar o tamanho real dos resultados que o banco apresentou. Lucimara aponta ainda que a queda de 4,9 p.p da ROE, em relação a 2021, poderia impactar em reduções no pagamento no Programa da Participação nos Resultados Santander (PPRS). “Porém, isso não vai ocorrer, graças à negociação do aditivo Santander, que impede a alteração das faixas, como pretendia o banco”, afirma.  Lucimara ressalta a importância do acordo coletivo, “que visa minimizar os impactos da oscilação do mercado no rendimento dos trabalhadores”, e conclui que a retração do banco “traz alertas e preocupações não só para o Santander, mas para todo o sistema financeiro”.  *Com informações da Contraf-CUT

Previdência Social: desconto fica maior para os trabalhadores

Os salários de janeiro terão um desconto maior para a Previdência Social porque as faixas salariais de contribuição tiveram reajuste em janeiro, com base no Índice Nacional de Preços (INPC) acumulado em 2022 na faixa de 5,93%. Com isso, os trabalhadores da iniciativa privada vão receber os salários de janeiro com um desconto maior para a Previdência Social. As alíquotas são progressivas e vão de 7,5% a 14%, a partir do salário mínimo de R$ 1.302. O INPC também é usado para reajustar aposentadorias, pensões e auxílios do INSS, benefícios como salário família, auxílio reclusão e o teto de indenizações dos Juizados Especiais Federais. Confira a nova tabela: Salário de contribuição (R$) Alíquota progressiva para recolhimento ao INSS até 1.302 7,5% de 1.302,01 até 2.571,29 9% de 2.571,30 até 3.856,94 12% de 3.856,95 até 7.507,49 14% Desconto progressivo As alíquotas de contribuição previdenciária são progressivas. O cálculo leva em conta a parcela do salário que se encaixa em cada faixa salarial. Dessa forma, a remuneração é toda fatiada conforme a tabela. Cada fatia tem um percentual diferente de contribuição. O recolhimento total a ser feito para o INSS é o somatório dos valores apurados nessas faixas. Isso que faz com que o percentual de fato descontado do total dos ganhos seja menor (alíquota efetiva). Se o trabalhador que ganha R$ 1.500, por exemplo, ele pagará 7,5% sobre R$ 1.302 (R$ 97,65). Sobre os R$ 198 restantes, ela vai recolher mais R$ 17,82. No total, vai desembolsar o somatório de R$ 115,47 de contribuição. Quem ganha R$ 4.500 vai contribuir da seguinte forma: Pagará 7,5% sobre R$ 1.302, equivalente a R$ 97,65 de contribuição Pagará mais 9% sobre R$ 1.269,29 — que é a diferença de R$ 2.571,29 para R$ 1.302 —, com recolhimento de mais R$ 114,23 Pagará mais 12% sobre R$ 1.285,65 — que é a diferença de R$ 3.856,94 para R$ 2.571,29 —, com contribuição de mais R$ 154,27 Mais 14% sobre R$ 643,06 — que é a diferença de R$ 4.500 (seu salário) para R$ 3.856,94 —, com recolhimento de mais R$ 90,02 No total, vai desembolsar o somatório de R$ 456,17 de contribuição. Se a pessoa ganha R$ 7.507,49 ou mais, ela vai contribuir da seguinte forma (mesmo que ganhe mais, a contribuição ao INSS é limitada ao teto): Pagará 7,5% sobre R$ 1.302, equivalente a R$ 97,65 de contribuição Pagará mais 9% sobre R$ 1.269,29 — que é a diferença de R$ 2.571,29 para R$ 1.302 —, com recolhimento de mais R$ 114,23 Pagará mais 12% sobre R$ 1.285,65 — que é a diferença de R$ 3.856,94 para R$ 2.571,29 —, com contribuição de mais R$ 154,27 Mais 14% sobre R$ 3.650,55 — que é a diferença de R$ 7.507,49 para R$ 3.856,94 — com recolhimento de mais R$ 511,07 No total, vai desembolsar o somatório de R$ 877,22 de contribuição. Servidores públicos Para os servidores públicos, que se enquadram no Regime Próprio de Previdência Social (RPPS), a contribuição também segue algumas faixas de salário e alíquotas progressivas que vão de 7,5% a 22%. Entretanto, o sistema é diferente e estão previstas também alíquotas para os que recebem salários mais altos, de até R$ 50 mil.

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