Mobilização dos empregados marca aniversário da Caixa

Diante dos ataques feitos pelo governo Bolsonaro, o aniversário de 161 anos da Caixa Econômica Federal, completados nesta terça-feira (12), foi marcado por protestos e mobilizações em todo o país e nas redes sociais, em defesa do banco. No Dia Nacional de Luta, os empregados comemoraram a data vestindo vermelho, a fim de reforçar a importância do banco público para a população e para o país, além de enaltecer todo o trabalho social exercido durante a pandemia, com o pagamento de programas sociais. “Foi dia de parabenizar os colegas que atuam para manter a Caixa como uma das maiores empresas públicas do país, fundamental para o desenvolvimento econômico e social brasileiro. A longevidade e a importância da Caixa para o povo brasileiro foram confirmadas pela atuação dos empregados e empregadas durante a maior crise sanitária, social e econômica das últimas décadas”, exaltou Fabiana Uehara Proscholdt, secretária da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). Durante os atos, foi distribuída carta aberta à população denunciando os ataques à Caixa e aos empregados. As comemorações e protestos também tomaram as redes sociais, com as hashtags #Caixa161Anos #CaixaForteÉCaixaPública. Live 161 anos da Caixa “Caixa Social é Caixa pública”. Esse foi o tema da live em comemoração ao aniversário da Caixa. Promovida pela Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), o encontro foi transmitido pelo Youtube da Fenae. No debate, as ameaças que o banco público sofre, os impactos que a privatização pode trazer aos setores mais importantes do país e os ataques da atual gestão da Caixa aos empregados, que têm sido essenciais para o país durante a pandemia. Participaram do encontro o presidente da Fenae, Sergio Takemoto; o diretor de Formação, Jair Pedro Ferreira; e a deputada federal (PT/DF), Erika Kokay. O debate foi mediado pela coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa) e secretária de Cultura da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT), Fabiana Proscholdt. “A Caixa já foi criada com a missão de proporcionar a realização dos sonhos das pessoas e, desde então, ela vem cumprindo seu papel social. Mas o governo quer fatiar as áreas mais lucrativas do banco público e entregar para o mercado privado. Por isso, defender a Caixa é tão importante”, disse Sergio Takemoto. Fonte: contraf-CUT

MPT pede esclarecimentos ao BB sobre mudanças no Manual de Trabalho Presencial

A pedido da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), o Ministério Público do Trabalho realizou, na tarde dessa quarta-feira (12), uma audiência de mediação para o Banco do Brasil explicar a decisão unilateral de alterar o Manual de Trabalho Presencial, que dita os protocolos de segurança sanitária para reduzir as chances de contágio pela Covid-19 em suas unidades. O ponto que preocupa os trabalhadores e que gerou o pedido de audiência ao MPT foi a retirada do item que determina o encerramento de expediente da dependência no mesmo dia da confirmação de funcionário com teste positivo para Covid-19. “A retirada desse protocolo de segurança preocupa o movimento sindical pelo aumento exponencial dos casos de contaminação que estamos registrando em unidades de todo o país”, destacou o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga, durante a audiência. Na tentativa de justificar a retirada do protocolo, os representantes do banco disseram que, no caso de unidades menores, quando houvesse a confirmação de um trabalhador doente, o espaço seria fechado e todos enviados para o trabalho em home office. Mas, no caso de unidades maiores, haveria o isolamento da área onde fosse detectado que um trabalhador esteve doente. Além disso, somente colegas próximos ou que tiveram contato direto com o funcionário positivado durante um eventual almoço ou café, seriam enviados para o trabalho remoto. O banco também afirmou que o Manual, desta forma, estaria mais seguro, porque ampliava as possibilidades de autodeclaração de trabalhadores que eventualmente tiveram contato com colegas contaminados. Entretanto, além de o ponto sobre a autodeclaração não estar explícito no Manual, o banco não soube explicar os critérios técnicos que amparam a sua decisão para alterar o texto. Os representantes dos trabalhadores pontuaram que o BB é uma empresa com mais de 90 mil pessoas. Portanto, a necessidade de um Manual com um texto claro. Caso contrário, os gestores não saberão como proceder em todos os casos. O movimento sindical pontuou, ainda, que não é possível entender porque o Manual ficou mais abrangente, se agora existe necessidade maior de explicar, e de forma subjetiva, quando ou não dispensar os funcionários no caso de haver a confirmação de uma pessoa contaminada. Apesar desses apontamentos, o banco insistiu em manter a mudança no Manual de Trabalho Presencial. Diante do impasse, o subprocurador-geral do Ministério Público do Trabalho, Dr. Francisco Gérson Marques de Lima, suspendeu a audiência e pediu para que o Banco do Brasil elabore uma Nota Explicativa sobre o ponto suprimido no Manual. A continuação da audiência foi agendada para o dia 27 de janeiro, às 14h30. Até lá, o banco deverá se reunir com a entidade sindical para tratar dos aspectos da Nota Explicativa. “Nós precisamos de um esclarecimento. Não podemos ter atitudes diferentes em dependências distintas e que, ao mesmo tempo, são semelhantes. Uma agência fecha porque teve um caso, mas a outra não por qual motivação? O banco está seguindo qual orientação? Se não for bem esclarecido o conflito continuará existindo”, ressaltou a advogada Renata Cabral, sócia de Crivelli Advogados, que assessora a Contraf-CUT. Fonte: contraf-CUT

GT de Saúde cobra medidas mais rigorosas contra Covid-19 do Itaú

O Grupo de Trabalho (GT) de Saúde do Itaú se reuniu com a direção do banco, na tarde desta quarta-feira (12), para entregar ofício sobre protocolos e medidas para reduzir a alta contaminação dos funcionários por Covid-19. Como medidas preventivas, o GT reivindica o fornecimento de máscaras N95, que são compatíveis com o alto índice de contágio; limitação do número de clientes dentro das agências; fim do fechamento definitivo das agências; testagem de todos os trabalhadores da agência, bancários e terceirizados. O GT cobra ainda o cumprimento do protocolo de afastamento; fechamento de agências e sanitização adequada em casos de contaminação de bancários e terceirizados; ampliação da equipe de teleconsulta; não direcionamento de trabalhadores de agências contaminadas para outras agências; adequação do protocolo ao cenário atual que contabiliza uma explosão de afastamentos; afastamento de trabalhadores contaminados pelo surto de gripe; e reavaliação do horário bancário, que voltou ao normal no início deste mês. “A sobrecarga de trabalho dos bancários que sofrem com a redução de quadro e fechamento de agências já provoca grande adoecimento. A explosão de casos de Covid-19, aliada ao surto de gripe, tem provocado um caos dentro do banco, sobrecarregando os funcionários. E, com o fechamento das agências por contaminação, as agências que estão abertas estão atendendo um número absurdo de clientes, o que diminui o distanciamento e aumenta o risco de contágio”, afirmou Luciana Duarte, coordenadora do GT. Outra reivindicação é que o Itaú não implemente o novo prazo de afastamento estabelecido pelo Ministério da Saúde, pois existem estudos que contrariam a medida, uma vez que leva ao retorno precoce do funcionário, ainda vetor da doença, ao ambiente de trabalho. “Diante da explosão nos casos de Covid-19 e da influenza entre os bancários é responsabilidade do banco o cumprimento dos protocolos para preservar a saúde dos trabalhadores”, lembrou Sergio Francisco, dirigente sindical. O banco informou que medidas estão sendo revistas e firmou o compromisso de responder a demanda. O banco comunicou ainda que revisou o programa de retorno ao trabalho e que os que estiveram afastados por mais de 180 dias serão diretamente encaminhados ao programa. Trabalhadores com período inferior de afastamento, poderão ser encaminhados, pela medicina ocupacional, ao exame de retorno. O atendendo também uma antiga reivindicação dos trabalhadores de que os atestados médicos poderão ser cadastrados diretamente no IU conecta, sem passar pelos gestores. Fonte: contraf-CUT

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