Saúde Caixa fecha painéis de debate do 37º Conecef

Agora, evento entra na plenária final O último painel do 37º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa Econômica Federal (Conecef), evento online realizado neste sábado (7), debateu o Saúde Caixa. O primeiro convidado foi Leonardo Quadros, presidente da APCEF/SP e membro do GT Saúde Caixa, que fez um resgate histórico do plano de saúde, desde a sua criação, passando pelos ataques que vem sofrendo desde 2016, até os atuais desafios. “Atualmente, todas as estatais estão lutando contra essas mudanças da CGPAR 23. Na Caixa, nós estamos resistindo, conseguimos nos acordos assinados neste período manter a proporção de 70/30, na divisão dos custos do plano, e – no acordo coletivo do ano passado – a gente discutiu com a Caixa um aumento nos valores dos itens de custeio para que a gente pudesse voltar a equilibrar a proporção por 70/30. Os itens de custeio não eram reajustados desde 2009. Além disso, o acordo coletivo de 2020 previa a criação do GT Saúde Caixa para que fossem discutidos formatos de custeio e de gestão do plano, visando proporcionar a sustentabilidade dele”, explicou. Ele explicou que a defesa pelo modelo de 70/30 é por ser um modelo que se mostrou sustentável, enquanto a gestão insiste em transferir custos para nós por meio da aplicação da resolução 23 da CGPAR, apesar dela não ser lei, não estar prevista em acordo coletivo, de existir outras estatais que não aplicam a resolução. “Nosso primeiro desafio é vencer essa limitação, para isso a gente tem de fazer a luta tanto no Congresso Nacional, quanto internamente pressionando a direção da Caixa. Vencida essa etapa, a gente vai precisar lutar contra o teto previsto no estatuto do banco. Esse é o único caminho que a gente enxerga para manter o Saúde Caixa financeiramente viável para os empregados como um todo”, finalizou. Alex Livramento, dirigente sindical do Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região e membro do GT Saúde Caixa, lembrou que o GT Saúde Caixa já existia antes do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) assinado no ano passado. “Neste ano, o acordo previa que seria discutido modelo de custeio e de gestão. Nós até discutimos modelo de custeio, mas não abordamos modelo de gestão. Isso porque a Caixa não quer abrir mão de implementar as resoluções da CGPAR. Para os associados, isso representaria um aumento de mais de 67%. Por isso, deixamos claro que não discutiríamos essa possibilidade.  A gente tem conosco que as resoluções da CGPAR são um entulho golpista, que prevê uma série de mudanças prejudiciais para os trabalhadores, não só a mudança no custeio.” Albucacis Castro Pereira, gestor na área de saúde e consultor da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), lembrou que o Saúde Caixa é um plano nacional, de autogestão RH. “Ele é a melhor das possibilidades de um plano para os empregados e para a empresa. O seu custo se torna bastante melhor, de forma que esse custeio é baseado em três coisas fundamentais para um plano como esse: mutualismo – todos pagam e poucos usam –, solidariedade – que é fundamental num plano de autogestão, é quando você participa com um percentual de salário para o seu grupo familiar – , e por último pacto intergeracional, quando nós temos uma base com mais jovens e no pico um menor número de pessoas, aqueles que da base pagam um pouquinho a mais do que poderiam pagar no mercado, mas aqueles idosos que pagariam infimamente a mais no mercado e estariam impossibilitado de estar no plano, pagam menos e tem sua vida na aposentadoria segura. O Saúde Caixa foi construído para que todos os seus funcionários e dependentes tenham acesso a promoção, a prevenção e a assistência quando ficarem doentes.” Fonte: Contraf-CUT

Ataques aos planos de previdência complementar são debatidos no 37º Conecef

Claudia Ricaldini, diretora da Anapar afirma que os trabalhadores precisam entender a situação e trabalhar de forma coletiva O quinto painel do 37º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa Econômica Federal (Conecef), evento online realizado neste sábado (7), abordou os ataques aos planos de previdência complementar. “É preciso ter claro que resoluções, leis, normas são sempre decorrentes de uma determinada conjuntura. Desde 2013, acelerando ao longo do tempo, a gente vê uma tendência no Brasil de se desconstruir o sistema de proteção social, seja da previdência pública, seja da previdência complementar”, lamentou Claudia Ricaldoni, diretora da Associação Nacional dos Participantes de Previdência Complementar e de Autogestão (Anapar) e membro do Conselho Deliberativo da Forluz. “Nós temos uma conjuntura nacional e internacional de redução da cultura dos fundos de investimento, de maneira geral, e um aumento da longevidade. Esses dois fatores podem causar déficits, a depender do perfil de investimento que é feito nessas entidades. Esses déficits são suportados pela patrocinadora. Então, no final das contas, a desconstrução do conceito vitalício está ligada na transferência dos riscos inerentes aos planos de benefícios do patrocinador, para os participantes de maneira geral”, completou. Claudia Ricaldoni diz que a CGPAR 25 é um exemplo. “Ali dentro tem algumas pérolas, como a proibição ampla, geral e irrestrita da criação de planos com benefícios vitalícios. Os novos planos criados por estatais com controle direto do governo serão obrigatoriamente de contribuição definida. A CGPAR também fala da possibilidade de transferência de gestão. Você tem um fundo de pensão sem fins lucrativos e eles dizem que as patrocinadoras estatais podem avaliar a questão da economicidade, se é mais barato elas terem a fundação ou transferir a gestão desses planos de previdência para outros agentes gestores de previdência.” A diretora da Anapar explicou que a consequência dessa transferência está na liquidação de toda a estrutura de governança que os participantes conquistaram ao longo do tempo. “Porque nessas entidades com viés comercial não existe essa questão de paridade, de dois terços para mudar estatuto, não existe diretor eleito. Então, é para descontruir aquilo que os participantes vieram construindo ao longo do tempo.“ Claudia também chama atenção para a Emenda Constitucional 103, que permite a gestão dos planos de previdência de autarquia e entes públicos ser feita também por entidades abertas de previdência complementar. “Se a gente ler direitinho o texto constitucional, ele abre a possibilidade, inclusive, para a gestão das entidades abertas dos planos que existem hoje. Isso para nós deixa muito claro de onde está o poder, de fato, do Brasil hoje. Ele está dentro do mercado financeiro.” Para ela, os trabalhadores precisam entender a situação e trabalhar de forma coletiva. “Não estou prevendo o caos, mas a gente precisa ficar atento para isso. A destruição de um plano de benefício definido que ocorre em Manaus, por exemplo, não está desassociada da alteração do estatuto que a Funcef fez à revelia do que está na lei e a Previ aprovou. As coisas estão ligadas.” Claudia Ricaldoni reforça que não tem saída individual. “O Conecef é fundamental, porque vocês estão pensando em saídas para o grupo Caixa de forma coletiva, mas nós precisamos ampliar isso, porque o ataque é o mesmo, acontece em matizes diferentes, mas o conteúdo é o mesmo. Entendam, façam o diagnóstico correto, para que todos nós trabalhadores e trabalhadoras do fundo de pensão possamos resistir a todos os ataques que vem por aí”, finalizou. Fonte: Contraf-CUT

A defesa da Caixa precisa ser ampliada para o Congresso Nacional e para toda a sociedade

37º Conecef quer mostrar para todo o Brasil a importância do banco O painel a Caixa e seus empregados e a defesa no Congresso Nacional e na Sociedade abriu os trabalhos da tarde do 37º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa Econômica Federal (Conecef), evento online realizado neste sábado (7). A deputada federal Erika Kokay (PT-DF) fez uma análise de conjuntura sobre a triste realidade política do país. “O governo constrói uma narrativa falsa que substitui a própria realidade. É a negação dos fatos. Nesta narrativa só cabem aqueles que estão de acordo com ela. Ou seja, o governo só reconhece o outro que são espelhos da sua forma de agir e pensar. Nós estamos vivendo uma ruptura da democracia. O governo está testando o poder das instituições e gerando rasgos na democracia. É um governo cheio de clandestinidades. É uma proposta que visa enfrentar diariamente a democracia.” Para Erika, Bolsonaro é uma fraude. “Sua eleição foi construída em cima da prisão de Luiz Inácio de Lula da Silva e em cima de um golpe. Nós temos um governo que está à mercê do capitalismo improdutivo, nas mãos do sistema financeiro, não há qualquer projeto de desenvolvimento nacional no Brasil.” Até por isso, segundo a deputada, a Caixa também está sendo vítima de uma profunda fraude. “O discurso que é feito pelo presidente da caixa e pelo presidente da república diz que eles são contra a privatização, mas a Caixa está sendo privatizada pelas suas subsidiárias e pela criação de um banco digital. A caixa está sendo privatizada com um discurso dos parlamentares e do governo de que a caixa não será privatizada. A caixa está sendo privatizada com o discurso muito covarde. Aliás, o discurso do ódio é muito covarde.” Erika Kokay classifica a venda de ativos nacionais em um momento de pandemia como crime. “Neste exato momento, você tem um governo que vai elaborando as suas ações para se desfazer das suas empresas. Cheio de interesses escusos. É um escândalo o que está acontecendo neste país. É uma destruição da soberania e a destruição da soberania nacional destrói um país. Portanto, estamos vivenciando a destruição de um país a passos largos. Estamos vivenciando um dos mais profundos ataques de uma concepção de Estado.” Ela lamentou o fato de sermos governados por um governo que é refém do mercado, refém do Centrão e refém dos fundamentalistas, que vai trabalhar para entregar partes do país para esses segmentos para poder se manter. “É um governo que prepara nitidamente um golpe, porque sabe que perderá nitidamente as eleições. Nos cabe, dentre outras coisas, defender as nossas empresas, denunciar a privatização da Caixa que está em curso, que eles negam porque são covardes. É preciso construir a defesa da Caixa, a defesa dos bancos públicos e construir a luta pela democracia, pela liberdade e pela existência das eleições em todos os cantos desse país.” Importância dos empregados para a luta Na sequência, Rita Serrano, representante dos empregados no Conselho de Administração da Caixa Econômica Federal, garantiu que os empregados da Caixa podem ser peça fundamental nesta luta. “Nós, empregados da Caixa, viemos fazendo história ao longo dos anos. Se o banco hoje ainda se mantém público é porque nós, as entidades sindicais, as entidades associativas, empunhamos a bandeira da defesa da instituição. Este compromisso se mostrou presente, mais do que nunca, agora na pandemia quando os empregados da Caixa, mesmo sob risco de contágio, sob pressão da direção do banco, pressão da impressa, pressão social, foram para a linha de frente atender milhões de brasileiros desamparados pela crise social e econômica que vem abatendo o país. Esse momento difícil consolidou o fato de que é necessário para o Estado ter instituições públicas de porte”, afirmou. Rita afirmou que, hoje no Brasil, infelizmente, há um processo de destruição do patrimônio público, destruição das políticas públicas, de desrespeito à vida. “Cabe a nós neste nosso congresso não só avaliarmos como nós enquanto empregados da Caixa iremos nos organizar para defender nossos direitos, como o Saúde Caixa, Funcef, melhorar as condições de trabalho, mas cabe a nós fazermos uma reflexão como cidadãos e cidadãs: afinal, que Brasil queremos para o futuro? Que Caixa queremos para o futuro? Nós queremos um Brasil onde a miséria e o desemprego tome conta, ou nós queremos um país onde as pessoas têm o direito a serem felizes, terem o que comer. Nós queremos um banco que execute políticas idênticas aos bancos privados ou nós queremos um banco que vá além e mantenha seu foco na organização também da melhoria de vida da população através de investimentos em habitação, em saneamento e amplie suas possibilidades de continuar cumprindo um papel fundamental para o país?”, questionou. Para a representante dos empregados no Conselho de Administração da Caixa, o futuro é maior que nosso presente. “Não podemos baixar a cabeça, não podemos perder nossa autoestima. A história provou e vou repetir que se hoje a Caixa se mantém púbica, se hoje temos uma Convenção Coletiva de Trabalho Nacional, um Acordo Nacional que garante direitos, é porque, ao longo dos anos, nós trabalhadores, as entidades sindicais e associativas estiveram na linha de frente, batalhando para que chegássemos a esse momento com conquistas que não podem ser perdidas. Então, vamos aqui fazer a nossa parte, refletir, definir ações para que a Caixa se mantenha íntegra, focada no desenvolvimento do país, com garantia aos direitos dos seus empregados e prestadores de serviços, mas também pensar, como já disse aqui, que país queremos? Nós temos o poder de mudar as coisas e precisamos acreditar nisso”, finalizou. Fonte: Contraf-CUT

Conecef começa a discutir defesa da Caixa e dos empregados

O 37º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa Econômica Federal terá transmissão ao vivo pelas páginas da Contraf-CUT no Facebook e Youtube Começou na manhã deste sábado (7) o 37º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa Econômica Federal (Conecef). O evento, realizado online, tem como tema “Em defesa da Caixa e de seus empregados. Por um Brasil melhor”. Os painéis: “Democracia, direitos e vida”; “Ataques aos planos de previdência complementar”; “A meta é ter condições de trabalho e saúde”; “Caixa e seus empregados e a defesa no Congresso e na sociedade”, “A Caixa que queremos para o futuro do Brasil” e “Saúde Caixa” terão transmissão ao vivo pelas páginas da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) no Facebook e Youtube. “O 37º Conecef é um importante espaço qualificado de debates e orientação de luta para o movimento organizado dos empregados da Caixa. Mais do que nunca temos que ter unidade para mantermos a Caixa 100% Pública e defender também os nossos direitos. E a partir do Conecef aumentar a mobilização”, afirmou a coordenadora do GT e da CEE/Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt, que também é secretária da Cultura da Contraf-CUT. Participarão do Conecef como convidados Helder Maldonado, repórter especializado em música e cultura pop, e Marcos Bezzi, jornalista coautor do livro “Como o Rock Pode Ajudar Você a Empreender”. Os dois participarão da mesa “Democracia, Direitos e Vida”. Também participarão a médica Maria Maeno, pesquisadora da Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho; Cláudia Muinhos Ricaldoni, diretora da Associação Nacional dos Participantes de Previdência Complementar (Anapar). Também participam Erika Kokay, deputada federal (PT-DF); Rita Serrano, representante dos empregados no Conselho de Administração da Caixa; Fausto Augusto Junior, diretor técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos; Leonardo Quadros, presidente da APCEF/SP e membro do GT Saúde Caixa; Alex Livramento, dirigente sindical do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região; Albucacis Castro Pereira, gestor na área de saúde e consultor da Fenae. Os delegados inscritos antecipadamente receberam links individuais para completarem sua inscrição e terem acesso à plataforma de participação e votação. Confira a programação completa: 10h05 – Painel 1 – Democracia, diretos e vida Coordenação da mesma: Fabiana Uehara e Jorge Furlan Convidados(a): Galãs Feios Helder Maldonado – É repórter especializado em música e cultura pop, com passagens pelo IG, Revista Sucesso!, Editora Escala, Terra e Record TV. Maior lenhador de bonsai que você respeita, é o criador da página Galãs Feios. Marco Bezzi – É jornalista com passagem pela Ed. Abril, Estadão e Record TV. Participou de especiais na MTV e no Multishow e é coautor do livro Como o Rock Pode Ajudar Você a Empreender, lançado em 2016 pela Saraiva/Benvirá. Mostruário de kits, chegou para instalar outras redes sociais na Galãs. 10h30 – Painel 2 – A meta é ter condições de trabalho e saúde Coordenação da mesa: Eliana Brasil Campos; Edson Luiz Heemann e Odaly Bezerra Medeiros Convidado(a): Maria Maeno – Médica e pesquisadora da Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho, atualmente do Ministério da Economia. 11h20 – Painel 3 – Ataques aos planos de previdência complementar Coordenação da mesa: Carlos Augusto Silva (Pipoca); Tatiana Oliveira e Zelário Bremm Convidado(a): Claudia Ricaldini – Diretora da Anapar e membro do Conselho Deliberativo da Forluz 12h – Almoço 13h – Painel 4 – A Caixa e seus empregados e a defesa no Congresso Nacional e na Sociedade Coordenação da mesa: Emanoel Souza de Jesus; Michele Maria Venzo e Antônio Abdan Convidados(as): Rita Serrano – Representante dos empregados no Conselho de Administração da Caixa Econômica Federal Erika Kokay – Deputada Federal PT-DF 14h – Painel 5 – A Caixa que queremos para o futuro do Brasil Coordenação: Rachel Weber; Edgard Antônio Bastos Lima (FENACEF) e Márcio Wanderley Lopes Fausto Augusto Junior – Diretor técnico do Dieese – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos 15h – Painel 6 – Saúde Caixa Coordenação: Rogério Campanate; Clarice Weisheimer e Helaine Freire Evangelista Convidados: Leonardo Quadros – Presidente da APCEF/SP e membro do GT Saúde Caixa Alex Livramento – Dirigente sindical do Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região e membro do GT Saúde Caixa Dr. Albucacis Castro Pereira – Gestor na área de saúde e consultor da Fenae 16h – Plenária final Coordenação: Fabiana Uehara e Jorge Furlan Fonte: Contraf-CUT

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