Presidente do Banco do Brasil se reúne com representação dos funcionários
A coordenação do Comando Nacional dos Bancários e da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) se reuniu, nesta quarta-feira (9), com o presidente do banco, Fausto Ribeiro e destacou a importância das mesas de negociações e as principais pautas que estão colocadas, entre elas a inclusão dos bancários como prioridade no Plano Nacional de Imunizações (PNI) para a vacinação contra o novo coronavírus. A reunião havia sido solicitada ao banco em ofício enviado em abril. “O presidente do BB disse quer abrir uma nova fase de diálogo, responsabilidade e transparência com os representantes dos trabalhadores e destacou que teremos pautas divergentes, mas ambas as partes querem fazer o banco crescer”, informou o coordenador da CEBB, João Fukunaga. “Essa é uma postura esperada há tempos. Afinal, temos um histórico de mais de 30 anos de negociações coletivas. Nada mais justo do que termos as portas abertas e tratarmos com responsabilidade e transparência, os pontos divergentes para chegarmos a uma solução negociada”, completou. Prioridade na vacina Durante a pandemia, por conta da sua gravidade, mortalidade e transmissibilidade, foi criada uma lista de prioridades do PNI. A inclusão da categoria nesta lista é a principal reivindicação dos bancários atualmente. “Os bancários são obrigados, por questões de segurança, a trabalhar com as portas fechadas. Isso torna o ambiente propício à contaminação e disseminação do vírus, que pode ser retransmitido aos clientes e seus familiares”, destacou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, que é uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários. “Pedimos ao presidente que ele se empenhe para a inclusão dos bancários nesta lista e ele prontamente se colocou a disposição”, informou. Fausto Ribeiro disse que concorda com a reivindicação da categoria é que a inclusão dos bancários como prioridade no Plano Nacional de Imunização é uma demanda também dos bancos. A presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Ivone Silva, lembrou que durante toda a pandemia, a categoria atendeu milhões de pessoas que precisavam receber suas aposentadorias, o Auxílio Emergencial e buscavam crédito para manter seus empreendimentos. “Estamos entre os setores profissionais com maior aumento de mortes no período da pandemia. O Ministério da Saúde tem que nos colocar como prioridade no Plano Nacional de Imunização”, reforçou Ivone, que, juntamente com a presidenta da Contraf-CUT, coordena o Comando Nacional dos Bancários. Um levantamento realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) aponta que o número de desligamentos por morte de trabalhadores com carteira assinada cresceu 71,6% na comparação entre os primeiros trimestres de 2020 e 2021. Em números, essa porcentagem representa um aumento de 13,2 mil em 2020 para 22,6 mil em 2021. Se pegarmos os dados só da categoria bancária, esse número é ainda maior. O número de desligamentos por morte saltou de 55 no primeiro trimestre de 2020 para 152 no mesmo período de 2021, crescimento de 176,4%. Também foram destacadas as negociações em andamento, ou necessárias sobre melhorias no Programa de Desempenho Gratificado (PDG), a realização de concurso público para a reposição do quadro de pessoal e demandas dos trabalhadores de bancos incorporados pelo BB. Programa de gratificações A representação dos trabalhadores entregou um ofício ao presidente do BB apontando uma série de questões referentes ao PDG do banco. O documento ressalta que desde a sua criação, a CEBB tenta negociar melhorias no PDG, a exemplo do que já acontece em outros bancos, que negociam seus programas próprios com os representantes dos sindicatos e que o PDG, da como forma como está, ao invés de servir como um incentivo para maior empenho e produtividade, é fator de desmotivação e descontentamento entre os funcionários dos diversos setores. “Citamos, entre os principais problemas identificados no PDG das diversas áreas a utilização de uma mesma métrica para diferentes funções e a comparação da produtividade em pé de igualdade entre trabalhos simples com outros de maior complexidade. Além da questão da subjetividade conferida à ‘reunião de consistência’, que confere a comitê avaliador o poder de definir pontuações extras aos funcionários avaliados, mas sem definição clara dos critérios de avaliação, o que altera o curso do programa e a escolha de quem será contemplado ou não com a gratificação”, explicou Fukunaga. Sobre o PDG da área negocial, destacou-se a constantemente mudança de regras, o que inviabiliza o planejamento por parte do funcionários e as metas descoladas da realidade, em especial no último semestre, com metas estipuladas de maneira desproporcional à capacidade dos diversos segmentos, o que por si só, já desmotiva o corpo funcional. Contratações A representação dos trabalhadores também destacou a falta de funcionários, principalmente após o último Plano de Adequação de Quadros (PAQ) e ao Plano de Desligamento Espontâneo (PDE), tanto nas agências de atendimento quanto nos escritórios de negócios, dificultando a execução dos serviços e cumprimento de metas. Um levantamento do Dieese aponta que de 2012 a 2020, houve uma redução de 28.042 funcionários no quadro de trabalho do BB. “Entendemos ser primordial corrigir algumas arestas com relação ao programa e, neste sentindo, teríamos muito a contribuir em um processo negocial, conferindo mais segurança e transparência para os trabalhadores”, disse o coordenador da CEBB. Bancos incorporados A representação dos trabalhadores também entregou a Fausto Ribeiro um ofício com questões de interesse dos funcionários provenientes de bancos incorporados pelo BB (Nossa Caixa, Besc e BEP), reforçando a importância da via negocial para a solução dos conflitos trabalhistas. O ofício lembra a mesa de negociação sobre questões de bancos Incorporados está prevista na cláusula 58º do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) vigente e que a pauta de reivindicações foi entregue ao Banco do Brasil no dia 30/09/2020, mas, “apesar das diversas promessas do banco em nos dar a devida reposta das reivindicações, isso nunca ocorreu de fato, havendo apenas duas reuniões em 12/2020 que restaram infrutíferas”, diz o ofício. “Existe uma ação judicial do MPT (Ministério Público do Trabalho), da qual a Contraf-CUT é assistente, sobre a inclusão dos funcionários de bancos incorporados no plano de Saúde da Cassi. Acreditamos que a
No Dia Mundial da Imunização, bancários (as) do Sul Fluminense reivindicam inclusão na lista de prioritários
Nesta quarta-feira, 9 de junho, é celebrado o Dia Mundial de Imunização. Pelo segundo ano consecutivo, a data ocorre em plena crise sanitária provocada pela Covid-19. O fato reforça as ações de conscientização da população sobre a importância das vacinas e a pressão sobre os Representantes do Executivo e Legislativo Municipal, Estadual e Federal para que os bancários e bancárias, profissionais que prestam serviços essenciais à população, sejam incluídos nos grupos prioritários para receber a dose do antígeno. A direção do Sindicato dos Bancários do Sul Fluminense analisa que o Brasil tem um dos mais completos programas de imunização do mundo, com grande cobertura de população vacinada e de quantidades de vacinas oferecidas. Porém, no caso do combate ao Coronavírus, as ações negacionistas do Governo Federal e a incitação as aglomerações e à falta de medidas de proteção, levaram o país a amargar o triste número de 476.792 mortes em 17.037.129 casos confirmados até esta terça-feira, dia 08. Vale destacar que, durante a pandemia, por conta da sua gravidade, mortalidade e transmissibilidade, foi criada uma lista de prioridades do Plano Nacional de Imunização. A inclusão nesta lista é a principal reivindicação atual dos bancários e bancárias, já que trabalham em locais fechados, por questões de segurança e podem se contaminar e disseminar o vírus em casa e para os clientes. Neste período de pandemia, os profissionais continuam atendendo milhões de pessoas, com pagamento de aposentadoria, auxílio emergencial e negociando créditos, o que tem ocasionado um expressivo aumento nos casos de óbitos entre a categoria. Por isto, a solicitação dos Sindicatos em todo o país para que o Ministério da Saúde coloque o setor como essencial no Plano Nacional de Imunização. Diante destes fatos, o Sindicato dos Bancários do Sul Fluminense orienta aos bancários a entrarem nessa campanha, pressionarem os deputados, vereadores e prefeitos da locais, para a inclusão da categoria entre as prioridades da vacinação. Enviem agora mesmo esse pedido por meio das redes sociais. Os Sindicatos já estão nessa campanha há tempos. Mas nada melhor que os eleitores façam diretamente essa reivindicação para a garantia da vida de todos. Fonte: Sind. Bancários do Sul Fluminense, com informações da Contraf-CUT e Agência Brasil
Empregados denunciam uso da Caixa em campanhas eleitorais antecipadas de Bolsonaro e Guimarães
Presidente do banco viaja pelo país fazendo propaganda ilícita do atual presidente da República A Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa denuncia o uso indiscriminado do banco e de seus recursos para as campanhas eleitorais antecipada do presidente da República, Jair Bolsonaro, e do presidente do banco, Pedro Guimarães, o que é ilícito. A desconfiança começou com o excesso de viagens de Guimarães pelo país. O assunto chegou a ser tema de diversas matérias na grande imprensa. Em quase trinta meses no cargo, o executivo já fez cerca de 100 viagens pelo país. “As agendas desses encontros são claras, aproximar-se dos empresários e políticos locais. Por ele ser tão próximo do presidente, em quase todos os casos, faz chamada de vídeo e promessas de investimentos nas regiões. Isso é uma nítida campanha eleitoral bancada com os recursos da Caixa. Não podemos permitir este absurdo. É capaz até do Pedro estar na chapa do atual presidente”, afirmou a coordenadora da CEE/Caixa e secretária da Cultura da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Fabiana Uehara Proscholdt, ao se referir a recente declaração do ministro da Economia, Paulo Guedes, que levantou a possibilidade de o presidente da Caixa ser candidato a vice-presidente da República na chapa de Bolsonaro. “Sob o pretexto de conhecer a Caixa ou de inaugurações de unidades, Pedro Guimarães tem viajado praticamente todo final de semana para algum canto do país. Nessas viagens tem se aproveitado para propagandear o governo e, especialmente, os atos do presidente da República em evidente propaganda eleitoral antecipada. E o mais grave, custeada com recursos da Caixa, o que é irregular pois também são recursos públicos”, completou Edson Heemann, integrante da CEE/Caixa. Cachê sigiloso A desconfiança ganhou ainda mais força com a decisão do governo brasileiro de manter sob sigilo o cachê pago a Andraus Araújo de Lima, o Cuiabano Lima, locutor de rodeios e amigo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), contratado para protagonizar a campanha nacional da Caixa Econômica Federal sobre o Auxílio Emergencial, que está no ar desde o dia 15 de maio deste ano. O jornal Brasil de Fato solicitou à Caixa, via Lei de Acesso à Informação (LAI), o valor pago ao locutor de rodeios pela campanha e foi comunicado pela estatal que “o contrato de direito de uso de imagem prevê o caráter sigiloso do valor do cachê”. Na resposta, o banco diz que a decisão é respaldada “juridicamente em virtude do interesse estratégico relacionado à campanha publicitária realizada.” Ainda de acordo com a resposta, o valor do cachê deixará de ser sigiloso 90 dias após a contratação de Cuiabano Lima, mas a Caixa não informa a data exata do acordo. O documento é assinado por Rodrigo Ferreira Vicente, Superintende Nacional de Publicidade e Propaganda da estatal. Cuiabano Lima havia publicado em seu perfil no Instagram, alguns vídeos mostrando os bastidores da gravação da campanha. Porém, após a repercussão, o locutor apagou as imagens. Apuração do Congresso em Foco mostra que, em 2020, Cuiabano Lima recebeu R$ 36 mil para estrelar outra campanha da Caixa, dessa vez sobre a Mega Sena da Virada. Em seu perfil nas redes sociais, Cuiabano ostenta diversas fotos com Jair Bolsonaro, inclusive na posse do presidente, quando foi convidado para a celebração íntima no Palácio do Planalto, ao lado da família do mandatário. No Instagram, a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, comenta fotos de Valéria Cristina Rodrigues Dacal, companheira do locutor de rodeios. Fonte: Contraf-CUT
Esvaziamento dos fundos de pensão é um negócio apetitoso
Um negócio que rende R$ 12,5 bilhões ao ano despertou o desejo do ministro da Economia, Paulo Guedes. É o quanto renderia a quantia de R$ 1 trilhão acumulado pelos 290 fundos de pensão fechados. Para tanto, é necessário que esses fundos, patrocinados por empresas privadas, estatais e órgãos públicos para seus empregados, sejam esvaziados. A operação que está em curso é denunciada no artigo de Marcel Barros é vice-presidente da Associação Nacional dos Participantes de Previdência Complementar e de Autogestão em Saúde (Anapar), e José Ricardo Sasseron ex-presidente da Anapar. “O negócio é apetitoso. Os bancos cobram uma taxa de administração média de 1,25% ao ano sobre o patrimônio de seus planos de previdência privada, os VGBL e PGBL. A gestão do R$ 1 trilhão dos fundos fechados lhes renderia R$ 12,5 bilhões ao ano, a uma taxa de administração de 1,25%”, diz o artigo em seu início, explicando como uma quantia bilionária aguça o apetite dos bancos privados e seus planos de previdência. Os autores explicam que, com a Reforma da Previdência de 2019, proposta por Bolsonaro e aprovada pelo Congresso Nacional, um poderoso lobby do sistema financeiro conseguiu incluir na Constituição Federal a possibilidade de administrar os planos de previdência dos servidores públicos, que tendem a ser os maiores do país em alguns anos. “As alterações, no entanto, não se restringem aos planos de previdência dos servidores. O governo aproveita para atacar também os planos patrocinados por empresas públicas ou de economia mista – caso da Previ, Funcef, Petros, Postalis e outros, que são os maiores em patrimônio”, alerta o artigo. Os participantes dos atuais planos poderiam, de acordo com as mudanças pretendidas pelo governo Bolsonaro, poderiam optar pelos fundos de pensão existentes ou por outros que sejam oferecidos por bancos aos quais as empresas patrocinadoras tenham aderido. Assim, os atuais planos seriam esvaziados. Por anos, os trabalhadores conquistaram o direito da gestão paritária dos atuais planos, o o que garante algum grau de proteção aos participantes. “É esta proteção que o atual governo quer destruir, para facilitar a destruição dos planos de previdência e a transferência de centenas de bilhões de reais para a gestão dos bancos“, destaca o artigo. Para Marcel Barros e José Ricardo Sasseron, o que está ameaçada é a possibilidade de os trabalhadores terem uma aposentadoria digna com os fundos de pensão fechados. Para ler a íntegra do artigo, clique aqui. Fonte: Contraf-CUT