A substituição de Rita Serrano por Carlos Antonio Vieira Fernandes na presidência da Caixa Econômica Federal recebeu críticas do movimento sindical. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (25), pelo Palácio do Planalto em uma nota oficial.
A presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) lembrou que as mulheres foram responsáveis por cerca de 60% dos votos de Lula nas últimas eleições. Segundo ela, trocar uma mulher por um homem não foi bom. Juvandia ressaltou que será uma mulher a menos no governo.
“Não vamos aceitar que a política do governo passado seja implementada na empresa, como o desmonte da empresa e da sua função de banco público. Nem retrocessos na política da gestão de pessoas”, afirmou Juvandia.
Fabiana Uehara Proscholdt, coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, também criticou a saída de Rita, que vinha tentando mudar o cenário de assédio implementado no banco na gestão anterior.
“Após as drásticas gestões do banco durante o governo anterior, que implementou uma política de assédio moral e sexual contra as empregadas e empregados, Rita vinha tentando mudar e melhorar o cenário. Tínhamos nossas críticas, mas a gestão era aberta ao diálogo”, lamentou a coordenadora.
Fabiana explicou que as mudanças demoram a acontecer em uma instituição como a Caixa.
“Infelizmente ocorreu a substituição quando as mudanças estavam em andamento”, disse a coordenado, ressaltando ainda que a Caixa não deveria ser usada como moeda de troca.
O presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae), Sergio Takemoto, também criticou a mudança.
“A Fenae, em defesa dos seus empregados e do crescimento do banco como motor para geração de emprego e renda seguirá atenta contra a entrega da Caixa àqueles que enxergam a instituição como moeda de troca, com a promoção de interesses pessoais e de seus aliados”, afirmou o presidente da Fenae, Sergio Takemoto.