Santander: bancários definem reivindicações específicas e plano de atuação para o próximo período

Bancários do Santander de todo o país debateram, nesta quinta (09), a minuta de reivindicações específicas e nortear a estratégia de negociações com o banco. A discussão aconteceu durante o Encontro Nacional dos funcionários do banco e contou com a participação da deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ). “Iniciamos nossos debates com uma análise de conjuntura feita pela médica e deputada federal Jandira Feghali (PCdoB) e ao longo do dia analisamos as informações do balanço do Santander, que mostram que o banco pode atender todas nossas reivindicações e nos garantir uma participação justa nos resultados e nas cláusulas sociais, reconhecendo a imensa contribuição dos brasileiros no lucro do banco”, disse a coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE), Lucimara Malaquias. Foram debatidas, durante o encontro, as cláusulas do atual Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) específico dos funcionários do Santander, aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria bancária. Também foram apresentadas as propostas de novos direitos a serem incluídos no ACT. “Todos nossos direitos, desde o vale-refeição até a PLR (Participação nos Lucros e/ou Resultados), são fruto de muita organização e luta dos trabalhadores e suas representações sindicais. Precisamos manter nossa união e nos mobilizarmos para garantir os direitos atuais e buscar avançar rumo a novos direitos”, ressaltou a coordenadora da COE/Santander. Lucimara lembrou que o alerta de mobilização e união dos empregados se faz ainda mais importante com relação ao Santander, já que a instituição não se mostra favorável ao diálogo com os trabalhadores. “Entre todos os bancos, o Santander tem sido o que mais tem tomado de medidas que prejudicam e tem sido o mais de difícil de negociar com os trabalhadores, seja nas demissões, cobranças de metas ou na tentativa de corte de direitos, chegando a demitir funcionários e recontratá-los por empresas do grupo para deixar de pagar direitos da categoria. É uma terceirização forçada, apenas para reduzir direitos e salários”, criticou. A coordenadora lembrou que “todo o Comando Nacional está atento e preocupado com esta movimentação do Santander e vai propor que a atuação de todo o movimento sindical se contraponha a elas, para evitar que outros bancos sigam o mesmo caminho”, concluiu.

Financiários aprovam minuta de reivindicações

Financiários e financiárias de todo o Brasil aprovaram a pauta de reivindicações da categoria para a Campanha Nacional 2022, em assembleias online, realizadas até a última segunda-feira (30). As prioridades dos trabalhadores foram levantadas pela Consulta Nacional, realizada até a última sexta-feira (27), pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e demais entidades de representação sindical. As respostas da consulta foram compiladas e somadas aos pontos que foram debatidos e aprovados em encontro remoto do Coletivo de Financiários, realizado por plataforma eletrônica, no dia 18 de maio, para dar encaminhamento ao início da Campanha Salarial dos Financiários. “A regulamentação do teletrabalho é uma das prioridades da campanha nesse ano, além de temas relacionados às consequências da pandemia pelo covid-19″, revelou o coordenador do Coletivo dos Financiários da Contraf-CUT, Jair Alves. “A categoria precisa estar unida para que a gente consiga manter os direitos já estabelecidos na CCT e mostrar força para buscarmos novas conquistas, como a regulamentação do teletrabalho”, afirmou o coordenador do coletivo dos financiários. Outro destaque da pauta de reivindicações é a proposta de reajuste dos salários, benefícios e demais cláusulas econômicas, com o INPC + 5% de aumento real. Com a aprovação, a minuta foi entregue à Federação Interestadual das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Fenacrefi) e os trabalhadores aguardam retorno do calendário para agendamento das reuniões de negociações para a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) para o período de 1º de junho de 2022 a 31 de maio de 2024. “A categoria precisa estar unida para que a gente consiga manter os direitos já estabelecidos na CCT e mostrar força para buscarmos novas conquistas, como a regulamentação do teletrabalho”, completou o coordenador do coletivo dos financiários.

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