O Sindicato dos Bancários do Sul Fluminense percorreu agências da região, na manhã desta quarta-feira (24), como parte do “Dia Nacional de Luta #MenosMetasMaisSaúde”.
O presidente do Sindicato, Júlio Cunha, falou sobre o assédio moral e o adoecimento da categoria.
“Aqui no Sul Fluminense nós temos uma pesquisa, em parceria com a UFF, que comprova que 55% da nossa categoria aqui está com problemas psicológicos, problemas de adoecimento dentro da agência e 20% da nossa categoria já está afastada por problemas psicológicos”, ressaltou Júlio.
O “Dia Nacional de Luta #MenosMetasMaisSaúde” foi criado pelo movimento sindical para, através de manifestações nas ruas e nas redes sociais, pressionar os bancos contra o modelo de gestão que vem adoecendo os trabalhadores bancários. Assédio moral e cobrança de metas abusivas fazem parte deste cenário.
As ações acontecem na véspera da reunião de negociações entre o Comando Nacional dos Bancários e a Comissão de Negociações da Federação Nacional dos Bancos (CN Fenaban), pela campanha nacional da categoria para a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). A pauta desta rodada de negociações será saúde e condições de trabalho, com foco na política de metas praticadas pelas empresas.
Segundo Juvandia Moreira, coordenadora do Comando Nacional dos Bancários, é obrigação dos bancos o estabelecimento de um ambiente de trabalho saudável e sustentável.
“A saúde mental é uma prioridade e não pode continuar sendo sacrificada em nome de lucros. Só em 2023, os cinco maiores bancos do país lucraram R$ 108,6 bilhões. Mas, apesar do montante, nesse mesmo ano fecharam mais de 600 agências e demitiram mais de 2 mil funcionários”, afirmou Juvandia.